Corri, abri a pequena porta que nos separava e pulei no seu pescoço, não queria soltar nunca mais. Ele é meu super melhor amigo de infância, eu,  Austin e Lily éramos inseparáveis, até o acidente sempre mantínhamos contato, mas depois... Eu me mudei e não nos falamos mais.

—Austin não sabe o quanto senti sua falta_ meus olhos marejavam, um reencontro depois de meses.

—Também senti baixinha, mais já já, você vai me sufocar_ abri os olhos e comecei a soltá-lo, mas pude jurar que tinha visto alguém nos observando pela entrada do parque.

P.O.V Lysandre
Quando cheguei em casa, guardei algumas malas e percebi que Anni havia esquecido seu livro no carro, então resolvi devolvê-lo e talvez passear com ela pelo parque se ela aceitasse. Porém, quando cheguei em frente a casa dela, vi uma cena que intrigou, eu a vi abraçando um rapaz que nunca havia visto, mas não foi por isso totalmente, foi o fato dela estar mais radiante, nunca a vi tão animada. Resolvi deixá-los e fui caminhar pelo parque sozinho.
Ela é mesmo um mistério, quando acho que estou conhecendo seu jeito, ocorre algo que me volta a estaca zero, e era isso me que me atraía nela, e quanto mais eu fico ao lado dela, começo a aceita-la como alguém especial, quando eu a vi com aquele aproveitador, deixei meu lado feroz tomar conta de mim, o sempre tão pacífico Lysandre, deu um soco na cara de alguém que ia se aproveitar da garota que ele está se apai... apaixonando? Acho essa palavra tão forte, mas não consigo expressar o que eu sinto pela Anni atualmente, admiração? Amizade? Ou algo a mais?
Bem, é certo que ela vem tomando na minha vida uma posição importante, quando a vi, caída naquela areia com olhos marejados, seu cabelo á luz da lua, imóvel, dava para ver que ela era como um vidro frágil, eu queria pegá-la e consertá-la, porém hoje, a vejo com um imenso sorriso, um sorriso de alegria, nunca a vi com um sorriso tão tocante como este, tão lindo quanto o som dos pássaros pela manhã, ou como o reflexo do sol do fim de uma tarde.
Ainda me lembro de quando nos vimos pela primeira vez, ela esbarrando em mim, e imediatamente nossos olhos se encontrando, paralisei com aqueles olhos tão brilhantes quanto o sol, e dava para saber disso nela também, um começo típico de um romance, logo após isso, fomos nos aproximando, nem sei o porque de tê-la convidado para ver nosso ensaio, nem Rosa convidei, acho que desde aquele dia, algo nela me chamou atenção, ela tem algo em seu jeito, como um tipo de lugar não explorado, que eu quero conhecer.
Todas as vezes que nos encontramos fui descobrindo sobre ela, e quando fico com ela me sinto completo, ela me mostra um lado meu que nem eu conheço, mesmo não conversando, a sua companhia me agrada, e a cada dia supero meu antigo amor.
Sem nem notar, enquanto me perdia nos pensamentos, estava escrevendo no meu bloco de notas.

Quando te vi
Logo me atraiu
Um olhar sutil
Então descobri

Um jeito tímido
Mas também magnético
Logo me chamou
Me deixando incrédulo

Não consigo pensar
Em você longe de mim
Aparência frágil e gentil
Linda como um jardim

Já não posso resistir
Estou apaixonado por ti

   Escrevi o último verso, já não podendo acreditar em mim mesmo, estou me apaixonando novamente, mas ainda tenho receio, de me decepcionar de novo.

P.O.V Anni

—Você foi para a praia e nem me convidou? Que maldade!

—Em minha defesa, eu não sabia que você vinha

Demos uma curta risada, me sinto tão bem perto dele, é como se os problemas não existissem e a antiga Anni, a doida cheia de vida (não tanto quanto a Lily) tivesse voltado

—Mas Austin, por qual motivo você veio aqui para França? Já já vou achar que tenho algum tipo de rastreador embutido em mim.

—Por que diz isso?

—A Lily também acabou vindo pra cá!

—Ah sim, ela me avisou que viria, estava me sentindo sozinho, então como meu pai veio para cá pensei... por que não?

—Verdade seus pais divorciaram e cada um foi pra um canto!

—É!

—Hoje tá tão bonito, quer dar uma volta no parque?

—Claro! Nossa você mora na frente de um, que sorte!

—Sorte...

Fomos até o parque onde conversamos mais um pouco, até que quando menos espero, vejo Lysandre num banco.

—Lys! Que coincidência, que bom te ver aqui.

—Olá Anni, o parque está bem agradável hoje!

—Escrevendo no bloco de notas como de costume!

—Como sempre_ percebi ele dar uma leve corada e fechar bem rápido seu bloco, que até então estava aberto_ Ah! E antes que eu esqueça, achei seu livro no carro!

—Nossa! Nem tinha percebido que tinha esquecido, desculpa o incômodo.

—Sem problemas.

—Obrigada_ assim que lembrei que eu tinha companhia, virei para trás a procura dele, e ele estava olhando sem entender nada pra mim e Lysandre, então fiz sinal para ele se aproximar_ Lys, quero te apresentar ao meu melhor amigo de infância Austin