Claro, por que eu achava que eu iria poder dormir até o dia seguinte? É obvio que alguém me acordou, e adivinha quem era? Se você falou que era o meu pai, você acertou.

—Vamos Luciana. Levanta e vamos jantar. Estão todos em casa e essa é uma ótima oportunidade para todos nos conhecermos.

—Tá pai, já vou. – Levantei-me com a cara de sono mais horrível do mundo e fui pra cozinha. Cheguei lá e vi Christopher, Anne e meu pai.

—Ande Luci, sente-se – Falou Anne tentando usar um tom meigo e fofo. Quem deu permissão pra ela me chamar de Luci? Eu obviamente que não fui.

—Eu prefiro ser chamada de Luciana. – Falei e meu pai me deu um olhar repreensivo. Christopher estava me olhando com olhos curiosos, o que me deixando desconfortável. Me sentei e me servi. Anne começou a tagarelar e meu pai também. Enquanto isso comia em silencio.

Terminei e fiz menção de me levantar mas meu pai me olho com um olhar do tipo “Não se levante ou você fica de castigo pelo resto da sua vida”. Ignorei isso revirando os olhos e coloquei meu prato na pia e subi pro meu quarto e aqui estou eu escrevendo o quanto vai ser ruim o dia amanha. Ah, fala sério, todo mundo me odiou, principalmente aquela tal de Briona. Minha raiva por ela aumente a cada segundo, bem que ela poderia morrer e não ir para a aula amanha.

***

Que maravilha, não consigo dormir. Vou ficar aqui acordada pelo resto da noite, e tudo porque meu pai me acordou. Será que a porta do meu quarto tem uma chave? Vou procurar.

***

Certo, são 1 da manha e eu consegui achar a chave. E, finalmente, as pessoas vão me deixar em paz, ninguém mais vai me acordar quando eu estiver dormindo. Claro que eu tinha que verificar se não tinha outra copia, e não, não tem. Agora sim, o quarto é só meu, a vida é só minha e não tem nada que mude isso... Ah droga, tem alguém batendo na porta.

Era o Christopher... Ele vai sair e me perguntou se eu queria ir.

—Por que você está me convidando?

—E por que isso importa?

—Por que você não gosta de mim. E por que você está me convidando, caramba?

—Porque meu amigo acha que seria legal eu te chamar pra sair também porque estaríamos mais perto de termos um bom relacionamento como irmãos e blábláblá. Ah, e ele quer te pegar. – Falou o final como se fosse a coisa mais normal do mundo pra se falar para outra pessoa.

—Ah... onde vai ser?

—Eu não sei. Cara, isso é um interrogatório? Enfim você vai ou não?

—Acho que não, amanhã tem aula.

—Você é muito careta. – Falou revirando os olhos - Fala sério... Enfim, como você não vai, passar bem. – Falou me fazendo lembrar um velhinho rabugento.

Como é grosso... Tudo o que eu quero agora é voltar pra casa. Pro Brasil. Enfim tenho que dormir, já está tarde. E amanhã eu tenho que voltar para aquele inferno.