Witch and Vampire Academy - História Antiga escrita por Luísa Saeger Carvalho


Capítulo 7
6 - Thomaz


Notas iniciais do capítulo

Capítulo nn postado antes, mas nn vai ser uma continuação da história, blz? É só pq eu tinha escrito e achei q vcs fossem qrer tirar um gostinho de como continuaria a história



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Casa da Bel, Berlim – 08:30, Sábado.

            A casa estava vazia, olhei pelas janelas que não estavam tapadas pelas cortinas azuis que combinavam com a decoração do interior da casa; tudo vazio, as luzes desligadas, televisão desligada, o telefone era o único que estava ligado. Pensei em ligar para Bel, mas me lembrei que aos sábados ela passava o dia com a família, se ela disse estar em casa, provavelmente estariam nos fundos tomando banho na piscina e ela ia abrir mão daquilo só para me consolar, eu estava fazendo drama, tudo bem que eu realmente precisava de alguém para conversar, mas justo minha melhor amiga que estava passando um dia maravilhoso com sua família toda reunida? Não me parecia justo com ela, ainda mais depois de ouvir a semana inteira ela falando que os pais não estão em casa e que não os via muito.

            Fui espiar por debaixo do portão que ligava a frente aos fundos da casa para confirmar que estavam se divertindo, consegui ver algumas pessoas correndo – vi apenas os pés, mas já era o bastante para mim. Me levantei e ia dar meia volta, a casa da Sarah não era tão longe dali, pelo que ela me explicou, eu conseguiria muito bem encontrar alguém para conversar, ou alguém poderia me encontrar para conversar; foi um susto, mas também um alívio ouvir a voz dele:

            - Ficou de fora Senhorita Black? – sua voz era tranquila e serena, exatamente o que eu precisava naquele momento.

            - Eu não diria isso. – me virei para trás e o visualizei, usava um jeans preto, camisa azul marinho, calçava tênis pretos e tinha uma jaqueta marrom escuro amarrada na cintura; seus cabelos bagunçados eram maravilhosos quando complementados pelo brilho azul do seu olhar, nem parecia ser o mesmo garoto que conheci na aula de ciências – A diversão é que está me perdendo.

            - Imaginei que fosse responder isso. – ele riu um pouco; meu rosto corou – Eu não gostaria de ser tonto como a diversão e perder essa oportunidade.

            - Ah, é mesmo? – dei dois passos a frente e arqueei uma das sobrancelhas.

            - É, é mesmo. – ele estendeu sua mão, eu fiquei encarando ela, enquanto meu rosto corava mais ainda e minha sobrancelha voltava ao normal, esbocei um pequeno sorriso – Quer dar uma volta?

            - A pé?

            - Por que não? – ele deu dois passos a frente e estendeu a mão novamente – E sua resposta final será...?

            - Pode ser. – dei a mão para ele, saímos do quintal da casa e seguimos andando pela rua, sem rumo.

            - É impressão minha ou você estava um pouco triste?

            - Depende...

            - Como assim depende?

            - Se você quer ouvir o desabafo de uma garota dramática ou se não quer estragar esse passeio.

            - Esse passeio só seria estragado se você não tivesse aceitado participar dele.

            - Você quem escolheu, não reclame depois.

            - Eu nunca reclamaria em ouvir e ajudar você. – ele falou em meu ouvido, senti um arrepio por todo meu corpo; ao mesmo tempo em que queria ouvir aquilo, eu não queria, ou na verdade minha cabeça me fazia achar que não queria e meu coração na verdade queria aquilo mais do que nunca? Ficar pensando no vampiro durante toda a semana, desde o último dia em que nos falamos, que não foi uma boa conversa, me fez sentir um certo afeto por ele, uma preocupação amais que achei que não sentiria por ele, era estranho.

            - Você não ficou sabendo disso, mas minha mãe revelou uma filha que teve antes de mim e por motivos de vida ou morte precisou manter presa ao meu pai durante toda a minha vida, enquanto ela me protegia das garras dele. Essa revelação não foi boa para mim, me senti excluída, como se não fosse mais ter aquele relacionamento mãe e filha maravilhoso que tínhamos antes, é como se eu tivesse que dividir tudo o que era pessoal, só meu e da minha mãe, com uma estranha, que só para mim era estranha. Eu não fui com a cara dessa Leonor, tenho brigado com ela desde que começou a ‘’morar’’ – fiz aspas no ar com os dedos enquanto ditava a palavra – no mesmo quarto de hotel que a gente, eu fugi da tal conversa com as duas durante a semana inteira, mas hoje, não pude mais fugir, acabou que eu briguei feio com ela e isso resultou numa ameaça que eu nunca imaginei que receberia de minha mãe, não é algo como vou tirar sua netflix e seu celular, ela ameaçou a minha vida, eu nunca imaginei que receberia essa ameaça da minha mãe. E o pior, eu tive que aprender na marra que só vou ter o respeito de antes se eu me der bem com essa Leonor, eu não quero ter que conviver com ela, eu não quero, não me sinto bem perto dela, e agora você deve estar me achando uma mimada dramática que chora porque não ganhou o brinco de diamantes que queria de aniversário.

            - Não, eu não te acho uma mimada dramática, todos passamos por alguma situação assim, que nos deixa mal, cada um reage de um jeito e não devemos julgar ninguém por isso. – ele segurou em meu rosto, que estava virado para o outro lado, ele o puxou para que pudesse me olhar nos olhos – Eu só acho que deveria ver os motivos por não querer conviver com essa sua irmã e tentar ver o lado bom deles, talvez assim arrume um jeito de lidar com isso da melhor maneira possível, não sei se isso vai lhe ajudar, nunca passei por isso e espero nunca passar, sem ofensa, mas tente, se não der certo, ao menos tentou e fez a sua parte. Você também deveria pensar no lado dela, ela só queria ter uma irmãzinha como você, garanto, e isso é algo novo para ela tanto quanto para você, pense nela, pense em sua mãe e como seriam muito felizes, as três, convivendo como uma família em uma bela casa.

            - Uau, nem a Bel daria um conselho tão bom quanto esse.

            - Ela provavelmente diria para você mandar todo mundo se fuder e pronto.

            - É verdade, ou então ela diria para eu ficar de frente para as duas, jogar tudo na cara delas e depois chutar o cu arrombado das duas!

            - Ou então, ela mesma diria ‘’eu vou lá falar com as duas, porque ninguém mexe com a minha amiga e aquelas duas vão ver só, tão pensando o que? Que podem fazer aquilo com qualquer um? Não senhora, as duas vadias vão ver só’’! – ele falou imitando ela de maneira engraçada, nós dois rimos muito, parecíamos dois loucos que não tinham mais nada para fazer, mas pelo menos estávamos rindo, estávamos felizes e ele me tinha ajudado muito, tanto dando o conselho quanto colocando minha auto estima para cima, ele realmente era especial e importante para mim.

            - Muito obrigada Thomaz, me ajudou muito, de verdade.

            - Eu que tenho que te agradecer, fez meu dia ficar feliz me dando a oportunidade de passear com você.

            - Bem, era o mínimo que eu podia fazer depois do que aconteceu na última vez em que nos vimos.

            - Não tem importância o que aconteceu, minha timidez e minha raiva subiram a cabeça e eu não queria descarregar tudo em você, por isso sai do nada, antes mesmo de te deixar falar algo. É complicado esse assunto sobre minha família e a má reputação que tem.

            - Tudo bem, eu não sou muito diferente quanto a isso, senhor Thomaz Drácul.

            - Obrigada por me fazer sorrir, Senhorita Black.

            - E muito obrigada.

            - Pelo que?

            - Por esse passeio maravilhoso e por isso. – fiquei quase na ponta dos pés para alcançar ele, mas consegui lhe dar um beijo na bochecha, o que foi um susto para nós dois, desde quando eu queria beijar ele? Desde quando ele me fazia sorrir como ninguém fazia? Eu não sabia, eu não queria saber, só queria sentir a alegria me fazendo sorrir e dar pulos de alegria enquanto andava pela rua  relembrando cada segundo que passei com ele e principalmente daquela despedida. Thomaz era alguém especial, isso eu não podia negar, e a minha vontade de vê-lo novamente só aumentava a cada passo dado em direção ao hotel.


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Notas finais do capítulo

Mais Caps saindooooooooo



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