S I S escrita por NathyYellow
Notas iniciais do capítulo
As palavras da semana foram: Disforme e Protesto.
E desculpa o atraso aaaaaaaaaaaa fim de ano ta tenso, logo logo sai o ultimo cap ♥
Marylin encarava o papel em suas mãos como se tivessem anunciado o próprio apocalipse. Ela o amassava até ficar disforme, engolia em seco e encarava a porta de casa como se esperasse a sentença de morte. E quase o era.
Sempre tinha gostado de fazer compras, era quase um hobby, dinheiro nunca fora um problema, mas aquela ultima do blog tinha feito literalmente uma reforma completa, e depois tinha os sapatos, aquela bolsa e aqueles vestidos que comprou para si. Nunca tinha dado problema, nunca tinha ultrapassado os limites.
Até aquele dia. Quando fora comprar uma bolsa e o cartão de crédito não passou, alegando limite estourado.
Foi um choque de realidade na garota, ok, compras era praticamente a forma que ela tinha de se sentir bem quando nada mais funcionava, mas nunca teve um problema daquele antes.
— Norah, minha mãe vai me matar. — Ela afirmou quando chegou pálida a casa da prima entrando quando ela abriu.
— Que? O que você fez?
Marilyn a puxou para um canto escondido para que as tias não ouvissem.
— Eu estourei o cartão de crédito dela. — Ela falou num tom de quem anunciava uma morte.
Norah começou a rir, ela sabia que a garota falava sério, mas riu muito da cara dela mesmo assim.
— Se fodeu. — Ela falava ainda rindo da cara de Mary.
— Norah! Isso é sério! Pelo amor de deus! Eu vou ser morta e enterrada. Pior ainda, não vou poder viajar e já era Paris! — Ela chacoalhava a prima que ainda ria, e então respirava fundo.
— Mary! Calma. Olha só. — Ela segurou nos ombros dela a olhando. — Respira fundo. Primeiro, você tem que ver se consegue devolver as roupas, se não conseguir, tenta vender na internet e pagar a fatura, ao menos o mínimo.
— Ok. Vender na internet é mais fácil, eu consigo fazer isso, e assim à mãe nunca descobre o que houve.
— Não terminei. De qualquer forma, foi errado pegar o cartão dela, depois você tem que pedir desculpas. Não esconder isso.
— Mas...! — Marilyn começou em protesto, mas sabia que ela estava certa, mesmo ela sendo três anos mais nova, a prima às vezes parecia ter mais juízo do que ela, e muitas vezes era um grilo da consciência do Pinóquio.
Marilyn se despediu dela depois de ambas conversarem como seria melhor resolvido a situação e forma de vender, tinha mais ou menos uma semana para resolver tudo e pedir desculpas para a mãe.
Greta foi outra que riu da cara da irmã quando ela contou, mas ajudou a resolver o problema mesmo assim, era fácil trabalhar as três unidas naquilo, até onde Mary sabia, ainda não tinham conquistado o mundo por falta de tempo.
A situação foi contida depois de algumas roupas, sapatos e bolsas vendidos, era fácil quando se tinha muitos seguidores no blog e redes sociais, as coisas pareciam perfeitamente tranquilas, até que Marilyn teve que ir contar a mãe.
Ela preparou terreno, tentou cozinhar... E quase queimou toda a comida, pediu de um restaurante japonês, comprou vinho, e arrumou e limpou toda a casa sozinha, ao menos não tinha risco de colocar fogo.
Christal obviamente estranhou aquilo tudo, mas aguardou o que viria. As gêmeas não sabiam dizer se a mãe sabia ou não do pequeno delito, já que a mesma estava fora toda a semana em gravações, era o primeiro trabalho dela desde que o pai falecera, e não iam contar aquilo por telefone.
Marilyn esperou até depois do jantar para falar.
— Mãe... Eu tenho algo a dizer.
— Que você estourou meu cartão? Eu já sabia. E também já vi que você pagou. — Christal falava na maior tranquilidade do mundo, o que deixou a garota surpresa.
— Como você... É você. Eu só... Me desculpe. Eu não tinha a intenção, eu tentei consertar o mais rápido que consegui, e prometo isso nunca, nunca mais vai acontecer.
— Tudo bem, filha. Eu sei que não vai. Eu aceito as desculpas. Agora, o que temos para a sobremesa? — Ela perguntou olhando de Greta a Marilyn que estavam atônicas ali. — O que foi eu não estou brava. De verdade. Eu confio na sua palavra, você cometeu um erro e se desculpou além de consertar isso. Não se preocupe agora vamos comer.
Marilyn estranhou, mas acreditou, por hora, mesmo conhecendo o histórico da mãe, não achava que ela faria alguma coisa com ela. Já Greta não se manifestava sobre o assunto, já que não tinha muito o que fazer ou pensar.
—---
— Alo Irina? — Christal falava no telefone, longe de casa, tomava um café na esquina. Não queria ter o risco de nenhuma das duas ouvindo a conversa, conversava em francês.
— Chris! Há quanto tempo! Como estão as coisas aí?
— Estão se ajeitando como dão. Mas bem, eu estou ligando para pedir um favorzinho. Coisa pequena.
—... Conheço esse tom. O que ta aprontando?
— Ainda bem que já sabe. Minha filha estourou o meu cartão de credito, e eu sinto que ela esta precisando além de um castigo, algo que faça ela repensar bem o modo como vê o mundo. Então... Talvez... Um tempinho longe da civilização seja bom, eu não quero cancelar a viagem dela, mas não quero...
— A deixar sair sem uma lição. Eu vou conversar com Abe e vamos combinar isso certinho com Lily... Eu também conheço uma pessoa que está precisando parar de pegar a minha moto escondido e passar um tempinho na fazenda da tia.
Christal riu baixinho.
—Orion? Da para ver quem ele puxou.
— O avô dele. Eu era uma santa.
— Uhum... Preciso comentar quando fugimos para ir ao parque?
— Isso não vem ao caso. Eu tinha dezessete anos. E hoje em dia somos mais maduras.
— Tudo bem! Não ta aqui quem falou. Então... Mande-me uma mensagem, e ah... Não conte nada ao seu filho. Eu quero ver a cara dela quando ela descobrir e a dele também por estar a levando para o castigo sem saber. Eles se davam tããoo bem quando pequenos.
— Chris, você é realmente um demônio loiro. Eu te aviso.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Christal e Irina são melhores amigas desde sempre. Elas compartilharam muitos momentos juntos. Abe é Absynthe que é o marido de Irina e era o melhor amigo de Henry, os dois são padrinhos das gemêas.
Norah é uma linda e quero agradecer a Nathy Ferry e a irmã dela pela betagem, e a sobre chamar a Chris de demônio é uma brincadeira interna que veio com a mãe dela e é passado de gerações ♥
Nota: Não confie em uma mãe calma demais depois que você aprontar.