Drunk in love ? escrita por queenmorrilla


Capítulo 1
Drunk in love ?


Notas iniciais do capítulo

Eu amo muito escrever coisas aleatórias e esse festival colocou um desafio tão bom! Vamos ver onde Dormi na Praça se encaixa nessa história hehehe



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“Wooohooo!!” Esse foi o grito de Regina Mills, prefeita de Storybrooke, ao tomar sua sétima dose de tequila, fora todas as outras bebidas que já havia tomado. “Des-“ Ela trava. “sce... Mais uma!” Sua voz arrastada de quem já estava muito bêbada.  Ela teve um dia cheio. E tudo que precisava, era esquecer quem mais lhe causava sentimentos. Tais bons e ruins. Bons no sentido de estar perto já era suficiente. Ruins pois não sabia o tamanho do que causava em Regina. 

“Eu acho que você já tomou mais do que devia, Madam Mayor.” Diz o bartender, fazendo Regina olhar com fogo nos olhos para o rapaz. Ela está no Rabbit Hole, um dos poucos lugares onde Regina poderia tomar algumas bebidas em paz e sozinha.

“Quando eu achar que algum homem tomará alguma decisão por mim, eu te aviso...” Mesmo bêbada, jamais Regina Mills iria deixar um homem falar o que ela pode ou não fazer. “Agora, desce mais uma, porque afinal de tudo: eu estou pagando.” Ele apenas concorda e pega a garrafa de tequila para servir mais uma dose.  Assim que ela pega o copo, sorri para ele e toma o líquido todo de uma vez! Sem querer mais conversa, abre a bolsa e pega uma nota de cem e joga nele. “Pode ficar com o troco.” Pega sua bolsa, que estava no banco ao lado e sai do bar.  

Até o momento que sai do bar, ela consegue manter uma postura de que estava bem, mas bastou sair pela porta que já sente o peso de estar bêbada. Não consegue enxergar direito. Tudo, além de embaçado, está balançando.

Ficar no salto alto é uma tarefa impossível nessas condições. Então, antes de começar a andar, ela retira os sapatos e os leva na mão, e assim começa a ir embora. Havia ido de carro, mas ela tinha consciência de que era errado tentar dirigir assim, e simplesmente resolve ir andando. Já é mais de uma hora da manhã e Regina a única pessoa andando na rua a essa hora. 

“Uau! Que lua linda!” Ela fala para ninguém além dela mesma. “Estrelinhas!!! Que brilham tanto... que coisa mais... linda.” Ela diz com a mesma dificuldade ainda e sua fala fica lenta, bem pausadamente. Segue olhando para o céu e não vê o degrau a sua frente, acaba caindo, mas não se machuca. Ou pelo menos ela não vê o machucado. “Ai, eu estou muito bêbada!” Ela começa a rir tentando se levantar. Quando consegue, volta a andar, tentando ficar em linha reta. “Estrelas!” Ela olha para o céu. “Somos só nós...” Tenta contar quantas têm, mas são muitas. “Uau.” Ela para. “Que céu lindo... Esse... brilho, bem parecido com o brilho dos olhos...” Para de falar assim que percebe o que ia dizer. “Hoje não.”

De volta a caminhar, Regina segue um pouco tonta. Mais a frente, avista um banco e resolve se sentar um pouco. Respira fundo e passa suas mãos pela madeira, soltando o ar, começando a cair de lado, até se deitar no banco. Sem forças para levantar, sem forças para manter os olhos abertos, Regina apaga.

Tá gelado. Tá muito gelado. A noite em um banco da praça não foi uma de suas melhores ideias. Idiota! Por que não vai para sua própria casa dormir? Mas com que forças? Não tenho força nenhuma para levantar daqui.

“Regina? Regina, levanta.” Da onde está vindo essa voz? “Regina!” Abre os olhos de uma vez, Regina, eu quero ver quem-

Meu Deus!

Não pode ser verdade.

“O que você está fazendo aqui fora no gelado, Regina?” Pode sim! Emma na minha frente, me acordando, é real sim!

“Dormindo.” Não era óbvio já? Mas espera aí um instante... O que ela tá fazendo de camisola branca no meio dessa praça? Ainda mais nesse frio? “O que você-“

“Regina, vamos embora...” Ela se levantou? Ué, como isso? Ela estava ajoelhada, por quê? Ahh, eu estou deitada ainda. Deixa eu me levantar... E... Foi! “Eu tenho uma surpresa para você.” Que sorriso safado é esse, Miss Swan?

“Miss Swan, o que você está fazendo aqui?”

“Eu vim te ajudar.”

“Me ajudar?”

“E me ajudar também...” Ela continua com esse mesmo sorriso.

Danada.

A mão dela segura meu queixo. Meu Deus, Regina, faz alguma coisa...

Hmm...

Que decote!

Com alguma coisa eu queria dizer o toque, mas me distrai fácil...

“Você está um tanto quanto calada, Madam Mayor.” Faz alguma coisa, Regina! Fala alguma coisa!! Por que eu não consigo falar nada? “Ai...” Ela tá rindo da sua cara de besta.

Ai!! A força dela no meu queixo, eu não estou preparada para isso.

Ela tá chegando mais perto.

Regina, faz alguma coisa!

Mais perto.

LEVANTA, REGINA!

Mais e mais perto.

REGINA!!!

E me beija. E beija muito. E eu a beijo também. Por muito tempo. Muito, muito tempo. E eu esperava isso por muito, muito tempo também. Que lábios macios... Essa mão descendo pelas minhas costas.

É hoje!

Só pode ser hoje!

As unhas arrastando de trás para frente, para a abertura da minha camisa, que Emma não deixa passar despercebido.

Uii, tá gelado.

Mas tá muito quente também.

Lá se vai o primeiro botão... O segundo... O terceiro...

“Regina?”

O quarto... Só faltava mais um.

“Regina, acorda!”

“Aahhhh!” Ela grita ao acordar. Ainda está escuro. Regina perdeu totalmente a noção de horário, devido a esse cochilo. “O que??” Ela levanta e olha ao redor. “Onde está?”

“Onde está o que?” David pergunta, fazendo ela se virar na direção dele. Por um instante ela pensa em falar, mas fica quieta. “O que você estava fazendo aqui?”

“Não é óbvio?” Ela levanta as mãos com o questionamento. “Eu dormi na praça...” Nem ela acreditava. Coloca as mãos na cintura e analisa mais uma vez a região, ainda confusa com a realidade e o sonho.

“Então, infelizmente, eu vou ter que te levar comigo.” Ele pega as algemas, que estavam no cinto de seu uniforme.

“Como assim? Eu sou a prefeita dessa cidade!”

“Exatamente. E você mesma colocou a regra de que ninguém poderia dormir em nenhum lugar público, principalmente a praça.” Regina revira os olhos e acaba deixando ele colocar.

Ainda um pouco zonza, por causa de todo o álcool em seu corpo, Regina começa a perder noção da realidade de novo. (Sabe quando a gente bebe e chega um momento que a gente esquece tudo o que fez, mas os amigos te contam no dia seguinte e você fica MENTIRA COMO PODE EU NÃO LEMBRAR, é mais ou menos assim). Na viagem de carro até a delegacia, ela ficou quieta, mas basta entrar na cela que sua versão bêbada cria vida novamente.

“Ô seu guarda!” Ela chama David, que havia acabado de trancar ela. “Eu não sou vagabunda... Eu não sou delinquente... Você não precisa me prender!” O tempo todo ela fala gesticulando com o dedo. 

“Eu sei, mas até de manhã você precisará ficar aqui.” De repente, Regina começa a chorar, deixando David preocupado.

“Você nem é o xerife de verdade!” Os gestos continuam, dessa vez mais agressivos. Era um choro histérico, de alguém que estava muito, muito bêbada. Ela pega na grade da cela e balança. “A xerife de verdade nunca me deixaria aqui! Onde está ela?”

“Dormindo. Essa é a minha vez de ficar de tocaia.” Ele respira fundo, um pouco aliviado ao perceber que ela só está bêbada.

“Eu muito iria gostar da presença dela aqui.” Regina limpa as lágrimas e se senta na pequena cama, que tinha dentro da cela. “Eu estou muito carente...” Ela fala em um tom, que só ela consegue ouvir. “Seja meu amigo, David!”

“Eu sou, Regina, mas infelizmente não posso fazer nada agora.” Ele chega mais perto da cela.

“Pode sim! Não me deixa ficar sem ela.” Regina olha para ele, fazendo a cara mais triste que ela conseguiria naquele estado. “Por favor!” Aquilo parece atingir um pouco o coração de David, que liga para sua casa na intenção de acordar Emma. E consegue.

Minutos depois, Emma surge na delegacia, de coque bagunçado, pijama de calça e camiseta de manga comprida xadrez branco. Sua cara de sono dizia tudo já. David apenas sorri para ela, como se quisesse pedir desculpas e sai da sala, as deixando sozinhas.

“Você queria me ver, Madam Mayor?” Emma diz, chegando mais perto da cela, se apoiando nela.

“Emma...” O sorriso que cresce no rosto de Regina é evidente. “Você bem que poderia abrir aqui para mim...” Ela se levanta para chegar mais perto das barras que Emma estava apoiada. Emma está com muito sono, que nem percebe direito o que faz. Ela mexe o portão para frente e para trás e abre, simplesmente revelando um segredo da cela. “Ahh... Interessante.” Regina olha de cima a baixo.

“Pronto. Agora posso voltar a dormir.” Emma diz e começa a ir na direção da saída.

“Emma, espera.” Regina chama, fazendo Emma parar e olhar para ela novamente. “Por que dormir em casa, sendo que você pode dormir aqui?” Ela então aponta para a cama. Regina chega mais perto de Emma, coloca uma mão no pescoço da loira e a outra na cintura. “Eu sei que você quer...”

“Você bebeu demais hoje, Regina.” Ela segura nos braços da Regina, tentando impedir a morena de fazer o que é que ela estava pensando.

“Sim, eu bebi...” Regina ri em seguida. “Mas você não. Então por que não dorme aqui?”

“Por que eu dormiria?”

“Porque eu estou pedindo.” Emma estreita os olhos em Regina, que apenas sorri e solta as outras partes da loira para pegar a mão dela, a puxando na direção da cela. “Vem...” Emma tenta fazer peso com o corpo, mas estava tão fraca com o sono, que apenas vai com Regina, que bêbada teve coragem de fazer o que sua versão sóbria não conseguia: convidar Emma para dormir com ela.

E assim as duas foram para a pequena cama. Regina convence Emma de se deitar na parede, e assim que a loira faz, ela se deita junto. Emma não entende muito o porquê, mas acaba deixando Regina fazer o que quer. Uma de frente para a outra, na cama agora muito menor do que no início. Regina coloca uma mão na nuca de Emma e faz um leve carinho na região. A loira fecha os olhos, e descansa sua mão na perna de Regina, que sorri e também fecha os olhos. Em questão de segundos, ambas dormem.

As duas acabam dormindo profundamente naquela posição, e ao decorrer da noite foram mudando de posições, porém sempre encostando uma na outra. Até o momento em que David retorna a delegacia, Regina está com sua cabeça nos seios de Emma, que a abraça em algum momento. Ao ver essa cena, David apenas sorri para as duas e não faz nenhum barulho, evitando acordar ambas. Decide então voltar mais tarde, para que não as atrapalhe.

Regina é a primeira a começar a acordar. Aos poucos foi abrindo os olhos, piscando várias vezes até entender onde estava. Sua cabeça não a ajuda,  pois ela não se lembra de tudo que aconteceu, muito menos de como veio parar aqui na cela e menos ainda como Emma estava com ela. A única coisa que se lembra foi de cair no banco da praça...

Emma também começa a acordar ao perceber o agito de Regina em seus braços. Ao abrir os olhos, dá de cara com Regina a encarando. Por um instante ela sorri, se lembrando de como foi parar lá, no meio da noite, depois de receber uma ligação de seu pai dizendo que ele prendeu a Regina.

“Swan, o que eu estou fazendo aqui?” Regina pergunta, em um tom de voz sério. Emma apenas sorri e a puxa para mais perto. Regina fica um pouco incomodada e tenta sair.

“Regina, não tenta disfarçar.” Regina estreita os olhos nela. “Se você quisesse mesmo sair, você já tinha tentado quando acordou.”

“Eu não-“

“Não vamos discutir isso agora...” Emma respira fundo, contente, e fecha os olhos. “Vamos dormir mais cinco minutinhos.” Dessa vez quando ela puxa, Regina não faz nada, apenas olha Emma por um instante e acaba sorrindo. Seja lá como ela chegou nessa situação, nada muda o que ela estava sentindo nesse momento. Era bom e isso a deixa muito feliz. Ela ri de si mesma um pouco e volta a apoiar sua cabeça nos seios de Emma. “Isso aí...” A loira sussurra. “Vamos dormir.”


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Notas finais do capítulo

Teve muito erros? Perdoa nóis e não desiste kkkkk Obrigada por chegar até aqui!! Qualquer coisa, deixa ai o coments ou chama lá no twitter @queenmorrilla ;)



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