A intrigante história de Feanor, o meio-elfo escrita por Auriel


Capítulo 1
1- Um estranho na tempestade


Notas iniciais do capítulo

Fala povo essa é a minha primeira fic, então por favor perdoem meus erros de português e me passem um feedback a respeito da clareza dos capítulos.
Meu principal objetivo aqui é escrever uma história bacana sobre esse universo maravilhoso de Eragon e de quebra melhorar a minha habilidade de escrever



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FEANOR

    A chuva impiedosa caia sobre o castelo que se erguia alto sobre a cidade de carvahal, a fortaleza era nova e foi construída pelo conde Roran no final da guerra. O viajante, que estava ensopado e consequentemente um pouco irritado dirigia-se do pátio para o grande salão, seu único objetivo era trocar algumas palavras com o lorde daquelas terras. Quando entrou no grande salão do castelo não pode deixar de notar como o lugar refletia a personalidade do homem que o idealizou, o aposento não era grande nem pequeno e possuía uma decoração rustica de madeira, havia um fogareiro grande no centro que aquecia todo o local, uma mesa longa para 40 convidados e ao fundo uma cadeira alta destinada ao senhor. Todo o salão transmitia um certo senso prático, esse pensamento não deixou de causar uma certa graça na visão do andarilho que se dirigia até o conselheiro que estava de pé no fundo da sala.

— O senhor é o conselheiro do lorde? – perguntou o homem que se aproximava

— sim, eu sou- respondeu o outro

— ótimo, eu gostaria de falar com seu amo tenho assuntos importantes com ele-

  - desculpe você terá de esperar até amanhã como todos os outros que vem suplicar ao lorde-

    O conselheiro olhou o homem que estava em sua frente e analisou seus trajes: ele vestia roupas simples, capa de tecido leve, bandana envolvendo cabelos negros que caiam sobre seus ombros e por fim uma espada com aparência ordinária que pendia de sua cintura. O andarilho parecia como todos os viajantes que rumavam pelas estradas, sua única característica extraordinária eram seus olhos verdes que transmitiam um brilho inteligente e inquisidor. O visitante, percebendo que o conselheiro parecia firme se adiantou, tirou um anel de seu bolso, estendeu o objeto e falou

— mostre este anel ao seu senhor e diga que estou a sua espera, ele saberá quem eu sou-

— é melhor você estar certo, não gosto de quem desperdiça o tempo de meu lorde- respondeu o outro que pegou o anel e se retirou do salão.

  Poucos minutos após a saída do conselheiro um homem grande, robusto e com uma luxuriante barba ruiva adentrou com pressa o local. O recém chegado olhou para o viajante como se tivesse passado muito tempo no deserto Hadarac e estivesse alucinando, boquiaberto soltou uma poderosa risada. Os guardas do castelo presentes no salão olharam atônitos quando seu senhor subitamente abrasou o que parecia um desocupado qualquer.

— primo tente não estragar meu disfarce- sussurrou o viajante enquanto retribuía o abraço digno de um urso.

 - vamos até um lugar que possamos conversar então - respondeu o outro

O ruivo tomou a liderança enquanto o visitante o seguia pelas entranhas do castelo até chegarem numa saleta reclusa, que na verdade se tratava do escritório pessoal do senhor, onde se sentaram ocupando cada uma das cadeiras dispostas ali.

— Feanor eu não devo falar com você a mais de 10 anos, devo dizer que estou muito irritado com essa sua negligencia para com sua família- disse o homem.

O viajante olhou para seu primo com um sorriso envergonhado, e disse

— peço desculpas, na verdade eu só estou aqui para corrigir isso, vim ver você e o martelo forte-

  Aquele que estava na sala conversando com Feanor não se tratava do lendário Roran, mas sim de seu segundo filho Ben um homem de 48 anos, que acabou por assumir as funções do pai devido a idade avançada do mesmo.

—eu vou pensar a respeito do seu perdão quando você me dizer o que andou fazendo-respondeu jocoso enquanto devolvia o anel, que se tratava de Aren, ao seu respectivo dono.

— você sabe por ai, conhecendo a alagesia, observando os povos, estudando mistérios-

— é por isso que você anda por ai sorrateiro com esse pano na cabeça esconde suas orelhas pontudas de elfo-

—Elas chamariam atenção desnecessária. É mais fácil viajar como humano e as orelhas não ajudam muito nesse mérito- argumentou com simplicidade o meio-elfo.

  Os dois prosseguiram a conversa por um período longo, acabando por jantarem no escritório onde rememoraram os velhos tempos. Feanor lembrou com saudade o ano em que havia passado como hospede de Roran, a quem ele chamava afetuosamente de tio, naquele tempo ele não passava de um fedelho de 20 anos que estava cansado do estado perene das coisas que reinava sobre elesmerá. No mesmo ano um dragão havia nascido para sua prima Ismira, a primeira cavaleira da nova geração. A tarefa de levar a jovem até Eragon era naturalmente da única cavaleira treinada de toda a alagesia, isto é Arya a rainha dos elfos. Dessa forma, Arya juntamente com seu filho se dirigiram até o castelo de roran, onde a elfa e seu dragão começaram a treinar Ismira e seu filhote recém nascido ainda sem nome. Transcorridas duas semanas de ensinamentos era chegado o momento de levar os aprendizes voando em firnen até Eragon, foi nesse momento que feanor decidiu que não iria acompanha-las até a sede da ordem. Firnen que agora era imenso não teria dificuldade em levar 3 pessoas voando, o motivo do jovem não querer ir até seu pai, como sempre fazia de tempos em tempos, era de fato um discussão que tivera com ele na ultima temporada em que esteve na sede da nova ordem, dai que o meio-elfo não estava em bons termos com seu genitor. Feanor sabia que ele estava errado e seu pai estava certo, mas mesmo assim ele decidiu passar um ano com seu “tio” Roran, período no qual formou uma sólida amizade com Bem seu primo, que tinha por volta da mesma idade.

   Ao observar os dois conversando era evidente que o tempo havia castigado duramente Ben, que possuia muitos fios brancos em meio sua cabeleira vermelha, já com feanor o tempo era uma amante gentil, para ele os anos eram como messes e suas feições pouca haviam mudado nas ultimas 3 décadas. O diálogo dos dois transcorria ligeiro pelas banalidades e acontecidos dos últimos 10 anos, até o momento em que Ben decidiu parar de inquirir sobre o passado e se voltou para o futuro

— me diga meu amigo, o que você fará após deixar carvahal ? - perguntou o ruivo.

 - acredito que você já esteja sabendo dos boatos correndo pelo vale pallancar – devolveu feanor, com um ar de mistério.

—Sim como é meu dever. Boatos do extremo norte da espinha, pessoas sumindo, luzes coloridas na floresta e todo tipo de bobagens que assustam criancinhas. Eu mandei uma brigada de guardas para o povoado mais próximo do local para fiscalizar a situação- respondeu bem com displicência-nada que possa interessar você eu penso- acrescentou ainda.

—E o que os guardas descobriram ?- perguntou o meio-elfo

—Nada anormal. As pessoas sumiram em acidentes de caça, quantos as luzes...eu acho que não preciso nem lhe dizer que não viram nada- respondeu Bem

—normalmente o seu diagnóstico estaria correto, mas eu tenho algumas informações desconcertantes para dividir- devolveu feanor.

  O meio-elfo explicou que o povoado em questão se chamava din hollow e que há muito tempo atrás existia próximo ao local um entreposto ancestral da antiga ordem dos cavaleiros de dragão, os cavaleiros deixaram o local 800 anos atrás quando ainda não existiam humanos morando por ali. Este não era o único fato estranho sobre o lugar, 300 anos atrás os habitantes da região haviam se queixado exatamente dos mesmos problemas, desaparecimentos e luzes estranhas na floresta. Quando Bem começou a pensar que a historia não podia ficar mais estranha Feanor revelou ainda mais: a ordem da época enviou um jovem cavaleiro para averiguar o que estava acontecendo, mas o cavaleiro em questão desapareceu sem deixar rastros. Após o sumiço do jovem e seu dragão os fatos estranhos não mais transcorreram e a ordem nunca mais ouviu de seu membro desaparecido.

—Se me permite, como você tomou conhecimento desses fatos? - inquiriu Ben

—Eu estava vasculhado os arquivos antigos de Doru Araeba e cabei lendo isso- disse o rapaz

— Então a informação é segura

— Com certeza! – assentiu Feanor

—Você planeja investigar- falou o ruivo

O meio-elfo olhou um curto momento para o vazio da sala e declarou:

—Sim, é isso que eu farei-

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Notas finais do capítulo

É isso pessoal. o que vocês acharam do tom geral do capítulo ? a ideia era fazer algo um pouco mais lúgubre
sobre o nosso personagem principal ?
Eu busquei colocar varias referencias as coisas que aconteceram anteriormente,visto que a fic vai focar no começo em muitos personagens originais achei bom fazer isso para dar um ar de familiaridade



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