Aventuras em Sinnoh: Saga Pérola escrita por little_celeby, CanasOminous


Capítulo 2
Um almoço para os filhos dos campeões!


Notas iniciais do capítulo

http://aventuras-em-sinnoh.blogspot.com/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/74793/chapter/2

Capítulo 2 -Um almoço para os filhos dos campeões!!!

Dawn parecia eufórica procurando por livros que pudessem ajudá-la a preparar um bom prato para o almoço, mas não estava com muita sorte.

— Não é possível, não deve ser tão difícil cozinhar alguma coisa... Sempre vejo o professor cozinhando com tanta facilidade. — comentou Dawn, conversando com seu Piplup. Ela olhava os livros procurando algo que pudesse ser fácil, e ao mesmo tempo saboroso. Na mesa repousava um pequeno livro vermelho de receitas que aparentemente estava sendo usada por Melyssa há pouco tempo atrás.

— Olhe só Piplup, o que acha de "Batatas Gratinadas"? Vai ser este mesmo! — disse Dawn com um sorriso.
        A garota aproximou-se do fogão e começou o desafio de tentar ligar o equipamento, ela apertava os botões, mas nada ocorria, o que a obrigou a procurar algum livro que explicasse passo a passo como ligar um simples fogão. Seu pequeno pokémon aproximou-se de uma caixa que continha palitos de fósforos, e na sequência apontou para o fogão, Dawn percebera a tentativa do pokémon em ajudá-lo e logo seguiu seu conselho. Ela acendeu um dos palitos e assim que uma das bocas do fogão ligou com o fogo, ela abriu um grande sorriso.
        — Conseguimos passar da primeira fase Piplup!! Agora onde será que eu posso deixar o fogo mais forte? — perguntou a garota, apagando o fogão sem querer na sequência — Opa... Vamos voltar do começo então...
        Passado mais algum tempo ela já havia adquirido experiência em ligar o equipamento, a garota pegou o pequeno livro de receitas e então começou os devidos passos para a preparação do prato.

— “Unte um refratário com margarina...” O quê é um Refratário? Bom, vai essa panela estranha mesmo... "Em seguida corte as batatas em fatias..." “Disponha as fatias de batatas cozidas no refratário...” “Tempere o leite com o sal, pimenta, noz moscada e alecrim...” — suspirou Dawn, olhando para seu Piplup que agora a encarava sério — Onde vou achar essas coisas? — disse Dawn, observando um pequeno pote de vidro em uma das estantes — Hum, talvez esse potinho seja de sal...

— P-Pipluuuuuup!!! — gritou o pokémon.

— Não se preocupe Piplup, não vou colocar muito sal, eu sei o que estou fazendo. — disse Dawn colocando cinco colheres de açúcar nas batatas.

______________________________________________________________

Enquanto Dawn criava pratos “exóticos” para o almoço, Lukas e Luke passavam logo ao lado do misterioso Lake Verity. Os irmãos pararam suas bicicletas ao lado do lago e encararam a entrado do local por um momento, faziam várias anos que eles não iam àquele lago.

— Ei Lukas, se liga só! É aquele lago que costumávamos brincar quando éramos pequenos. — disse Luke, parando sua bicicleta próximo a uma árvore.

— É mesmo! Faz tanto tempo que não passamos por aqui. Vamos dar uma paradinha, não agüento mais pedalar. — respondeu o irmão um pouco cansado.

O Lago era um lugar extremamente belo, ainda mais agora coberto pela neve. Suas águas não podiam ser congeladas, e era possível ver o fundo. acompanhado da grande quantidade de criaturas que o habitavam. Goldeens balançavam suas caldas em movimentos suaves, e uma vez ou outra, um grande Seaking dava as caras, surgindo como um rei com toda sua pompa.

As árvores balançavam fracamente com a brisa gerada pelo vento, pinheiros cortavam o céu com seus longos galhos, e o chão era inteiramente coberto por várias pinhas. Aquele lugar era tão pacífico e místico que fazia as pessoas esquecerem de seus problemas. Os irmãos deram uma rápida pausa para ver como o lago estava, pois faziam anos que não passavam por lá. Eles passaram pelas alamedas que davam entrada para o lago e encontraram-no exatamente como era há muitos anos.

— Olhe só! Esse lago parecia tão grande quando éramos pequenos. — riu Lukas, olhando para as águas e lembrando-se de sua infância.

— Você que não cresceu, pivete. — brincou Luke.

— Somos do mesmo tamanho, não adianta tentar parecer melhor do que eu. — rebateu o irmão, dando início a uma discussão que foi interrompida no momento que os dois se deram conta da presença de um estranho homem.  Ele observava uma caverna misteriosa que jazia no meio do lago, ele era muito alto e com músculos bem definidos, tinha cabelos azuis e um rosto marcado pelo tempo, mas com traços fortes, de quem já havia visto muita coisa nesse grande mundo. Ele vestia um elegante uniforme e mais parecia um soldado militar.

— Quem é esse cara? — perguntou Luke silenciosamente.

— Não sei, não lembro-me de seu rosto aqui na cidade... Parece que ele está falando algo... —respondeu Lukas na tentativa de ouvir o quê aquele estranho dizia.

O homem virou-se e foi em direção dos dois irmãos que ficaram observando-o.

— Peço-lhes licença... — disse o homem com sua voz grave.

Os dois garotos abriram espaço, permitindo que o homem passasse.

— Que homem estranho... — comentou Lukas tentando entender o motivo de aquele homem estar lá.

— Ah, deixa quieto cara, quero ver se minha marca na árvore dos Starlys ainda tá lá! — disse Luke correndo.

— Não antes de mim! — falou o irmão correndo a frente.

______________________________________________________________

— "Espalhe pedacinhos de margarina sobre as batatas..." "Polvilhe queijo ralado e coloque no forno, até ficarem douradas..." Sim, já fizemos tudo isso, mas... Será que era para as batatas ficarem tão pretas...? Hum, deve ser pra dar um gosto melhor... — disse Dawn satisfeita com o que tinha feito.

— Pip... Lup... — respondeu Piplup em gesto de decepção.

— Piplup, acho que vou deixar as batatas no forno e sair... Já acabei o almoço então acho que não haverá problemas se eu ir embora. Vou sair antes que eles voltem. Eu não imaginava que eles fossem tão estranhos, aposto que seus filhos não devem ser nada diferentes... — disse Dawn saindo da casa e pegando sua bicicleta.

Dawn e Piplup estavam a caminho de Sandgem com sua bicicleta deixando aos poucos a cidade de Twinleaf para trás. Pouco a pouco, a casa dos Wallers ia desaparecendo de vista, deixando somente a fraca fumaça cinza que era exalada da chaminé. Quando de repente, Dawn colocou a mão em seu bolso e notou a falta de alguma coisa.

— Essa não, Piplup! Minha pokéagenda sumiu!! Será que eu deixei ela na casa? — disse Dawn preocupada, virando-se e encontrando uma placa que indicava: Lake Verity. — De repente ela caiu próximo ao lago quando fomos procurar os pokémons para o Professor! Ele vai ficar irado se não a encontrarmos, vamos aqui primeiro, está mais perto.

______________________________________________________________

Lukas e Luke corriam olhando tudo exatamente como era, a floresta parecia ter ficado parada no tempo enquanto os anos passavam. Luke olhou para frente e se deparou com um grande pinheiro muito antigo, talvez mais antigo do que a própria vila, uma gigantesca árvore que guardava lembranças para muitas pessoas especialmente aqueles dois jovens que agora a encarava. Luke andou em direção do pinheiro quando percebeu que havia pisado em algo e rapidamente levantou o pé para ver o que havia atingido.

 — Argh! Pisei em alguma coisa que não podia... — disse Luke ao ouvir algo trincar debaixo de seus pés — Ah, pensei que fosse alguma coisa importante... Olha só! Parece um... Celular. — disse Luke levantando um estranho objeto enquanto ria.

— Não é um celular, era uma pokéagenda! E você quebrou o aparelho!! Parecia novinho... E se o dono vier buscar?? — disse Lukas preocupado — Você deve prestar mais atenção por onde anda, Luke!

— Deixe isso aí! — riu o garoto— Ninguém vai perceber.

— Seu desastrado... — disse Lukas largando o objeto — Se o dono vier buscar vou falar que foi você...

Luke andou até o pinheiro e começou a checá-lo.

— Ahá!! Aqui, o buraco feito pelos Starlys! Será que minhas “pedras raras” ainda estão aqui?  — disse Luke animado, colocando a mão dentro do buraco no tronco, mas antes que o jovem pudesse olhar melhor um bando de Starlys saíram e começaram a atacá-lo.

Eram milhares de aves dominadas pela raiva, e o pior, Starlys andam em bandos. Quase não podem ser notados quando sozinhos, e apesar de pequenos, batiam suas asas com muita força e bicavam com raiva.

— Auugh!! Lukas, ajuda aí carai!! — disse Luke, gritando com o irmão.

— Huh?! Mas fazer o que Meu Arceus?? — gritava Lukas desesperado.

Dawn estava chegando lentamente no lago quando pôde ouvir os gritos dos irmãos.

— Piplup, você está ouvindo isso? Alguém está em perigo! Temos que ajudar! — disse ela, rapidamente entrando nas alamedas do lago.

Ao aproximar-se do local ela pôde ver os irmãos gêmeos lutando consigo próprios em vez de se unirem e fugirem dos Starlys. Os dois pareciam confusos e certamente não sabiam agir em equipe.

— Lukas!! Faça alguma coisa sem ser bater em minha cabeça!! — gritava Luke tentando espantar os Starlys.

— O que quer que eu faça?! O que quer que faça? — dizia Lukas tentando acalmar o irmão.

— Piplup! Utilize o Bubble e espante esses Starlys! — ordenou Dawn. Na sequência, o pokémon lançou rápidas bolhas que atordoaram os Starlys espantando-os.

— Ei! Vocês estão bem?... ‘crack’ — dizia Dawn correndo em direção a Luke que estava caído no chão, até perceber que também pisara em algo — Minha... Minha Pokéagenda!!! — gritou ela pensando que havia destruído o aparelho.

Lukas aproximou-se do irmão e ajudou-o a levantar.

— Ei Luke, olha, eu disse que o dono iria voltar e buscar. Conte para ela que você que quebrou o aparelho.

— ‘Cê tá louco? Ela vai ficar mó brava! Só vou agradecer... — disse Luke andando em direção de Dawn que estava caída no chão com os destroços de sua pokéagenda — Ow, valeu por nos ajudar a espantar os passarinhos...

— Seja educado! — continuou Lukas dando uma fraca cotovelada no irmão.

— Ah... Hum... Eu sou Luke, esse  aqui é o Lukas. Será que você, não gostaria de almoçar em nossa casa? Meu pai pode te ajudar a consertar essa bagaça...

Dawn olhou para Luke e enxugou os olhos. Ela não podia voltar para o laboratório com a pokéagenda quebrada e então decidiu aceitar o convite dos garotos.

— Hum, não foi nada... Vocês não sabem que não podem ir para a grama alta sem pokémons? É perigoso. — disse Dawn um pouco recuperada.

— Ah... P-perdoe os p-problemas que causamos. — gaguejou Lukas.

— Heh... Não precisa ficar sem graça, vocês não fizeram nada de errado. — riu a garota.

— Liga não, ele não consegue falar direito com mulher. Fica trocando e repetindo palavras, é mó engraçado. — contou Luke.

— Ah! Obrigado por acabar com a minha reputação Luke, agora estou tão sem graça que nem sei mais o que falar... — disse Lukas corado.

— Heh, heh! Não tem problemas, é normal para garotos da sua idade não saberem como lidar com garotas. Eu até acho isso uma graça. — disse Dawn, deixando Lukas ainda mais vermelho.

— Quantos anos você tem? — perguntou Luke.

— Tenho quinze.  Mas também não entendo muito essas coisas de meninos e meninas, nunca fui muito de sair de casa, e não conheço muitas pessoas de fora. — explicou a garota.

— P-Perdoe o alvoroço que causamos, não vai acontecer de novo. Meu irmão só queria pegar os “artefatos” dele, então acabou assustando os Starlys. — desculpou-se Lukas.

— Ei! São mais que artefatos cara!! São fósseis pokémon ainda não descobertos! Um dia vou me tornar um poderoso treinador com vários pokémons ancestrais! — respondeu Luke, pegando pequenas pedrinhas com desenhos no buraco da árvore e guardando-as na mochila — Elas tem um valor emocional muito grande pra mim, tá ligado pivete?

— Pivete? Mas vocês não são gêmeos? — perguntou Dawn, reparando na extrema semelhança entre ambos.

— Sou três minutos mais velho que ele, e isso me dá poder. — riu Luke.

— Acho que esses três minutos te deram uma mente um pouco retardada. — murmurou Lukas.

— O que disse pivete?! — perguntou o irmão alterado.

— Esquece, Esquece... — respondeu Lukas sem dar atenção.

— Heh, heh... Vocês dois são engraçados! — riu a garota.

Os três nem andavam em suas bicicletas enquanto faziam o caminho de volta para casa, eles conversavam calmamente, evitando a grama alta para não se encontrarem com Bidoofs ou mais Starlys, e em pouco tempo já haviam chegado à Twinleaf. Dawn parecia preocupada ao perceber que acabou voltando para próximo da casa dos Wallers, o que a obrigou a interromper a caminhada para que pudesse voltar para sua casa em Sandgem.

— O que houve Dawn? Você parece nervosa... — comentou Lukas.

A garota sempre mantinha os olhos no chão. Ela ainda estava preocupada com  o almoço deixado na casa dos Wallers, e nem imaginava que estava com os filhos deles.

— Não é nada, mas será que não podíamos passar um pouco mais longe daquela casa?

— Mas aquela é nossa casa... — riu Lukas.

Dawn parecia petrificada, seria o destino ou simplesmente o azar? Ela havia se encontrado com os próprios filhos de Walter e Melyssa, e agora precisava sair de lá imediatamente.

— Sério?? Nossa, que estranho, tenho que ir!! Que pena, lembrei de um compromisso! Vou ter que ir agora MESMO! — disse Dawn suando frio.

Porém, antes que a garota pudesse sair, o sol fora tampado. Um grande Tropius surgia, eram Walter e Melyssa voltando. A criatura fez um pouso triunfal, Walter descia como um verdadeiro campeão ao lado de sua esposa. Mas toda essa magia foi quebrada quando Melyssa avistou seus filhos e pulou em seus braços.

— Luke!! Lukas!! Como vocês cresceram!! Estão tão bonitos!! Abatian* cuidou de vocês? Como foram de viagem?? Luke você está machucado! Lukas você está lindo!! O que aconteceu? Digam-me tudo! — dizia a mãe super animada.

— Deixe-me vê-los também Melyssa! Como vocês estão fortes! Estão prontos para capturar pokémons, filhos?

— Aaaaaaaah!!! — gritava Dawn desesperada enquanto corria de um lado para outro.

— Dawn! Que bom que fez uma recepção! Você até mesmo foi receber nossos filhos antes de chegarem! — disse Walter contente.

— Dawn, você conhece nossos pais? — perguntou Luke.

— Err... Digamos que sim... — disse a garota acalmando-se.

— Vamos entrar! — convidou Mellysa — Dawn fez um almoço fabuloso!

— F-Fabuloso? — murmurou ela.

— EBA! — gritaram Lukas e Luke juntos.

______________________________________________________________

Todos sentaram-se em seus devidos lugares. O prato de Dawn estava servido no centro da mesa em que havia um prato branco com um contraste exacerbado criado pelas batatas, levemente torradas. Todos olhavam de canto para o prato, Dawn olhava para baixo forçando um sorriso sem graça.

— Desculpem... — murmurou Dawn. Seus olhos estavam úmidos, a garota se continha para não deixar que lágrimas escorressem. Lukas e Luke então comeram um pedaço, mas a cara que Luke fizera fora péssima.

— Argh! Isso tá hórriv... — gritou Luke, mas o irmão foi interrompido por mais uma cotovelado do irmão — Ai, por quê 'cê me cutucou mano?!

— Seja educado! Ela é uma dama, não diga isso da comida dela. — cochichou Lukas — Err... Está bom Dawn, parece marrom glacê. — sorriu o garoto.

— Marrom glacê? — perguntou Dawn, não fazendo idéia do erro que cometera trocando sal por açúcar — Mas...

— Realmente, está muito bom... — comentouWalter com um sorriso, não querendo magoar a menina.

— Bom trabalho, Dawn! — parabenizou Melyssa.

Somente Luke olhava contrariado, ele não entendia o porquê de todos fazerem aquilo, mas por algum motivo sentiu que deveria fazer o mesmo.

— É... Não está tão ruim... — falou Luke com um sorriso forçado.

Todos riram e Dawn enxugou as lágrimas estampando um lindo sorriso na seqüência enquanto eles gargalhavam sobre a longa mesa. O resto do dia passou rápido, todos alternavam entre assuntos sobre pokémons e conversas paralelas. Dawn contava sobre suas experiências ao lado do renomado professor Rowan, enquanto Lukas e Luke brigavam para ver quem contava mais glórias... Melyssa e Walter escutavam atentos todas as histórias de seus filhos.

O sol ia descendo, deixando o céu com um tom laranja intenso. Os Starlys já voavam de volta para seus ninhos e Bidoofs corriam para suas tocas. O dia ia se encerrando, e a visita de Dawn também.

— Foi ótimo almoçar com vocês! Obrigado senhor e senhora Wallers! — dizia a garota tomando a cela da bicicleta.

— Seja sempre bem vinda, mocinha! — falava Walter acenando contente.

— Heh... Foi um almoço digamos que... doce! — riu Melyssa.

— Até mais Dawn! E obrigado por tudo! — falou Lukas seguido do irmão.

— E desculpem-me por tudo. Foi um grande prazer estar com vocês!

Dawn então deu o último aceno e partiu rumo a sua casa em Sandgem, mas antes ela deu uma paradinha e gritou:

— Não se esqueçam de passar no laboratório para pegarem suas pokéagendas! — gritou ela tornando a pedalar. Lukas e Luke sorriram lembrando que o dia seguinte seria o grande dia.

— Vamos pegar nossos primeiros pokémons Luke! — falou Lukas contente.

Os pais ficaram meio sem graça, mas juntaram as mãos e se entreolharam contentes. Eles sabiam que tinham capturado os pokémons certos para seus filhos. A família então entrou. Lukas e Luke continuavam a contar detalhadamente tudo que aconteceu durante o período na escola. Luke continuou reclamando do almoço de Dawn e de como já não gostara daquela menina, enquanto Lukas teimava em dizer que o almoço estava bom.

A noite caiu silenciosa. As estrelas brilhavam como se soubessem o futuro dos pequenos heróis, mas o céu estava um pouco nublado graças ao frio que fizera o dia todo, a lua iluminava tudo intensamente, podia-se ver as sombras dos Murkrows, que se moviam-se rapidamente, e ora ou outra, um penetrante olhar surgia entre a escuridão.

Os corvos voavam ao longe fazendo sombra a luz da grande lua. O vento soprava fraco dando ouvidos aos sussurros que apenas a noite nos trás fazendo os galhos das árvores balançarem. Era noite em Twinleaf Town.Somente mais uma noite de tempos estranhos que vinham rondando Sinnoh nos últimos meses...

— O sonho de se tornar um mestre Pokémon começa amanhã cara... — murmurou Luke deitado na cama de cima do beliche.

— Top Coordenador... É isso que eu vou ser! — cochichava Lukas para si próprio.

Walter e Melyssa observavam cautelosos pela brecha deixada na porta, o casal permanecia abraçado observando os filhos dormindo.

— Como cresceram... — comentou Walter.

— Estão bonitos como você... — respondeu Melyssa. Walter riu, mas voltou a ficar sério por um momento.

— Só me pergunto se fizemos a escolha certa... — comentou o homem ao tirar uma pokébola do bolso, ele olhava intrigado para ela. Melyssa tirou outra pokébola de dentro do bolso de seu avental. Ambos olhavam expressivamente preocupados para as cápsulas que no dia seguinte, já não seriam mais deles. A dúvida tomava sua mente: Teriam eles feito a escolha certa?

Lukas e Luke, as personalidades distintas começaram a ser reveladas. Com o cair da noite o início de suas jornadas está bem próximo, exatamente a um amanhecer de distância... E no fim de tudo Dawn acabou por não decepcionar a todos com seu almoço.Um novo amanhecer trará muitas inovações... Uma nova aventura... Novos treinadores e novos rumos... Uma nova busca pelo sonho de cada um.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!