Entre a Luz e o Fogo escrita por SerNascer


Capítulo 1
Minha casa, minha terra...


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic, espero que gostem;



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Olá meu nome é Alice Gehabich e moro com meu avo em um sitio afastado da cidade grande, aqui tudo é sempre tranquilo, todos se conhecem e são gratos pelos vizinhos prestativos que tem, adoro meu interior e passos os dias cuidado dos animais. Minha atividade preferida é conversar com bichos e dar nomes a eles, tem uma linda vaquinha que me foi dada a dois anos atrás, seu nome é Mirella e adoro tirar o leite dela, é prazeroso saber que ela me dar o leite que me deixa forte e saudável. O sol nasce cedo, aqui a preguiça não existe, as cinco horas da manhã já levanto pra cuidar de meus afazeres,e olha que são muitos...

Por exemplo são quase meio dia e estou aqui na cozinha com meu bakugan Hydranoid, estamos conversando enquanto termino de preparar o almoço, ovos fritos com arroz branco e uma rica salada de legumes. Ponho a mesa e acariciou o meu gatinho Damião, que retribui carinho passando por minhas pernas.

— Damião, está aqui seu leite dorminhoco. Damião toma seu leite tranquilo. – Que lindo. Falo admirando a cena.

— Alice, cadê seu avô? Fala Hydranoid. No mesmo momento acordo. – Verdade, não o vi ainda, estará no escritório? Pergunto intrigada.

— Se ficar aqui não vai saber.

— Sim, você tem razão, vou lá. Respondo por fim.

Saio rapidamente da cozinha e vou para o corredor principal do segundo andar, lá avisto a porta do escritório dele, é um lugar que não gosto de ir, é um compartimento muito pessoal do meu avô e não gosto de mexericar nos aposentos dele. Chego e quando ia bater escuto uma discussão acirrada lá dentro.

— Sr Gehabich, entendo completamente seu lado, mas entenda também que meu cliente necessita da indenização que não lhe é paga há meses.

— Doutor, peço encarecidamente mais uma vez, que aguarde mais um pouco, o negocio tem andado ruim. Muitas vacas foram roubadas e minha plantação está indo de mal a pior, por favor paciência. Pedia meu avô.

— Sinto muito, ou o senhor paga logo o que deve a meu cliente ou vou ter que recorrer a justiça. E sabe muito bem que vós podes perder a fazenda inteira com essa divida.

Não...a fazenda não... como iria suportar viver em outro lugar longe do meu lar? Vovô estava tão agoniado assim? Como pude ser tão idiota pensando só em mim e deixando meu avo arcar com tudo sozinho.

— Bem, acho melhor o senhor tentar solucionar seus problemas logo, se não diga a adeus a sua fazenda. Mas se me permite um conselho de amigo, deveria vender seu rancho para quitar logo suas dividas e evitar esse constrangimento a sua neta. Boa tarde.

 Me escondi na sala ao lado para não ser notada pelo advogado barbudo que saia do escritório do meu avô.

— Você ouviu isso Alice? Penguntou o Hydranoid.

— Sim, infelizmente sim... Falei quase chorando. –É minha culpa, não cuidei da fazenda também...

— Alice, pare de falar besteiras, você cuida tão bem dessa fazenda que da sua vida por essas terras. Insistia em me consolar Hydranoid.

— Obrigada Hydranoid, vou bater na porta do escritório do vovô e lembre-se não escutamos nada, vou conversar com ele mais tarde.

                                                                            ****

  Não consigo aceitar isso, como posso ter perdido a fazenda assim? Fui um mal admistrador, joguei fora a herança da Alice na sarjeta e agora ela também pagaria por meu erro, enquanto perdi tempo com mulheres e plantação ilegal de drogas, sujei o sobrenome Gehabich, um sobrenome rico em heranças e vitorias, essa fazenda tinha sido um presente de meus pais para e mim e meu filho Alessandro, pai de Alice.

 Podia vender a fazenda e pagar as dividas que tinha atribuído com empréstimos e despedindo funcionários com contrato de um ano de serviço, alguns tinha ficado apenas dois ou quatro meses e agora exigiam renumeração. Quando pensei que podia plantar drogas ilícitas para pagar as dividas um anônimo começa a me chantagear de contar tudo a policia, ai sim seria o fim da picada, todos iriam saber que a ele era traficante.

  Mas existia outro jeito e era aceitar a proposta de casamento de Klaus Von Hertzon, o jovem milionário que pedia constantemente a mão de sua neta, sabia que se concordasse com esse matrimonio Alice teria tudo o que uma mulher materialmente poderia querer, mais seria a esposa mais infeliz com relação a amor. Sim, Alice poderia vir a ama-lo já que ele era um jovem bonito e agradavelmente romântico, mas conhecia sua neta, Alice se sentiria atribulada sendo esposa de alguém tão rico, seus dias não seriam nada tranquilos, compromissos na Europa aqui, negócios nos EUA ali. Não, Alice queria uma vida simples, sem grandes luxos e com um homem que realmente ame.

 Mas tambem não podia deixa-la na miséria sem nada para viver. O que fazer? Casar Alice com Klaus ou deixa-la sem nada, na miséria? O matrimonio com certeza é a melhor opção.

— Vovô, o almoço está pronto. Disse Alice do outro lado da porta.

— A sim querida, entre por favor.

 Sem demora Alice entrou com seu bakugan logo atrás, sorriu pra mim e fiz sinal para ela sentar. Agora seria a hora ideal de falar com ela sobre a proposta de casamento, depois seria tarde demais...

                                                                       ****

 Que clima quente e horrível, precisa se refrescar ou ficaria logo desidratada, e com um suor de levantar os cabelos, Marina Ivanov Gehabich, uma viúva de jovem de dezenove anos se encontrava em um rico aeroporto na Europa esperando o voo para tirar umas férias. Depois da morte de seu rico marido de setenta anos e de um luto desgraçado de quase um ano, Marina podia em fim respirar paz.

Paz era tudo o que precisava, já tinha sofrido muito para sua pouca idade, de família humilde e dona de uma beleza extraordinária, Marina conseguiu chegar alto ao conhecer seu primeiro namorado com apenas catorze anos e tudo poderia ter dado certo se seu amado não fosse um perigoso traficante que vendia meninas para o uso sexual, fora horrível. Naquela noite iria ter sua primeira relação quando Fred a dopou e a vendeu para um velho senhor muito rico, ele tirou tudo o que tinha, até sua amada inocência. 

No outro dia descobriu o que aconteceu e se sentiu suja com tudo o que tinha acontecido, procurou Fred, mas ele tinha desaparecido, assim quando acordou achou um número que viria a ser mais tarde o lugar por onde trabalharia boa parte de sua dolorosa juventude. Ligou e quem atendeu foi seu amado Fred.

— Mary, que bom te ouvir.

— Porque fez isso Fred, porque? Eu te amava. Falei com lagrimas nos olhos.

— Eu sei Mary... peço desculpas, mais fiz isso pro seu bem.

— Está louco? Como assim, sou apenas uma garota, você tirou tudo de mim... Choramingava pelo telefone.

— Olha Mary, você não quer dinheiro, muito dinheiro?

— Como assim? Perguntei chorosa.

— É simples, você sabe o que é uma prostituta?

— Como? Perguntei alarmada.

— É o seguinte o que acha de ser uma prostituta de luxo? É claro que posso te arrumar clientes riquíssimos e você apenas tem que me dar metade do que ganhar, o que acha? Sua voz exalava perigo.

As lagrimas tomaram conta do meu ser, como podia o homem a quem entreguei meu coração fazer isso comigo? Me vendeu sem eu saber, joga fora meu amor e ainda me vem com uma proposta dessa?

— Ficou louco?  Grito do outro lado da linha.

— Vamos Mary, sei que sua família está na lama e com esse negocio você teria dinheiro para dar e vender. Vamos, você é linda, com esses cabelos ruivos e esse rosto Juvenal que possui pode conseguir ótimos clientes.

 Nada mais me restava, tinha perdido minha inocência e com uma família na beira da ruina, não tive outra opção a não ser aceitar. Depois cair em lagrimas e tirei de mim tudo o que poderia me tirar de minha nova meta: jamais voltaria a amar outro homem, apenas os usaria, apenas isso...

Não demorou muito e com um belo sorriso e uma adorável piscadela, Marina Gehabich se tornou a meretriz mais amada da pensão, todos os homens queriam a bela ruiva de penas quinze anos, com um corpo violão e uma rica fragância, Mary ia enriquecendo cada vez mais. Até que numa noite quando fazia um de seus programas convenceu um rico homem de quarenta anos a contratar alguém par apagar seu lindo Fred, uma vez que esse cada vez mais a abusava de seu lindo corpo e não lhe dava mais nada por seu trabalho.

Nos jornais relataram a morte de um traficante de menores Fred Patrick, que fora morto a sangue frio com quatro tiros na cabeça, ninguém sabia quem o tinha matado. A policia procurou por uma lista escondida em um cofre na sua casa o possível assassino e pouco acharam.

 Só se sabia que era um homem perigoso e capturava e enganava menores para joga-las na prostituição, depois desse triunfo, Marina conheceu através de um de seus amantes Richard Ivanov e logo com ajuda do comparsa tornou-se a senhora Ivanov, esposa de um homem idoso com uma conta milionária. Com alguns meses de casamento seu querido marido morrerá com uma forte pneumonia, só se sabia que ele sofria de uma grave bronquite que com sua alta idade foi se tornando cada vez mais ativa.

 Os filhos de seu amado Richard começaram a culpa-la pela morte do pai, tentaram entrar na justiça para incliminar a madrasta e até denunciaram, mas nada foi provado e como era a viúva de fato e direito ficou com cinquenta por cento da herança do velho e os três filhos de outros relacionamento ficaram com a outra metade. Sendo uma jovem viúva, Marina Ivanov ainda queria experimentar os prazeres da vida e tendo muito dinheiro começou a cair nas noitadas, até conhecer o jovem Kazami, o homem que balançou seu coração, agora livre, Marina podia viver sem medo.

Conhecerá Kazami numa glamorosa festa entre amigos e logo se apaixonou pelo oriental moreno de longos cabelos, a paixão chegará até eles se entregarem completamente um ao outro, e logo decidirem namorar. É isso, pensou, vou adorar descontar em meu novo amor toda minha ira...

CONTINUA


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