Para Onde a Chuva Vai? escrita por Mahina Hime


Capítulo 1
Para onde a chuva vai?


Notas iniciais do capítulo

Texto curto e rápido, porém sincero.

Espero que gostem, não esqueçam de comentar ♥

Enjoy it!!



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Eu sei que não parece, mas você não imagina o quanto venho lutando embaixo dessa tempestade que você deixou no meu peito quando resolveu partir de repente.

É quase como um torpor, eu perco o ar e me afogo no temporal tardio de memórias ainda não digeridas do que antes era conhecido por “nós dois”.

É quase como uma prisão, meu corpo pesa e me imobiliza diante das incertezas tão certas e cruéis da nossa velada relação.

Eu me vejo sozinha observando você observá-la e me sinto tão pequena, insuficientemente pequena, mínima, uma criança ainda aprendendo a engatilhar.

Eu que não te amo, queria o teu calor. Eu que sempre caminhei sozinha, desaprendi a andar. Logo eu tão falante... desaprendi a falar.

É, eu perdi incontáveis vezes durante esses últimos meses, mas tão constante quanto o temporal é, a certeza de um fim mantém o que resta de mim porque o tempo tem um jeito estranho de esvair as dores internas de cada um, disso eu sei.

Mas quando tudo isso acabar, quando a tempestade se for e eu puder ver o sol novamente, ainda serei eu? Você se fez chuva no meu corpo por tanto tempo que não se molhar nessa água se torna singular e por isso às vezes chego a não me reconhecer.

Dói, mas passa e eu aprendi a ser boa em despedidas. Quando você se der conta eu vou está longe, protegida da tua chuva.

Você não vai encontrar mais em mim o calor que te falta quando ela te abandona, não vai me fazer acreditar ser tua luz quando o seu temporal particular terminar porque nem de longe você será a minha.

Teu corpo não me capturará de volta, pois tudo teu é falso. Tua boca não fará eu me perder novamente em novas promessas vazias, pois sei que me manter afastada de você dependerá só de mim.

Vá até ela, invista em outra pessoa que não eu, diga ao pé do ouvido dela o que costumava dizer no meu. Ame-a como dizia me amar, abrace-a como costumava me abraçar, mas não a machuque como me machucou. Poupe os sentimentos dela já que não poupou os meus.

Mas vá, aos poucos sua imagem desaparecerá dos meus pensamentos. Aos poucos eu voltarei a ser o que era antes de você.

Aos poucos o meu céu ficará apenas nublado, sem chuvas ou temporais, e de nublado passará a ser um céu azul com novas pessoas porque relacionamentos são assim, eles vêm e vão, mas continuarei sendo sempre o meu próprio arco-íris.

Não me importo para onde a chuva vai... portanto que vá.


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Notas finais do capítulo

Mais um texto poético de novembro, espero que tenham gostado ♥
Comentários e críticas construtivas são sempre bem-vindos ♥



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