Sangue, Suor, Lágrimas e Estilhaços escrita por Blue Blur


Capítulo 13
Banquete


Notas iniciais do capítulo

Após a vitoriosa defesa da cidade de Yuria, Thanos, Amennekht, Sebek e Rose são convidados para um banquete em homenagem a eles.

Alerta: Esse capítulo contém cenas sugestivas e picantes.



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— VIVA AHKVATA!!!

— ARRU!!! ARRU!!! ARRU!!!

— VIVA YURIA!!!

— ARRU!!! ARRU!!! ARRU!!!

— VIVA O REI SEBEK!!!

— ARRU!!! ARRU!!! ARRU!!!

— VIVA O REI AMENNEKHT!!!

— ARRU!!! ARRU!!! ARRU!!!

— VIVA O ESQUADRÃO PLATINA!!!

— ARRU!!! ARRU!!! ARRU!!!

Os gritos de triunfo das duas nações ecoavam por quilômetros a fio. Uma batalha de proporções avassaladoras havia sido vencida pelos terráqueos! Um grande cortejo de vitória agora passava pela rua principal de Yuria, a cidade que havia sido um campo de batalha horas atrás. Cidadãos que estavam tanto nas ruas quanto do alto das janelas de suas casas jogavam pétalas de flores e balançavam ramos de palmeiras em sinal de saudação. Lado a lado marchavam os quatro líderes que tornaram possível vencer um inimigo com extrema superioridade tanto numérica quanto tecnológica: Amennekht, Sebek, Thanos e Rose Quartz.

(Thanos): Aê, povo de Yuria, não amo nenhum de vocês porque não conheço ninguém! Mas como eu sou altruísta salvei todo mundo mesmo assim, então podem me aplaudir!

(Amennekht): Seu capitão não perde a chance de fazer piadinhas, né irmão?

(Sebek, tocando na cabeça): Não são piadinhas se tiverem uma pitada de verdade.

(Amennekht): Hahaha, verdade!

No final da rua principal, logo em frente ao palácio, o próprio rei fez questão de se apresentar para receber seus novos aliados.

(Rei de Yuria): Saudações, bravos reis de Ahkvata, Mênfis, e à líder das Crystal Gems. É com muita honra que agradecemos seus esforços para salvar nossa cidade.

(Rose Quartz): Imagine, majestade. Fizemos apenas nosso dever como Crystal Gems.

(Rei de Yuria): Por favor, gostaríamos de convidar vocês para um banquete em honra aos nossos salvadores!

(Rose Quartz): Ah, nobre rei, não é necessário. Para nós, Crystal Gems, é o suficiente saber que vocês já estão em segurança.

(Amennekht): Comandante Rose, o povo desta cidade quer nos honrar, acho que seria uma grande desfeita recusarmos o convite de um rei!

(Sebek): Meu irmão está certo. Nós ficaremos para as festividades, majestade.

(Thanos): Beleza, tô cagado de fome!

Dito isso, os funcionários do rei começaram a providenciar a cerimônia e surpreendentemente, em questão de pouco, ela ficou pronta. Os músicos e as dançarinas receberam os convidados de honra com um show de música e dança, enquanto todos se sentavam na mesa, Amennekht notou alguém se destacando de uma forma que lhe preocupou: era Merit, ela estava com uma mancha vermelha na fronte e outra no ombro, e caminhava sendo auxiliada pela Rubelita, que também a ajudou a se sentar.

(Amennekht, preocupado): Merit, o que foi isso?

(Merit, apontando nos curativos): Ah, isso? Não foi nada. Só algumas rubis estressadas que me acertaram uns socos perdidos e uma lignita ruim de mira, nada mais.

(Amennekht, preocupado): Uma lignita? Você quer dizer, aquelas gems pretas com armas de raios? Ela te acertou? Como você está?

(Merit, rindo): Hehehe, quantas perguntas Amennekht. Parece até que você se tornou sacerdote. Está tão preocupado assim comigo?

(Amennekht, preocupado): É claro que estou! Você está ferida, e ainda por cima foi ferida por uma daquelas armas de rai...!

(Merit, interrompendo): Amennekht, isso é uma guerra, todos saímos machucados de alguma forma. Eu já me feri muitas vezes, até piores do que isso aqui. Eu sei me cuidar, não se preocupe comigo.

(Rubelita): Ah, o Ameni é assim mesmo, ele se preocupa demais com garotas. Não é, Ameni?

(Amennekht, ruborizado): Eu me preocupo com todo mundo...

(Rubelita): Nananinanão, você sempre se preocupou mais com garotas. Quando você era criança, nunca queria me dar um soco nos nossos treinos de luta.

(Merit): Vocês treinavam luta juntos?

(Rubelita): Ah, mas é claro que sim. Eu botava meu traje de treinamento, fazia uns aquecimentos e ensinava o pequeno Ameni uns golpes legais. Você lembra disso, não lembra, Ameni?

Amennekht ficou tentando disfarçar o rubor ao se lembrar do embaraçoso maiô rosa choque justíssimo que Rubelita insistia em chamar de traje de treinamento.

(Amennekht): É, eu lembro muito bem...

(Rubelita): Eu ficava linda com aquele traje, na verdade, eu ainda fico, quer ver?

(Amennekht): Rubelle, eu realmente acho que isso não é necess...

Rubelita nem esperou Amennekht terminar de falar e já se colocou de pé, foi num lugar onde todo mundo podia vê-la e se transformou ali mesmo. Após o brilho de seu corpo se dissipar, lá estava ela usando o mesmo maiô rosa choque justíssimo acompanhado das meias-calças pretas, que iam até suas coxas, e das luvas sem dedo, também pretas. Ela se colocou em posição de luta, mas mesmo assim seu olhar e sua linguagem corporal, denotavam outra coisa:

Lascívia.

Amennekht não estava gostando daquilo. A cena de uma gem usando roupas tão reveladoras não passou despercebida entre o povo que estava no banquete. Enquanto uma minoria se mostrava extremamente desconfortável com aquela situação ou lançava olhares de “O que raios você está fazendo, Rubelita? ”, o resto da plateia mandava assobios e incentivos para que a gem rosada continuasse a se exibir. A gem não fazia nada especificamente vulgar: ela dava soquinhos no ar, chutes, fingia exibir um par de bíceps musculosos... mas ver aquele exibicionismo dela diante de vários outros homens era algo que deixou Amennekht realmente aborrecido. Merit levou tudo na esportiva, pois pensava que aquilo tudo era ela querendo fazer uma brincadeira. A egípcia nem notou o desconforto do amigo de infância.

(Merit): Nossa Rubelita, você realmente é bem exibida, né?

Rubelita bruscamente colocou as duas mãos em cima da mesa, aproximando bem o rosto do rosto da Merit. Seu olhar fixo e seu sorriso agora não denotavam mais lascívia, ela parecia estar sentindo outra coisa.

(Rubelita, sorrindo): Ah, o que é que eu posso fazer? As pessoas gostam de admirar coisas belas. Por que você acha que o Ameni gosta tanto de mim?

A gem rosada pegou Merit pela alça do vestido e puxou-a, aproximando-a o suficiente para poder sussurrar no ouvido dela.

(Rubelita, sussurrando): Porque ele gosta de mulheres, não de pranchas como você.

Ao ouvir aquilo, Merit arregalou os olhos, como se tentasse absorver o que havia sido dito a ela. Depois, sem nem hesitar, Merit deu um tapa no rosto da Rubelita, um tapa com um estalo tão forte que ecoou por uma área considerável e deixou Amennekht perplexo. A gem rosada voltou à sua forma física original e acariciou a face esbofeteada, com uma expressão leve de dor.

(Rubelita, gemendo): Ai...

(Amennekht): Merit! O que significa isso?

(Merit, sem jeito): Desculpe, eu não sei o que deu em mim!

(Amennekht): Sentem-se as duas, e eu não quero mais saber desse tipo de coisa no meio da festa.

As duas se aquietaram, Merit com uma expressão meio aborrecida com o comentário de Rubelita, meio chateada por sua reação exagerada ter chateado. A expressão facial da Rubelita, por outro lado, era difícil de analisar.

Os ânimos foram acalmando pouco a pouco, mas alguns soldados ainda reclamavam do fato do “espetáculo” de Rubelita não ter continuado.

(Sebek): Pô, mas que saco, eu confesso que estava começando a gostar da paisagem. Merit tinha razão, essa tal Rubelita é bonita mesmo!

(Amennekht, nervoso): Quer parar de falar isso da Rubelita?

(Sebek): Hehehe, calma irmãozão, eu só estou brincando.

(Amennekht): Não tem graça, Sebek!

(Menob): Caramba, o Amennekht ficou nervoso, hein?

(Thanos): Engraçado, pensei que a mina dele fosse a Merit.

(Merit, vermelha): O Am-menekht g-gosta de mim?

(Amennekht): Pera pera peraí, de onde você está tirando essas conclusões, Thanos?

(Thanos, ignorando Merit e Amennekht): É meio confuso saber que ele está afinzão de uma, mas impede os outros de ficarem moscando a outra. Dá a entender que ele e a Merit eram amigos de infância, aí se separaram, ele nunca superou isso e começou a arrastar asa por uma gem.

Amennekht e a Merit ficaram boquiabertos com as deduções de Thanos.

(Thanos, olhando para trás): Opa, vocês estão aí?

(Menob): Mas eu acho essa insegurança do Amennekht mó besteira. Quem é seguro nos compromissos não tem que temer concorrência.

(Thanos): É mesmo? Então que tal se colocarmos aquela túnica do zoológico na sua bonequinha e pedir para ela dançar para nós? Tipo, só na brotheragem?

A “bonequinha” em questão era a esposa de Menob. Era uma mulher de corpo bastante atraente, mas com um rosto pueril e inocente, com cabelos ruivos levemente cacheados e sardas no rosto. Ela tinha o apelido de “bonequinha” porque seus 1,75m de altura, em comparação à altura de Menob, que ultrapassava os três metros, faziam ela parecer extremamente minúscula. Nos momentos íntimos, ela gostava de vestir o antigo traje do zoológico humano (que, por alguma razão, ela guardou consigo) e “atiçar” Menob, e Menob gostava de agarrá-la e enchê-la de beijos segurando-a no colo enquanto ela balançava os delicados pés no ar, fazendo uma alusão à sua delicadeza e fragilidade perante o gigante anaquim. Apesar de ser um louco violento no campo de batalha e um pavio-curto fora dele, Menob era um verdadeiro manteiga derretida com a esposa, e imaginá-la como objeto de espetáculo para uma plateia de tarados foi o bastante para queimar o pavio curto de Menob.

(Menob, nervoso): Retire o que disse, Thanos!

Thanos não disse nada, apenas pigarreou e apontou, com a prótese de uma peridot encaixada no braço, para a janela, onde era possível ver vários escravos empenhados em carregar restos de tecnologia gem das naves e máquinas que o exército destruiu na batalha. A tensão começou a se formar e Rose, que não gostava de ver humanos brigando entre si, tratou de intervir.

(Rose): Por favor, Thanos, Menob, não briguem. Estamos no meio de uma festa, comemorando a defesa de uma cidade. Vamos ignorar desavenças bobas.

(Erik): Concordo com a grandalhona do cabelo de buquê de rosas. Vamos beber e ficar alegres, nada de brigas.

Thanos não disse nada, apenas olhou com um certo ar de desprezo para a líder das Crystal Gems.

(Thanos): Eu faço o que eu quiser.

Então, do nada, Thanos deu uma canecada na cara do Menob. O gigante, nervoso, tentou revidar a canecada, mas Thanos se esquivou e deu um tapa na mão dele, fazendo ele largar a caneca. Depois, sem nenhuma cerimônia, ele puxou a toalha da mesa, enrolou no Menob, cobrindo-o todo, e amarrou. Depois pulou em cima do anaquim.

(Thanos): El Toro, bora domar essa jaspe!

Menob, totalmente cego pela toalha na cara, ficou esbarrando na parede, tentando tirar Thanos de cima dele, mas o grego sempre se esquivava dos esbarrões.

(Amennekht): Vocês, vikings, não vão fazer nada?

(Erik): Tem razão, aposto cinco moedas no Menob! Quem dá mais?

(Olaf): Dez no Thanos!

(Baleog): Vamos lá, está aberto para todo mundo!

Logo em seguida, Baleog sacou um banjo e começou a tocar num estilo bem caipira. O banquete virou uma zona: tinha um grego montado num gigante coberto com a toalha da mesa, se debatendo para tirar o grego de cima dele. Um monte de gente se amontoava para fazer apostas, até a Topázio Imperial estava no meio.

(Pérola, escandalizada): SERÁ QUE DÁ PARA FAZER ALGUMA COISA PARA PARAR AQUELES DOIS ANIMAIS, SEBEK???

(Sebek): Relaxa, varapau, eles são assim mesmo. Pelo menos não derrubaram toda a comida.

Foi só Sebek falar nisso que Menob se jogou por cima da mesa e começou a rolar. No meio da rolada, derrubou toda a comida, inclusive o pernil e o cálice de vinho da Garnet.

(Garnet, séria): Eu estava gostando do pernil e do vinho.

Garnet se levantou, agarrou Menob pelo tornozelo, e deu um soco que fez o anaquim ficar vendo estrelinhas, além de rasgar a toalha da mesa.

Menob se levantou e foi para cima de Garnet e começaram a trocar socos, enquanto Thanos assistia a tudo meio amuado.

(Thanos, aborrecido): Ah, me deixaram sozinho.

Do nada, Thanos pegou o pernil da Garnet e jogou na cara do Amennekht, que ficou extremamente aborrecido.

(Thanos, sacando uma colher): Cai dentro, mouro, senão vou comer a Merit de colherim!

(Amennekht, sério): Mãe, me empresta tua espada?

(Rose): Amennekht, minha espada não serve para...

(Pérola, tentando apartar a briga): Garnet, larga esse humano ag...

(Olaf, porre pra caralho): Não bate no meu amigo!

Olaf acabou dando um golpe de bandeja perdida bem no nariz da Pérola, que perdeu o controle, sacou a lança e ficou tentando furar Olaf.

A zona estava instalada: Rose era uma das poucas que tentava apartar a briga, Sebek apenas assistia a tudo como se fosse um grande espetáculo. Ao seu lado, estava uma mesinha menor, com um cálice de vinho. “Estava”, porque o cálice logo foi derrubado por um Amennekht voador lançado pelo Thanos.

(Sebek): Ok, essa era a minha mesinha favorita. Segurança!

Quatro sujeitos apareceram para apartar a briga: Um homem e uma mulher, jovens, de estatura alta e musculosa, um homem mais baixo e grisalho, mas também com aparência musculosa (https://img00.deviantart.net/c7ff/i/2015/126/d/9/golden_axe_ii_heroes_by_gidraattacks-d8sdmg1.jpg), e um oriental, com kimono branco e uma katana (https://pre00.deviantart.net/fa20/th/pre/f/2015/240/a/2/samurai_jack_by_deadtwinkies-d97fssw.png). Usando golpes chamativos no ar, um pouco de armas gems (de forma inofensiva, claro) e alguns gritos de advertência, eles fizeram a maior parte dos baderneiros pararem imediatamente.

(Rei de Yuria): Parem com isso agora! Eu cedo um banquete em gratidão por terem salvado a cidade da destruição e vocês resolvem retribuir destruindo meu salão de festas?

Todo mundo que, de alguma forma estava envolvido na briga, simplesmente se levantou e apontou para o Thanos.

(Todo mundo): A culpa é dele!

(Thanos): Sim, a culpa é minha... da cidade estar salva!

O bárbaro, de roupa azul, tomou a dianteira e interpelou o grego que iniciou a baderna.

(Bárbaro): Então você é o tal capitão do Esquadrão Platina? Francamente, e eu esperando um estrategista disciplinado e ordeiro, não por um beberrão que começa atos de selvageria sem motivo algum.

(Thanos): E eu esperando um bárbaro que não fosse um mísero clichê hollywoodiano dos anos 90, Conan.

(Bárbaro, levantando a voz): Meu nome não é Conan, meu nome é Axel, Axel Battler! Eu e meus dois companheiros, Tyris Flare e Gilius Thunderhead estávamos vindo aqui porque queríamos fazer parte do seu esquadrão, mas agora...

(Thanos, interrompendo Axel): Peraí, que nome bosta! Axel Battler? Isso é “lutador de machado” em outra língua! Tyris Flare? Aposto que esse cara controla fogo e a tal Gilia controla trovões. E pela sua tanguinha azul, Axel, aposto que você controla água.

A mulher e o homem grisalho se entreolharam ante a resposta de Thanos, sem entender bulhufas, mas logo depois responderam.

(Mulher): Eu é que sou Tyris.

(Homem grisalho): E meu nome é Gilius, não Gilia.

(Thanos): Menos mal, senão quando eu ficasse porre de vez poderia acabar te chamando de Julia. Mas vem cá, e quem é aquele cara lá com vocês?

(Gilius): Bom, ele é o...

(Thanos): Samurai?

Thanos nem deixou Gilius terminar, pois reconhecera na hora o oriental de kimono branco. Eles haviam se conhecido no zoológico humano e acabaram se separando na fuga.

(Samurai, sério): Thanos...

(Thanos, sério): Samurai...

Ambos começaram a se entreolhar com um olhar pesado. Axel, Tyris e Gilius trataram de colocar as mãos nos punhos de suas armas e se prepararem para quaisquer hostilidades que poderiam acontecer a qualquer momento.

(Samurai, alegre): THANOS!!!

(Thanos, alegre): SAMURAI!!!

Ambos foram correndo na direção um do outro e começaram a bater palmas um na mão do outro.

(Gilius): Esses dois se conhecem?

(Tyris): Pelo visto sim. Me admiro como dois caras tão distintos viraram amigos.

Thanos, do nada, deu um murro tão forte na barriga do Samurai que ele chegou a derrapar vários centímetros para trás, assustando todo mundo.

(Thanos, batendo na própria couraça): Minha vez, minha vez!

O Samurai saiu correndo e deu um voadeira no peitoral de Thanos, acertando-o com suas sandálias de madeira e arremessando-o por uma das janelas do palácio, quebrando o vitral. O Samurai pulou pela janela, se encontrando com Thanos do lado de fora do palácio. Os dois então botaram as mãos nos punhos de suas espadas, ficando em postura de ataque. Todo mundo que estava no palácio tratou de sair para ver aquele estranho espetáculo.

(Samurai): Não se esqueça Thanos, eu te derrotei em 5001 de 10.000 duelos!

(Thanos): Hahaha, você só pode estar brincando, comedor de sushi!

Num piscar de olhos, ambos sacaram as espadas e deram um corte rápido e preciso. Um rasgo apareceu no peito do kimono do Samurai (sem nenhum vestígio de ferimento físico) e a pelagem que adornava o capacete de Thanos simplesmente caiu no chão, podada. Depois ambos recolheram suas espadas e fizeram uma típica saudação japonesa, inclinando o corpo para a frente.

(Tyris): Uau, vocês eram bem amigos, não é mesmo?

(Samurai): Eu e Thanos nos conhecemos desde o zoológico gem. A gente treinava esses duelos direto usando pedaços de galhos e gravetos.

(Thanos): Rapaz, por que não me falou que estava com esses caras? Agora é sério, eu quero muito vocês no meu Esquadrão!

(Samurai): Bem, nós vamos se juntar... mesmo que eles não queiram, posso convencê-los. O problema é que você, provavelmente, não vai poder voltar a essa cidade tão cedo.

(Thanos): Já me acostumei com isso. Se eu te contasse a baguncinha que fiz na Síria quando fui conseguir as joias da Topá...

(Topázio, gritando, nervosa): AHAHAHAHAHA!!! Essa piada foi ótima, Thanos, ahahahahahaha... baguncinha...

(Thanos, continuando a falar): Depois, nessa cidade só tem comida ruim e gente feia!

(Samurai): É a guerra, né? Tão racionando até beleza nos nascimentos! Não tá fácil para ninguém!

(Rubelita, séria): O que foi que você aprontou na Síria, Topázio Imperial?

(Topázio Imperial): ... Alguém está a fim de provar as tâmaras? Eu estou!

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De tarde Sebek, Amennekht, Rose e Thanos, mais todos os soldados que eles lideravam estavam prontos para fazer a viagem de volta. Embora os cidadãos estivessem bastante agradecidos por sua cidade ter sido salva, a realeza estava desejando secretamente que todos fossem embora logo, antes que mais danos colaterais fossem causados depois do incidente no palácio. A essa altura, os defensores estrangeiros marchavam pela rua principal, saudados pela multidão de civis, que balançava ramos de palmeiras, jogavam pétalas de flores, e tocavam instrumentos musicais. Amennekht e Sebek, que marchavam lado a lado, começaram a conversar.

(Sebek): Então Amennekht, vamos voltar para Ahkvata? Seria bom ter você por lá.

(Amennekht): Ah irmão, você vai ter que me desculpar, mas eu vou voltar para Mênfis. Estou com saudades da minha terrinha, e meus súditos também precisam de mim.

(Sebek): Entendo perfeitamente, afinal, também sou rei. Felizmente, agora que sabemos onde estamos e temos teletransportadores gems sob nosso domínio, poderemos fazer essa viagem em questão de horas.

(Amennekht): Isso mesmo irmão, e prometo que vou reaparecer em breve, quando você menos esperar.

(Sebek): Adeus irmão.

(Thanos): Ei Rose, antes de nos separarmos, eu queria dar algo para você.

Thanos entregou para Rose três sacolas bem grandes pesadas. Quando Rose as abriu, viu dezenas de joias intactas lá dentro.

(Rose): Elas são...?

(Thanos): Sim, são gems do campo de batalha. Sabe, vendo o quanto você é boa tanto com humanos quanto com gems, imaginei que você poderia, sei lá, convertê-las para nossa causa.

(Rose, sorrindo): Fico feliz que você pense assim, Thanos. Sabe, muitos humanos não veem as gems com bons olhos. Cá entre nós, não acho que Amennekht perceba essa hostilidade que certos humanos têm com as gems, mas... para mim é desconfortável...

(Thanos): Eu entendo. Isso é uma guerra, e numa guerra é bem mais fácil para o combatente resumir tudo a fardas e flâmulas... mas ei, é aí que você entra. Só botar umas estrelas nessas gems aí que fica tudo certo.

(Rose, rindo): Farei isso Thanos. Adeus.

(Thanos): Adeus Rose, e não se preocupe, da próxima vez que eu vir Sebek sendo grosso com uma gem, meto a mão na cara dele.

Thanos cavalgou um pouco mais e começou a façar com Amennekht.

(Thanos, falando com Amennekht): Ei Amennekht, da próxima vez que tiver problemas com gems, só chamar nosso esquadrão.

O grego entregou para Amennekht um pergaminho selado com o símbolo do Esquadrão platina: uma bigorna com uma espada cravada, onde se lia “Platinum”

(Thanos, cantando): Se tem gems hostis... na vizinhança... chame o Esquadrão...

(Os três vikings): PLATINA!!!

Assim, a grande multidão se separou em duas grandes colunas: uma rumando de volta para Ahkvata, a outra indo para Mênfis.

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Já era de noite, Amennekht estava no seu quarto em Mênfis, sentado na cama, pensando no que Rubelita fizera no banquete do rei de Yuria. Ele sabia o quanto a gem era extrovertida, talvez até meio exibida, mas aquilo não o fazia se sentir menos incomodado. Ele não gostou de ver um monte de soldados assobiando para a sua Rubel...

Espera, “sua”? Desde quando a Rubelita pertencia a ele? Ela era apenas sua amiga, talvez sua treinadora de luta, nada mais do que isso. Então porque se incomodar tanto quando mais alguém reparava nela? Afinal, gems sempre chamavam atenção entre os humanos por onde passavam, ainda mais gems bonitas como a Rubelita...

Sim, ela era bastante bonita. Amennekht nunca esqueceria a primeira vez que a viu. A voz dela ficava em sua cabeça, parecendo tecer uma melodia a cada palavra que ela dizia, sem falar no brilho tão belo que tinha no olhar, parecia que ela sorria pelos olhos...

Outra característica que ela tinha era ser bastante brincalhona, ela adorava brincar com ele quando era criança. Ela sempre jogava Senet com ele quando podia, além de brincar de pega-pega, esconde-esconde... e tinha a brincadeira favorita da Rubelita: brincar de lutinha. Ela e a Topázio Imperial adoravam brincar de lutinha com Amennekht, mas a gem rosada quase sempre vencia, o que meio que obrigava o garoto e a gem menor a se unirem para derrotarem ela.

Amennekht também se lembrou de uma coisa que ele fazia com ela quando era criança: ele subia no alto da Torre do Mar Lunar e ele ficava com a cabeça no colo da Rubelita, e então ambos ficavam olhando para as constelações, dando nomes engraçados a elas e tentando imaginar como estaria Homeworld naquele momento.

Os pensamentos de Amennekht foram interrompidos quando ouviu a porta de seu quarto ranger e se abrir sozinha, revelando uma gatinha com pelagem cor de vinho, miando de forma adorável.

(Amennekht, sorrindo): Ei gatinha, de onde você saiu?

A gatinha foi correndo até onde Amennekht estava, subiu no colo dele e levantou as patinhas para o alto, balançando-as de forma adorável.

(Amennekht, sorrindo): Awwwn, você quer carinho, quer?

Amennekht começou a coçar a barriga da gatinha, até que sentiu suas mãos roçarem em algo duro e liso. Ao forçar os olhos na penumbra, percebeu que aquele objeto tinha um reflexo, e uma forma de coração...

(Amennekht): Não é possí...

Antes de terminar a frase, a gatinha, que havia agarrado a mão de Amennekht e agora a mordiscava de levinho, começou a brilhar e a assumir forma humana, no lugar dela aparecendo a Rubelita, que estava ainda mordiscando a mão de Amennekht.

(Rubelita): Oi Ameni!

(Amennekht): Ah, oi Rubelle. O que é que você está fazendo aqui? Não devia estar no zigurate gem?

(Rubelita): Bom, sim, mas é que eu fiquei com vontade de te fazer uma visitinha. Sabe, você ficou meio estranho depois do banquete em Yuria e eu queria saber se está tudo bem com você.

(Amennekht, sério): Está sim... eu só não gostei do que você fez.

(Rubelita): E o que foi que eu fiz?

(Amennekht): Você sabe muito bem, Rubelle. Você ficou... se exibindo para todo mundo lá no banquete! Por que você tinha que mostrar para todo mundo... aquela brincadeira de lutinha que a gente fazia?

(Rubelita): Ah, a Merit perguntou e eu respondi, não vi motivo para não mostrar a ela. A gente adorava isso, lembra?

(Amennekht):  Só que você não mostrou aquilo só para a Merit, Rubelle, você mostrou para todos os soldados, oficiais e funcionários do rei que estavam no banquete...

(Rubelita, rindo): Ah entendi, você ficou embaraçado porque eu contei um momento da sua infân...

(Amennekht): Não Rubelle, não é por isso, é porque... porque...

(Rubelita): Porque...

Amennekht começou a ficar levemente ruborizado. Era estranho que, mesmo depois de tantos anos de convivência, ele ainda se sentia desconfortável para falar com a Rubelita. A gem rosa-choque segurou carinhosamente o rosto do amigo e o encarou com um olhar de preocupação.

(Rubelita, preocupada): Ameni, pode falar... o que é que está te incomodando?

(Amennekht): Porque todo mundo estava lhe tratando como se você fosse uma concubina...

(Rubelita, confusa): Uma o quê?

(Amennekht): Eles estavam querendo que você mostrasse os seus movimentos de luta não porque você fosse uma lutadora talentosa... eles queriam que você mostrasse seu corpo...

(Rubelita, embaraçada): Oh...

(Amennekht): Eles ficavam gritando e assobiando como se você fosse algum tipo de meretriz, dançarina ou... Enfim, eles estavam lhe faltando com respeito, e aquilo me incomodou profundamente. O pior de tudo é que você parecia estar gostando de toda aquela atenção indecente que estava recebendo.

(Rubelita): Amennekht... desculpa, eu não sabia que isso te ofenderia tanto.

(Amennekht): Mas ofendeu, Rubelle. Vamos colocar nesse sentido: sabe quando você faz fusão com a Topázio Imperial?

(Rubelita): Sim.

(Amennekht): Quantas vezes você já fez isso?

(Rubelita): Ah, várias vezes.

(Amennekht): Pois é, agora me diga como você se sentiria se, de repente, ela começasse a fazer aquela dança de fusão com várias outras gems?

(Rubelita): Acho que eu não ia gostar muito...

(Amennekht): Então você de fato entendeu agora.

(Rubelita, triste): Poxa Ameni, eu sinto muito...

Ambos se abraçaram afetuosamente. Rubelita realmente estava sentida por ter machucado os sentimentos do amigo de infância, e depois do abraço ela deu um beijo suave nele, seguida de uma singela troca de olhares.

(Amennekht): Eu já disse o quanto te adoro, Rubelle?

Aquela frase fez Rubelita começar a rir.

(Amennekht): Por que está rindo?

(Rubelita): É que você agora só me chama de Rubelle. Você me deu um apelido, igual a quando eu te apelidei de Ameni.

(Amennekht, rindo): Ah, é mesmo.

Eu te dei o apelido depois que começamos a treinar luta juntos, você lembra?

(Amennekht): Lembro, eu nunca consegui vencer uma luta sozinho contra você. Eu sempre precisava da ajuda da Topázio Imperial, e às vezes nem isso bastava.

(Rubelita): É, mas hoje isso pode mudar.

(Amennekht): Como assim?

Rubelita se levantou, trancou a porta do quarto de Amennekht e se virou para ele.

(Rubelita): O que você me diz, Ameni? Só uma lutinha, pelos velhos tempos.

(Amennekht): Rubelita, eu não sou mais criança, a gente não pode mais ficar fazendo essas... infantilidades.

(Rubelita): Vamos, não seja chato. Vai ser divertido. Até porque, agora que você é mais alto e forte, talvez você me vença...

(Amennekht): É, talvez... mas você sabe que eu não gosto de bater em mulheres...

(Rubelita): Pfff, você nunca conseguiria me acertar um único soco, Ameni, você se distrai fácil.

(Amennekht): Isso foi um desafio?

(Rubelita): Talvez. Você topa?

(Amennekht): Cometeu um péssimo erro, Rubelle. Nunca se desafia o Hórus vivo na Terra.

Rubelita novamente mudou de forma, usando seu costumeiro maiô rosa-choque com as meias-calças pretas e luvas sem dedo também pretas. Os longos cabelos agora estavam bem curtinhos, para não restringir sua movimentação. Amennekht tirou o manto e a túnica, ficando apenas com um saiote egípcio para facilitar a movimentação, deixando à mostra os músculos conseguidos com bastante treino. Ambos ficaram ruborizados ao contemplar a aparência um do outro, até que Rubelita voltou ao normal e começou a falar.

(Rubelita): As regras são as de sempre: um único round, sem restrição de tempo, até que algum de nós fique cansado demais para lutar. São permitidos socos e chutes que não machuquem o oponente. Em caso de golpe danoso acidental, o ofensor terá que pagar uma prenda definida pelo ofendido, ok?

(Amennekht): Ok.

(Rubelita): E o mais importante: toda vez que você for atingido, finja que doeu. Se for atingido várias vezes, seja honesto e simule tontura ou caia no chão, incapacitado momentaneamente.

(Amennekht): Ok.

Ambos tocaram as mãos fechadas e se colocaram em posição de luta. Amennekht tomou a iniciativa, dando um soquinho leve no queixo da Rubelita, que se curvou para trás como se tivesse sido atingida por um porrete. O faraó tentou encaixar um gancho de esquerda, mas errou, permitindo que a gem revidasse com um gancho de esquerda no rosto e um chute no flanco esquerdo, ambos inofensivos, mas ainda assim Amennekht retorceu um pouco o rosto, fingindo dor. Amennekht tentou acertar outros golpes, mas Rubelita era ágil, mesmo quando fingia esquivar-se dos golpes falsos, devolvendo vários jabs um atrás do outro, fazendo o egípcio recuar, com um grunhido de falsa dor.

(Rubelita): Pare de ficar encarando meus seios, Ameni, ou vai continuar engolindo meus socos.

A piadinha fez Rubelita baixar a guarda e levar um acerto na barriga, se encolhendo toda, seguido de um soco reto no rosto. Propositalmente, Rubelita baixou a própria guarda e deixou os soquinhos de mentira lhe acertarem várias vezes, até que ela fingiu colapsar no chão.

(Amennekht): Já acabou? Pensei que você fosse uma rubelita, não uma porcelana.

Rubelita começou a se levantar lentamente, fazendo questão de que o egípcio engolisse as palavras enquanto ela enfatizava cada curva de seu corpo enquanto fingia fazer um esforço colossal para se levantar. O cabelo dela estava levemente bagunçado, e o seu batom estava borrado, mas ainda assim continuava igualmente bela. Rubelita deu um sorriso provocante e bateu as duas mãos fechadas em postura de desafio.

Inebriado pelas curvas provocantes da gem, Amennekht não percebeu ela armando mais soquinhos para acertá-lo. Um, dois, três, quatro, cinco... todos acertaram o alvo, até que Rubelita encaixou ainda um chute Grand Battement (https://i.pinimg.com/originals/96/cd/6f/96cd6ff98ce2106246016785dd3f2415.jpg). A ponta do pé de Rubelita mal encostou no queixo de Amennekht, mas ele cambaleou para trás e bateu as costas na parede como se tivesse sido golpeado pelo coice de um cavalo selvagem.

(Rubelita, sorrindo provocantemente): Agora vamos ver quem aqui é de porcelana.

Amennekht cobriu o rosto com as duas mãos deixando o abdômen livre para Rubelita “massagear”. A gem rosa-choque foi acertando várias vezes a barriga do egípcio, os olhos dela brilhavam com ardor, e ao ver uma gota de suor escorrendo pelos músculos definidos, ela nem percebeu que lambeu os lábios de forma involuntária. Em um dos socos que ia dar, Rubelita sentiu Amennekht agarrá-la pelo pulso e pressioná-la contra a parede, então sentiu os punhos do egípcio atingindo-a inofensivamente na barriga e logo abaixo do busto. Rubelita se jogou em cima dos braços de Amennekht, que a empurrou para o lado, fazendo ela quase se desequilibrar.

Rubelita se virou, ainda em posição de combate, mas dessa vez sua aparência estava um pouco diferente: a meia calça da perna esquerda estava cedendo e caindo, deixando uma parte da coxa dela à mostra. A alça direita do maiô dela estava solta e balançando sugestivamente entre o ombro e o braço. Os cabelos estavam bagunçados, o batom estava meio borrado e o olhar... outrora confiante, agora mostrava fragilidade.

Aquilo começou a mexer com Amennekht. Rubelita sempre era o tipo de gem forte, independente, e era por isso que ele era apaixonado por ela. Vê-la naquele estágio de fragilidade, mesmo que fosse puro teatrinho, começou a despertar um desejo estranho nele, algo que ele nunca tinha experimentado antes.

A postura de Rubelita vacilava, como se estivesse com tontura, depois ela se jogou nos braços de Amennekht, que dessa vez a abraçou com força contra o próprio corpo, dando-lhe um beijo na testa. Ele a deitou na cama, enquanto ela o acariciava, foi lentamente aproximando o rosto dele do seu, até que ela literalmente apertou a cabeça dele contra o próprio busto.

(Rubelita, sorrindo): agora tenta se soltar, Ameni.

Rubelita rolou por cima dele, depois começou a roubar beijos dele. Amennekht se deliciava com o gosto de framboesa sendo destilado dos lábios da gem rosa-choque, mas para nenhum dos dois, os lábios eram o suficiente. Em questão de segundos, suas línguas começaram a dançar juntas.

O corpo de ambos, humano e gem, fervilhavam com aquilo tudo. Amennekht agarrou com força as nádegas de Rubelita, então deu uma palmada com força, arrancando um gemidinho dela. Depois deu outra, mais outra. Quando ele já tinha dado a quinta, ela segurou a mão dele e disse:

(Rubelita): Ai Ameni, isso doeu!

(Amennekht): Desculpe.

(Rubelita): Nada de desculpas. Você sabia do trato: deu um golpe que machucou? Agora vai pagar uma prenda.

(Amennekht): Pensei que não estávamos mais brincando de lutinha.

(Rubelita): Pensou errado. Agora se prepare para sua prenda.

Rubelita abriu sua boca com todo o prazer, e abocanhou o pescoço do egípcio, que, por mais que tentasse se controlar, não conseguia evitar alguns gemidos saírem de seus lábios. Isso continuou até que a Rubelita parou.

(Rubelita): Pronto, acabei.

(Amennekht): O que você fez?

(Rubelita): Apenas deixei uma marquinha para você se lembrar dessa noite por um bom tempo.

(Amennekht): Eu certamente vou me lembrar.

(Rubelita): Ameni, tem uma coisa interessante que eu queria te contar... sobre as rubelitas.

(Amennekht): O que é?

(Rubelita): Uma rubelita, como eu, nunca se envolve emocionalmente com alguém igual a ela...

(Amennekht): Como assim?

(Rubelita): Nós gostamos de estar no controle, ou de sermos acolhidas. Para nós não existe meio termo entre isso: gostamos de ter alguém mais fraquinho que possamos proteger ou alguém mais forte para nos proteger...

(Amennekht): Interessante...

(Rubelita): Por isso que eu sou tão amiga da Topázio Imperial, e também sou amiga da Rubi J96Y, e de diversas outras gems.

(Amennekht): Rubi J9... a Joanete?

(Rubelita, rindo): Isso mesmo.

(Amennekht): Só mesmo você para ser amiga daquela rabugenta.

(Rubelita): Agora você foi diferente, Ameni. Quando nos conhecemos, você era um humano tão fraquinho... e agora ficou tão forte... você basicamente encarnou as duas coisas que mais gosto em alguém... você é perfeito!

(Amennekht): Não Rubelita, você que é!

Um vento frio soprou pelo quarto, fazendo Rubelita se encolher e começar a tremer. Amennekht pegou o lençol da cama e cobriu a ela e a si mesmo, e ambos continuaram trocando carícias apaixonadas por baixo dos lençóis.


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Notas finais do capítulo

Rapaz, que demora foi postar esse capítulo. Depois de um capítulo inteiro dedicado a uma batalha, foi difícil escrever algo relacionado a tempos de paz, mas fiz o melhor que pude.

Neste capítulo há uma pequena contribuição da MusaAnônima12345, que insistiu para que eu fizesse uma certa troca de farpas entre Rubelita e Merit. Aqui a gem rosa-choque já percebe o carinho que o faraó têm pela amiga de infância e, por isso, tratou logo de se estabelecer, com uma postura passiva-agressiva. Isso foi inspirado na própria gemologia da pedra: as rubelitas são joias associadas à paixão e à sensualidade. Complementando isso com o fato de Rubelita e Amennekht se conhecerem há bastante tempo e terem uma relação afetuosa, isso explica a postura de Rubelita, ora doce e singela, ora provocante e sensual.

Também não vamos esquecer de Thanos, o grego criado por meu irmão. Além de causar uma verdadeira baderna nesse capítulo, o capitão do Esquadrão Platina volta a atacar com suas referências padrão Deadpool. Além disso, mais quatro personagens aparecem aqui, tanto como cameos, como também membros honorários do Esquadrão Platina.

Espero que estejam gostando da história, porque no próximo capítulo vocês terão mais uma mudança narrativa bem legal. Garanto que todos vão adorar. Até a próxima.

Fato curioso: o nome da cidade não foi escolhido ao acaso. Quem entender o cameo dos três guerreiros bárbaros vai entender a escolha do nome da cidade.



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