Wells Up. escrita por Any Sciuto
Ela sentia que o mundo havia mudado. Uma cadeira macia, uma sala cheia de gatinhos era tudo o que ela poderia pedir. Ela pegou um dos gatinhos no colo para acariciar. Ele ronronava para ela em retribuição a mão no pelo.
Ela tentou se levantar da cadeira para buscar outro gatinho, mas se sentiu colada a ela. Aí veio o choque e ela apagou outra vez.
— Não morra. – Gritava uma voz ao longe. – Ainda não consegui o que eu queria.
Ele deu outro choque nela e ela se sentia mais longe.
— Não posso ir agora. – Ela falou. – Ainda quero ver Sergio outra vez.
Outro choque a atingiu. Ela sentiu a carga ser maior e foi jogada de volta para o corpo.
A máquina voltou com seus bips. Ela abriu os olhos com certa dificuldade ainda com algum efeito da escopolamina.
Peter deu outra dose para ela. Os olhos pareciam chamas ardentes e ele realmente estava puto da cara.
Ele virou a cama e rasgou a blusa que ela estava usando agora. As costas nuas a fizeram querer vomitar.
— Você vai realmente sofrer agora. – Ele falou isso sabendo que a dor provavelmente seria pior para ela, mesmo com um toque fraco nelas.
O chicote atingiu as costas e ela gritou de dor. Eram toques sutis. Ele tocou várias vezes a fazendo acreditar que suas costas estavam com feridas.
— Eu lhe disse.- Ele falou virando-a para frente. – Eu vou arrancar essa informação de você.
Ele pegou mais escopolamina. Ele provavelmente mataria ela com tanta escopolamina.
— Eu realmente preciso de você calmo. – Ele tocou seus ombros. – Lembra-se do que eu disse lá no elevador?
— Não. – Ela contorceu na cama.
— Eu quero agora. – Ele falou.
Algumas horas antes...
Ela caiu no chão duro do FBI com uma força que a fez ver estrelas. Peter deu outra carga de choque nela e ela ficou inconsciente. Ele a arrastou pelos braços até o elevador onde tinha escopolamina pronta. Ele a colocou contra a parede e a fez aspirar o gás falando algumas coisas para faze-la entrar na fantasia dele.
Quando as portas do elevador fecharam e eles estavam a sós ele colocou a máscara nela.
— Quando eu lhe der o comando você vai se levantar e caminhar até o parapeito desse prédio onde você está agora. Você vai ficar sentada por no máximo meia hora e vai se jogar ao menor sinal de desconhecidos. – Ele tirou a máscara colocando ela de volta na mesma hora. – Mas você vai cair para trás quando ouvir a voz do agente Alvez e vai cair em sono profundo. E você vai ter uma arma com você.
Atualmente...
Kevin descobriu o sinal dos brincos de Penelope. A equipe toda menos Hotchner se dirigiu para lá.
Eles tinham certeza de que a encontrariam antes que ele a matasse.
Ela não iria dar nenhuma informação, mas tentar era sempre bom.
— Má noticia, docinho. – Peter falou. – Acho que a nossa festa vai acabar em breve. Mas eu quero que segure essa arma e vá para o telhado e fique lá. Eu vou estar ao seu lado.
Penelope seguiu as ordens de Peter sob o efeito da droga. Ela se sentou no parapeito.
Luke chegou momentos depois com a equipe. Ele olhou para cima e a viu no telhado.
— O que ele está fazendo com ela? – Luke correu para o telhado.
Ele abriu a porta que ligava ao telhado e encontrou Peter ao lado dela. Ele não conseguiu falar nada. Reid chegou atrás dele.
— Penelope. – Reid gritou.
Ela não olhou para ele. Ele sentiu como se ela estivesse perdida em seus próprios pensamentos.
— Fique com as mãos aonde eu possa ver. – Reid gritou.
Peter se aproximou dela e depois saltou para a morte. Reid olhou com descrença para um Peter Lewis morto no chão.
— Penelope. – Reid começou. – Porque não me dá essa arma, hum?
Ela não respondeu. Ele não se aproximou dela com medo dela se jogar a qualquer momento.
— Luke. – Reid falou. – Porque não tenta?
Luke apenas olhou para Reid sem uma palavra.
— Ela está em uma fantasia e seja qual for acho que uma palavra sua vai ajudá-la a tirar desse transe. – Reid falou. Ele se afastou dela.
— Penny. – Luke falou para Garcia.
Ela deu uma estremecida e soltou a arma. Reid pegou a arma antes dela cair. Foi quando ele viu Penelope caindo para traz de volta a prédio.
Luke deu quatro passos largos em direção a ela. A cabeça bateu no chão duro de concreto e ela ficou inconsciente. Luke se ajoelhou a ela e trouxe mais para dentro em um lugar seguro.
— Achamos ela. – Reid falou pelo comunicador. – Precisamos de uma ambulância urgente aqui no terraço.
Reid voltou para perto da amiga. Luke não a soltava.
— Venha. Apenas abra os olhos um pouco. – Luke precisava que ela abrisse os olhos.
Rossi e Emily surgiram pela mesma porta que os outros agentes. Eles se aproximaram de Luke e Reid no terraço.
— Ele se jogou. – Falou Reid. – Ele provavelmente sabia que ele iria voltar para cadeia.
Emily não respondeu nada, apenas ficou olhando Luke segurar Penelope no telhado desacordada. Rossi fazia o mesmo, olhando com um olhar de pena.
— Acha que ele conseguiu o que queria? – Rossi perguntou depois de um tempo.
— Seja qual for a ilusão que ele a fez passar ela provavelmente resistiu bravamente. – Respondeu Emily.
— Como sabe disso? – Perguntou Rossi.
— Ele deve ter simulado a morte dela. – Emily respondeu. – Mas acho que ela foi para algum lugar melhor durante esse tempo e isso a fez suportar.
— Temos que levar ela ao hospital o quanto antes. – Gritou Luke. Ele a levaria nem que fosse caminhando.
Os enfermeiros chegaram e colocaram ela em uma maca e a levaram para o hospital.
— Então? – Perguntou Luke e Spencer juntos.
— Ela parece bem. – Respondeu o médico. – Mas ela ainda está sob efeito da escopolamina em uma dose que poderia ser fatal. Não pude deixar de notar algumas lesões como de um ressuscitador.
Eles se olharam.
— Ela morreu? Tecnicamente? – Perguntou Spencer.
— Com base naquilo é bem provável. – Respondeu o médico. – Muito provável.
— E ela vai ficar bem? – Perguntou Luke.
— Assim que o efeito passar completamente sim. – Respondeu o médico.
— Sinais de... Abuso? – Perguntou Reid quase se punindo por perguntar aquilo.
— Nenhum. – Respondeu o médico.
Luke soltou o ar preso desde que Reid fez a pergunta.
— Podemos ver ela? – Luke perguntou.
— Daqui a algumas horas. – Respondeu o médico. – Os exames estarão chegando em breve.
— Eu acho que não posso esperar algumas horas doutor. – Falou Luke.
— Ah. – Respondeu o médico. – Então venha comigo, sim?
— Está certo. – Luke o seguiu até o quarto onde ela estava dormindo.
Ele entrou a viu. Ela parecia bem, apesar de alguns hematomas e marcas de seringa nos braços. Ela não iria acordar logo, mas quando ela acordasse daqui a algumas horas ele estaria com ela.
Hotch olhava para as fotos do corpo de Peter Lewis morto no chão e dava grandes suspiros.
— Acho que já pode voltar. – Falou Rossi.
— Eu gostei da sensação de ser pai em tempo integral. – Hotch falou. – Considero a longo prazo ficar cuidando dele.
— Penelope vai ter um longo caminho para superar tudo isso. – Rossi falou. – Talvez você pudesse ajuda-la.
— Eu dou essa chance para o Luke. – Hotch falou. – Vi o quanto ele a ama então ele pode ajuda-la.
— Como? – Rossi perguntou. – Eles vivem brigando.
— Quem muito briga é porque no fundo se ama. – Falou Hotch.
— Ela acordou. – Falou Emily entrando na sala. – Ela está bem fisicamente, mas está muito assustada.
— Podemos vê-la? – Perguntou Rossi.
— Ela está vindo para cá. – Respondeu Emily. – Luke e Reid estão trazendo ela.
— E ela falou o que ele a fez ver? – Perguntou Hotch.
— Ele a fez subir até o telhado com uma arma e que ela deveria se jogar de lá ao menor sinal de gente estranha. – Respondeu Emily. – Mas aparentemente quando Luke e Reid chegaram ela não se jogou. Então quando Luke chamou pelo nome dela ela foi instruída para apagar.
— Algo mais? – Perguntou Hotch vendo o olhar de Emily.
— Ele a fez achar que as costas dela estavam machucadas em carne viva. – Respondeu Emily. – Mas ela vai ficar bem.
— Eu espero que sim. – Respondeu Hotch. – Digam a ela que eu senti a falta dela.
— Onde você vai? – Perguntou Rossi.
— Para casa. – Respondeu Hotch.
— Não vai ficar aqui até ela chegar? – Perguntou Rossi.
— Tenho que dizer ao meu filho que estamos seguros. – Respondeu Hotch.
— Vamos te ver em breve? – Perguntou Emily.
— Quem sabe. – Hotch respondeu com um sorriso.
Penelope chegou a sede com um certo receio em entrar. Luke apertou a mão dela como se a protegesse de tudo e de todos.
— Eu prometo. – Ele falou. – Vai superar isso. E eu vou estar com você.
Tara havia voltado do hospital. A equipe ficou em silêncio na sala de reuniões em uma homenagem a Walker. O enterro seria no dia seguinte. Eles não conseguiam falar nada e Penelope, bem, ela não conseguia olhar para os colegas depois de tudo o que aconteceu.
— Só para você saber, Penelope. – Emily começou. – A gente não faria nada diferente para te procurar. E isso não é sua culpa.
Ela só assentiu com a cabeça e abaixou. Luke colocou sua mão em um abraço protetor que a fez se sentir segura.
Depois do enterro de Walker a equipe se reuniu na sala do time.
— O diretor insistiu em nos dar três semanas de folga. – Começou Emily. – Eu só quero dizer que nada do que aconteceu vai ser esquecido. Hotch provavelmente não irá voltar então eu preciso dizer. Tirem um tempo para se curarem. Curarem as feridas e especialmente você Penelope. Depois de tudo o que aconteceu você merece ser feliz.
Emily fez uma pausa. Ela provavelmente tinha medo de falar qualquer outra coisa sem magoar.
— Vamos voltar com tudo e vamos dar o nosso melhor sempre. Por Walker e por todos nós. Nós nos apoiamos no bem e no mal. – Emily terminou.
— Vamos ficar juntos. – Respondeu Rossi.
— Claro que sim. – Responderam os agentes juntos.
Luke levou Penelope junto a ele para casa. Ele cuidaria dela até qualquer coisa que ela tivesse passado parasse de machucar.
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