Troublemaker escrita por Tayná Brito


Capítulo 1
Capítulo 1 - Encrenqueiro


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, como vão?
Essa história surgiu, eu a escrevi e agora estou postando, espero que apreciem. A Short terá no mínimo 5 capítulos pelo meu planejamento.
Quem aqui já leu Operação Cupido saiba que depois de um ano terá att dela, estou trabalhando nisso.
No mais, já peço que me perdoem por qualquer erro, foi escrita pelo celye revisada só uma vez, pois a que tinha sido revisada eu consegui deletar sem querer (Palmas pra mim). Bom, se alguma alma caridosa se dispor a fazer uma capa bem linda eu agradeço, essa eu fiz correndo no serviço, pois estou sem PC. Obrigada a quem leu até aqui, boa leitura e até as notas finais.



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Mais um sábado ensolarado, onde Magnus e eu desfrutávamos de uma tarde na pracinha em frente a principal igreja da cidade. Estava sentada em baixo de uma frondosa macieira, que me garantia uma ótima sombra enquanto lia um livro e Magnus estava deitado ao meu lado apreciando o carinho que eu fazia em sua orelha. Minha barriga roncou, então abri a cesta e saquei um sanduíche de lá dentro, mais o pote de ração e uma garrafa de agua, que dispus sobre a toalha que estavamos e servi o almoço do meu amado e fiel cachorro.

Voltei a ler enquanto mordiscava meu lanche, pois a história estava em um ponto crucial e eu estava interessadíssima em saber o desenrolar.

— Quem diria Magnus, me deixei enganar por essa mulher empoderada e era só mais um clichê onde o mocinho salva a mocinha. – Fechei o livro e olhei para o lado, onde Magnus deveria estar, mas tudo que encontrei foi um pote de ração vazio e a bandana amarela que mais cedo eu tinha pendurado em seu pescoço.

Desesperada por imaginar que alguém poderia ter roubado meu melhor amigo, recolhi tudo da maneira mais rápida que consegui e comecei a procurar pelo meu cachorro, o gritando desesperadamente.

— Posso te ajudar moça? – Uma versão de deus grego do século XXI perguntou, tocando meu braço para que eu pudesse parar de andar como louca.

— Meu cachorro... Ele estava do meu lado, então depois não estava mais e eu preciso muito encontra-lo.

— Fique calma, me diga como ele é e vou te ajudar a encontra-lo.

— É um Golden Retriever, caramelo, mais ou menos desse tamanho. – Lhe indiquei o tamanho colocando a mão até a metade da minha coxa.

— Ok, entendi. Faremos assim, eu procuro para esse lado e você daquele, e quem achar vai direto para frente da igreja... Caso nenhum dos dois ache, mesmo assim me encontre em 15 minutos lá e continuaremos as buscas.

— Tudo bem... Espero que tenhamos sorte. – Falei otimista, mas estava desesperada diante da possibilidade de não encontrar Magnus.

— Até logo e com boas notícias. – Então o deus grego do século XXI saiu em direção a ala leste do parque enquanto eu ia para o oeste, perguntando aos donos de algumas barracas de pipoca e cachorro quente que tinham por ali se alguém tinha o visto.

Depois de 10 minutos de buscas por Magnus, resolvi voltar para onde eu estava antes, na macieira de frente a igreja, na esperança de que meu cachorro tivesse voltado, então avistei o deus grego do século XXI retornando também. Olhei de relance para igreja e vi que uma noiva se preparava para entrar.

— Alguma sorte? – Me perguntou.

— Nenhuma. Acho que o roubaram bem na frente do meu nariz e eu nem percebi. Sou uma pessoa horrível. – Então finalmente comecei a chorar e me lastimar.

— Calma, vai ficar tudo bem, às vezes ele está apenas brincando por aí. – Tirou da lapela do paletó um lenço e me entregou e notei que tinha umas daquelas florzinha que se usa em casórios. Aceitei de bom grado e sequei as lágrimas, olhando em direção a igreja e lembrando da noiva de mais cedo.

Foi ai que avistei, ninguém mais, ninguém menos que Magnus do outro lado da rua, tentando abrir a porta da igreja.

— Achei meu pestinha! – Gritei assustando o deus grego.

— Onde?

— Bem ali em frente a igreja. Então ele olhou e levou as mãos à cabeça.

— Merda! – Praguejou. – Que horas são?! – Olhamos para o grande relógio em cima da igreja e eram 4h10 da tarde – Porra, estou atrasado! – Exclamou. E foi ai que tudo se encaixou.

— Não me diga que é o noivo! – Tentei ajeitar o lenço de novo dentro da lapela e arrumar sua gravata borboleta que estava um pouco torta. – Corre que ainda dá tempo e qualquer coisa vocês dizem que é um desses casamentos modernos onde o noivo chega depois.

— Antes fosse, mas eu sou o padrinho, ou era. – Disse a última parte mais baixo.

— Acho que te devo um milhão de desculpas por ter te atrasado, mas ainda dá tempo de assistir à união do casal.

— Eu não estou muito empolgado com isso, na verdade você, ou melhor, seu cachorro, foi a desculpa perfeita para eu não ver meu amigo que não gosta da noiva e a mulher que eu amo se casando.

— Oh! – Foi a única palavra que consegui dizer.

— Falando no seu cachorro, ele acaba de invadir a igreja.
Peguei a cesta do chão e comecei a puxar o deus grego em direção a igreja.

— Se alguém tem algo contra essa união, fale agora ou cale-se para sempre. – Ouvi o padre falar, enquanto Magnus puxava a barra da calça do noivo.

— Magnus! – Gritei no meio da igreja e todos os olhos se voltaram para mim como se agora eu tivesse três cabeças.

— Tire esse cachorro pulguento do meu casamento, agora! – A noiva gritou a última parte enquanto o noivo parecia não estar nem um pouco incomodado com Magnus querendo arranca-lo do altar a todo custo, ora empurrando-o, ora puxando sua barra da calça com o dente.

— Olha lá como fala do meu cachorro, sua loira burra! – Vi a boca da mesma abrir e fechar por diversas vezes, até que finalmente ela iria responder, mas o deus grego que estava ao meu lado interviu.

— Calma Laurel, foi tudo um mal entendido. – Explicou.

— Raymond Palmer, onde estava se não no altar no dia do meu casamento?! E ainda tem coragem de aparecer no meio da cerimônia com uma desqualificada acompanhada de um cachorro.
Olhei para Magnus que agora recebia um carinho do noivo na orelha.

— Alto lá! – Gritei. – Olha como fala comigo, foi tudo um mal entendido, assim como esse casamento! – Dei minha cartada final, enquanto todas as bocas se abriam surpresas, menos a de alguns padrinhos, que sorriam com o que eu disse. What the fuck??? Que tipo de casamento é esse?

— Como ousa? – Laurel, como acabei de descobrir ser seu nome cerrou as mãos em punho.

— Só sendo muito burra para não perceber que esse homem aqui do meu lado te ama mais que tudo.

A boca da noiva abriu em choque e Raymond ficou desconcertado. Só aí percebi que falei de mais e então resolvi chamar Magnus e sair daquele circo que criei. Me agachei no chão e chamei o seu nome, mas ele fingiu não me ouvir e se deitou aos pés do noivo. Me levantei e marchei em direção ao meu amigo, muito brava pela situação que ele havia nos colocado.

— Ora essa Magnus, levanta e vamos embora, você tem noção da merda que fizemos seu cachorro enxerido e petulante? – O noivo deu risada e foi ai que olhei para o seu rosto... E que belo rosto diga-se de passagem. Só tem gente bonita nessa igreja?

— Vamos garoto, acho que você está de castigo. – O noivo disse e começou a andar em direção a saída da igreja e o pilantra do Magnus passou a segui-lo.

— Onde pensa que vai Ollie? – Laurel perguntou.

— Todo mundo aqui sabe que eu não queria esse casamento, até essa estranha percebeu e você não Laurel, o único cara que te ama é o Ray... Achei que você cairia na real assim que pisasse o pé na porta dessa igreja e visse que quem te esperava no altar era a pessoa errada, mas ai o burro do Palmer se atrasou e se não fosse por esse garotão aqui... – coçou a orelha do Magnus. – nós seriamos infelizes para sempre. Escolha o cara certo agora. – O noivo tirou as alianças do bolso e entregou para Ray que segurou nervoso e olhou para Laurel.

O noivo continuou indo para fora e meu cachorro traidor o seguindo, então tudo que eu pude fazer foi o mesmo. Já fora da igreja, tudo que eu queria era dar um chute na bunda do Magnus, apesar de ser totalmente contra violência animal.

— Me desculpe, senhor... – Fiquei vermelha assim que encarei o noivo, mas ele sorria.

— Prazer, eu me chamo Oliver e tudo o que vocês fizeram foi adiantar o show já ensaiado por Thommy e Sara.

— Como assim? – Perguntei confusa.

— Oliver, por que não me contou que houve uma mudança no plano? –Uma loira pequena e muito bonita se aproximou com um homem moreno.

— Não houve, isso tudo foi obra do destino pois até esse cachorro sabia que esse casamento não era para acontecer.

— Vai me dizer que esse cachorro e essa mulher caíram de paraquedas nesse casamento?

— Isso mesmo. – Oliver confirmou.

— Isso saiu melhor que encomenda. – O moreno ao lado da loira comentou. – Eai? Loira salvadora da pátria e dos amigos solteiros, como se chama?

— Felicity. – Respondi.

— Topa se juntar conosco na nossa festa particular anti Laurever? – Perguntou a loira e fiquei a olhando embasbacada diante a pergunta e a junção dos nomes dos ex noivos. – Responde rápido antes que as pessoas saiam da igreja e nos atrapalhem.

— Sim. – Respondi com convicção sem saber onde eu estava com a cabeça. – Mas eu quero saber o que está acontecendo aqui.

— A gente te conta no caminho. – Oliver passou os braços pelos meus ombros e me guiou com meu cachorro em seu encalço.

Então entramos junto com Magnus dentro da limousine estacionada na frente da igreja, onde já havia um motorista negro e forte no volante nos esperando e partimos para festa anti Laurever.


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Notas finais do capítulo

Eai? O que achou desse cachorro encrenqueiro? Hahaha
Comentem por favor, além de funcionar como uma bela motivação para meu temperamento fleumatico ainda me ajuda a saber se a história agradou.
Até o próximo capítulo, dessa ou de Operação Cupido, n sei qual sairá primeiro.



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