Tha World Behind My Dream escrita por alex_evans_fan


Capítulo 1
Capítulo 1 - As lembranças


Notas iniciais do capítulo

Olá,
aqui fica o primeiro capitulo da minha fic sobre a amizade dos irmãos se bem que neste capitulo existe um pouco de twincest, sendo que vai haver um beijo entre os irmãos kaulitz.

PS: http://www.youtube.com/watch?v=T0Z9gIDqR1c
aconselho-vos a lerem este capitulo com a música acima (Geh- tokio hotel)



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1º capitulo - as lembranças

 

Estava uma noite quente de Verão e eu encontrava-me sentado no parapeito da janela observando fixamente a movimentação dos carros, das pequenas luzes cintilantes que se mantinham fixas no céu escuro como breu. A noite estava calma e movimentada, sentia-me inquieto, algo estava para acontecer e ainda ia descobrir o que... Sentei-me na poltrona observando o passado presente numa pequena fotografia que me trazia mil e uma recordações, nela encontravam-se duas crianças bastante idênticas, eu e o meu irmão, Bill. Todas as noites pensava naquilo que teríamos tido se não fosse a minha maldita mal criação e dureza, nestes últimos tempos tinha andado a pensar demasiado nisso, talvez fosse um sinal para fazer as pazes com o meu irmão. Talvez estivesse na hora...

-Tom, amor! -uma voz feminina e adocicada despertou-me daqueles pensamentos. Levantei-me e dirigi-me à cozinha calmamente, aproximando-me da mulher com quem tinha casado, o seu nome era Megan, uma excelente dona de casa, uma excelente mulher que ultimamente tinha como passatempo fazer bebidas e batidos, mas os seus resultados nem ultrapassavam a fasquia do razoável, era uma nódoa naquilo. Contudo, sabia que se não provasse os malditos batidos ela me ia chatear para o resto da vida. O pavimento da cozinha era num tom cor-de-rosa bebé, já os azulejos que compunham a parede eram brancos como a cal.

Depositei-lhe um beijo nos lábios carnudos e aproximei-me da bancada de mármore que compunha a maior parte da cozinha, onde estava um copo devidamente preparado com uma palhinha e uma sombrinha no topo.

-Fi-lo especialmente para ti. - Peguei no copo e comecei a beber o liquido asqueroso que se encontrava lá dentro. - Vou lá abaixo alugar uns vídeos, já volto, querido. - Beijou-me a bochecha tirando o avental e correndo para a porta. Assim que a ouvi bater, comecei-me a sentir estranho, dirigi-me para a sala voltando-me a sentar na poltrona visualizando as imagens do passado novamente. Os concertos, as fans, Bill, tudo isso me passava agora pela cabeça, sentia-me velho, cansado e sem forças para continuar. Num repente o choro de Brian começara a ressoar pela casa, não me conseguia mexer, sabia que ali estava o fim, o fim do tão conhecido Thomas Kaulitz...

Tudo se tinha iniciado com a nossa infância, tínhamos sempre uma relação espectacular, lembrava-me perfeitamente de como Bill saltava em minha defesa fosse em relação aquilo que fosse. Eu funcionava como o seu advogado de defesa e ele retribuía. Por vezes, quando estávamos a pensar no que haveríamos de fazer, olhávamos um para o outro e sabíamos exactamente no que é que o outro estava a pensar, nós nunca tivermos outros irmãos, porém acho que existem poucos com relações destas, via isso pelo exemplo de Gustav e Franciska que passavam a vida a discutir e a dizerem mal um do outro nas costas, mas no fundo no fundo eles gostavam bastante um do outro. De repente diversos episódios da minha adolescência recaíram sobre mim:

-Bill! Tom! Vão chegar atrasados às aulas! – Dois adolescentes desceram as escadas numa correria desgraçada, eram bastante semelhantes, alias, se não fosse o estilo de roupas que utilizavam era impossível alguém distingui-los.

-Sim, já cá estamos. – Revirei os olhos respondendo à voz feminina que provinha da cozinha, naquela altura era um verdadeiro traste. Uma senhora de cabelos castanhos e olhos cor de avelã aproximou-se dos dois entregando-lhes o pequeno almoço.

-Tenham um bom dia de escola… - disse por fim enquanto os dois gémeos se encaminhavam para a porta de saída.

-Sim, sim, ate logo – Tom saiu pela porta, enquanto que Bill depositou um beijo na face da mãe.

-Hoje temos ensaio da banda, vamos chegar um pouco mais tarde. – piscou o olho à senhora já a entrar na terceira idade, fechando a porta atrás dele, inspirando o ar puro que se encontrava em sua volta, estava um sol radioso, o que era bastante raro para um país como a Alemanha, a neve que cobria o quintal de casa de Simone brilhava com o reflexo solar.

-Bill, anda lá! Fogo, já me estou a passar! – Sentia vergonha do quão duro era para a minha família, insensível. Agora percebia tudo isso, eu era uma besta.

-Tem lá calma. – o de cabelo espetado seguiu o irmão que trazia vestidas umas calças de ganga largas e uma t-shirt igualmente larga com uma mochila que não tinha muito conteúdo. Os dois seguiram para a escola sem dirigirem uma palavra um ao outro separando-se assim que a avistaram. A nossa relação era demasiado superficial na altura, eu tinha esquecido a nossa infância e só pensava em noitadas, miúdas e álcool. Sabia que tinha feito o meu irmão sofrer numa altura em que nos devíamos ter unido, o divórcio dos nossos pais, mas não, eu usava a arrogância como uma espécie de defesa, pelo menos com ela tudo acabava bem.

*****

-Bill, não devíamos ter avisado o pessoal que vínhamos para aqui? – Tom caminhou por entre as árvores na noite escura de mãos dadas com o irmão.

-Não deixa lá isso. – ao fundo a reflexão da lua formava uma bola iluminada na água escura devido a escassa luz que ali fazia.

-O que é que estamos aqui a fazer, men? – Aproximaram-se da lagoa, Bill tirou os ténis e sentou-se na relva que se estendia até à margem.

-Tom, senta-te. Ouve e sente a natureza.

-Mas não se ouve nada, puto.

-É mesmo isso, sabes? Uma imagem vale mais do que mil palavras, Tom. – Lembrava-me de que naquele momento Bill parecia-se debater com uma série de questões. Sentei-me ao lado dele para ouvir o que ele tinha para me dizer. – Tom, eu gosto de ti, imenso. E custa-me ver-te a estragares a tua vida como tens andado a fazer nestes últimos meses.

-Sim, puto, eu também gosto de ti, mas eu é que sei o que é que faço da minha vida.

-Estou a tentar levar as coisas a sério, eu não só gosto de ti como te amo, Tom. Eu sei que é errado, alias eu nem sequer devia… - naquele momento foi impulsivo, aproximei o meu rosto do de Bill e colei os meus lábios aos dele calando-o, deixando que se instalasse de seguida um silencio bastante constrangedor. - Desculpa, nada disto devia ter acontecido somos irmãos. – Bill tentava acordar-me para a realidade, mas a verdade era que eu sempre tinha andado com várias raparigas porque nenhuma delas me satisfazia, para preencher a falta de amor e carinho vinda de Bill e dos meus pais. Era tudo demasiado complicado e incorrecto.

-Bill, eu também gosto de ti, mas nunca tive coragem para o admitir, mas não vale a pena esconder os nossos desejos, o nosso amor e carinho.

-Não, Tom, temos que nos esquecer. Esquece-me para sempre… - Bill correu por entre o bosque de volta ao acampamento deixando o irmão mais velho sozinho.  

Aquele momento tinha mudado a nossa vida para sempre de forma negativa, Bill acabara por sair de casa, arranjou emprego, alugou um quarto numa casa no centro de Berlim, morava lá com mais duas raparigas, mal nos falávamos, cada um seguiu o seu caminho. Era triste, triste demais... Acabámos por arranjar namoradas e mais tarde casámos, eu apenas sabia de notícias de Bill através da Simone, que tentava juntar a família todos os Natais e aniversários, mas um de nós acabava sempre por se esquivar para desgosto dela.

 

Continua...


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