Collin - o lobo escrita por Rosalindd


Capítulo 5
Capítulo 5




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  Leah é recebida com euforia pelos companheiros de bando. Seth a toca com o focinho e Jacob eleva suas mãos acariciando sua pelagem macia enquanto sussurrava.

  Edward sem dissimular sua faceta incrédula, é abraçado pela esposa e filha. Emmett o soca de leve no ombro, fazendo Collin se impressionar com o olhar de apoio e afeição que o grandalhão direcionou ao irmão derrotado.

 Collin foi atingido por um sentimento de empatia. Lembrou-se das palavras de Paul. Ele dizia que o excesso de convivência com os Cullen ainda faria a gente esquecer que, embora poupassem vidas humanas, eles continuavam sendo o inimigo.

—Acredito que a lição ficou óbvia — Jasper se posiciona de modo que sua atenção fica dividida aos dois grupos— Possuir uma habilidade extra não é o bastante para mantê-los a salvo.

—E subestimar o oponente pode ser sua ruína— Eleazar frisa

   Edward entendeu a indireta e acenou concordando, a face mostrando conformismo.

   Emmett Cullen, o agente principal do evento corrente, deu um longo olhar para Leah. Seu semblante demonstrava ter compreendido o recado de Eleazar. Incredulidade, admiração e por fim um renovado respeito se fixava no rosto de Emmett.

  Quando Leah notou o olhar do frio, de maneira infantil mostrou a língua para ele numa expressão diabólica e ao mesmo tempo cômica, fazendo-o sorrir.

  Os combates seguintes foram igualmente estupendos.

  Alice e Embry tiveram a competição mais rápida, e a baixinha ganhou com folga.

   Jared e Emmett se engalfinharam bastante, todavia no fim a técnica do lobo prevaleceu, dando a primeira e única conquista a matilha Uley.

  Dessa vez, foi Rosalie a consolar um espantado Emmett. Por conseguinte, Edward retribui o afeto ao irmão que o acompanhava nas perdas do dia.

   Jasper, firme no papel de instrutor, deu mais algumas dicas preciosas. Eleazar adicionou elogios às alcateias e deu o evento por encerrado.

  Edward e Emmett se aproximaram do bando Black e de maneira cortês deram os parabéns a Leah. Ao que pareceu ela voltou a liberar a mente para ele, pois Edward sorriu de alguma coisa que ela falou.

—Uma desforra? Sim, eu gostaria—ele sorrir divertido— vamos fazer isso um dia!

—Eu lhe devo um pedido de desculpas Clearwater — Emmett assume—andei duvidando da sua eficiência como lobo de guerra. Perdoe-me!

 Leah mirou seus olhos alaranjados num envergonhado Emmett. A fisionomia dela, não deixava dúvida sua irritação, mas Edward não conteve uma gargalhada. 

— Leah disse que te odeia Emmett —Edward traduz entre sorrisos —ela apostou um dia de patrulha com Quil que você daria uma boa surra em Jared e, não sabe se vai perdoa-lo por ter tido a insolência de perder.

   Emmett deu uma risada estrondosa e ergue o dedo indicador esquerdo para Jared.

— Marque na sua agenda Cameron — Emmett fala — vou querer minha revanche!

     Jared que até o momento mantinha o corpo ereto irradiando altivez, acenou em concordância virando a cabeça para o grandão imitando uma falsa careta de medo.    Longe de se ofender, Emmett gargalhou sendo imitado pelos demais.

   Collin adorou à tarde na clareira. Tinha aprendido muita coisa e estava certo que a aliança entre os Quileutes e os Cullen tinha ficado mais sólida.

    O triunfo de Leah e Jared logo se tornou do conhecimento dos setes lobos e dos anciões Quileutes. Estes últimos ficaram maravilhados quando souberam que Leah venceu o leitor de mentes. O dom de Edward assustava um bocado Billy e Sue.

    Billy verbalizou elogios a Leah; Sue Clearwater escancarou seu semblante orgulhoso.

    O ancião Quil Ateara fez uso de poucas palavras. Como sempre.

    No entanto, Collin o viu se sentar num canto sossegado não muito longe da lojinha da reserva, e pegar seu velho caderninho, um que ele constantemente anotava informações importantes para as gerações futuras de lobisomens, e passou a escrever nele fartamente. 

     Como Jacob receava, sua irmã Rachel ficou sabendo do ocorrido e cobriu Paul de atenção e carinho. Qualquer pessoa, incluindo as que não tivessem restrição ao açúcar, ficaria enjoada se ficassem perto dos dois por mais de cinco minutos.

— No que está pensando Littlesea? — Leah indaga encarando Collin.

    Analisando os últimos dois dias, desde o impactante episódio com os Cullen, notou que o pequeno Collin no alto de seus treze anos, a observava de um modo adorador.   

    Leah nunca teria entendido esse olhar se Embry não tivesse chamado sua atenção.

—Ele a contempla de uma maneira muito afetuosa. Estar apaixonado por você.

—Não delire Embry — Leah replica a voz demonstrando uma pontada de irritação.

—Tudo bem —ele levanta as mãos fingindo rendição —não acredite em mim por ora. Apenas observe. Eu lhe dei a dica e agora que você sabe o que procurar, não dou dois dias para concordar comigo.

   Embry não se equivocou. E Leah ficou estarrecida com a descoberta. E se sentiu uma idiota por não ter percebido antes algo tão significativo.

   Em outros tempos, Leah se sentiria lisonjeada por ser o primeiro amor de alguém. Amores platônicos eram mais antigos que o mundo e a possibilidade de Collin se apaixonar mais cinco vezes até o fim do ano existia.

   Leah se apoiava firme nessa convicção. Contudo, precisaria fazer algo sutil para que esse afeto não correspondido chegasse ao fim. No que dependesse dela, o único coração partido num raio de mil quilômetros continuaria sendo apenas o seu.

 — Eleazar disse que você é a mais perigosa de todos nós — Collin sorrir angelical.

— Esteve socializando com os sanguessugas? — Leah perguntou fingindo choque.

     Leah, não pôde deixar de ironiza-lo. A exemplo de seu irmão e Jacob — por motivos de força maior— Collin sempre se mostrava disposto a conversar com os frios.

      Ele chegou a ruborizar. Para disfarçar seu embaraço disparou a falar sobre a conversa que ouviu do clã Denali certo dia e, relatou desde os elogios que as formosas mulheres tinham feito às palavras muito enigmáticas de Eleazar.

— Uma humana que vira monstro. Até um bebê de colo saberia o quanto sou perigosa Collin — Leah desdenha —nosso querido Eleazar constatou somente o óbvio.

     Estranhamente Leah gostou de saber da opinião do vampiro sobre ela. E adorou ter sua aparência elogiada por aquelas mulheres deslumbrante. Pela primeira vez em semanas, sua autoestima estava elevadíssima. E esperava que durasse um bom tempo.

    Collin tentou a todo custo ficar longe da casa de Emily. Desde o início da manhã, foi informado que o local estava repleto de visitantes e sua natureza tímida dispensava multidões. Nenhum preconceito, ele só não tinha muitos assuntos a conversar.

   As mulheres, procedentes da reserva Makah, vieram especialmente para colaborar com o casamento do alfa Uley. Collin teria se escondido em uma das cavernas da região se não tivesse sido convocado para uma reunião extraoficial.

   Os outros garotos da matilha Uley já estavam quando Collin chegou. O alfa Black e seus condicionados mais novos também se encontravam no ambiente.

   Estavam ausentes Embry, Jared e Paul, pois faziam a ronda vespertina.

   Collin ainda estava levemente aborrecido com Leah por ela não ter contado que ia viajar. Não que ela lhe devesse satisfações, mas eram amigos. E fizeram a ronda juntos no dia anterior. Ela poderia ter contado que ficaria uma semana fora da reserva.

   Ficou sabendo por Brady que a mãe dela recebeu um convite de uma amiga para uma festa de aniversário em Floresville e Leah não abriu mão de acompanha-la.

   Seth dispensou com entusiasmo o evento social e acabou se hospedando na casa de Billy onde ficaria até o retorno delas.

—Estão todas na casa da Kim— Seth sorriu, fazendo uma boa leitura dos meus olhos.

 Collin se encostou à parede da sala, observando a todos os presentes, tentando ignorar o agradável perfume feminino que pairava no ambiente.

— Esta reunião se deve ao motim que Jacob e eu fomos vítimas recentemente — Sam ao lado de Jacob, falou bem sério, como um pai dando bronca nos filhos — em outro momento, essa insurreição teria sérias represálias de nossa parte.

     De fato, houve uma pequena agitação dos setes portadores do lobo— apelidado por um bem-humorado Billy Black de a “rebelião dos focinhos” — que ficaram de fora do acontecimento na clareira ocorrido há quatro dias.

     Não terem sido chamados para assistir no ao vivo, lobisomens e vampiros se enfrentando foi a causa da mágoa deles.

— Porém falamos com Jasper — um formal Jacob acrescenta — ele vai repetir o curso.

— Legal! — Seth grita, sendo imitado pela maioria.

— Nossa, e se eu sair com Rosalie? Ela fará picadinho de mim.

    Brady Fuller enrubesceu com a risada coletiva que seu comentário espontâneo gerou.  Sam esclarece que a dinâmica seria um pouco diferente, devido a curta faixa etária de alguns, porém não deu mais detalhes.

    Nem precisava. O entusiasmo coletivo se conformava com o treinamento prometido.

    Jacob e Sam falaram sobre a data, e redefiniram a escala para que se tornasse viável. A única diferença era que Eleazar tinha voltado para sua casa no Alasca. A aula seria exclusivamente com Jasper. O que não diminuiu em nada o contentamento da galera.

  Em segundos, o silencio dominou o ambiente. Um aroma desconhecido delatava uma presença feminina se aproximando e permanecemos calados a espera.

—Oh, me desculpe! — Collin escuta a voz mais incrível se lastimar — não queria atrapalhar, mas esqueci de levar uma das caixinhas de alfinete.

—Tudo bem Molly—Sam responde gentil — finalizamos por aqui. Pode passar.

   Collin estava encostado na parede, no caminho que a garota teria que atravessar para chegar ao quarto de Emily. Ele não a tinha olhado e sabia que seria rude de sua parte manter-se de tal modo quando ela cruzasse com ele.

    Combatendo o acanhamento, ergueu o rosto. Ao olha-la, Collin teve a sensação de ter sido empurrado de um penhasco. Suas pernas ficaram tremulas tê-lo-iam falhado caso ele não se mantivesse firmemente encostado na parede.

   Collin fechou os olhos por segundos, e respirou fundo, tentando fazer seu coração voltar a bater num ritmo aceitável. Fracassou. E não foi difícil adivinhar o motivo.

    Collin já tinha testemunhado o fenômeno algumas vezes para saber o que estava acontecendo com ele próprio; identificar os sinais.  Não precisaria que o Dr. Carlisle o examinasse para achar a causa de sua palpitação e a sensação de estar levitando.

 — Com licença! — Ela falou olhando diretamente para um estático Collin.

  Quando a garota sorriu, foi como ser tocado pelo vento. Automaticamente viu-se sorrindo de volta, compreendendo que seu coração estaria ligado a ela para sempre.

 Aceitando inteiramente seu destino, Collin se aproxima, entrelaça sua mão esquerda à dela delicadamente, tendo o gesto correspondido de forma acanhada.

  E se pôs a caminhar a seu lado.  Lugar de onde só sairia ao respirar pela última vez. 

                                           FIM


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Notas finais do capítulo

Agradeço imensamente a quem reservou uns minutos do seu dia, para ler a minha fanfic. Muito , muito obrigado (a) .



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