Encontros Passados escrita por Luana Dantas


Capítulo 5
Me Ajuda?




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PDV Freddie Benson

 

Freddie ao celular: Olha Carly, não vai dar para nos encontrarmos hoje (Você está me dispensando Freddie Benson?) Não é isso, bem, na verdade, eu estou, mas acontece que agora, às 18 horas, eu tenho um encontro importante (Com quem?) Depois eu te explico mais, só que realmente não da para nos vermos agora, fica pra outro dia, ok? (Tudo bem, mas você me deve uma explicação) Tudo bem – Falei desligando o celular, eu tinha esquecido que tinha marcado de vê ela hoje depois do serviço e acabei marcando com a Sam, só que a Sam é caso de muita importância, eu preciso conversar com ela, nem consegui dormir direito pensando nisso... Estava chegando ao local combinado com ela, e ao entrar na Choperia logo me deparei com ela sentada em uma das mesas...

 

Freddie: Olá – Falei sorrindo me sentando

 

Sam: Olá Freddie Benson – Disse ela me cumprimentando

 

Freddie: Eu cheguei a tempo ou foi você que chegou cedo de mais? – Perguntei

 

Sam: Eu que cheguei alguns minutos antes mesmo – Ela respondeu e ficamos calados – Então?

 

Freddie: Então? – Eu perguntei não entendendo

 

Sam: Você me chamou até aqui, queria conversar, acho que você deve puxar assunto

 

Freddie: Eu não to conseguindo pensar direito diante de tanta beleza a minha frente, sério, como conseguiu ficar mais bonita do que já era? – Perguntei sorrindo torto

 

Sam: Não sei – Ela respondeu sem graça

 

 

PDV Sam Puckett

 

Nossa, um minuto de conversa e ele já conseguiu me deixar sem graça e parando agora para vê-lo melhor, ele também ficou mais bonito do que era...

 

Freddie: Você já pediu alguma coisa? Ou ainda devemos fazer isso?

 

Sam: Já pedi sim, a garçonete logo vai trazer

 

Freddie: Então, me fale algo sobre você, o que fez quando se mudou para Los Angeles? – Perguntou ele simpático, eu não sabia o que responder, só sei que eu tinha que manter o Fernando longe dessa conversa

 

Sam: Bom, as coisas não deram muito certo pra mim

 

Freddie: Como assim? – Ele perguntou interessado

 

Sam: Como você sabe, eu não era de estudar muito e isso me prejudicou, tanto que não conseguir entrar pra uma faculdade boa, mas pelo menos consegui me tornar professora – Expliquei quando a garçonete nos serviu

 

Freddie: Você de... Professora?

 

Sam: Eu sei, eu sei, ainda mais quando digo que são crianças. Quem diria né. Mas o que não fazemos para sobreviver?

 

Freddie: E isso não é bom?

 

Sam: Ruim não é, certas crianças até são legais para dar aulas, outras parecem que encarnam um mostro durante as aulas, mas tanto faz, eu já me acostumei e sei controlar elas direitinho, agora o que não é tão bom, é o salário

 

Freddie: Mas você consegue sobreviver com ele?

 

Sam: Sim, consigo... Continuando, ao me torna professora, logo comecei a trabalhar, foi complicado no início, mas minha mãe me ajudou um pouco com isso. E agora, anos depois, me transferiram para uma escola dessa região, por isso estou aqui – Eu expliquei com muito cuidado escondendo os mínimos detalhes

 

Freddie: Entendi. Mas, e sua vida “amorosa”, como foi? – Perguntou ele

 

Sam: Depois de você, demorou alguns anos pra eu conseguir me entregar novamente a alguém. Tive alguns namoros, outros ficantes, mas nada que me levasse a me casar pra valer. Ao contrário de você, pelo que vejo no seu dedo – Falei indicando a aliança

 

Freddie: Quando você foi embora, eu fiquei sozinho, então comecei a fazer faculdade de engenharia, e conheci uma garota, que logo ficou grávida, e eu tive que casar

 

Sam: Você casou forçado? Só por causa da gravidez?

 

Freddie: Não, eu a amava, ela foi à única que ficou do meu lado quando você e a Carly me deixaram – Ele explicou meio triste

 

Sam: Continue – Eu pedi

 

Freddie: Depois de formado, me casei, abri minha própria empresa, comprei minha própria casa, onde fiquei morando com minha esposa e meu filho, e após alguns anos, tive outra filha... Hoje em dia, eu moro com minha esposa e meus dois filhos Jennette e Dylan no condomínio Halls, sou meu próprio chefe e é isso – Explicou ele

 

Sam: Sua vida não podia ter ficado melhor

 

Freddie: Podia sim, se você não tivesse ido embora minha vida ia estar muito melhor do que agora

 

Sam: Freddie, isso não é coisa pra se falar, você não pode se arrepender das suas escolhas 17 anos depois, com uma família já formada – Disse sem graça

 

Freddie: Minhas escolhas? Tem certeza que fui eu que escolhi encerrar o programa? Que eu mandei a Carly para Itália? Que eu escolhi que você fosse embora? Tem certeza? – Ele perguntou sério – Você foi embora e até hoje eu não sei por quê...

 

Sam: Eu já te falei, eu tive que acompanhar minha mãe, afinal, com quem eu ficaria quando ela fosse embora? Eu era solteira e não tinha mais ninguém além dela em minha vida

 

Freddie: E eu? Era o que pra você?

 

Sam: Um amigo, que talvez tivesse sentimentos a mais por mim, mas que não fez nada para me impedir de mudar de cidade – Expliquei

 

Freddie: Eu fiz errado deixando você ir né? Admito a culpa – Perguntou ele me olhando

 

Sam: Você não é o único culpado

 

Freddie: Sam, eu sei que fizemos escolhas distintas. Mas agora estamos juntos, e...

 

Sam: Freddie, por favor... – Falei interrompendo ele – Olha, eu preciso ir agora, qualquer dia eu te ligo novamente...

 

PDV Freddie Benson

 

Já faz alguns dias e nada da Sam entrar em contato novamente, fico parado olhando para meu celular, seu número, uma vez já gravado, ficava me olhando, esperando eu apertar o botão de chamar. Não sabia se era o certo...

 

Carly: Terra chamando, terra chamando – Disse ela interrompendo meus pensamentos, na mesma hora que desliguei a tela do celular

 

Freddie: Me desculpa

 

Carly: O que houve? Você aparenta está muito estranho ultimamente. Viu um fantasma? – Ela perguntou brincando bem na hora que meu celular começava a receber uma ligação

 

Freddie: Alô, quem fala? (Senhor Benson, aqui é o professor da Jennette, precisamos que venha até o hospital nesse momento, sua filha passou mal durante as aulas, não estamos conseguindo entrar em contato com a mãe) Como assim? É algo grave? (Venha com calma, ela chama pelo o Senhor).

 

Carly: Que foi? Por que a cara de espanto?

 

Freddie: Me ligaram do hospital, aconteceu alguma coisa com minha filha. Eu preciso ir agora – Falei assustado enquanto pegava as chaves do carro

 

Carly: Então é por isso que anda estranho nesses dias? Sua filha está doente – Perguntou ela me questionando

 

Freddie: Olha... A verdade é que... Eu realmente vi um fantasma... A Sam apareceu... Sim, a mesma Sam, nossa melhor amiga... Eu queria ter te contado, mas não tive a oportunidade. Ela trabalha na mesma escola da minha filha, tenho medo dela descobrir algo... Não sei o que faria se nos víssemos assim... Juntos – Expliquei as pressas

 

Carly: Eu preciso ver ela

 

Freddie: Você não ta entendendo, agora não é hora. Deixa eu saber o que anda acontecendo, colocar as ideias em dia. Só espero que não tenha acontecido nada grave – Falei saindo da casa dela – Depois entro em contato contigo

 

PDV Sam Puckett

 

 

Freddie: O que aconteceu? – Ele chegou ao hospital correndo querendo saber de noticias – Cadê o professor dela?

 

Sam: Ele já foi. Falei pra ele que te conhecia, e que cobriria ele aqui. Não precisa se preocupar, ela já está se recuperando. Foi só um mal estar

 

Freddie: Como assim? Mas por que ela veio parar no hospital?

 

Médico: Vocês são parentes da paciente Benson? Venham comigo, vou levar vocês até o quarto – Ele chegou nos interrompendo – Olha, a filha de vocês de está lindando com um mal estar emocional. Chegamos a conversar com ela e não demorou muito a perceber que a alimentação está errada, o psicológico abalado e o corpo fraco

 

Freddie: Mas por que isso Doutor? – Ele perguntou assim que entramos no quarto e ela se encontrava na cama dormindo

 

Médico: Problemas em casa, talvez. Essa resposta quem tem que nos dar, são vocês, responsáveis por ela

 

Sam: Eu não sou a mãe

 

Médico: Me desculpa – Disse ele sem graça – Preciso analisar outro paciente. Ela acabou dormindo a espera do senhor. Mas não se preocupe, após os medicamentos, deve ser liberada ainda hoje – Falou enquanto nos deixava a sós

 

Freddie: Problemas em casa? – Ele perguntou auto se questionando

 

Sam: Ah, qualé né Freddie, não se faça de bobo agora. Eu converso diariamente com a Jenn, sei bem que você e sua mulher mal jantam em casa, sei que quando ela acorda, você já foi para o serviço. Não rola beijinho de boa noite, passeios em parques, vocês não vão às reuniões, nem a buscam na escola. Essa menina passa mais tempo com a babá, do que com vocês dois. Sem contar que na escola, mal tem amigos – Falei começando a brigar com ele

 

Freddie: Mas ela é só uma criança

 

Sam: Exatamente, não deveria ficar ouvindo briga de adultos, nem vê os pais passarem mais tempo no serviço, do que dentro de casa

 

Freddie: Eu não sei o que aconteceu comigo – Falou cabisbaixo – Meu filho tira notas horríveis e vive se envolvendo em brigas... E agora isso... Eu sou um péssimo pai... E horrível marido

 

Sam: Uma coisa é você e sua esposa, outra coisa são seus filhos. Dinheiro não é tudo, eles precisam da sua presença diariamente

 

Freddie: Me ajuda?

 

Sam: Quê? – Perguntei espantada

 

Freddie: Eu não sei como lidar com a Jennette. Por mais que eu tente, é outro mundo, já você lida com crianças, e ela gosta de ti. Podemos jantar juntos, sair para lugares – Ele disse praticamente me implorando – Eu não posso deixar ela passar por isso

 

Sam: Freddie, por mais que eu queria, eu tenho casa, tenho afazeres

 

Freddie: Eu sei, não precisa ser todos os dias, mas só você entende o que ta acontecendo. E a mãe nem se quer liga, cadê? Cadê ela aqui agora? A Jennette é incrível, ela precisa de um pai. Por favor? – Ele me pediu com a maior cara de pena e fofura do mundo

 

Sam: Tudo bem... Posso sair com vocês uns dois dias da semana. Mas você tem que prometer buscar elas TODOS os dias na escola, ajudar nos seus deveres de casa, mesmo eu não estando junto

 

Freddie: Obrigada. Obrigada mesmo. Pode ficar a vontade para escolher os parques, restaurantes, brinquedotecas, o que for da sua vontade

 

Sam: E ah, não esquece, além dela você tem outro filho

 

Freddie: Eu sei – Ele confirmou ainda triste

 

Sam: Eu preciso ir agora. Te aviso quando fomos sair com a Jenn – Falei indo em direção a porta

 

Freddie: Ei – Ele me segurou pelo braço

 

Sam: É uma pena te encontrar anos depois e vê que mesmo com uma vida perfeita, você se tornou esse tipo de esposo e pai – Falei decepcionada com ele

 

Freddie: Eu não sou assim, você me conhece Sam. Por mim, eu nunca deixaria minha filha chegar num estado desses

 

Sam: Mas você é o pai... Talvez tenha sido até melhor eu ter me mudado

 

Freddie: Se você não tivesse ido, eu duvido muito que tudo isso estaria acontecendo... – Disse ele quando encerrei o assunto e peguei rumo de casa

 

A caminho de carro, eu estava realmente chateada com a pessoa que o Freddie se tornou. Imagine o Fernando ter de exemplo ele como pai? Talvez não ter revelado a verdade, tenha sido até o melhor para meu filho. De qualquer forma, mesmo querendo ficar longe, eu preciso ajudar ele com sua filha...


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Notas finais do capítulo

Eiii, me animem comentando :D e deixem suas críticas, sugestões...



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