Hestia não sabia por que ela deveria cuidar do deus da guerra. Logo ela a deusa do lar e da paz tinha que cuidar de um guerreiro sanguinário que não via nada além do campo de batalha. O templo de ares era o segundo menor do olimpo perdendo apenas para o da própria deusa uma vez o deus disse aos irmãos que um guerreiro não precisava de luxos e ares levava isso muito a sério. O palácio do deus da guerra era pequeno com uma pequena chaminé que sempre estava em atividade do lado de fora havia um suporte de espadas que guardava varias espadas de cabo vermelho e laminas brilhantes.

A deusa suspirou batendo na porta do palácio do deus da guerra que estava ferido depois de um encontro com um enorme dragão que o próprio deus decidiu caçar, a porta se abriu rapidamente e o deus da guerra surgiu com seu corte militar os olhos vermelhos com chamas e o corpo forte enfaixado.

—tia –ele cumprimentou não muito interessado na deusa do lar.

—sobrinho –a deusa respondeu –vim cuidar dos seus ferimentos.

O deus sorriu e olhou para o corpo enfaixado batendo em seu peito com seu punho fechado sem demonstrar dor ou desconforto quase que afirmando que ele não precisava de seus cuidados.

—estou forte como um gigante –declarou –na verdade eu poderia matar um gigante com as mãos nuas.

A deusa riu sarcástica e embora fosse contra sua personalidade socou o deus no tronco não muito forte por que hestia nunca feriria ninguém de sua filha ,mas o pequeno punho da deusa fez ares se curvar de dor sua expressão de confiança se foi tão rápido quanto os pingos de chuva caiam na terra.

—não parece tão forte –a deusa constatou e entrou no palácio deixando o deus para trás.

O palácio do deus da guerra contava com uma grande sala com cama e sofá uma televisão gigante marcava a mesma sempre passando filmes de guerra e a lareira que deixava o lugar confortável.

—um guerreiro não precisa de luxos –o deus disse logo atrás da tia que suspirou.

—se deite sobrinho me deixe trabalhar – pediu.

O deus deitou a contragosto enquanto hestia analisava as feridas do mesmo o corpo do deus da guerra era marcado por inúmeras cicatrizes de suas batalhas anteriores ,a deusa esticou as mãos e uma luz alaranjada saiu de suas palmas o poder de cura do lar começou o longo processo de reparação do corpo do deus.

O deus apenas fechou os olhos deixando que os poderes da tia o deixassem pronto para outra batalha o orgulho do deus estava mais ferido do que seu corpo tendo em vista que seu adversário escapou deixando o deus gravemente ferido.

Hestia terminou e sorriu ao trazer suas mãos de volta e se dirigiu a pequena cozinha do deus da guerra,hestia se dirigiu á cozinha e começou a cozinhar a melhor comida caseira que podia enquanto ares apreciava seu corpo curado novamente.

—apolo poderia aprender com você –o deus elogiou retirando as ataduras de seu corpo sem sinal de ferimentos.

A deusa sorriu era raro qualquer um elogiar a simples deusa do lar, o deus da guerra se levantou e ligou sua televisão colocando em seu canal favorito onde filmes de guerra passavam 24 horas por dia.

—você deveria aprender com athena –a deusa disse terminando a refeição –ela é a melhor guerreira do olimpo e não fica tão ferida assim.

Ares suspirou aceitando a comida que sua tia lhe oferecia o lanche era um belo frango frito com alegrim,o deus arregalou os olhos ao sentir o sabor divino que a tia lhe oferecia a deusa se sentou ao lado dele comendo sua refeição.

—estratégia e força não são a mesma coisa –declarou o deus.

—força e inútil sem estratégia –hestia rebateu apreciando sua refeição.

Ares levantou uma sobrancelha. pronto para retrucar quando sua tia lhe deu um sorriso tão sacana que o deus duvidou que aquela era a deusa mais pacifica do olimpo. Hestia não percebeu que estava encarando o sobrinho os olhos verdes perdidos nos vermelhos.

—que tal me mostrar isso ?-ares quebrou o silencio tentando não ficar preso nos olhos verdes da tia.

—claro –a deusa concordou e ares terminou sua refeição.

O deus da guerra reuniu suas armas e uma armadura de bronze e ofereceu uma espada a tia que recusou com a cabeça educadamente o deus colocou seus óculos escuros e transformou sua espada em um rifle.

—vamos á caça –o deus da guerra disse tocando o ombro da tia os transportando.

A dupla surgiu em uma colina na Irlanda um monte azulado se destacava na paisagem e a deusa percebeu que o monte não era feito de pedra e sim de escamas, o dragão se ergueu batendo suas enormes asas e encarando o casal de deuses com seus enormes olhos amarelos típico em serpentes.

—hora da força !-o deus rugiu e mirou atirando balas de bronze contra o dragão.

O monstro respondeu com uma rajada de fogo que obrigou o deus a rolar para longe enquanto hestia ficou parada o fogo não podia ferir a deusa do lar que estava preocupada com o sobrinho que percebeu que o rifle não daria conta do dragão, Ares invocou sua espada no lugar da arma de fogo e saltou com um rugido mirando o pescoço do monstro que se voltou atingindo o deus com sua cauda.

Ares caiu rolando sem ferimentos e se ergueu a tempo de escapar de uma bocada do dragão girou sua lamina visando o focinho do monstro que abriu sua boca para disparar uma rajada de fogo em cheio no deus que arregalou os olhos, para a sorte de ares sua tia surgiu em sua frente e esticou uma mão contendo a rajada de fogo a jogando de volta ao dragão que foi lançado para trás.

—já pensou em alguma estratégia ?- a deusa perguntou divertida.

—não preciso-ares respondeu avançando na direção do monstro acuado.

O deus deu um salto girou e atingiu a cauda do dragão a separando do corpo do monstro que rugiu e tentou abocanhar o deus que se esquivou e cravou sua espada no olho direito do dragão que ergueu a cabeça com dor levando o deus da guerra com ele para o ar forçando ares a soltar a espada. O dragão ergueu uma das patas dianteiras e acertou o deus em cheio o jogando contra o solo com toda força.

O impacto criou uma cratera e ares cuspiu terra mais irritado do que ferido o deus agora desarmado se levantou e saltou para o topo da cratera a tempo de ver o dragão ferido voar em sua direção.

O deus se preparou para socar o dragão quando uma rajada de fogo atravessou o monstro o transformando em pó ,ares arregalou os olhos e se virou para hestia a deusa do lar estava calma com uma mão erguida no ar e um olhar severo no rosto.

—não vou ficar te curando toda vez que for idiota –a deusa declarou e virou as costas –era só distrair o dragão precisava de duas pessoas.

O deus ficou estático ao ver a habilidade da deusa que todos pensavam que era a mais pacifica de todos e que nunca pegou uma espada.

—para ter paz é preciso ter guerra –hestia declarou.

Ares não sabia bem o porque mais se transportou para a frente da dia e a puxou suavemente para beijar a mesma que aceitou o toque mais logo depois queimou os lábios do sobrinho que se afastou rapidamente.

— se comporte garoto –a deusa disse dura e então piscou para o deus.

Na guerra e na paz os dois deuses sabiam que acabaram de encontrar um parceiro ideal.