The replicator. escrita por Any Sciuto
Os primeiros raios de sol finalmente apareceram. A casa continuava em silencio total. Não havia choro nem outro tipo de som durante aquele tempo todo. Era como se todo mundo houvesse dormido depois do tiro. Era como se o silencio fosse respeitado por todo mundo naquela casa.
Havia um corpo no quarto e armas pela casa. As armas de Chazz estavam pela casa onde ele havia deixado antes dos agentes chegarem a casa, antes de tudo acontecer.
— Bom dia. – Disse Hotch quando Jack chegou a cozinha.
— Não acredito que passamos a noite aqui. – Falou Jack. – É como se compactuássemos com o que esse cara fez.
— O sinal de celular não existia ontem à noite e nossos pneus estavam furados por balas. – Falou Hotch. – Não estamos compactuando com esse cara.
— Mas foi errado. – Jack se sentou à mesa. – E agora estamos tomando o café dele. É tão errado.
— Se a gente não precisasse de ajuda eu até concordaria. – Falou Hotch. – JJ se dispôs a passar a noite com Garcia enquanto Morgan ficava com elas.
— Você confia no Morgan. – Falou Jack.
— Com toda a certeza. – Concordou Hotch.
Rossi se juntou aos agentes. Ele parecia perdido naquela casa.
— Está certo. – Falou Rossi. – Qual o próximo passo?
— Ele deve ter um telefone que funcione então a gente acha e liga para alguém. – Falou Hotch.
— JJ não deixou a bolsa dos eletrônicos no carro durante a noite? – Perguntou Rossi. – Pelo que eu vi ela deixou sim.
— Realmente. – Hotch concordou. – Ela deixou. Espero que anda esteja por lá.
Hotch e Rossi saíram para os SUV'S na entrada.
— Achei nossa saída desse lugar. – Gritou Hotch.
Hotch ligou o telefone por satélite conectando diretamente com Monty, o único dos agentes que havia ficado na aeronave.
— Já estava preocupado. – Falou Monty atendendo ao telefone.
— Tivemos um contratempo aqui. – Falou Hotch ao telefone.
— Que tipo de contratempo? – Perguntou Monty. – Não consegui contato durante a noite toda.
— Bem. – Falou Hotch se dirigindo a casa de Chazz. – Chazz foi morto por Jack embora eu realmente queria ter dado aquele tiro. Precisamos de legistas e de um carro de apoio e uma ambulância para Penelope.
— Ela está bem? – Perguntou Monty.
— Ela ainda está desmaiada. – Falou Hotch. – Ele disse que jogou ela contra a parede.
— Deus. – Falou Monty digitando no computador. – A ambulância pode estar com vocês em alguns minutos. Há um hospital próximo do Vale Del Vino.
— E mande um mecânico. – Falou Hotch. – Os pneus foram furados durante a troca de tiros.
— Quantos mortos além de Chazz Montolo? – Perguntou Monty.
—Os capangas dele, ele e um cachorrinho que foi pego durante o fogo cruzado. – Falou Hotch. – Talvez a gente o enterre no quintal. Será um fim digno por assim dizer.
— Nem fale sobre o dog para Penelope. – Falou Monty. – Ela vai se sentir mais culpada.
— Mais do que ela está? – Perguntou Hotch. – Provavelmente levará meses para ela se recuperar. Nesse momento eu tenho que prevenir uma gravidez.
— Posso pedir para eles administrarem um anticoncepcional de emergência. – Falou Monty.
— Seria bom. – Disse Hotch desligando.
Ele foi para o quarto onde Penelope ainda dormia. Ela viu o jeito que JJ e Morgan a protegiam e se pegou pensando em como seria o filho deles.
— Pensei que você estivesse dormindo. – Falou Morgan acordando.
— Consegui dormir o suficiente. – Falou Hotch.
— Ele provavelmente a drogou. – Morgan deu um passo para frente de Hotch e colocou suas mãos no amigo e chefe. – Sabe que nada é sua culpa, certo?
— Eu deveria ter insistido para ela ter um de vocês a caminho do casamento. – Falou Hotch. – E ela deveria ter me contado da gravidez. Deus. Me sinto uma merda.
— Talvez você devesse pensar nela agora. – Falou Morgan. – Ela vai precisar de você mais do que tudo agora.
— Não tenho certeza de como vai ser agora. – Falou Hotch. – Por um lado, eu deveria estar feliz que Chazz Montolo está morto, por um outro tenho que me preocupar com Ariella à solta por aí.
— Vamos pega-la. – Falou Morgan. – Nós vamos pega-la e tranca-la.
— Ela sempre dá um jeito. – Falou Hotch. – Sempre arranja um jeito de comprar alguém e sair impune de tudo.
— Não dessa vez. – Respondeu Rossi.
A ambulância chegou e levou Penelope para um exame completo. Hotch e Morgan foram junto com ela, enquanto o resto da equipe espera os mecânicos terminarem de trocar os pneus para que seguissem viajem.
Penelope foi examinada e tratada para a pancada na cabeça e apesar de estar fora de perigo os médicos recomendaram que ela viajasse sob sedação. Seria melhor para ela. Mae ficou responsável por tomar conta dela. Ela parecia tão frágil e tão delicada ao mesmo tempo enquanto estava dormindo. Hotch ficou com elas o tempo todo. O corpo de Chazz foi enterrado ao lado do filho.
A fortuna ficou para o governo que doou para as famílias das vítimas que ele fez ao longo do tempo. As vítimas inocentes foram lembradas em uma missa na catedral de Roma. Guiseppe recebeu a notícia da morte de Chazz com certo alivio. Sua filha poderia descansar em paz. Ele viajou para a Itália e colocou flores no túmulo dela com a consciência limpa.
Hotch sabia que Penelope teria uma verdadeira batalha depois que acordasse no quarto dela. A equipe estaria toda lá quando ela abrisse os olhos.
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