Amor e Armas - Uma fanfiction OPZ escrita por Lu Rosa


Capítulo 1
Um


Notas iniciais do capítulo

Darcy e Elisabeth finalmente iriam viver o amor que nascera de forma tão turbulenta entre os dois. Mas George Wickham, antigo desafeto de Darcy tinha outros planos...



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Como um dia que era para ser alegre e prazeroso podia ter se tornado tão negro quanto a noite? Era o que Elisabeth Darcy pensava ao olhar a pira que queimava o corpo dos mortos daquele dia.
Tudo começara ainda pela manhã, quando o maior ataque dos mortos-vivos que já se ouvira se deu aos portões de Rosings, a casa de lady Catherine de Bourgh, a maior guerreira que a Grã-Bretanha já tivera em mais de 50 anos desde o início da praga que se abatera sobre eles.
A horda de Satã, comandada pelo odiável George Wickham, se abatera sobre eles como a torrente de uma represa. 
— Ergam as barreiras! - ordenou seu marido, o coronel Darcy, ao mesmo tempo que sacava sua espada e colocava Elisabeth, sua esposa, para detrás dele para protege-la.
Preocupação inútil, na verdade. Já que Elisabeth, tão versada na arte da guerra quanto ele já havia sacado também as adagas que sempre a acompanhavam e se colocado ao lado dele.
Ele a olhou num misto de admiração, amor e preocupação. Ela retribuiu o mesmo olhar. Ambos sabiam que poderiam morrer naquele ataque. Mas isso era aceitável por cada um deles. O doloroso era saber da possível morte um do outro.
Infelizmente para o grupo de Rosings, pela falta de uso, as barreiras se erguiam em um ritmo lento, o que permitiu que um grande número de mortos-vivos invadisse a propriedade.
As pessoas começaram a correr em pânico como baratas tontas. Logo eram atacadas pelos monstros e devoradas sem piedade. 
— Bingley! Leve todos para dentro! - gritou Darcy para o amigo recém-casado com a irmã de Elisabeth, Jane.
Mas antes de Bingley levasse a sua recém esposa para a casa, ela, juntamente com as irmãs Lídia, Mary e Kitty, sacou suas adagas e se colocou em prontidão. 
— Jane, ajude Bingley a levar os outros em segurança. - Elisabeth reforçou as ordens do marido. Sabia que Jane nunca a deixaria a não ser que pedisse.
E assim a que era a irmã mais velha dos Bennet, mas que havia se tornado uma Bingley pelo casamento começou a levar aqueles que não sabiam lutar para dentro, a luta começou.
Lado a lado, Elisabeth e Darcy repeliam o ataque com furor. Assim como Lydia, Mary e Kitty e a guarda de Lady Catherine. A Sra. Bennet a salvo dentro da mansão rezava pela segurança de suas filhas, assim como a de seu recém adquirido genro. Não seria justo que após tanto trabalho, suas filhas ficassem viúvas no mesmo dia do casamento.
— Sozinhos eles não irão conseguir. - bradou o Sr. Bennet indo até a parede mais próxima e pegando uma espada.
— Sr. Bennet, aonde pensa que vai?  - gritou a Sra. Bennet.
— Vou ajudar minhas filhas. 
— O senhor não deve sair! - pediu a esposa.
— Não vou ficar aqui inerte vendo minhas filhas e meu genro a repelir esse ataque covarde. 
O ruído de outra espada atraiu a atenção do casal.
— Se o senhor vai, irei consigo. - disse lady Catherine.
— Milady, suplico que não vá. - pediu o Sr. Collins que ainda abraçava sua esposa soluçante. Charlotte Collins era muito amiga de Elisabeth Darcy e não queria que nada de ruim lhe acontecesse.
— Deve cuidar dos que estão aqui, Sr Collins. Sr. Bingley não deixe que ninguém saia até voltarmos. - ordenou a lady enquanto ela e o Sr Bennet saíam pela porta seguido por quatro da guarda pessoal da nobre.
Mas a idade havia de ser perniciosa nesse momento. Lady Catherine e o Sr. Bennet, já não tão jovens, foram cercados por um grupo de mortos-vivos. Repeliam o cerco, mas o braço do Sr Bennet fora mordido, assim como lady Catherine mordida no pescoço em um ataque traiçoeiro por trás.
— Papai! - gritou Elisabeth correndo na direção deles e decepando a cabeça dos mortos-vivos que ainda estavam próximos.
— A minha favorita... não. Não chore, minha pequena guerreira. Eu assumi o risco, minha querida. E não há honra maior em morrer defendendo os inocentes.
As outras irmãs também correram até onde eles estavam e começaram a chorar quando perceberam a gravidade da situação. 
— Jane e Elisabeth, cuidem de suas irmãs e de sua mãe. São as protetoras da família agora. Eu falaria com seus maridos, mas eles têm um dever a cumprir. E vocês também. Sabem o que deve ser feito.
— Sim papai. - responderam as cinco.
— Ótimo. Essas são as minhas meninas. - Dito isso ele fechou os olhos. Com o rosto ainda molhado de lágrimas, Elisabeth pegou a espada que estava caída e a ergueu. Com um grito de guerra, a desceu decepando a cabeça de seu pai. 
Um relincho de cavalo chamou a atenção das Bennet. Elas viram o causador de sua desgraça enfrentando alguns guardas.
Enfurecida ao máximo, Elisabeth correu na direção de Wickham, mal tomando conhecimento dos mortos-vivos que cruzavam seu caminho. Dando um salto, ela dirigiu sua espada na direção dele, mas o odioso homem, já esperando o ataque, o repeliu com sua espada. 
A força do choque das espadas foi mais sentida por Elisabeth que retrocedeu usando seus pés com freio, mas mesmo assim deixando um sulco sobre a terra.
As outras Bennet foram em auxílio de Elisabeth, mas a perícia delas não era como a da irmã, excetuando, talvez pela de Jane.
— Ele é meu! - gritou Lizzie voltando a ataca-lo.
— Senhorita Bennet... que prazer revê-la. Estou ansioso para devolver sua gentileza. - ele zombou mostrando o braço decepado. Sua perícia na espada era tanta que ele não tinha nenhuma dificuldade em manejar a espada com a mão esquerda.
— Você está errado em duas coisas, Sr. Wickham. Eu irei fazer mais do que lhe decepar um braço. Eu irei corta-lo em pequenos pedaços. E eu não sou mais a senhorita Bennet. Sou a senhora Darcy. - acrescentou com orgulho.
Wickham parou por um momento aturdido com a revelação. Mas um sorriso diabólico surgiu em seus lábios.
— Então meu prazer será em dobro ao lhe devolver sua gentileza, Sra. Darcy.
Os dois trocavam golpes e mais golpes, lutando de igual para igual. Mas além de sua grande habilidade, Elisabeth era uma jovem frágil e Wickham era uma criatura com força sobre humana.
Quando Wickham, por uma sequência de golpes a conseguiu desarmar, fazendo que Elizabeth caísse e batesse a cabeça ficando tonta.
Mas antes que ele desferisse o próximo golpe sua espada foi atingida por um tiro. 
Olhou na direção de onde partira o disparo e viu Darcy com a Brown Bess ainda empunhada. A fumaça ainda se dissipando ao redor dele.
Wickham viu que os mortos-vivos que conseguiram atravessar a barreira já não tinham mais serventia. A guarda e as Bennet já o haviam destruídos. Só lhe restava uma retirada estratégica. E para isso ele necessitava escapar de seu maior inimigo. 
Voltando-se ele pegou a ainda estonteada Elisabeth e curvou sua cabeça para o lado expondo o pescoço dela. 
— Mais um passo e ela será infectada! - ameaçou ele.
— Lizzie!  - gritaram as irmãs empunhando as armas.
— Solte-a Wickham! - ordenou Darcy ainda apontando a arma.
— E perder minha chance de continuar a dominar a Inglaterra? Não meu caro. E você vai ordenar a abertura dos portões para que eu possa sair. Ou eu lhe farei um viúvo no dia do seu casamento.
Darcy olhou para eles. Depois lançou o olhar para as irmãs. Jane lhe acenou afirmativamente. Que atirasse em Wickham. Era isso que Elisabeth desejaria também. Ela preferiria morrer a render-se. Mas Darcy, a despeito de seu treinamento e fama como guerreiro nunca estivera naquela situação. De ter que decidir entre o amor de sua vida e deixar seu inimigo escapar.
— Abram o portão. - ele ordenou sem tirar os olhos de Wickham. Ouviu o barulho das engrenagens do portão as suas costas. O rugido dos mortos-vivos e os tiros os mantendo a distância.
Wickham começou a se afastar sempre mantendo Elisabeth ao alcance de sua boca pronta para morde-la até que eles alcançaram os portões da propriedade.
Mas antes de sair, numa última provocação a Darcy ele tocou a pele de Elizabeth com os lábios e a deixou cair enquanto corria para o portão.  As irmãs correram para Elizabeth e Darcy tentou atingi-lo novamente com um tiro.
— Eu vou arrancar sua cabeça e pisar nela, Wickham! - ele gritou com ódio.
— Estarei aguardando esse momento, Fitz. O antigo Darcy nunca teria hesitado em atirar. O amor será a sua ruína.


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