Amor e Armas - Uma fanfiction OPZ escrita por Lu Rosa


Capítulo 8
Oito


Notas iniciais do capítulo

"Tenham todos um ótimo fim de semana..." - George Wickham.



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Uma notícia terrível choca a todos em Rosings.

Um dos guardas entrou no salão onde Elisabeth lia, enquanto Jane, Bingley, Georgiana e o coronel Fitzwilliam jogavam cartas. Chang e Mei Li acompanhavam o jogo. 
      Ele foi até o coronel Fitzwilliam e sussurrou em seu ouvido.
       - Senhor, há algo nos portões que requer sua atenção.
     Fitzwilliam levantou-se e inclinado perante seus companheiros de jogo, saiu da sala.
     Elisabeth parecia concentrada no livro, mas sua atenção foi atraída pela saída do coronel.
      Ela se levantou e foi até uma das janelas.
      - Liz... O que foi? - perguntou Jane.
      - Não sei. Parece que um cavaleiro está no portão.
     Estreitando os olhos, ela conseguiu avistar o cavaleiro. Arfou ao reconhecer um dos cavaleiros que estavam com Wickham no dia do ataque a Rosings. Um aperto foi subindo em sua garganta como se uma mão a comprimisse
     Sem dizer nenhuma palavra, ela saiu rapidamente do salão. Chang a seguiu na mesma hora. Os outros se entreolharam e foram atrás.
         O grupo chegou até o portão. 
         - O que está acontecendo, Coronel? - Elisabeth perguntou.
         Contrafeito, Fitzwilliam parou de olhar pela vigia e voltou-se para ela.
         - Parece que temos notícias de Darcy...
        O grupo olhou pelas vigias e todos ficaram estupefatos com o que viram.
        O cavaleiro estava a cerca de quinze metros dos portões. Perto suficiente para que todos pudessem ver seu rosto totalmente desprovido de carne. Como uma caveira. Ele lançou uma espada que se fincou na terra. Em seguida ele jogou sobre ela um longo casaco preto. Depois disso ele ficou parado como se esperasse alguma reação da casa.
        Por algum momento, os da casa ficaram olhando, chocados para fazer ou dizer algo. Então um choro alto ressoou no silencio da tarde. Georgiana chorava abraçada a Jane e Bingley. 
         - Não!  - Elisabeth gritou e correu na direção do portão. 
      - Não deixem que ela passe! - o Coronel Fitzwilliam gritou para os guardas.
         Mas o que eram alguns guardas frente a uma mulher alucinada de dor e exímia lutadora de artes marciais?
         Elisabeth só não passou por eles, como os deixou fora de combate. Tomou suas armas e passou pelo portão como um furacão. Descarregou as duas pistolas no cavaleiro. Nenhuma delas o derrubou, claro. Ele era um ser sobrenatural.
            Mas longe disso a deter. Elisabeth sacou a espada e foi até ele.
          O cavaleiro não se moveu. Apenas a olhou com os olhos de órbitas vazias. Depois se afastou a galope.
            Ela ainda girou a espada na mão como se isso a confortasse. Depois se abaixou e pegou o tecido.
             Devagar, ela abraçou o sobretudo de guerra que Darcy sempre usava enquanto os soluços sacudia seu corpo. 
            Os outros se aproximaram e se entreolharam sem coragem de dizer algo. Pois o que se diria a uma mulher cuja felicidade durara apenas dois meses?
           Mei Li e Jane ajudaram Elisabeth a erguer-se do chão. Fitzwilliam retirou a espada da terra, mas sentiu como se ela estivesse fincada em seu coração. 
             Darcy tinha sido um bom homem e um grande guerreiro e ele sentiria a sua morte como a de um irmão querido.
            Elisabeth chorou abraçada ao sobretudo. Chorou toda a dor do seu jovem coração. Amaldiçoou e bendizeu o nome de Darcy todo o tempo. Gritou que o odiava e sussurrou que o amava. Chorou ao lembrar os momentos de paixão que viveram e sorriu ao recordar das brigas e discussões que tiveram desde o primeiro encontro. 
            Acariciou e beijou o sobretudo que ainda guardava o odor de seu corpo. Sofreu até se lembrar que Georgiana também sofria e cabia a ela, Elisabeth, cuidar dela agora.
              Ela perdurou o sobretudo sobre a cadeira e endireitando os ombros, saiu do quarto. 
          Quando ela chegou no salão, todos se voltaram. As conversas cessaram abruptamente. Georgiana correu para ela e a abraçou. Os soluços sacudiam a garota, mas Elisabeth não derramou mais nenhuma lágrima.
        - Eu estou aqui, Georgie. - ela disse acariciando os cabelos escuros da mocinha.
        Jane se aproximou delas e abraçou a irmã. Suas lágrimas molharam o vestido de Elisabeth.
          - Estou bem, Jane... 
         Fitzwilliam levantou-se e pigarreou chamando a atenção delas. Elisabeth entregou Georgiana aos cuidados de Jane. A loira levou a mocinha para fora do salão. Planos iam ser traçados, mas com certeza não incluíam nenhuma das duas.
        - Eu já mandei alguns homens para Derbyshire para tentarmos recuperar o corpo de Darcy para que ele tenha um funeral digno. Não sei se vamos conseguir trazê-lo, mas é o mínimo que posso fazer, senhora.
          - Estou grata pelos seus esforços, Coronel. - Elisabeth agradeceu.
      - Estou cansado disso! - reagiu Bingley. Os outros o olharam com espanto. Geralmente Charles era tão otimista e alegre que aquele desabafo pegou todos de surpresa. - Não haverá algo que possamos fazer para acabar com isso de uma vez?
       - A arma desenvolvida por Wuang e Mary está na fase final. Já foi testada em pequenos grupos. Agora precisamos fazê-la em escala maior. - relatou Chang.
       Elisabeth não estava com disposição para fazer planos e foi se servir de um cálice de vinho. Fitzwilliam a seguiu.
        - Senhora Darcy... Tem algo que eu ainda possa fazer pela senhora?
        Ela sorriu tristemente.
       - Não senhor, Coronel. Talvez amanhã quando meu luto tiver passado.
      A surpresa parecia estampada no rosto de Fitzwilliam por que Elisabeth se apressou em dizer.
   - Eu disse passado, não esquecido. Tenha uma boa noite, Coronel Fitzwilliam. - ela disse antes de colocar o cálice intocado sobre a mesa e seguir na direção tomada por Jane e Georgiana.


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