Move on escrita por Kori Hime


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Já que avisei que tem spoiler, eu já posso falar aqui que a história é uma conversa de Clark e Bruce, eu escrevi ontem a noite... lendo agora eu queria mudar tudo, mas como já tá concluída, eu vou deixar assim, se tiver algum erro de digitação, me avise.

É como o título já diz, seguir em frente. E vamos ver no que vai dar daqui em diante.



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Amanhecia na cidade de Gotham, quando o carro do Batman foi visto pela última vez em direção a ponte Robert Kane. Depois, o veículo desapareceu das vistas dos mais atentos em meio a neblina da estrada.

Após uma longa volta pelo norte da cidade, Batman acionou a abertura a caverna pelo rio, o carro mergulho em direção à água, caindo dentro de um buraco, em uma plataforma de metal, onde seguiu por um túnel, até estacionar o veículo.

Alfred cochilava, sentado na poltrona, em frente ao computador. Quando tirou a máscara, Bruce parou ao lado da mesa, pedindo para que o mordomo fosse descansar, prometendo que também iria em seguida.

Era fato que precisava de algumas horas de sono, já que a idade chega e não tem traje milionário que faça com que os reflexos se mantenha jovem. Era necessário uma pausa, caso quisesse continuar naquela vida por mais alguns anos.

Entretanto, Bruce dispensou a cama, retomando seu projeto em um novo protótipo de avião mais veloz, para isso, solicitou o auxílio de um dos membros da aliança que havia formado.

Só que Victor vinha trabalhando com o pai e uma equipe especializada dos Laboratórios S.T.A.R., a fim de conhecer seus poderes e desenvolver um treinamento. Dessa forma, Bruce não se achava no direito de sobrecarregá-lo. Eventualmente, uma hora ou outra Victor iria dar seu toque final no projeto.

Tal pensamento de compartilhar uma aeronave era um grande avanço, visto o histórico de trabalhos em equipe sempre conflituoso que Alfred costumava citar. Bruce reconhecia que sempre fora muito rigoroso com Dick Grayson. E a morte de Jason foi apenas mais um dos motivos para ele se afastar, fazendo com que o trabalho em equipe fosse quase nulo nos últimos anos, mesmo ainda tendo como aliado o comissário Gordon.

Bruce retirou o uniforme de Batman e tomou alguns comprimidos para dor. Havia poucas feridas naquela noite, nada que precisasse levar pontos. Ele vestiu uma roupa, puxando o carrinho com ferramentas para perto do motor que trabalhava. Analisou o projeto sobre uma outra mesa, quando uma corrente de ar passou por ele.

Moveu os lábios levemente, esboçando um sorriso discreto. Virou-se e olhou para o alto da caverna.

— Temos campainha. — Bruce falou, cruzando os braços, observando o Superman flutuar sobre sua cabeça.

— Eu não queria incomodar, já que Alfred estava se deitando. — Superman pousou no chão, alguns metros longe de Bruce. Ele analisou o motor do avião e apontou um problema no compressor.

— Talvez com uma visão de raio-x eu teria visto isso antes. — Bruce comentou, pegando uma ferramenta para abrir o motor. — A julgar pelo uniforme, não acredito que essa seja uma visita amigável.

— Não costumo voar como Clark Kent.

— Imagino que não. — Bruce esticou a mão, esperando receber a chave de fenda que precisava. — E até onde eu sei, não cometi nenhum delito nas últimas semanas.

Superman entregou a ferramenta para ele.

— Fico feliz que as notícias do vigilante de Gotham agora focam na justiça, e não na vingança. Embora eu não concorde com alguns métodos que você utiliza.

Bruce ergueu a cabeça.

— Como trazê-lo de volta?

Superman moveu os lábios, sem resposta imediata. Parado no meio da caverna, o vermelho vibrante da capa se destacava.

— Foi uma decisão perigosa.

— Achei que já tivéssemos superado isso. Você voltou para casa, sua mãe está feliz, recuperou o emprego… e as pessoas estão mais do que agradecidas com o retorno do Superman. Você é um símbolo importante.

— Então porque eu sinto que violo as leis da natureza estando vivo?

Bruce parou de fingir que prestava atenção no motor, encarando o olhar desamparado de Superman. Era um daqueles momentos que era pego de surpresa por não saber o que falar, mesmo que sua mente fervilhava com palavras.

Ele limpou as mãos de graxa em um pano, largando-o em cima da mesa.

Fazia algumas semanas desde o retorno de Superman ao mundo dos vivos. Bruce o ajudou como pode para que ele voltasse à vida normal, à rotina, e que fosse o mais tranquila possível. A fazenda Kent estava de volta ao negócios, a notícia da morte de Clark justificada, alegando que havia sido gravemente ferido, quando um prédio desabou e ele foi levado para Gotham, ficando em coma por meses, depois que acordou, sofreu com uma amnésia.

Legalmente estava tudo certo. Só que a mente de uma pessoa pode não retornar tão bem quanto seu corpo após uma experiência como aquela.

— E se era justamente isso que deveria acontecer? Você retornar era a chave.

— Ora, essa… Bruce. Não me diga que você acredita em premonição e destino.

— Não é apenas uma questão de destino. É algo prático, estávamos com o poder necessário em nossas mãos e nós aproveitamos a chance, mesmo com possibilidade de falha.

— Acontece que não pensaram em como seria pra mim.

— E você queria continuar morto? — Bruce desabafou, a voz mais árdua e vil do que desejava. — Diana tinha razão quando disse que eu me sentia culpado por sua morte. E nada do que eu faça pode mudar o que aconteceu no passado. Mas o futuro, eu acredito que o futuro pode revelar se nossas ações foram corretas. — Bruce mantinha seu olhar fixo no Superman.

— Parece que eu preciso de um pouco mais do que as hipotecas da fazenda quitadas para voltar à vida normal. — O homem de aço estava de costas para Bruce, mas sua voz não era intimidadora. Ele se virou, o olhar complacente expunha sua real essência.

— Eu vou estar aqui para o que precisar, seja a hipoteca, ou uma conversa. — Bruce completou, oferecendo um café da manhã. — Alfred já deve ter notado que temos companhia.

Ao entrarem no elevador do subsolo, Superman olhou para Bruce.

— Obrigado por não desistir de mim, de um jeito bem perigoso, mas enxergo nobreza na sua decisão. — Falou, com tranquilidade em sua voz.

— Isso parece algo que Diana teria dito.

— Sim. Foi ela quem me disse isso.

Bruce apertou o botão do elevador.

A ligação entre eles estava se tornando cada vez mais concreta. Com isso, seguir em frente era o único caminho a percorrer. Assim como seria inevitável, a partir daquele momento, trabalharem juntos mais vezes. E não poderia haver mais espaço para dúvidas e desconfiança.


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Notas finais do capítulo

Provavelmente se vc viu o filme vai saber do que eu me referia em algumas parte, ou não. Mas sabe quando vc ta tão atribulada de ideias e precisa tirar algo pra não pirar? KKKKK nas férias eu vou querer fazer algo mais elaborado.

Beijos e se houver algum comentário a fazer, me manda.



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