A lógica do amor escrita por Thuty


Capítulo 1
Unique


Notas iniciais do capítulo

Então pessoas, eu andei afastada desse mundo do Nyah, parei de postar histórias e de atualizar as fics em aberto. Hoje é meio que um recomeço para mim, por isso irei respostar as histórias que exclui e as novas que criei para retomar um hábito de escrita a muito esquecido.
Na primeira vez, comecei com HP e dessa vez com PJO, mudanças? Sim, em todos os cantos.
Espero que gostem dessa one.
Qualquer errinho de escrita, por favor, me avisem. E, é claro, comentários são sempre bem vindos ♥



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Não sou de escutar conversas, mas quando a pessoa está tranquilamente passeando perto dos chalés e escuta a Mia, filha de Atena, conversando sozinha, você tem que parar, porque definitivamente não é o normal. Seria normal se fosse algo relacionado a matemática, arquitetura, engenharia ou planos de guerra, mas ela estava conversando sobre o amor e, embora eu não queira admitir, amor é um assunto meu.

− Mia? − eu acabei lhe assustando. Ela estava sentada em frente ao seu chalé e seus cabelos louros estavam presos de uma forma graciosa acima da cabeça.

− Hey Piper! − disse em forma calorosa tentando disfarçar o constrangimento de ter sido pega falando sozinha.

− Você está bem? − sentei ao seu lado.

− Claro que estou bem. O mundo todo estar de ponta cabeça, mas eu estou numa boa.

− Como assim? − perguntei e me arrependi pelo ar de riso, mas é que com Gaia sob controle, tudo estava as mil maravilhas.

− Como assim? Bem, a sua mãe é maluca! Com todo o respeito, Afrodite, mas é a verdade. − ela merecia um prêmio como a mais corajosa, nem mesmo os deuses atreviam a dizer essa palavra que começa com “m” para a minha mãe.

− O que ela fez? − quando vinha isso era algum lance de amor e como fui induzida a ser algum tipo de bandeira branca que será hasteada sempre que houver qualquer discussão estava ali para apaziguar a situação.

− O acampamento está todo confuso. Ele ficou um pouco confuso antes da guerra com Cronos, mas agora ficou pior e eu sei que a confusão vai até mesmo para os romanos. − o acampamento romano estavam passando as férias de verão conosco, duas semanas se divertindo um pouco.

− Por favor, me explique melhor.

− Veja, qual é o sentido desses casais? Percy e Annabeth, Nico e Will, Leo e Calypso… São tantos, eu não entendo. Eles não foram feitos para darem certos, mas dão. Não há lógica.

Ri com o que ela disse e comecei a olhar na direção deles, estavam todos ali fazendo suas atividades, até mesmo Calypso que chegou a pouco tempo com o Leo (que retornou trazendo a alegria de volta) estava fazendo algo, no acampamento ninguém nunca ficava parado.

− Bem, demorou muito para eu compreender a lógica da Afrodite. − ela pareceu surpresa com o que eu disse. − O que? Uma filha de Afrodite tem que compreender o amor desde o início?

Ela balançou sua cabeça negativamente e eu queria saber como resolveria essa questão.

− Olha, vamos fazer assim. Você diz um casal e eu tento colocar razão na suposta escolha de Afrodite, está bem? − ela balançou a cabeça afirmando e ficou pensando até que disse:

− Percy e Annabeth. − eu não sei porque, mas sabia que ela iria começar por eles.

− Eu entendo a falta de lógica neles, Poseidon e Atena se odeiam, mas pensa assim: o amor funciona como um quebra-cabeça, as peças devem se encaixar. E eles se completam, entende? − ela balançou que não. − Bem, a Annie é toda centrada, séria, já o Percy não, ele leva as coisas numa boa, é bem relax. Ele é o que a Annie precisa para relaxar e a Annie é o que o Percy precisa para se tornar sério. Quando o assunto é ela, ele fica todo bobo e quando ela estava correndo perigo? Era como olhar para um mar em tempestade, dava medo. Já a Annie, ah… Eles são perfeitos um para o outro, entende um pouco mais agora?

− Talvez… Talvez eles sejam peças de um quebra-cabeça que se encaixam, mas e os outros?

− Diga o nome de mais um casal, então.

Ficamos olhando para o pátio onde a Annabeth e o Percy estavam sentados à sombra de uma árvore com as mãos dadas, a forma como suas cabeças estavam e os pés juntos embaixo, formava até mesmo um coração. Era engraçado isso, ela ria de algo que ele disse e ele parecia orgulhoso por fazer sua sabidinha rir.

− Hazel e Frank. − ela disse.

− Ah pelo amor, né? A lógica deles é visível apenas pelos pais, se for pensar de uma forma simples, Ares é o deus da guerra, Hades deus do submundo, para onde as pessoas vão depois que morrem numa guerra? − Mia riu com o que eu disse.

− Pelo amor digo eu, você não vai me dizer que essa é a razão.

− Não, não é. Olha o Frank. Ele é super fofo, pela aparência deixa um time inteiro de futebol americano se borrando de medo, só pelo seu porte físico, mas ele é tão carinhoso com a Hazel e depois de tudo que ela passou talvez seja isso que ela precise. Os dois se completam dessa forma, sendo incrivelmente fofos juntos.

Ela pareceu aceitar a minha “razão” e enquanto isso eu observava ao longe o Frank, que tentava, inutilmente, ensinar a Hazel a atirar com o arco. Chegava a ser bem engraçado, ele tinha uma paciência inacreditável, mas eu sabia que no fundo ela não queria aprender, ela só queria que o tempo não passasse e eles pudessem ficar mais tempo juntos.

− Clarisse e Chris.

− Ah qual é? Até os nomes combinam, sabia que tem um shipp deles? Chrisse se eu não me engano. − o olhar que ela me mandou era tão parecido com o da Annie que eu imaginei que deva ser algo de Atena, um olhar assassino do tipo “não seja estúpida, não comigo”. − Certo, vamos lá. A Clarisse tem todo um jeito durão, mas a gente percebe que ela não é sempre assim, ela era amiga da Silena, então por que não amar o Chris?

− Bem, ainda não entendo. Uma coisa é ser amiga, outra é namorar alguém que não combina com ela.

− E onde eu disse que eles não se combinam? Os dois foram feitos para serem perfeitos, da sua forma, mas sim, perfeitos. Quem é que controla a Clarisse? Quem é que consegue domar aquela fera? Somente e unicamente o Chris, ele foi feito justamente para ser essa âncora dela, esse ponto de apoio, esse porto seguro. Agora quero que você me diga se ainda não acredita nessa razão muito louca do amor.

− Bem, eu ainda não acredito. Talvez seja certo com esses casais, mesmo que às vezes a ideia seja estúpida, porque um filhote de Poseidon com uma maninha minha, por favor né?

− Então diga outro casal. − já estava a perder a paciência com ela.

Enquanto ela pensava eu observava Clarisse e Chris, de mãos dadas, perto da cabana de armas. Eles eram realmente perfeitos.

− Travis e Katie. − não esperava que fosse esse, mas okay.

− Os opostos se atraem, quer mais explicação? − pelo seu olhar, acho que sim. − Assim como o amor funciona como um quebra-cabeça, ele também é baseado na física do magnetismo e de física você entende, filhote de Atena. − disse provocando-a pelo filhote de Poseidon que ela tinha dito. − Eles já brigaram tanto e de certa forma, em toda guerra, até mesmo nessas que travamos com pessoas que não gostamos, existe amor e esse amor foi crescendo e crescendo, até que no fim, os dois viram que se amavam e que não tinha para que continuar brigando. Existe uma parede muito fina que separa o ódio do amor, sabia?

E mais uma vez calei a boca dessa sabe-tudo e pus-me a observar esse casal só love, eles estavam próximos ao limite da floresta, ela parecia discutir, mas ele a acalmou, como sempre, com um beijo, uma cena linda.

− Nico e Will. − opa, isso é um truque, ela espera que eu esteja em um campo minado e que eu exploda.

− E mais uma vez os opostos se atraem. Simples assim, o Nico precisava de alguém como o Will, que soubesse rir da vida, mesmo com todo o estresse de um curandeiro. Sabe, o amor é ensinar, entende? Quem ama compartilha o que há de mais belo dentro de você.

− O amor ensina?

− Sim e de muitas formas. − ela pareceu achar interessante esse fato.

Foi fácil encontrá-los, eles estavam embaixo de uma árvore e fiquei surpresa ao ver que o Nico não estava exatamente na sombra, mesmo muito tímido, ele ria abertamente, como nunca tinha o visto. Era uma cena linda de se ver.

− Leo e Calypso.

− Sério garota, você ainda não desistiu? Bem, vamos lá. − não tinha o que dizer, Leo achou sua cara metade, isso já bastava para mim.

Eu havia conversado pouco com a Calypso, mas pelo que notei ela é uma garota bem legal e que já sofreu demais para toda uma vida, eles se merecem.

− O amor também é um presente…

− Como?

− O amor. Ele é um presente, entende? Muitas pessoas fazem as coisas buscando recompensas, as vezes lutamos tanto que o que queremos é uma vida em paz e cheia de amor. Ele merece ela e ela merece ele, simples assim. Não tem muito o que dizer, só sentir.

− É esse o problema, o amor tem que sentir. Prefiro sentir a capa de um livro do que o amor. − ri com o que ela disse.

− Acabou com os casais?

− É… Acho que sim… Não vem nenhum em minha mente. Você conseguiu me convencer, por mais doido que seja, que o amor tem suas próprias regras e que as vezes não precisa seguir todas para poder amar.

− Você não falou sobre eu e o Jason… − notei.

− E não precisa, não vejo nenhum problema com os dois. Seus pais não tem nenhuma rixa aparente, vocês se dão bem.

− Oh… − ela riu da minha cara patética.

− Bem, se quer saber, o amor é lindo e tudo o mais, mas não quero ele para mim não, okay? Okay. − finalizou se levantando e indo em direção ao pátio.

Foi aí que eu pensei, ela merece sim o amor, todos merecem. Lembrei de todas as vezes que ela discutiu com o Connor, de todas as vezes que ele lhe lançou uma cantada ou uma brincadeira. Lembrei também de uma brincadeira que os meus irmãos gostam de fazer, se soprarmos no ouvido de uma pessoa pensando no nome de uma pessoa ela irá ver essa pessoa com outros olhos, dura algumas horas, mas se for verdadeiro o que eu imagino que os dois sentem, quem sabe seja o início da história de amor da Mia.

Connor estava por perto, tinha que fazer nele também. Corri até Mia e quando passei por ela assoprei perto dela, na direção de seu ouvido, pensando no Connor. Ela levou um baita susto, mas algo aconteceu, era como se seus olhos tivessem saído um pouco de foco. Logo em seguida sair correndo e fui até perto do Connor, ele parecia estar armando uma pegadinha, por isso seu susto foi bem maior, mesmo assim conseguir pensar na Mia enquanto assoprava.

Agora estava feito, todos merecem uma história de amor.


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Notas finais do capítulo

E então, amoras? Espero que tenham gostado.
Beijo, beijo ♥



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