O Reflexo da Bruxa escrita por Stefani Ferrera


Capítulo 3
Os Dois Lados Agora


Notas iniciais do capítulo

Oie! Quero agradecer a yElisapl pelo comentário super fofo *-*
Isso deixa meu dia mais feliz! ♥
E como promessa é divida, eis aqui um capitulo fresquinho!!!!

Boa Noite!!!



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O rei Uther chegou cinco dias após a irmã da rainha, e para comemorar o sucesso do tratado de paz e a chegada do herdeiro ao reino decidiu dar um banquete para os lordes das redondezas.
O castelo estava em polvorosa. As cozinheiras tinham suor escorrendo da testa enquanto mexiam nas caldeiras, fazendo os pratos finíssimos para servir aos convidados. Os guardas do castelo montavam uma estratégia para impedir qualquer invasor na festa, e procuram meios de proteger suas majestades e seus convidados. As criadas corriam de um lado para o outro, polindo os móveis e limpando as vidraças. Enquanto, as damas de companhia da rainha a preparavam para o baile onde ela anunciaria a chegada do herdeiro.
Com a promessa de Gothel que a ajudaria a dar a luz ao filho, Tremaine não se preocupou em contar a verdade ao rei, ao invés disso deixou que ele desse um baile para que todos soubessem que ela estava bem e o herdeiro seguro em seu ventre. Mesmo que fosse uma grande mentira.
Muitos reinos eram construídos através da mentira, normalmente eram derrubados da mesma forma.
A dama de companhia terminou de ajuda-la com o vestido e sorriu satisfeita com o resultado de seu trabalho. A rainha estava exuberante num belo vestido vermelho com rendas pretas, seus cabelos estavam presos num coque, alguns fios soltos estrategicamente caiam em cima dos olhos e a pesada coroa cravejada de pedras preciosas reluzentes completava a elegância da rainha.
Respirando profundamente, Tremaine saiu de seu quarto e caminhou em direção ao salão de baile, onde ela já podia escutar a música alegre que tocava. Encontrou Gothel saindo de seus aposentos no meio do caminho e quase não pode reconhecer a própria irmã.
Os cabelos de Gothel, normalmente bagunçados e cheios de nós, caiam em uma trança longa sob um dos seios até a cintura fina. Um elegante vestido azul com pedras no decote deixavam a mulher da floresta com aparência de uma princesa.
Gothel usava brincos grandes que destacavam a cor profunda de seus olhos e seus lábios estavam pintados de vermelho.
— Você está linda, Gothel! — elogiou Tremaine sorrindo para a irmã. Gothel soltou um suspiro de raiva.
— Este vestido está me apertando. Me obrigaram a colocar sapatos altos! — resmungou a mulher.
— Esse é o preço de se viver entre a realeza. — comentou a irmã, pegando no braço de Gothel para irem ao salão — Não se pode usar vestidos sem espartilhos, nem ficar descalça.
— Como você aguenta isso? — olhando a irmã ela sorriu — Essa coisa na sua cabeça deve pesar mais que você.
— Realmente pesa muito, mas eu até gosto de usa-la. Me faz parecer mais bonita do que já sou… — riu a rainha.
— Arrogante! — comentou Gothel, observando o sorriso no rosto da irmã.
— Senti sua falta, Gothel. — murmurou após alguns segundos, buscando os olhos da irmã que lhe passavam tanta confiança.
— Eu também! — respondeu, o coração cheio de sinceridade.
Elas estavam nas escadarias que davam para o salão, quando o rei Uther apareceu, vestindo uma armadura prateada com uma capa vermelha. A coroa estava no alto de sua cabeça, um símbolo de sua posição. Ele esticou as mãos e segurou a rainha, beijando-a levemente no rosto.
— Este é o dia mais feliz de nossas vidas. — comentou ele, colocando a mão no ventre da esposa, que forçou um sorriso — O reino está extasiado.
Tremaine se sentiu desconfortável por mentir, e para distrair seu marido ela sorriu, pegou sua mão e se virou para a irmã.
— Querido, essa é minha irmã. Lembra-se dela? Gothel. — falou a rainha.
— Como poderia esquecer. — disse o rei, virando-se para cumprimentar a irmã de sua esposa — Obrigada por se unir a nós nessa comemoração, Gothel.
— Eu fico feliz com o covite. — respondeu a mulher, os olhos cravados no homem que ordenou a morte de tantas pessoas como ela.
Fingiu um sorriso quando Uther lhe estendeu a mão e ela o aceitou. Com às duas mulheres penduradas cada uma de um lado, Uther se dirigiu ao salão de baile, jogando conversa fora.
Ele era articulado, falava bem e tinha uma boa aparência, além é claro, de seu título. Gothel podia entender o porquê da irmã estar tão apaixonada. Ele a tratava como uma divindade, lhe dando tudo o que ela, uma garotinha da floresta poderia querer. Amor, carinho, conforto e um título acima de qualquer outro.
O sangue de Gothel fervia só de estar no mesmo recinto que aquele homem, porque por mais que sua irmã visse um ótimo marido, e o povo um bom rei, Gothel só conseguia ver um assassino tirano.

Durante as festividades, o rei e a rainha ficaram em seus tronos, num palanque no fundo do salão, aonde as pessoas iam parabeniza-los.
A música tocava alta, os servos passavam servindo os mais deliciosos petiscos, enquanto pessoas da realeza bebiam e dançavam, ignorantes ao fato de que toda aquela festa era uma farsa.
Gothel estava no canto do salão, sozinha observando com cuidado todos os indivíduos. Os olhos dela se fixaram no rei por alguns segundos e ela tentou desviar seu ódio por algum tempo.
Estava ali para ajudar sua irmã, não para matar o rei, embora a ideia fosse tentadora e agora que ela estava dentro da casa dele, tendo sua total confiança seria muito fácil.
— São lindos juntos, não são? — comentou uma mulher elegantemente vestida. Gothel se virou para encara-la — Sou Nora, mãe do rei.
— Prazer em conhece-la. — sorriu Gothel, observando a mulher de cima a baixo. — Sou a irmã da rainha. Gothel. 
Então, era ela quem infernizava sua irmã dia e noite? Que bom saber! Sorrido, Gothel pegou uma taça de vinho e bebericou.
— Estamos todos muito contentes com a chegada do herdeiro. — suspirou Nora — Embora sua irmã tenha perdido tantos bebês. Por algum tempo cheguei a pensar que ela era infértil. Imagina que coisa terrível! — disse , balançando a mão em volta do rosto.
— Minha irmã não é infértil. Ela terá o herdeiro. — respondeu Gothel, ríspida.
— Isso é maravilhoso. Especialmente para ela, afinal ela poderia perder o título de rainha se fosse incapaz…
— Minha irmã não está aqui por essas futilidades, senhora. — falou Gothel, quase cuspindo a última palavra — Ela ama seu filho verdadeiramente, então sugiro que passe a respeita-la um pouco mais.
Sem mais uma palavra Gothel deu as costas a mulher e saiu pisando firme pelo salão, apertado as mãos e murmurando algumas palavras. Palavras magicas, ela sabia que era arriscado fazer isso dentro do castelo, no mesmo salão que o rei, mas como uma criança levada ela não se importou com o perigo. 
Varias vozes cercaram Gothel, e de suas mãos uma pequena fumaça preta se elevou. Virando-se, ela foi capaz de ver a sogra de sua irmã engasgando com o vinho e alguns criados correndo para ajuda-la.
Era uma magia simples e boba, um tanto infantil. Por enquanto.

Sorrindo para si mesma, continuou caminhando para fora do salão, até que sentiu uma presença. Virou-se para todos os lados, tetado achar de onde vinha aquela presença tão forte e poderosa. Foi quando ela pode ver, uma linda e esguia ruiva sorrindo para alguns convidados enquanto servia os aperitivos.
Os olhos de Gothel brilharam ao ver a mulher, que vinha em sua direção, quando o caminho de ambas se encontraram foi como se tudo ficasse em câmera lenta, os risos, as conversas maçantes, a dança e a musica, tudo ficou mais devagar. A mulher olhou rapidamente para Gothel, e seus olhos se encontraram por apenas um seguindo, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa a mulher continuou seu caminho. 
— Onde você está indo? — perguntou Tremaine, surgindo ao seu lado.
— Estava indo embora… Quem é aquela mulher? — perguntou Gothel, com interesse.
— Zelena, é uma serva do castelo, porquê? — quis saber a rainha.
— Ela tem alguma coisa... — murmurou Gothel, sem conseguir tirar os olhos da ruiva.
— Ela tem um filho crescendo em seu ventre. — respodeu Tremaine, má humorada, com uma pontada de inveja. 
— Não me diga! — sorrindo, Gothel se virou para a irmã — Acabei de achar seu herdeiro. — disse, inclinando a cabeça para Zelena.
Tremaine observou a serva e seu ventre com uma pequena ondulação, depois se virou para Gothel, irritada.
— Preciso de uma criança que saia de mim, do meu ventre, não uma barriga de aluguel. — reclamou.
Gothel fez silencio por alguns instantes, o plano surgindo em sua cabeça.
— E quem disse que ele não saíra de você?
Questionou, sorrindo para a irmã e voltando seus olhos para a alegre mulher que servia os convidados.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?
Espero que sim!!!!

Vejo vocês nos comentários!
Beijos de True Love ♥ e até mais!



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