Encontros Passados escrita por Luana Dantas


Capítulo 3
Eu Não Acredito Nisso


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo totalmente disponível pra vocês...



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PDV Sam Puckett

 

É, parece que finalmente as coisas estão se encaixando, Fernando está matriculado na nova escola e já começou a frequentá-la hoje mesmo e eu já estou no meu serviço, não é lá essas coisas, mas trabalhar com crianças não é tão ruim, elas trazem a energia que às vezes não temos para dentro da sala de aula, e acabam te contagiando com tanta simplicidade e pureza... Ok, algumas são terríveis, mas isso é o de menos – Enquanto pensava comigo mesmo, hoje ia ocorrer à reunião de pais e como eu era nova, não precisava participar, então preferi ir conhecer a escola, as regras e o lugar... Ao final da reunião, andando pelas salas de aula, eu avistei uma garotinha, quieta e sozinha, parecia triste, decidi saber quem era e o porquê ainda estava na escola...

 

Sam: Oi – Falei simpática me aproximando dela

 

Garotinha: Oi – Disse ela um pouco fechada

 

Sam: Qual é seu nome?

 

Garotinha: Me chamo Jennette

 

Sam: Que nome lindo, eu me chamo Samantha, mas pode me chamar de Sam – Disse tentando ser legal para ela não se assustar – Posso te fazer uma pergunta?

 

Jennette: Pode sim

 

Sam: Então, o que você faz aqui? Já é um pouco tarde

 

Jennette: Minha mãe falou que meu pai ia vim para minha reunião, então eu estou o esperando

 

Sam: E qual nome do seu pai?

 

Jennette: Fred e da minha mãe Madisen – Respondeu ela começando a se soltar

 

Sam: E cadê seu pai?

 

Jennette: Ele deve te esquecido da reunião, sabe, ele é um cara muito ocupado com o trabalho

 

Sam: Entendi – Falei num tom irônico – E você vai ficar aqui até quando?

 

Jennette: Eu tenho que esperar eles né?

 

Sam: Verdade... Mas então me espera aqui, não suma hein – Falei saindo de perto dela e indo à direção...

 

Diretor: Professora Puckett, o que deseja?

 

Sam: Tem uma garotinha chamada Jennette, ainda está na escola, ela disse que seus pais iam vim, mas provavelmente se esqueceram – Expliquei

 

Diretor: Estranho, preciso ver ela. Mostre-me onde ela está? – Ele perguntou quando eu o levei até ela

 

Jennette: Oi diretor – Disse a garota quando nos viu

 

Diretor: Jennette é você... Por que ainda está aqui? A babá não veio?

 

Jennette: Ela está de folga, meu pai ia vim, deve está ocupado com o serviço

 

Diretor: Nenhum pai fica suficientemente ocupado com o serviço a ponto de deixar a filha sozinha na escola... Escuta, venha comigo e eu ligarei para sua mãe – Disse ele a levando para sua sala e depois de alguns minutos, a mãe dela já estava a caminho da escola. O diretor teve que deixar a escola por causa de algo e eu fiquei esperando para entregar a menina a sua mãe...

 

Jennette: Mãe – Disse a garota sorrindo indo abraçar ela

 

Sam: Olá, me chamo Sam e você deve ser Madisen – Afirmei chegando perto

 

Madisen: Filha, vai para o carro que eu já estou indo

 

Jennette: Ta bom mamãe, tchau Sam – Disse a garota se despedindo

 

Sam: Tchau – Falei simpática me despedindo

 

Madisen: Sim, eu me chamo Madisen, obrigada por cuidar da minha filha nesses minutos, mas agora eu preciso ir – Ela disse se virando

 

Sam: Esquecer a filha na escola é algo grave – Eu falei quando ela ia saindo

 

Madisen: O pai dela que ia buscá-la, não foi culpa minha – Disse ela voltando até a mim

 

Sam: Mesmo assim, continua a ser um erro grave

 

Madisen: Eu to com um pouco de presa, tive que deixar meu serviço, então se quer brigar com alguém, brigue com o Fred, pai dela

 

Sam: Pais egoístas que só ligam para o serviço

 

Madisen: Não sou egoísta

 

Sam: Você mal viu sua filha e já está pensando em voltar para o serviço... Sinto muito, mas você está deixando essa impressão, de uma mulher egoísta, que só se interessa pelo trabalho e pouco se importa com a filha

 

Madisen: Eu vou fingir que não escutei isso e como já disse, se quer brigar com alguém, brigue com o pai – Ela falou deixando aquele lugar, eu arrumei algumas coisas e fui para casa...

 

PDV Freddie Benson

 

Carly: Ei Freddie, já são mais de 16 horas, não quer voltar a trabalhar? – Perguntou a doce morena ao meu lado, enquanto estávamos deitados na cama, eu tinha ido almoçar novamente em sua casa...

 

Freddie: O bom de ser seu chefe, é que não importa a hora que você sai para almoçar e nem a hora que volta... E ficar com você é bem melhor

 

Carly: Também acho – Disse ela sorrindo

 

Freddie: Olha, ainda bem que eu lhe reencontrei, esses dias que passamos juntos, tem sido os melhores desde os 17 anos

 

Carly: Que fofo, mas aproveite, não vai durar muito

 

Freddie: Como assim? – Perguntei estranhando

 

Carly: Eu não vou ser sua amante para vida toda, é errado, você tem filhos, esposa, uma casa para cuidar...

 

Freddie: Posso muito bem cuidar da minha casa enquanto estou contigo, dinheiro para eles, não vai faltar – Expliquei

 

Carly: Freddie, dinheiro não é tudo

 

Freddie: Eu sei disso, mas... – Tentei falar algo, porém ela olhou de cara feia pra mim – Tudo bem, isso não vai durar a vida toda, vou aproveitar enquanto ainda dura... Só que depois do fim, poderemos continuar amigos?

 

Carly: Claro que sim

 

Freddie: Amigos com uma bela amizade... Colorida – Falei sorrindo

 

Carly: Seu safado – Disse ela quando eu a beijei, o celular logo começou

 

Freddie: Espera um segundo – Eu falei indo atender a ligação...

 

Madisen: Acho que você se esqueceu de algo – Disse ela assim que atendi

 

Freddie: Espera aí... – Fiquei pensando no que teria esquecido – Put’z

 

Madisen: Put’z? É isso que tem a dizer em sua defesa? – Ela perguntou brava

 

Freddie: Eu esqueci... E eu te disse que estaria ocupado

 

Madisen: Olha Freddie, a reunião eram às 15 horas, a menina estava la até agora. Eu tive que sair do meu trabalho, e ainda por cima, levei uma bronca da professora

 

Freddie: Quem da aula pra Jennette é um homem – Falei

 

Madisen: Isso mesmo, levei bronca e não foi nem do professor dela, foi de uma mulherzinha que nunca nem vi naquela escola – Disse reclamando –  E ela estava certa Freddie, você esqueceu nossa FILHA na escola, isso não foi educativo

 

Freddie: Eu não, NÓS esquecemos, por que você também nem pra ligar e me avisar né? – Perguntei tentando me defender – E você só está assim porque levou bronca

 

Madisen: Por sua culpa levei... E mudando assunto, por que não está no escritório?

 

Freddie: Quem falou que não to no escritório?

 

Madisen: Sua secretaria, disse que saiu 12 horas para almoçar e ainda não voltou. Agora me explica Freddie, se está tão ocupado assim que foi capaz de esquecer sua filha, porém não está no trabalho tem quase 5 horas, me explica? VOCÊ TA FAZENDO O QUE? – Perguntou ela brava gritando nessa última parte

 

Freddie: Acontece que... Estou trabalhando... Fora do escritório... Visitando clientes, que foi? Eu tenho que correr atrás de pessoas, atrás de projetos – Expliquei um pouco enrolado

 

Madisen: Não poderia mandar algum empregado fazer isso?

 

Freddie: Sim, mas eu gosto de visitar pessoalmente as pessoas, assim eles veem que estou interessado nos projetos, e se torna mais fácil fechar contratos – Eu expliquei

 

Madisen: Ok então, te vejo no jantar?

 

Freddie: Vê sim, até daqui a pouco... – Respondi desligando o celular – Essa foi por pouco

 

Carly: O que aconteceu?

 

Freddie: Teve reunião da Jennette agora pouco e eu era o responsável por pegá-la na hora da saída

 

Carly: Não acredito, você se esqueceu da menina? – Perguntou ela assustada

 

Freddie: É, mas foi sem querer, uma professora eu acho, a viu sozinha e deve ter ligado para Madisen, que acabou de buscá-la

 

Carly: Você tem que agradecer a essa professora, se não fosse ela, sua filha ainda estaria sozinha

 

Freddie: Eu sei, mas agora eu tenho que voltar para empresa, te vejo depois? – Perguntei sorrindo

 

Carly: Claro, me liga

 

Freddie: Tudo bem – Falei me despedindo dela...

 

Três Semanas Depois...

 

PDV Sam Puckett

 

Fernando: Eu arrumei um emprego - Disse ele enquanto tomávamos café da manhã

 

Sam: Você o que? - Perguntei não acreditando

 

Fernando: Arrumei um emprego, isso mesmo que você escutou

 

Sam: Como é esse "emprego"? Aonde fica? E por quê?

 

Fernando: Eu vou ser limpador de piscinas no condomínio Halls. É um lugar luxuoso, cheio de casas chiques e é lá que vou ganhar meu dinheiro

 

Sam: E por que você quer ganhar seu dinheiro? E o que eu te dou? - Perguntei não entendendo

 

Fernando: O dinheiro que a senhora me da é suficiente, só que me dando dinheiro e cuidando da casa, não sobra nada para você. Eu só quero te ajudar, pois trabalhando e ganhando dinheiro, vai sobrar mais para ti - Ele explicou

 

Sam: Eu não preciso de dinheiro, o que sobra para mim, é suficiente

 

Fernando: Mãe... - Ele tentou falar algo

 

Sam: Qual é Fernando? Limpador de piscinas? Você nem sabe fazer isso

 

Fernando: O antigo limpador vai me ensinar e eu aprendo as coisas rápidas, e para melhorar, eu só vou limpar as piscinas de lá três vezes por semana, não vai ser o condomínio todo... Olha mãe,  é um bom emprego, eu só quero te ajudar e não vai me prejudicar em nada na escola, então vê se me ajuda tá? - Ele pediu todo fofo com aquela carinha dele

 

Sam: Tá bom, eu deixo, mas se as notas piorarem ou você ficar chegando em casa tarde demais, nada de serviço

 

Fernando: Tudo bem, e eu prometo não deixar as notas caírem e chegar sempre para o jantar - Disse ele dando um sorriso de lado

 

Sam: Maravilha, então vamos logo, se não chegamos atrasados em nossos deveres - Falei terminando de tomar café e indo para o carro, primeiro deixar o Fernando na escola e depois ir trabalhar...

 

Jennette: Oi professora - Disse ela toda animada assim que cheguei à escola. Depois daquele dia que a esqueceram na escola, nós duas nos aproximamos e a Jenn é uma ótima garota, mas pelo que me fala, tem problemas na família e isso é ruim para idade dela...

 

Sam: Oi Jenn, como vai?

 

Jennette: Eu vou bem e você?

 

Sam: To bem também, e sua aula?

 

Jennette: Vai começar agora, é melhor eu ir indo, se não o professor briga comigo

 

Sam: Vai lá, depois conversamos

 

PDV Freddie Benson

 

Madisen: Eu preciso que busque a Jennette na escola hoje - Disse ela enquanto se preparávamos para ir trabalhar

 

Freddie: De novo? - Perguntei arrumando a gravata

 

Madisen: De novo? A última vez que te pedi isso, foi há três semanas e você ainda se esqueceu

 

Freddie: E quanto à babá?

 

Madisen: Ela foi ao médico, parece que ta com uma dor no braço insuportável e foi logo cuidar disso - Ela explicou

 

Freddie: E você não pode buscá-la?

 

Madisen: Posso sim Freddie, mas eu já fui há três semanas

 

Freddie: Você vai ficar me lembrando dessas três semanas atrás para sempre?

 

Madisen: Não, eu vou ficar lembrando até você cumprir e ir buscar ela, como disse um dia antes de deixá-la abandonada na escola - Explicou já me deixando com raiva

 

Freddie: Tudo bem Madisen, eu vou buscar a Jennette

 

Madisen: Vê se não esquece de novo

 

Freddie: Pode deixar... Agora eu vou trabalhar - Falei dando um selinho nela rapidamente e saindo...

 

Dylan: Pai, me leva para escola? - Ele falou aparecendo do nada enquanto eu saia de casa

 

Freddie: Já são 8h:30min, sua aula não começa às 8? - Perguntei

 

Dylan: Eu me atrasei, só acordei agora

 

Freddie: E o despertador? Sumiu?

 

Dylan: Não tocou, ou tocou e eu não escutei, sei lá, mas ainda da tempo de chegar para segunda aula, é só me levar e pronto

 

Freddie: Que horas chegou ontem? - Perguntei o interrogando

 

Dylan: Umas... Três da manhã - Ele respondeu baixinho

 

Freddie: Três horas da manhã? - Perguntei aumentando um pouco a voz - Então eu acho que o despertador tocou, mas você, como um inútil que em dia de semana, chega em casa às três da manhã, não o ouviu

 

Dylan: Inútil? Olha, obrigada pela carona, mas não precisa mais - Ele falou saindo, mas eu o segurei

 

Freddie: Espera aí, você não vai sair agora

 

Dylan: Me solta? - Ele pediu com raiva

 

Freddie: Solto sim, mas antes de você sair, a próxima vez que você chegar três horas da manhã em casa e ainda se atrasar para escola, a gente conversa

 

Dylan: Pai, são quase nove da manhã de terça, me diz por que isso agora? - Ele perguntou sem entender

 

Freddie: Seu boletim chegou ontem e eu vi suas notas, Dylan, são PÉSSIMAS e ainda contém um bilhete reclamando do comportamento

 

Dylan: Por que você se preocupa? Temos dinheiro, podemos pagar para aumentarem minhas notas - Disse ele com um sorriso cínico

 

Freddie: O QUE? Presta atenção Dylan, primeiro não se diz "temos dinheiro", porque você não tem nada, eu tenho dinheiro. Segundo, pagar para aumentar nota? Quando eu fiz isso? Nunca né? E não vai ser agora que vou fazer, então, ou seu jeito de estudar melhora, ou vai haver consequências - Expliquei e ele ficou calado me encarando com cara feia

 

Dylan: Você vai ou não me levar?

 

Freddie: Vou - Falei saindo e indo em direção ao meu carro e ele veio atrás de mim com raiva... No caminho, não trocamos uma palavra sequer, depois fui trabalhar e eu não podia esquecer de buscar a Jennette na escola...

 

PDV Sam Puckett

 

O dia de hoje foi corrido, as crianças não deram trégua. Ainda bem que eu já estava indo pra casa – Pensei enquanto caminhava pra saída. Não havia quase ninguém mais na escola, praticamente todas as crianças já foram embora, mas Jennette ainda estava esperando alguém na saída

 

Jennette: Oi Sam

 

Sam: Oi, cadê sua babá? Ainda não chegou? - Perguntei

 

Jennette: Ela não vem hoje

 

Sam: Por quê? - Eu perguntei estranhando

 

Jennette: Não sei, só sei que meu pai que me busca hoje

 

Sam: Seu pai ou sua mãe? Pois quando você disse que ele ia vim, acabou vindo ela

 

Jennette: É meu pai mesmo, acontece que naquele dia, ele não se lembrou e o diretor ligou para minha mãe vim me buscar - Explicou ela

 

Sam: Qual nome do seu pai mesmo?

 

Jennette: Ele se chama Fred

 

Sam: Entendi, e tem certeza que hoje o Fred vem mesmo, ou ele te esqueceu novamente? - Perguntei não acreditando que aquilo estava acontecendo de novo

 

Jennette: Tenho certeza sim, olha ele ali - Apontou ela sorrindo para o portão da escola, eu que estava de costas para ele, decidi me virar para ver o pai dela... Assim que meus olhos se chocaram com os dele, a minha ficha não caiu para a pessoa que estava a minha frente, aquele sorriso torto era impossível não reconhecer. Eu retribui o sorriso meio sem graça, e na mesma hora, o meu corpo se arrepiou por inteiro, e eu senti uma sensação boa e ruim ao mesmo tempo daquele cara bem vestido, bonito e de sorriso seduzente... Eu não acreditando nisso, era ele, depois de tantos anos, ele estava na minha frente outra vez...


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Notas finais do capítulo

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