Ensina-me a respirar escrita por Soyer


Capítulo 5
Capitulo 4 - A festa de Júlia


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos, bom esse meu livro já está terminado e vou postar os capítulos todo quarta, espero que estejam gostando. Peço a todos que marquem lá em acompanhando e comentem para me ajudar a saber se vocês estão gostando da história ou não, a ajuda de vocês é fundamental para meu trabalho!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/748428/chapter/5

No dia seguinte cheguei cedo ao escritório, olhei com afinco a planilha financeira junto de Flora e Patrícia E agora já não havia mais nenhuma dúvida, o roubo estava acontecendo desde um pouco depois da morte de meu pai.

— Srta. França, diga ao Jorge que estou lhe chamando em minha sala imediatamente!

Após eu dizer isso, Patrícia e Flora trocaram olhares de preocupação, em seguida ela se levantou seguida pelos olhares meus e de Flora, respirou fundo e saiu da sala.

Flora me olhava, parecia que já sabia o que eu iria fazer e sua face mostrava preocupação.

— Sr. Aguilar, por favor, mantenha a calma para lidarmos com essa situação da melhor forma possível. – disse Flora calmamente.

— Não se preocupe, Srta. Linda, eu sei lidar com esse tipo de gente muito bem! – falei ainda com raiva na voz.

Algum tempo depois, Patrícia entrou na sala acompanhada por Jorge, meu contador. Minha vontade era de pular no pescoço dele naquela hora, porém me contive. Flora observava tudo isso pressionando o Ipad contra os seios. Apesar de tudo, quando olhei para ela me senti mais calmo.

— Boa tarde Sr. Aguilar, Patrícia disse que gostaria de me ver! – disse o homem cordialmente.

— Não sei porque diabos eu iria gostar de vê-lo, Srta. Linda, mostre a planilha a ele! – falei observando a cara de Jorge mudar sutilmente enquanto eu acendia um cigarro.

Flora rapidamente conectou o Ipad no televisor da sala e foi mostrando as planilhas a Jorge com bastante calma. Depois de algum tempo, o homem ainda parecia calmo mas sua expressão corporal foi mudando conforme as provas iam surgindo.

Quando terminou, ele olhou direto para mim, pareceu querer dizer algo, porém fui mais rápido.

— Está despedido. — Disse calmamente ao homem que me olhava com ar de surpresa.

— Espere, Sr. Aguilar... — Jorge tentou argumentar, mas eu novamente o cortei antes.

— Fora da minha empresa, seu desgraçado infeliz! — gritei me levantando, — Irei cuidar pessoalmente para que o único trabalho que consiga, em qualquer país civilizado, seja de atendente de lanchonete, seu merda! — gritei novamente dando uma porrada na tela do meu computador e indo para cima de Jorge. Ao menos tenha a decência de me olhar nos olhos e dizer na minha cara que estava me roubando, seu cretino, quero ver se tem peito para isso!

Jorge me olhava com espanto, tropeçando entre palavras. Por fim abaixou a cabeça, virou as costas e começou a caminhar em direção à porta.

Flora e Patrícia me olhavam com espanto e medo, eu estava louco de raiva. Graças a esse homem, minha empresa estava com um gigantesco rombo financeiro e uma dívida enorme na receita federal. Todo o meu legado estava por um fio, eu realmente queria mata-lo, mas sabia que poderia.

— Saiba que acionarei a polícia, vou tirar cada centavo seu e, por Deus, que eu não te veja novamente na minha frente, da próxima vez não serei tão complacente!    

Nos últimos meses, tivemos que demitir todo o departamento financeiro, o que atrasou demais nossos afazeres e por isso tivemos que adiar a festa de lançamento das joias. Minha relação com Flora era muito estranha, estava começando a respeitá-la e isso me deixava numa posição que eu não gostava. Flora e Patrícia fizeram as entrevistas para contratar um novo contador e administraram nesse tempo caótico a parte da contabilidade o que me deixou bastante atarefado por não ter a total atenção de Flora em meus compromissos.

Tivemos uma briga gigantesca semana passada quando cheguei em meu escritório e tinha uma tarja amarela ao chão perto de uma das janelas com uma bendita placa escrita:

“Cantinho do Cigarro”

Mandei ela desfazer a palhaçada imediatamente o que rendeu uma discussão sobre direitos e deveres, acabei perdendo a briga por causa de uma lei idiota que não permite o fumo em lugares fechados. Realmente, independente da lei, eu a teria mandado embora pela petulância se não estivéssemos passando por uma crise de funcionários, onde ela mesma estava suprindo as necessidades.

Hoje estava no meu “Cantinho do Cigarro” quando percebi que meu telefone tocava, olhei para ver quem era e vi que se tratava de Júlia.

— O que você quer, mulher? — perguntei a ela — Já disse que estou ocupado hoje o dia inteiro!

— Seu sacana nojento, eu não iria te avisar, mas como eu quero meu presente bem caro, não te deixarei esquecer! — disse ela aos berros parecendo muito furiosa com meu esquecimento — HOJE É MEU ANIVERSÁRIO, SEU IDIOTA! — Gritou Júlia ao telefone. Realmente eu havia esquecido, mas sabia que pagaria muito caro por isso e não estou falando de dinheiro.

— Diga o que você quer de presente, Júlia, que tal aquele carro que tanto queria? — falei na esperança de comprá-la.

— Eu quero que você venha a minha festa, Daniel, que será hoje à noite no campus da faculdade onde nos formamos.

— Mas, Júlia, entenda, eu sairei muito tarde hoje e não sei se estarei disponível. — tentei me justificar. — Você sabe que sou muito atarefado e que estamos com um défice de funcionários na parte financeira.

— Daniel, por mim você poderia estar à beira da falência ou morrendo, se você não estiver lá às dez, eu irei arranhar todos os seus carros da garagem, um a um!

Respirei fundo nesse momento, ela sabia o carinho que eu tinha com as minhas maquinas, afinal essa era minha única diversão. Sabia que ela era louca o suficiente para cumprir a ameaça, então resolvi não contrariá-la.

— Tudo bem, Júlia, você ganhou, mas não garanto ficar até muito tarde! — disse tentando negociar.

— Daniel, você vai ficar até a hora que eu quiser e vai gostar! — Retrucou com a voz séria — Como você pode esquecer do meu aniversário, Daniel, uma vez que faço no mesmo dia que a sua mãe?

Por um momento fiquei mudo, realmente eu tinha esquecido dela também. Tentei pensar rápido para não aparentar minha aparente falta de memória com datas.

— Porque eu estava ocupado demais comprando os presentes dela, Júlia, afinal é minha mãe e eu tenho que achar uma coisa que ela goste, me desculpe, tá legal?

— Daniel, você esqueceu dela também, não foi? — Perguntou ela com severidade — Você não presta mesmo. — após dizer isso ela, bateu o telefone na minha cara.

Rapidamente voltei a minha mesa e chamei Flora que estava em sua salinha ao lado digitando umas papeladas com Patrícia.

— Sim, senhor Aguilar? — perguntou ela e aproximando — Posso ajudá-lo?

— Preciso que você providencie algo que minha mãe irá gostar, pois é seu aniversário.

— Pode ser qualquer coisa mesmo, senhor? — perguntou estranhamente.

— Sim, faça uma surpresa pra ela, sei que você é boa para essas coisas.

— Sim, senhor, farei isso imediatamente.

Logo depois do almoço, voltei a minha sala e comecei a pensar em algumas coisas. Pensei em como Júlia estava zangada comigo, na nova remessa de joias finas que estavam a caminho da Itália acabei me perdendo no sorriso que Flora ao telefone enquanto falava. Balancei a cabeça por um estante saindo do meu transe profundo e me perguntando o que estava fazendo.

Olhei para o meu computador e percebi que meu programa de vídeo conferência me chamava num número desconhecido. Quando atendi, na tela do meu computador estava a minha mãe, olhando para baixo e resmungando algo.

— Como é que eu falo nisso, meu Deus! — disse meio perdida.

— Aqui Sra. Aguilar, ele está te vendo e ouvindo, na tela! — falou uma voz paciente de um homem.

— Ah sim, olá, meu filho, como você está, querido? — perguntou minha mãe com uma voz carinhosa.

— Feliz aniversário, mãe, estou bem e a senhora? — respondi rápido apesar da surpresa.

— Estou bem, olha, adorei seu presente viu!? Não sei mexer nisso direito mas é ótimo te ver, querido. — falou quase chorando. — Essa menina, a Flora, foi muito simpática em me mandar o computador com esse menino que tá me ajudando aqui e você me deixou muito feliz.

— Já faz tanto tempo, querido, quando você vem à Flórida meu anjo?

— Breve, mãe, só que agora eu preciso desligar porque tenho muitas coisas a fazer, okay?

Ela pareceu que ia dizer algo mais, porém desistiu.

— Tudo bem, meu filho, e se cuida, tá? Mamãe te ama e tem muito orgulho de você!

— Obrigado, mãe, também te amo, até outro dia!

Após mais algum tempo de despedida, ela desligou e rapidamente olhei para Flora que estava em pé perto da porta com os olhos cheios d’agua e com um sorriso no rosto.

— Nossa, sua mãe é uma fofa. — disse ela se aproximando.

— Flora, eu pedi para comprar-lhe um presente e não para falar com ela. — disse levantando a voz.

— Mas, Sr. Aguilar, você disse para dar algo que ela gostasse e não há nada no mundo que uma mãe queira mais do que ver seu filho no próprio aniversário. Tenho certeza que ela adorou lhe ver! — disse ela se explicando.

— Mas você deveria ter me avisado antes!

— Desculpe-me, senhor, mas nunca sabemos quanto tempo temos para criar bons momentos com aqueles que amamos. — disse quase como um lamento. — Nós só damos conta de como as pessoas são importantes para a gente quanto elas vão embora, mas tudo bem, da próxima vez eu irei lhe comunicar antes.

Apenas balancei a cabeça e voltei aos afazeres. Ainda tinha a maldita festa que eu teria que ir à noite, então tentei adiantar o máximo que pude do que eu tinha a fazer.

— Srta. Linda, irei mais cedo para casa, pois preciso resolver algumas coisas com Júlia. Assim que terminar, pode ir descansar. — falei me levantando e pegando o paletó — Bom fim de semana para você.

— Para o senhor também. — disse ela arrumando algumas coisas.

Logo após me despedir de Flora, fui direto para o terraço onde o helicóptero me aguardava.

Não demorou muito tempo para chegar na Barra da Tijuca, entrei em casa e fui direto para o quarto me preparar. Realmente eu não queria ir, mas não ficava feliz com o fato de Júlia ficar triste, nós éramos amigos há muitos anos e ela era a pessoa mais próxima a mim.

Depois de um longo banho, coloquei uma calça jeans com uma camisa branca de gola alta e um casaco de couro. Fui até a garagem e resolvi que sairia no Camaro cor café fosco. Dirigi durante um tempo e antes das dez horas eu já estava no campus da faculdade.

Aquele lugar me trazia muitas lembranças, algumas boas e outras ruins. Antes de cursar faculdade na Califórnia, estudei aqui o meu curso de Administração, que foi onde eu conheci Melissa. Ela estava fazendo um intercâmbio no Brasil quando começamos a sair e logo quando ela teve que voltar à Califórnia, resolvi que terminaria a faculdade lá com ela e depois nos casaríamos, o que não foi bem o que aconteceu.

Logo depois de um tempo, vi uma grande movimentação indo em direção ao Mata Aula, um bar dentro do campus que costumávamos frequentar, entrei e não demorei para avistar Júlia conversando com uma menina.

— Daniel, pontual como sempre — brincou ela — Deixe-me lhe apresentar Kelly uma amiga minha que fez psicologia.

— Muito prazer, Kelly, Meu nome é Dan… — antes de terminar a apresentação fiquei mudo com a chegada de uma terceira garota. Flora pulava sem me perceber no pescoço de Kelly que me olhava com espanto.

— Kelly, eu não disse que conseguiria vir? O Dan me liberou mais cedo hoje — disse ela para a amiga ainda de costas para mim.

— Flora, o senhor Aguilar está aqui! — Murmurou Kelly. — Atrás de você, amiga!

Eu nunca vi flora tão pálida como naquele dia, ela foi se virando devagar e parecia não acreditar que eu pudesse estar num lugar como aquele.

Flora se vestia muito diferente do cotidiano, duas tranças, uma em cada lado da cabeça se encontravam na sua nuca como uma coroa, uma camiseta branca de linho que dava um bom destaque em seu colo, um cordão enorme tribal que combinava com sua saia longa de estampa florida.

— Senhor Aguilar, o que faz aqui? — perguntou ela surpresa.

— Vim para a festa da Júlia, minha amiga.

— Na verdade Flora — interrompeu Júlia — Kelly me disse que você estava procurando emprego e no mesmo dia o Daniel tinha me dito que estava precisando de uma secretária, então passei o contato de Patrícia para Kelly que o passou para você. Fiquei com medo de falar que conhecia Kelly para o Daniel, afinal ele é ótimo em entender as coisas erradas, não é?

— Não tem problema nenhum, Júlia, mas você deveria ter me dito que era sua indicação. — retruquei imediatamente.

— Por que você não me contou que a Júlia da faculdade era a mesma Júlia do Daniel? — perguntou Flora parecendo constrangida.

— Porque você não teria vindo, Flora, simples. — respondeu Kelly dando uma bicada na bebida.

— Sr. Aguilar, eu realmente não sabia, me desculpe. — falou Flora meio tímida.

— Não tem problema, Srta. Linda, curta a festa, não estamos no escritório. — falei me afastando e indo sentar numa mesa vazia.

As meninas ficaram conversando no balcão por um tempo. Flora parecia falar alguma coisa com Kelly e Júlia e não aparentava felicidade.

Depois de algum tempo, observei a mesa onde estava sentado e ali senti que minha noite não seria boa. Aquela mesa era onde eu me sentava com Melissa para beber após as aulas, havíamos marcado na mesa com meu canivete as inicias “M & D”.

Aquilo me fez lembrar de mais coisas que não queria...

Uma semana após a morte de meu pai, eu ainda estava muito abalado. Melissa estava comigo na casa de Angra dos Reis, litoral sul do Rio de Janeiro.

Estávamos caminhando pelo Jardim dos fundos, ele era lindo, foi uma criação de uma Paisagista que trabalhava para um amigo de meu pai, mas eu o redecorei quando pedi Melissa em namoro.

Era uma tarde como qualquer outra, o dia estava ensolarado e corria uma brisa que vinha do mar, Melissa, parecia distante, distraída.

— Daniel, preciso conversar com você! — disse ela como se estivesse escolhendo as palavras.

— Pode dizer, amor! – falei calmamente.

— Daniel, acho que eu e você não está dando muito certo, você mudou bastante, não é o mesmo de quando te conheci na Faculdade.

Aquelas palavras me acertaram em cheio, eu não fazia ideia do que ela estava falando, todo esse tempo para mim estávamos bem, pretendíamos nos casar esse ano, então me perguntei, o que mudou?

— Mas Melissa, você disse que me amava, por que está fazendo isso comigo agora? — perguntei confuso. — tínhamos todo um plano, se não fosse a morte do meu pai íamos anunciar o nosso casamento para daqui a seis meses, você parecia feliz.

— Daniel, não quero que você pense que eu não te amava, eu só não te conhecia como imaginava conhecer. Quando nos conhecemos você disse que pararia de fumar, mesmo não fazendo isso na minha presença eu sei que você não largou o cigarro e você sabe que meu irmão morreu de câncer. Porém, Daniel, não é somente por isso, acho que simplesmente acabou sabe... — de alguma forma ela não conseguia me olhar nos olhos. — espero que possamos ser amigos.

— Melissa, você ainda me ama? — perguntei esperançoso.

— Não quero responder a essa pergunta... Olha, eu preciso ir, fica bem tá, meu voo para a Califórnia sai as dezesseis horas e não quero perde-lo.

Ela simplesmente foi embora, eu somente consegui olhar. Aquilo me atingiu de uma forma profunda, por um momento eu não sentia nada, dor, raiva, medo, esperança, simplesmente... nada.

Naquela noite eu não consegui dormir, meu corpo começou a reagir a tudo aquilo de uma forma física, sentia fortes dores abdominais e constantemente vomitava.

Três dias se passou, Júlia ficou ao meu lado, eu ainda não sabia direito o que sentir, a mulher que eu amava foi embora e eu não derramei uma lágrima sequer.

Resolvi então que lutaria por ela, algo estava acontecendo, talvez ela precisasse da minha ajuda e não teve coragem para dizer.

Peguei o primeiro voo para a Califórnia, chegando lá fui direto para sua casa, ao chegar, vi Melissa abraçada com um homem, os dois pareciam bastante felizes e apaixonados, ambos sentaram na cadeira de balanço onde costumávamos ver as estrelas a noite. O homem sorriu e em seguida a abraçou bem forte, ele chorava. Melissa selou um beijo em sua boca e em seguida o homem fez um leve carinho em sua barriga e a beijou levemente.

Naquele dia, mais uma parte de mim havia morrido.

Ainda sentia muita raiva pelo o que aconteceu. Pedi um Martini ao garoto que estava servindo e um copo descartável.

Comecei a beber sozinho mesmo, logo depois de um tempo as meninas resolveram vir a minha mesa, não dei muita atenção e fiquei quieto em meus pensamentos enquanto elas conversavam.

— Daniel, o que você acha? — Perguntou Júlia.

— O que acho o que? — disse acendendo um cigarro e olhando Flora me encarar.

— Você não prestou atenção no que eu disse, Daniel? — Falou Júlia respirando fundo.

— Senhor Aguilar, podemos ir lá fora um minuto? — Perguntou Flora.

— Claro, Srta. Linda! — respondi estranhando o convite.

— Daniel e Flora, chega desse Sr e Srta., vocês não estão no escritório! Resmungou Júlia sem paciência.

Não dei ouvidos a ela, me levantei e acompanhei Flora até o lado de fora do estabelecimento.

— Diga-me, o que quer? — perguntei dando uma forte tragada no cigarro.

— Tirá-lo de dentro do bar, é proibido o fumo em locais fechados. — disse ela se escorando na parede.

— Foi apenas para isso? — perguntei não acreditando — Me tirou do bar para isso?

— Deixe me falar uma coisa, Srta. Linda, eu sou o tipo de pessoa que faço o que quero e quando quero. Se eu quisesse poderia comprar esse bar, demolir e fazer um novo e não admito ser feito de idiota! — exclamei.

— Senhor, eu jamais o quis fazer de idiota, só estou cuidando do senhor. — explicou ela em sua defesa. — Além do mais, o senhor já bebeu bastante e ainda por cima está de carro. – falou ela apontando para o Camaro estacionado a frente.

— Chega disso, vou para casa e descansar, não preciso ouvir sermão de uma empregadinha como você. — falei sem pensar.

— Tudo bem, Senhor Aguilar, mas irei chamar um taxi para o senhor e levarei o seu carro logo em seguida. — Disse ela com a cabeça baixa

E assim foi feito, Flora chamou um taxi que me levou até em casa, durante todo o tempo eu percebi que ela realmente estava passando dos limites. E por mais que seja extremamente eficiente eu tinha que dar um ponto final, iria demití-la.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ensina-me a respirar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.