Steal Your Heart AU escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 7
Intervalo


Notas iniciais do capítulo

Oláááááááá, tudo bem com vocês? XD

Gente: FERIADOOO, uhul o/ Já que eu não viajei para lugar nenhum eu meio que escrevi esse capítulo inteirinho para vocês e realmente espero que todos vocês gostem. Esse capítulo focará um pouquinho mais na Alya - já que ela nem apareceu muito nos últimos capítulos - e no ponto de vista dela ok? Boa leitura e até as notas finais!

Capítulo postado em: 12/02/2018, ás 18:18.



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Alya

O sinal havia acabado de bater, indicando que o intervalo havia chegado e eu não poderia estar mais feliz em rever minhas melhores amigas. Não que isso queira dizer que a primeira aula do curso de jornalismo – o que eu sempre quis ser desde que eu era pequena – não tivesse sido emocionante, ou que fiz amizade praticamente com a sala inteira, mas o que eu realmente queria saber era como o dia das minhas best’s tinha começado. Eu arrumei minhas coisas, me certifiquei que o dinheiro do meu almoço estava certo e só então me dirigi para fora da sala de aula. Desci as escadas devagar, dando uma olhadinha no horário para ver se aquela altura elas já estariam em algum lugar do pátio da universidade. E realmente estavam.

Enquanto atravessava aquela linda fonte rodeada de plantas que Mari e Kat adoraram tanto eu consegui enxergá-las próximas do auditório, provavelmente onde Marinette se encontrou com a Ferrugem e acabaram ficando. O meu sorriso aos poucos sumiu quando vi a cara emburrada da Dupain-Cheng sentada no banco de centro, debaixo de uma árvore qualquer da escola.

— Ué mulher, que bicho te mordeu pra tu ficar com essa cara de pastel de queijo (?) ai? – indaguei arqueando a sobrancelha divertida. Ela bufou e dei uma risadinha.

— Um babaca já chegou dando encima de mim antes de eu entrar na sala! – ela reclamou levantando os braços, indignada. Encarei a O’Green do meu lado e nós duas a fitamos. – Sabe aquele tipo que você vê de longe que é um mulherengo sem cérebro e que só tem um rostinho bonito e mais nada? Então, é esse cara ridículo que, por coincidência ou brincadeira de mau gosto do destino, ainda senta do meu lado na classe. – ok, ela estava indignada mesmo com esse cara ai.

— Eita, tu tá toda ferrada então. – Kattie comentou dando um gole na lata de refrigerante em sua mão. Ela até chegou a me oferecer, mas entre Guaraná e Coca-Cola, eu preferia mil vezes a segunda opção. Observei a morena lhe lançar um olhar tipo: “Você tá de que lado sua traíra?”— Miga, pelo jeito que você falou ele parece ser aquele tipo ignorante, pegador, mau caráter e vilão de novela mexicana que te persegue e até te mata se você não ficar com ele. Já pensou se ele não é tudo isso que você pensa dele? – a ruiva de olhos esverdeados indagou e até eu fiquei pensativa por um instante. – Cara, ele pode até ser a sua metade da laranja, sabia que isso não é impossível?

— Ah tá, Deus me livre. – Marinette respondeu e eu balancei a cabeça para Kat com aquele típico olhar de: “Ih, isso vai dar casório.” e nós duas rimos. Ela revirou os olhos e deu um gole gigante no copo de suco que estava em sua mão. – Mas conta ai Ay, como foi o seu dia? Kat?

— Nada a declarar. – disse dando ombros e enfiando as mãos nos bolsos do moletom. – Professor bacana, colegas legais, classe interessante... Acho que por enquanto está tudo bem. – olhei para a Ferrugem e ela deu um sorriso largo. Soltei um sorriso malicioso e fui rápida: - Hum... Cara de quem tá aprontando. 

— Eu conheci um garoto novo na minha classe. – ela revelou e eu e Mari chegamos mais perto para ouvir a fofoca. Manda ver ai garota, quero todos os detalhes! Não esconda nada! – O nome dele é Louis. Ele é alto, moreno, olhos castanhos e tem praticamente a mesma idade que eu.

— E onde é que ele mora? – questionei estreitando os olhos debaixo dos óculos. – Qual o sobrenome dele? Quem são os pais? Qual o RG dele? Tem antecedentes criminais? Olha aqui se um dia você for presa por tráfico de drogas você vai praquele lugar...

— Alya, ela falou que conheceu um garoto, não um ladrão do alto escalão do tráfico. – Mari disse enquanto ríamos todas juntas que nem umas doidas.

Eu já falei que eu amo essas duas?

De repente sinto um puxão na manga da minha blusa e quase caio de mau jeito no chão. Me virei com uma cara irritada para aquelas loucas e estava prestes a xingar elas duas quando elas simplesmente agarraram o meu rosto e viraram numa direção qualquer bruscamente. Senti um estalo no meu pescoço, mas na hora que vi o que elas estavam me mostrando engoli o palavrão que ia falar. Era ele! Aquele moreno-boy-magia que eu havia conversado logo de manhã! Ah... Aquilo que era homem de verdade...

Acho que estava quase babando né, porque, tipo... Só fiquei de olho no lencinho que a morena de olhos azuis do meu lado estendeu pra mim. O que é? Não me julguem se aquele gostosão me impressionou.

— Aquele lá é o Louis Ay. – ouvi Kattie me cutucar e indicar com a cabeça um dos três garotos que estavam com o meu, quer dizer, quase meu Nino.

— É bonitinho Ferrugem. – comentei, analisando o que enxergava com os óculos. – Até que tu tens bom gosto.

Ficamos um tempinho observando aqueles garotos até a Marinette começar a dar piti do meu lado e chamar a nossa atenção. A encarei confusa e Kat também.

— O que foi doida, tá apertada para ir no banheiro? – brinquei, mas acho que não deu muito certo quando ela apontou naquela mesma direção que estávamos olhando agora pouco com raiva. – O que foi?

— Eu sabia que aquele traste não prestava. – ela respondeu apenas isso e nós duas nos viramos.

Vou explicar a situação pra vocês entenderem melhor o que se passava: do lado do Nino e daquele tal de Louis, tinham dois loiros muito gatos também. Pela descrição que Mari nos deu o loiro mais alto e de olhos claros era o babaca mulherengo que tinha dado encima dela algumas horas atrás, e, para piorar a primeira má impressão que já tinha dado, ele tava acompanhado de duas piriguetes. Uma loira que tava com o outro garoto de cabelo claro e olhos escuros e aquela morena oxigenada com nome de desinfetante que avançou sobre a minha melhor amiga quando ela ganhou o campeonato de Just Dance. Estreitei os olhos quando aquela megera simplesmente olhou na nossa direção e se jogou naquele garoto de propósito, que eu nem ao menos me surpreendi quando ele abraçou a cintura dela sem nem um pingo de vergonha na cara.

Peguei meu celular e resolvi me aprofundar sobre aquele abusado aguado.

— Mas é um cara de pau mesmo. – Kattie acusou, quase tão irritada quanto a mestiça ao meu lado. – Você sabe o nome dele pra gente fazer uma macumba e ele desaparecer da nossa vida (?) Marinette?

— Infelizmente acho que não será tão fácil assim nos livrarmos dele. – comentei arrumando os óculos e desviando a atenção para mim e para o meu celular. – Esse cara é um Agreste, e o pai dele é um dos financiadores da universidade. Ele tem tudo para você ficar bem longe dele: rico, mesquinho, filhinho de papai e além de tudo foi obrigado a estudar aqui porque aprontou poucas e boas em outras faculdades de uma grana preta. – expliquei mostrando a ficha que eu rapidamente encontrara na internet sobre aquele sujeitinho.

— Eu não acredito que aquele idiota é o filho do meu designer de moda favorito, Gabriel Agreste. – ela disse segurando o meu celular junto com a ruiva. Ambas seguravam o aparelho como se ele fosse explodir a qualquer momento.

— E outra, ele ainda é o caçula. – Kat lembrou olhando para nós duas com a cara amarrada. – Se ele é assim, imagina o que o irmão mais velho dele deve fazer?

— Eu não quero nem imaginar. – Mari resmungou me devolvendo o celular e se levantando rapidamente. – Eu vou no banheiro. Você vem comigo Kat? Eu odeio ir sozinha.

Enquanto as duas começavam a se distanciar do banco em que estávamos eu fui atrás da cantina da escola para comprar alguma coisa para comer. Eu já disse que sou morta de fome? E que meu apetite vale por três? Bom, eu precisava comer alguma coisa antes que eu tivesse um troço e caísse dura no chão estrebuchando sem nem uma gota de sal ou açúcar no meu sangue. A minha sorte é que a cantina não era muito longe dali e eu consegui comprar alguma coisa pra comer: um dogão completo com tudo o que eu tinha direito e uma lata grandona de Coca-Cola. Ah, aquilo que era um almoço de verdade!

Gente meu estômago agradeceu na hora quando aquela oitava maravilha finalmente entrou pela minha boca. Eu não sabia o quanto eu estava com fome até ali e cara, tava muito bom!

— E eu que achava que detonava comendo um cachorro quente.

Virei com cautela para trás enquanto mastigava mais um pedaço do meu hot-dog. Era aquele tal de Jacques. Pelo jeito que estava vestido ele deveria estar se preparando para ir para a quadra da universidade ou alguma coisa assim. Dei um sorrisinho e engoli meu almoço devagar.

— Pelo visto já entendeu que não pode mexer comigo enquanto tô comendo. – disse tomando um gole do meu refrigerante. Ele deu um sorriso lindo, mas nem se comparava ao do meu garanhão... Ok, precisei me segurar para não começar a rir ali mesmo. – Eu até te convidaria para almoçar comigo, mas pelo visto você está com um pouco de pressa. – comentei olhando a jaqueta do suposto time da facul e deixando-me fita-lo melhor. – Aliás, belos joelhos.

Ele ficou um pouco vermelho, mas me acompanhou nas risadas. Acho que ele estava até de boa com o meu comentário, fingiu alisar os ossos do meio da perna e me fez rir ainda mais.

— É uma dádiva de família. – contou gargalhando. – Bem, não quero atrapalhar o seu almoço. – disse sem jeito.

— Ah não, que isso. Você não está atrapalhando. – tentei argumentar encabulada. Ele tinha sido tão gentil comigo até ali.

— Não, eu insisto. – ele discordou e eu acabei dando um pequeno sorriso. - Vou ter aula prática de educação física até o final do dia. Caso queira ver esses belíssimos joelhos em ação, dá uma passadinha na arquibancada mais tarde. – ele convidou com uma piscadinha no final.

Balancei a cabeça e tomei mais um gole da lata, sem tirar os olhos do loiro alto, musculoso e de olhos azuis zafira a minha frente.

— Vou pensar no seu caso. – disse por fim, sorridente.

Ah como é bom ter crush’s correndo atrás de você sem o menor esforço.

Ele se despediu e foi embora. E eu? Bem, eu continuei atacando aquele dogão M-A-R-A que eu tinha comprado. Jesus abençoa a vida dessa cozinheira da universidade por que... Vou te contar viu, acho que engordei uns dois quilos só comendo aquilo. Tinha maionese, purê de batata, salsicha, milho, ervilha, vinagrete, um montão de molhos lá que eu nem quero saber o que é – mas é muito bom – e para melhorar tudo ainda tinha bacon. Eu falei que era um manjar dos deuses, mas vocês não acreditaram!

Porém eu não sei, sei lá, acho que eu por acaso tinha caído num pote de açúcar né? Porque depois do Jacques veio quem? Isso mesmo. Nino. O meu moreno dos sonhos.

Socorro, ele não pode me ver atacando comida desse jeito!

— Hey, pelo visto não é difícil me encontrar com você. – ele disse sorrindo quando se aproximou da mesa que eu estava com uma bandeja em suas mãos. Lá tinha o mesmo lanche que eu havia comprado gente, como é que pode? – Posso almoçar com você ou prefere detonar seu dogão sozinha? – brincou e eu realmente acredito que corei para caramba ali.

— N-não, é claro que você pode sentar. – respondi envergonhada e dando um gole bem grande na minha Coca-Cola. Ele ainda ficou me olhando por algum tempinho e depois começou a comer o hot-dog dele.

— Bem, já que você é nova aqui devo dizer que um dos melhores lanches da universidade é esse aqui. – Nino comentou divertido, enquanto nós dois comíamos. – É o famoso “Dogão XD Tudo”. Não é bom? – me perguntou e eu dei uma risadinha.

— Acho que bom é muito pouco. – respondi, tomando um pouco do meu refrigerante. Pensei por alguns minutos e aproveitei aquela oportunidade de conversar com o meu boy. – Que outros lanches você me recomenda?

— Bem, tem o “Hambúrguer da Perdição” e as “Batatas Malignas”. – ok, eram nomes bem bizarros mesmo e mais uma vez nós dois demos uma risada juntos. – Parecem medonhos, mas posso garantir que são os três melhores daqui para qualquer um que queira comprar o almoço.

— Agradeço a indicação. – disse encarando aqueles lindos olhos castanhos claros poucos centímetros de mim. Ele também fez o mesmo, até nós dois desviarmos o olhar, claramente envergonhados por tal contato. Eu estava quase certa que ele poderia estar admirado comigo ou até mesmo estar gostando de mim, mas não queria colocar tudo aquilo a perder. Tinha uma pergunta mais urgente a fazer. – Você pode me responder uma coisa?

Ele tinha acabado de dar uma mordida enorme no lanche em suas mãos, mas assentiu com a cabeça a espera que eu falasse.

— Porque que você anda com aquela garota folgada e oxigenada que voou no pescoço da minha melhor amiga ontem? – disparei sem desviar os olhos dele. O esperei mastigar seu almoço direito enquanto eu terminava o meu.

— Jacqueline não é minha amiga e eu também não tenho nada com ela, não é o tipo de pessoa com quem eu ando, entende? – ele respondeu e eu balancei a cabeça afirmando. – Acontece que o cara que ela se atira tanto é o meu melhor amigo, e como você deve saber, melhores amigos andam juntos onde quer que vão. Mesmo que isso signifique andar com uma folgada e oxigenada como a Jacqueline. – ele aliviou o assunto no final com um pequeno sorriso e eu retribui. Porém, ele logo desapareceu. Ele me pareceu um pouco tenso. – A propósito, eu acho melhor você e suas amigas ficarem longe dela.

— Ué, mas por quê? – indaguei arqueando uma sobrancelha. – Eu não tenho medo daquela piriguete.

— Mas eu não quero ver você... Quer dizer, vocês encrencadas por causa dela. Eu já vi coisas que não quero que se repitam nesse lugar. – awn que fofo, ele tá se preocupando comigo gente!

— Achei que tivesse que me preocupar com a “Rainha da Escola”. – comentei fazendo aspas com os dedos e revirando os olhos. Ele me imitou para a minha surpresa.

— Ela não é problema se você não se meter com Jacqueline. As duas são carne e unha. – Nino me revelou e eu suspirei. – Tudo o que ela não consegue fazer sozinha ela consegue com a Chloé.

— Mas por quê? – questionei gesticulando com as mãos. Ele chegou mais perto de mim e parecia que não podia falar alto demais senão as paredes iriam gritar com ele.

— O pai da Chloé, da Jacqueline e do Adrien são os principais financiadores da parte econômica da universidade. – ah, agora eu entendi. Chantagem. – Sem o apoio de um deles a universidade pode cair no ranking de melhores universidades de Paris, o que prejudica a quantidade e qualidade de ensino daqui, Alya.

Eu estava indignada. Como é que ninguém vê que isso é errado gente? Como? Encarei a mesa que estava sentada por longos minutos para não falar alguma besteira, nem tomar alguma atitude que poderia me arrepender depois. Até que funcionou melhor do que eu imaginava. Ele segurou a minha mão e rapidamente eu voltei pra Terra.

— Ei, não fica bolada com isso não. – ele disse com um sorriso carinhoso. – A Jacqueline é uma vaca. Não liga pra ela.

Comecei a rir com a naturalidade com que nós dois conseguimos conversar tão facilmente sobre um assunto pesado como aquele e mesmo assim as risadas não ficavam de fora. Nino era tão gentil, tão gente boa, lindo... Que as coisas simplesmente fluíam, assim, sem o menor esforço. Quando ele mencionou o meu moletom de Star Wars: Os Últimos Jedi e se eu era fã, cara, a gente ficou ali até altas horas do intervalo discutindo qual shipp da nova trilogia era o melhor: se era Reylo – Rey e Kylo/Bem - ou se era Finnrey – Finn e Rey- e, bom, como shipper do primeiro ele teve que me aturar falando dos personagens principais de TFA e TLJ.

Porém, em momento algum, ele fez questão de soltar a minha mão.

Bom, nem eu.


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Notas finais do capítulo

E ai, Reylo ou Finnrey? :"D

Até o próximo capítulo e perdoem se tiver erros ai no meio, nem revisei. Huehueheueh :v



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