Sinnerman - Os Irmãos Cullen - Vol. 1 escrita por Mari


Capítulo 20
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

O epílogo!
Espero que gostem!



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— Força, milady! - Sue berrava, de frente para uma Isabella com dor. Edward estava logo ao lado dela, sentado na cama segurando sua mão. Deus, a mulher tinha mesmo força. Mesmo não fazendo uma careta de dor, desconfiava que a esposa tivesse quebrado todos os ossos da sua mão. - Mais um pouco e terá um filho, milady. Força! - gritava o mesmo mantra.
Depois de algum tempo, respirando fundo e fazendo um esforço sobrehumano, um lindo bebê nasceu, chorando com todo o poder de seus pulmões.
— Mais um menino, milady. Parabéns. - disse a curandeira após pegar nos braços o segundo filho dos Cullen. Enrolando-o numa toalha entregou o menino aos pais. Uma lágrima solitária atravessava o rosto da castelã, enquanto seu esposo sorria encantado. Era lindo. - Dê-me ele um segundo. Preciso limpá-lo. - Sue pediu, pegando o garotinho no colo e levando para a pequena banheira, onde começou a banhá-lo.
— Eu já posso entrar? Meus sobrinhos estão levando-me a loucura! - disse Emmett, enquanto segurava em cada braço um bebê de um ano. Para a felicidade de Isabella, idênticos ao pai.
— Não! - bradou um marido enciumado. - Não verás minha esposa despida.
— Edward! - ralhou Isabella envergonhada.
— Desculpe, amor.
— Milorde, segure-o enquanto limpo sua esposa, assim a visto e os gêmeos podem entrar. - entregou a ele seu terceiro filho homem. Ele sorriu ao ver os olhinhos abrindo. Parecia a primeira vez.
— Ele tem seus olhos, carinho. - Edward exclamou, hipnotizado pelo olhar do menino, idêntico o da sua mãe. Aquele olhar que ele tanto estimava.
— Pelo menos algum deles se parecem comigo. - resmungou ela fungando, relembrando do parto sofrido que foi o dos gêmeos.

 

— Edward. - no meio da noite chamou uma Isabella gigantesca em sua cama. O marido que raramente tinha o sono pesado logo despertou.
— Isabella? - disse tentando olhá-la, porém estava muito escuro. Pegou o castiçal e acendeu as velas, vendo a esposa sentada em uma poça de sangue. - Meu Deus, o que aconteceu? - correu para sentar ao lado dela. A morena quase riu da ingenuidade e inexperiência do marido em assuntos femininos.
— É hora de tê-los. - ela disse o óbvio. Um calafrio percorreu o corpo do esposo. Deus, definitivamente não estava preparado para aquele momento.
— Vou chamar a Sue. - anunciou ele saindo do quarto e deixando Bruce de guarda. A curandeira já estava a uma semana hospedada no castelo, esperando o momento do parto.
Quando chegou ao quarto da mulher escutou um grito de dor da esposa.
— Sue, chegou a hora. - ele disse exasperado para a mulher sonolenta. Ela logo acordou e pegou sabão e água. - Para que precisas disto? - apontou para o balde de água e o sabão.
— Higienizar-me. - outro grito de dor da castelã.
— Ela está ferida. - murmurou Edward assustado.
— Não está, são contrações. - tentou tranquilizá-lo.
***
— Ela está muito fraca. - sussurrou Sue com um menino chorão nos braços, ainda esperando o último bebê que parecia não querer sair do ventre da mãe.
— Isabella? - o marido a chamou mas esta não escutava. Estava quase desmaiando e seu corpo pegava fogo. - Está febril.
— Mantenha-a acordada. - pediu Sue.
— Isabella? - chamou novamente, colocando um pano de água gelada na testa da esposa e com a sensação ela logo acordou.
— Meus filhos... - murmurou desesperada.
— Falta mais um. O primeiro é menino. Força, carinho. Ele está sufocando lá dentro... - tentou motivar à esposa, temendo a vida dela e de seu outro filho ou filha.
— Oh, meu Deus...- desatou a chorar.
— Força, carinho. Precisamos tirá-lo daí. - ele a interrompeu e ela fez força. Em seguida, um grito.
— É fácil falar. - resmungou e ele teria rido se não se encontrasse tão agonizado.
Força. Respire. Força. Respire. Força. Respire.
— Muito bem, mais uma vez! - Sue pediu. A criança estava quase fora. Força. - Pronto, querida. Respire fundo e acalme-se. - o choro do segundo menino ecoou no aposento. - Mais um menino! - anunciou ela. Dois garotos.
— Aaron e Elliot, carinho. - disse os nomes que haviam decidido para os gêmeos se fossem meninos mas a esposa não respondeu. - Sue, ela está inconsciente. - exclamou assustado e Sue lhe deu os bebês apressadamente.
— Ela desmaiou. Darei um pouco de água e chá. - disse ela, molhando toalhas e colocando no corpo quente da castelã. - Foi a febre. Irá ficar bem, Edward. Chame minha filha, Leah. Ela está no quarto.
— O que acontecerá com minha esposa? - o medo era nítido em sua voz e ele não fazia mais questão de escondê-lo.
— Ela ficará bem, porém preciso da minha filha para ajudar-me com os bebês. Vós não podeis segurar os dois, ainda temos que limpá-los e limpar nossa senhora. Limparei-a agora.
Edward foi ao quarto chamar a menina morena que devia ter por volta de dezoito anos.
Tudo ficaria bem.
***
— Pronto. Pode entrar, Emmett. - resmungou emburrado enquanto entregava seu terceiro filho embrulhadinho em uma pele grossa e branca à sua esposa. Emmett entrou com os dois garotos felizes e animados.
— Deus, eles pesam. Estavam frenéticos para vê-los. - Disse, colocando os sobrinhos no chão, que começaram a andar aos tropeços em direção ao pai. Edward sorriu com o andado deles. Pareciam dois patos.
— Venham cá. - ele abriu os braços e os meninos pularam neles.
— Mamão. - Aaron disse. Ainda não falavam muito. Edward sorriu.
— Sim, o irmão. Ele está... Isabella! - quase gritou ao vê-la amamentando na frente de Emmett. Ela levou os olhos ao branco e cobriu-se com uma toalhinha. Edward resmungou.
— Da próxima vez eu o deixo passar fome? - provocou ela, porém ele nada respondeu.
Os gêmeos olhavam com curiosidade para o irmãozinho. O pai sabia que queriam tocá-los.
— O irmãozinho tem que comer. - ele disse, ajeitando os gêmeos em seus braços. Emmett olhava o terceiro sobrinho.
— É um pequeno você, cunhada. - disse, admirado com a semelhança.
— Sim, é. Meu pequeno Charles. - ambos concordaram em dar o nome do honroso homem que era o pai de Isabella.
— Xauis - Elliot repetiu gargalhando, como se o nome fosse a coisa mais engraçada do mundo e todos riram junto com ele.

***

Dez meses depois...

— Deus, Isabella, teve que parir só meninos! - o marido gritou rindo enquanto os três bebês puxavam-lhe cabelos e orelha. - Quietos! - tentou ordenar mas eles apenas gargalhavam ainda mais do pai. A morena ria, acariciando o ventre e observando toda a cena. Aaron, Elliot e Charles. Todos levavam a sério o pai, porém em algumas horas de brincadeira era impossível fazê-lo.
Tudo havia mudado naquele castelo. O que era o lugar mais obscuro daquele baronato, tornou-se o mais ensolarado e feliz. As lindas crianças iluminavam com suas gargalhadas em todo lugar. Além disso, não havia nada mais alegre do que assistir às primeiras vezes de seus filhos: a primeira refeição, o primeiro passo, a primeira palavra, a primeira risada...
Isto tudo fazia Edward ser o homem mais feliz e o pai mais presente. Ele ainda treinava seus soldados, porém pela primeira vez na vida não desejava ir à guerra; porque pela primeira vez, tinha algo a perder. Sua esposa, seus filhos e seu lar.
Olhando-a dali, os cabelos castanhos - iguais os de Elliot - balançando com o vento e a luz do dia iluminando a face alva e os olhos marrons, tudo o que conseguia era admirá-la por ter feito tudo o que fez por ele. Desde o início, quando tentava de todas as formas mostrá-lo o caminho certo. A amava com todo o seu ser e agradecia a Deus por tê-la enviado. Sim, ele agora acreditava em Deus. Não que tivesse recebido uma intervenção divina ou tivesse falado com ele para acreditá-lo. E sim porque ele nunca mereceu aquilo e nunca esforçou-se para tê-lo. Porém, Deus, aquele que fora o seu único e verdadeiro pai desde que ele nasceu, fez questão de realizar aquilo e mesmo que ele não desejasse, passou a ser a coisa mais preciosa de sua vida. Tinha uma família e os amavam com todo o coração. Quando pensou em tudo que passou, não imaginaria que algum dia ainda seria feliz.
Porém, ali estava ele. Antes com a alma vazia, agora com a alma completa de felicidade.
Desfazendo-se dos três garotinhos, andou até a sua esposa e a beijou com volúpia.
— Eu. amo. você. lady. Cullen. - declarou pausadamente em quanto cheirava os cabelos da morena. Ela sorriu. O sorriso alargou-se mais quando viu os três bebês com muito ciúmes do beijo. Sim, eles tinham ciúmes do pai deles com a mamãe. Edward riu e pegou Aaron e Charles, Isabella pegou Elliot.
— Mamãe minha, papai. - Elliot disse emburrado.
— Não, minha. - Aaron disse puxando a mãe. Todos estavam colados e ela não parava de rir. O pequeno Charles ainda nem entendia o que falavam.
— Mamãe de todos, tudo bem? - ela disse carinhosamente e os pais revezaram os beijos entre os lindos filhos.


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Notas finais do capítulo

Gente, naquela época chamar a pessoa de 'carinho' era como se chamasse de 'amor' que nem chamam hoje.
Gostaram? Comentem, recomendem, é muito importante.
Obrigada a todas! Agradeço do coração!
Esperem, a partir de amanhã tem "O leão domado"! Edward e Bella estarão SIM na história! Beijos