Intertwine escrita por StarlitViolix


Capítulo 3
Let's run away


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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4 de julho, 1993

Kai segue Layla na cozinha, observando sua mãe cortar os brownies. Ele se inclina sobre eles e cheira.

 — O cheiro está um pouco engraçado. – Kai murmura, abrindo a geladeira para obter água.

 — Não seja rude. – A Sra. Parker assobia a ele, golpeando-o atrás de sua cabeça.

 Layla ri. – Tudo bem... tentei o meu melhor para fazê-los.

 — Oh, você tentou... – Kai sorri para ela. – Não me admira que tenham ficado assim.

 A Sra. Parker revira os olhos. – Você pode ser legal com alguém? Especialmente uma menina?

 Kai olha para Layla com desconfiança novamente, enquanto sentia algum fluxo energético estranho nos brownies.

 — Não coma isso. – Ele ordena sua mãe.

 — Malachai! – Sua mãe exclama.

 — Ela colocou alguma coisa neles. – Kai aperta o queixo e olha para Layla com ameaça.

 — Açúcar extra. – Layla acena com a cabeça, tentando ser legal.

 — O que você acha que ela colocaria aqui? – A Sra. Parker pergunta com descrença.

 Kai encolhe os ombros. – Sinto alguma coisa. Mas se você quiser tentar, fique à vontade.

 Layla ergue-se nervosamente. – Eu tenho que ir.

 — Não, fique por favor! – Sra. Parker suplica. – Meu filho está apenas sendo estranho. Ele é sempre assim.

 — Obrigado mãe. – Kai diz sarcasticamente. Ele olha os brownies novamente e finalmente descobre. – Mas uh... coma e sirva os brownies ao resto do pessoal. Se você quiser que seus poderes enfraqueçam.

 — Como é? – Sua mãe inclina a cabeça se sentindo desconcertada.

 Layla respira um pouco pesado e começa a sair da cozinha, mas Kai fecha a porta da frente com sua magia.

 Ele então toca os brownies com o dedo e sente sua magia enfraquecer.

 — Ela encheu os brownies com sal de allevra. Um dos componentes que tornam nossa magia fraca. – Kai trinca os dentes, afastando os dedos do brownie. – Ela é uma caçadora de bruxos.

 A Sra. Parker balança a mão sobre os brownies e senta sua magia enfraquecer também.Layla tentar abrir a porta, mas Kai a trava com seus poderes. Ela olha para eles e lança uma garrafa de poção de ervas, que fez com que a área inteira fosse preenchida com névoa.

 — Porra, não consigo respirar! – Kai agarra o ar, tentando ver através da grossa névoa que impregnava a cozinha.

 A Sra. Parker abre todas as janelas deixando a névoa ir embora.

 Kai corre com raiva atrás de Layla, após ela fugir pela porta da frente em direção a sua casa. O Sr. Parker vê Kai e o para imediatamente. – O que diabos está fazendo?! – O Sr. Parker coloca seus braços em torno de Kai na tentativa de impedi-lo de perseguir Layla. – Você está tentando assustar nossa vizinha? Sério?

 — Sim, bem, nós devemos matá-la antes que ela nos mate. – Kai dispara, soltando-se do pai. Ele vê Layla correr para dentro de sua casa. – Eu sabia que ela estava armando alguma coisa.

 — Do que você está falando? O Sr. Parker pergunta com frustração.

 — Há uma razão pela qual eles vivem ao lado de nós! – Kai exclama. – Aqueles brownies estavam cheios de sal de allevra e ela jogou garrafas de névoa em mim e na mamãe! Sua família esperou para enfraquecer nossa magia e nos executar! Eles são malditos caçadores de bruxas!

 O Sr. Parker amplia seus olhos enchendo-os de medo. - Eu não acredito em você.

 — Ele tem razão. - A Sra. Parker chega ao pátio da frente ainda tossindo a névoa.

 — Nós temos que nos mudar. - O Sr. Parker balança a cabeça. - Temos que ir embora.

— Ou podemos simplesmente matá-los agora mesmo. - Kai corre para a casa de Monroe, mas um campo de força protetor de repente surge em torno do pátio da frente, jogando Kai para o meio da rua. O resto do bairro estava muito ocupado observando os fogos de artifício no céu, que não perceberam o que estava acontecendo.

 — MALDITOS! - Kai grita, enquanto Layla abre suas persianas da sala de estar, observando Kai cheio de fúria. - Seus malditos caçadores de bruxos! - Ele olha para Layla á distância e aponta um dedo para ela. - Você está mexendo com o clã errado! Eu vou matar você antes de tentar qualquer coisa. Isso é uma promessa.

 — Malachai, pare! - sua mãe corre para acalmá-lo. - Seu pai está certo, nós temos que ir embora. Sem matar ninguém, tudo bem?

 — Nós não podemos simplesmente nos mudar. - Kai dispara a sua mãe. - Você e o pai estão em dívida. Com certeza, vamos encontrar outra casa grande a qual não temos dinheiro, para oito crianças que vocês fizeram propositalmente porque acharam que eu não sou capaz de liderar nosso clã!

 

Mundo prisão, 1994.

Bonnie ri histérica. - Uau! Claro que o início da sua história de amor, começaria com alguém tentando matá-lo.

— Eu disse que estava acontecendo alguma coisa. - Kai encolhe os ombros.

— Caçadores de bruxos? - Bonnie sacode a cabeça com descrença. - Pensei que eles foram extintos em torno dos anos 70, porque os componentes para enfraquecer a magia dos bruxos se tornaram difíceis de achar.

— Sim, bem. A família Monroe era altamente inteligente e habilidosa. - Kai levanta as sobrancelhas. - Eu os odiava muito. Já que não podíamos nos dar ao luxo de obter outra casa, nós ficamos lá. Durante semanas, ficaram quietos... planejando... tentando descobrir como nos matar. Eles simplesmente não podiam seguir em frente.

— Então... Como um bruxo psicopático como você - Bonnie dobra os braços. - Se apaixonou por uma linda caçadora?

— Porque ela se apaixonou por mim primeiro. - Kai anuncia, olhando fixamente para a parede lembrando do rosto de Layla e sorrindo. - E ela era apenas... diferente.

— Claro. - Bonnie revira os olhos. - Típico.

— Bem, talvez eu não seja tão vago sobre isso, se você parar de me interromper. - Kai aperta o queixo.

— Desculpa. - Bonnie suspira. - Continue, e eu prometo que não vou interromper nem fazer comentários em partes. - Ela sorri para ele com sarcasmo.

— ENTÃO... - Kai levanta a voz. - Depois desse incidente, Layla e sua família ficaram quietos. Acho que deixaram a casa por algumas semanas. Sua família era assustadora... - ele ri. - Lembro da primeira noite em que conversamos como amigo. E claro, antes de sermos amigos... ela tentou me matar de novo...

 

18 de julho de 1993

— Malachai! - Kai ouve sua mãe gritando seu nome pelas escadas. Ele fecha os olhos e tenta se concentrar em um feitiço em que estava trabalhando.

 — Estou ocupado! - ele grita com raiva, fechando os olhos na tentativa de voltar a se concentrar.

 — É hora de comer! - a Sra. Parker abre a porta do quarto.

 — Eu vou morrer de fome. - Kai diz irônico, ainda com os olhos fechados.

 Sua mãe o observa. - Seu pai disse que você não pode fazer a fusão. Então por que se preocupar em praticar sua magia? - ela pergunta suavemente.

 Machucado com as palavras de sua mãe, Kai abre os olhos e olha para ela. - SAIA DO MEU QUARTO.

 — Você nunca vai aprender. - a Sra. Parker suspira e vai em direção a porta.

Pensando que finalmente estava tudo calmo e tranquilo, Kai ouve gritos da casa ao lado.

 — O que diabos?! - Kai silva, abrindo a janela do quarto para ver o que é todo aquele barulho.

 Ele então vê a casa de Monroe. Quando abriram as cortinas e a porta da frente da casa, ele pôde observar o Sr. e a Sra. Monroe repreendendo sua filha.

 — VOCÊ É TÃO FRACA! - grita o Sr. Monroe, jogando um prato contra a mesa de jantar.

 Layla retrocede com medo e lança um olhar para sua mãe na busca de conforto.

 — POR FAVOR QUERIDA, APENAS FAÇA O QUE SEU PAI ESTÁ DIZENDO! FAÇA PELA NOSSO CULTO! - suplica a Sra. Monroe

 Layla balança a cabeça. - Estou tentando o meu melhor! É difícil.

 — CHEGA DE DESCULPAS! - O Sr. Monroe bateu o punho contra a mesa de jantar. - Você percebe que não podemos seguir em frente? - Nossa família não pode mais fazer parte do culto, ao menos que matemos esses bruxos! Sua mãe e eu planejamos isso por semanas e você é a única a se impor.

— Tenho que matar Kai? - Layla pergunta com a voz tremendo.

 Kai então coloca a cabeça para fora da janela para ouvir melhor.

 — SIM! - o Sr. Monroe diz com frustração. Tem que ser hoje à noite! O tempo está esgotando para nosso culto e não podemos ficar em Portland por muito tempo! Temos que estar em Nova Orleans para matar outro clã antes que outros façam! Sua mãe e eu trabalhamos duro para sermos classificados como altos e não vamos deixar você arruinar isso!

 Layla começa a chorar, esperando que seja apenas um pesadelo.

 — Você foi a maior por muitos anos! E sempre foi uma ótima caçadora! - afirma a Sra. Monroe. - Por que você está hesitando? Os bruxos são maus! Eles aterrorizam e criam magia negra, e você está realmente deixando isso acontecer. O que está acontecendo com você ultimamente?

 Layla não responde e continua a chorar enquanto Kai podia vê-la através da porta aberta.

 — Você disse que poderia fazer isso. - O Sr. Monroe apontou o dedo para ela.

Layla balança a cabeça. - Estou um pouco assustada, é tudo...

 — Você está com medo de magia?! Quem é você? - diz o Sr. Monroe com raiva. - Onde está minha filha? Onde está a Layla que eu conheço?

 Layla não responde.

A Sra. Monroe descobriu. - É esse menino. O menino que tentou entrar na nossa casa há algumas semanas no dia da independência.

 Layla balança a cabeça com medo. - N-não! Não é ele.

 Você está com medo de que ele a mate primeiro antes você matá-lo? - pergunta a Sra. Monroe.

Layla novamente não responde.

 O Sr. Monroe puxa os cabelos de Layla e a arrasta para o lado, susurrando no seu ouvido: - Você está apaixonada pelo bruxo? - Ele puxa seu cabelo ainda mais, enquanto ela grita de dor.

 — PAI PARE! - ela implora.

 — ME RESPONDA! - ele exige.

 Layla definitivamente se sentiu atraída por Kai. Desde o incidente no quatro de julho, ela não conseguiu parar de pensar nele. O jeito que ele falou, a maneira como ele descobriu suas intenções. Ela admirava sua inteligência e observância. E agora ela é forçada a matá-lo antes de qualquer outro membro da família.

 — Eu vou fazer isso. - Ela diz debilmente segurando a dor no couro cabeludo.

 Seu pai solta seus cabelos e olha para ela com desgosto. - Você não respondeu minha pergunta.

 — Eu o odeio. - Layla diz com exaustão. Convencendo-se de que era melhor matá-lo para que parasse de pensar nele. Ela estava fazendo isso pó causa de seus pais egoístas.

 O Sr. Monroe balança a cabeça. - Assim é melhor. - ele então aponta o dedo para ela novamente. - Você traz o corpo dele esta noite, ou então eu vou trancá-la em seu quarto e escrever uma carta ao nosso culto, dizendo que você não é digna de ser uma caçadora.

 — Você vai me abondar? - Ela engasga.

 — Se você não obedecer minhas ordens novamente. - ele acena com a cabeça. - Sim. Sua mãe e eu vamos abandoná-la.

 Layla ri. - Claro. Assim como o Adão. - ela menciona seu irmão mais velho. - Apenas lembre-se que ele cometeu suicídio por causa de vocês dois.

 — Você não está entendendo nossa devoção ao culto. - afirma o Sr. Monroe. - Você sempre entendeu, e é por isso que eu vi potencial em você. E eu sei que você não é como seu irmão. Mas esta noite... do jeito que você está se comportando... estou começando a duvidar.

 Ele sai da cozinha, e quando a mãe de Layla tenta confortá-la com um abraço, ela a empurra para longe.

 — Malditos. - Kai murmura para si mesmo. Ele então olha para o relógio. - 8:30. Hmm, acho que eu deveria jantar antes de matar uma caçadora esta noite.

Por volta da meia-noite, onde todos na casa de Parker estavam dormindo, Kai deitou em sua cama jogando com sua bola de beisebol. Ele olha para o relógio, esperando a chegada de Layla.

 Assim que ele ouve um barulho na janela, ele finge estar dormindo. Layla se esforça para entrar no quarto e acaba caindo. Kai ri para si mesmo enquanto encarava a parede para parecer que estava dormindo.

 — Ow. - Layla sussurra. Ela então vê Kai e derrama sal de allevra ao redor de seu cobertor. Ela então tira uma faca antiga e afiada, segurando-a no ar com ambas as mãos.

 Kai vê sua sombra pela parede.

 — Desculpe, mas tenho que fazer isso. - ela chora. Quando ela começa a balançar a faca em suas costas, Kai rapidamente agarra seu braço e a prende contra a parede.

— Shhh. - ele a segura no pescoço.

 Ela tentar agarrar o ar. - Você não entende... - as lágrimas se formam em seus olhos.

 — Você tem uma atração por mim e não me matou, mas depois obedeceu a ordem de seus pais para me matar de qualquer maneira.  - Kai aperta os dedos em volta do pescoço dela. - Eu entendo perfeitamente.

 Layla então enfia a faca no braço de Kai, enquanto ele segura a dor para não acordar seus irmãos.

 — Você não entende... - ela solta, cobrindo sua boca para controlar o choro. - Eu tenho que fazer isso. Se eu não fizer, eles vão me abandonar.

 — Sim, sim, ouvi tudo. - Kai silva, tentando encobrir o sangue no braço com o cobertor.

 — Vocês deixaram sua estúpida porta aberta.

 — Eu não quero te matar. - Layla puxa o cabelo com frustração e cai  no chão. - Mas eu tenho! Tenho que fazer isso! Caso contrário, meu pai fará ele mesmo.

 — Por que você está hesitando? - Kai pergunta, ainda aguentando a dor.

 — Porque eu gosto de você. - Layla ri de si mesma. - Sim, é um pouco patético. - Eu sempre observava você a distância, e no dia em que eu finalmente conversei com você e tentei enfraquecer a magia de sua família, eu simplesmente gostei de você ainda mais. E quando você ameaçou de matar a mim e minha família, não pude parar de pensar em você. Eu tenho que te matar para que eu possa parar de pensar em você.

Ela se levanta e prepara sua faca novamente. - Eu tenho que te matar para que eu possa seguir em frente e voltar a ser a garota forte que meu pai espera. Se minha família não matar o líder de seu clã, não podemos seguir em frente para matar o resto. E somos designados para matar mais, mas há outros caçadores de bruxos em nosso culto que querem a posição de meus pais. Mesmo que já estamos à frente, ficamos sem tempo. E eu, com essa pequena paixão por você, estou arruinando tudo. Eu tenho que fazer o que ele mandou, para que eu possa provar ao meu pai e o culto que sou digna de ficar. Eles expulsam as pessoas se elas são fracas ou não conseguem acompanhar a matança. Eles expulsam até as crianças. Eu tenho treinado a minha vida inteira... e não tenho certeza se quero continuar fazendo isso. Mas eu amo minha família...

 — Bem, é certo que eles não te amam... - Kai salienta. - Eu sei como é sua família não gostar de você. Por exemplo... meu pai. O líder do clã Gemini. O idiota que me escolheu como líder em potencial, mas devido à estranheza da minha magia, a qual só consigo acesso se eu sugar de outra pessoa, ele e minha mãe continuaram tendo filhos, até que tivessem outro par de gêmeos para fundir.

 — Uau. - Layla levanta as sobrancelhas. - Isso é um pouco frio.

 — Sim. - Kai sorri. Então, eu acho que você e eu temos muito em comum.

 — Muito? Como assim? - ela inclina a cabeça para o lado.

— Bem... porque eu também sinto atração por você. - Ele a verificou. - Mas uh, você está tentando me matar por causa de seu culto, e essa é uma maneira de você parar de pensar em mim, é mais atraente ainda.

 Ela olha para o chão com vergonha.

 De repente uma ideia surge na mente de Kai.

 — Eu tenho uma proposta.

 — E qual seria? - Ela pergunta.

 — Por que nós não fugimos? - ele diz com indiferença.

 — Desculpe-me? - ela diz confusa.

 — Bem, eu quero dizer que isso te poupa de estar em conflito. - ele afirma. - Se você e eu desaparecer, poderíamos organizar minha execução. Você poderia dizer para seus pais que eu desapareci e que você está tentando me rastrear ou algo assim. Dê alguns dias e escreva para eles uma carta dizendo que você já me matou. Então eles vão tentar matar meu pai, do qual não tem nenhum problema, mas eu sei que é completamente impossível porque ele é muito forte. Vamos apenas esperar que seus pais não matem o meu porque então eu morreria também. Eu só preciso de tempo para descobrir como me desligar do meu clã. Então seus pais poderiam matar meu pai e eu não teria que morrer.

 Layla franziu a testa.

 — E você ficaria comigo e longe das pessoas que não nos amam. Quero dizer, você realmente me mataria e voltaria para sua família e viveria o resto de sua vida vivendo miseravelmente com essa culpa de matar a pessoa com quem você poderia estar? Ou fugir comigo, e ambos encontrar outro lugar para ficar e conhecer outras pessoas que poderiam nos amar e ter um novo começo?

 Layla começa a pensar.

 — Antes de você concordar com o meu plano improvisado que eu literalmente simplesmente pensei, preciso da magia de minha irmã para ter mais poder. Preciso o suficiente para descobrir uma maneira de me afastar do meu estúpido clã. E mesmo que eu tenha a magia da minha irmã, não teremos mais que nos fundir. O que é ótimo porque então ninguém morre, e eu ainda serei poderoso. Eu não vou ter um clã... mas eu posso fazer um eu mesmo. - ele piscou para ela. - É tudo uma vitória! Mas é sua escolha. Você está com medo de continuar sendo uma caçadora forte, corajosa e agressiva. E seu rosto está literalmente gritando: Salve-me! Retire-me deste lugar horrível - ele diz brincando.

 — Eu não sei. - ela suspira.

 — O tempo está passando... - Kai olha o relógio. - Seu pai está esperando que você me mate e quando descobrir que não matou, eles irão abandoná-la em algum lugar onde seu culto levará você . E não se preocupe comigo, não aguento mais uma noite neste lugar.

 — Será que meus pais descobrirão que eu fugi? - ela pergunta.

 — Essa parte, você apenas diz que fugiu para me encontrar e me matar. E depois diga-lhes simplesmente que você já me matou, e então renunciou a ser uma caçadora. Ou... - Kai sori. - Você diz que cometeu suicídio. Escreva-lhes uma carta de suicídio, dizendo que você se sentiu terrível em me matar. Seria bastante convincente, e eu sei que seu pai nem se importaria.

 — Meu culto saberá que eu menti. - ela balança a cabeça. - Eles vão tentar encontrar meu corpo. Nós fazemos esse ritual para membros que morreram. Eles teriam que encontrar meu corpo... e eles vão saber que eu menti. Eles mesmos iriam me matar depois. Especialmente depois que eu fugir com um bruxo.

 

Mundo prisão, 1994.

Bonnie riu: - Aww Kai se ofereceu para fugir com sua princesa!

— Kai dá-lhe um sorriso direto. - Bem, eu também gostei dela. E depois de vê-la com o pai, eu só... senti que ambos tivemos essa conexão... de viver as expectativas dos outros, ao mesmo tempo em que não somos amados adequadamente.

— Então você teve coração para fazer isso, mas não teve coração para NÃO matar seus irmãos? - Bonnie questiona-o.

 — Há duas razões pelas quais eu matei meus irmãos. – ele diz mal. – Primeiro, porque eu detestei o fato de meus pais não terem visto potencial em mim e não me amarem o suficiente, e segundo... – A morte de Layla.

Bonnie suaviza suas expressões e acumula o rosto perturbado de Kai. – Ela... ela morreu?

Ele se vira para não mostrar suas lágrimas.

— Kai. – Bonnie coloca a mão em seu ombro, mas ele a empurra.

— Não. – ele balança a cabeça.

— Eu sinto muito... – Bonnie pisca. – Você não precisa continuar com a história...

— Eu quero. – Kai limpa a garganta e seca as lágrimas. Ele ri. – Eu acho que todo psicopata tem seus motivos.

— O que a morte dela teve a ver com seus irmãos? – pergunta Bonnie.

— Eu disse que era uma longa história. – ele diz, respirando profundamente.

— Bem, eu continuarei ouvindo. – ela coloca a mão em Kai enquanto ele sente um calor na palma da mão. Seu conforto suavizou seu coração frio.

Bonnie tira a mão dela. – Desculpe. – ela se desculpa encabulada.

— Por que você tirou? – ele arqueou as sobrancelhas.

Sem conseguir evitar, suas bochechas ficaram levemente coradas.


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Notas finais do capítulo

Gente, por favor quem estiver acompanhando, comenta o que está achando, é importante eu saber.

Até semana que vem!



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