-

Passaram-se alguns dias, durante esse tempo, o senhor das terras do oeste tentou se aproximar ainda mais de sua amada. Essa por sua vez, estranhara suas atitudes, como levar café da manhã para ela na cama. O que deixava o poderoso da região sem paciência, era a certa intimidade que o youkai gato queria ter com Rin, sempre que podia o pegava tentando beija-la, se já não o tinha feito.

Nesse momento, a protegida do senhor do palácio, passeava pelo jardim florido com o felino, quando essa percebeu os olhares de ciúmes que seu amor lhe lançava encostado na entrada da moradia. Realmente ao vê-la de mãos dadas com o rapaz de cabelos avermelhados, deixava Sesshoumaru furioso.

– Acho que seu mestre está com ciúmes, com a cara que ele está fazendo daqui a pouco me esgana – Sussurrou no ouvido da dama – (Há, há, há, há, há, logo ela será minha e ninguém vai me impedir).

– É mesmo? Não me diga! – Rin tentou disfarçar a sua alegria – (Como me sinto feliz, em vê-lo se corroendo de ciúmes por dentro).

– Vamos nos sentar debaixo daquela árvore? – Tiokolin apontou em direção a uma sakura, que ficava próxima de dois arbustos e flores campestres.

– Vamos! – A morena o acompanhou, ao tal lugar, onde sentaram.

Ao ver isso, o jovem de madeixas prateadas, estreitou os olhos na direção do casal. Nunca em sua vida tinha se sentido assim, tão perturbado por causa de uma fêmea.

De repente algo veio em sua mente, se lembrou de uma coisa muito importante, que tinha esquecido, o detetive. Adentrou no castelo apressado, a procura de seu servo leal. Algum tempo depois, achou-o dormindo perto da lareira da sala de jantar. Aproximou-se e o acordou com um chute, esse despertou assustado.

– Sssenhor Sessshoumaru, o que aconteceu? – Jaken inquiriu preocupado.

– Levante-se do chão seu inútil e vá cuidar de Rin, pois vou ter que sair – Sesshoumaru falou rispidamente.

– Aonde você vai? – Questionou curioso.

– Não lhe interessa – Respondeu furioso com os olhos quase vermelhos.

O sapo ficou temeroso com o tom de voz dele e obedeceu sem perguntar mais nada, porque não queria apanhar ou morrer. Seu senhor parecia mais intolerante que o normal. Chegando ao jardim, percebera o que estava causando tamanha fúria em seu mestre. Achou o fim, aquele youkai gato tentando seduzir a garota, bem debaixo dos narizes deles. Aproximou-se com a cara totalmente fechada, sentou-se indignado, pois sempre sobrava para ele.

Enquanto isso, o irmão de Inuyasha cruzou o portão principal que separava sua propriedade onde residia, da mata fechada e sombria. Após uma hora caminhando, chegou à moradia de Kalinko, que já o esperava com seu típico ar travesso e debochado.

– Pensei que você não vinha mais. Esqueceu da investigação que me mandou fazer? – (Ele está com um olhar assassino, acho que é melhor não ser irônico).

– Eu não estou aqui? Claro que não esqueci – Sesshoumaru rosnou inquieto.

–Trouxe as pedras preciosas? – Kalinko questionou analisando a face do youkai se contrair.

– Sim, elas estão aqui, mas primeiro me diga o que descobriu – O senhor da fortaleza mostrou o pequeno saco com safiras, rubis e diamantes, logo em seguida encostou-se em uma enorme pedra.

– O felino discutia com uma youkai morena que estava segurando um leque na mão, o casal parecia íntimo. Só para confirmar, se estou certo ou não, a descrição da youkai bate com a da sua ex-amante? – Kalinko perguntou sério.

– Sim, isso bate com a descrição da Kagura, aquela víbora desgraçada – (Quando eu colocar as minhas mãos, naquela oportunista vingativa, ela vai desejar jamais ter me conhecido).

– Vejo que tem uma boa memória, essa Kagura somente está usando esse youkai para seduzir Rin, e conseqüentemente lhe fazer sofrer. Acho que ela sabe que você está apaixonado pela jovem humana.

– Eles vão se arrepender amargamente! – Sesshoumaru rosnava furiosamente, seus olhos estavam ficando vermelhos, porém não se transformou, conseguiu se controlar.

– É melhor você se controlar. Eu não quero enfrentar sua raiva.

– Tem mais algo a me dizer?

– Sim, uma última observação. Tome cuidado com o ruivo, pois ele está apaixonado por sua protegida, pude ver nos olhos dele, no momento em que pronunciava o nome dela – Afirmou o detetive.

– Não preciso dos seus conselhos, sei o que farei. Pegue seu pagamento – Sesshoumaru jogou a pequena bolsa de pedras preciosas na direção do investigador, que logo conferiu muito feliz.

– Obrigado, quando precisar novamente me procure – (Tenho pena daqueles dois).

O moço de cabelos prateados sem mais delongas virou-se e seguiu em rumo a sua vingança.

-

Continua