Mestre e Missy juntos, um desejando o outro, até que uma noite, eles resolvem seder ao que cada um sente, e concretizar o amor próprio que sentem por si mesmos.

Missy estava sentado num branco do "campo" enquanto lia um livro, quando sem que ela notasse, Mestre se senta ao seu lado.

— Você está bem? – Ele pergunta se referindo ao mal-estar que ela havia sentido dias atrás.

— Sim, estou bem. – Ela responde sem tirar os olhos do livro que lia. – O Doutor cuidou de mim. Disse que não passou de um mal causado pelo ambiente horrível que estamos.

— Ouvi dizer que você está grávida. – Ele diz a ela.

— Que? – Ela enfim tira os olhos do livro e olha para ele. – Quem disse um absurdo desses? - Ela estava indigna com o que acabara de ouvir.

— Quase todos. Eles tem medo que isso traga mais risco de novos ataques.

— Não diga bobagens! Você sabe que isso é impossível. E se fosse... Seria terrível.

— Tem certeza que não está? – Ele volta a indagar. – Porque podemos resolver caso esteja.

— Cale a boca! Até parece que já se esqueceu como isso funciona.

— Não me esqueci. Mas sempre pode haver uma possibilidade de algo dar errado.

— Pare de pensar bobagens!

— E afinal, porque se afastou de mim? É por causa do Doutor, não é? Sente algo por ele?

— O que deu em você hein? Porque essas perguntas?

— Porque você ficou com ele depois do que tivemos!

— Ciúme?

— Não diga bobagens! Só quero saber de que lado está, Missy.

— Estou do lado de quem me trás batatinhas. E alias, você pode me trazer batatinhas? Essa parte do livro está interessante. E traga sal.

— É sério? – Ele não estava acreditando no que ela lhe pedira.

— É claro que é! Ande! Depois continuamos a conversa.

Ele a olha ainda sem acreditar no que ela havia pedido.

— O que foi? – Ela pergunta ao notar que ele nem havia saído do lugar.

— Batatinhas? Estamos falando sobre nós, e você me pede batatinhas?

— Batatinhas são ótimas! Não seja dramático, e vá buscar as batatinhas enquanto eu leio meu livro.

— Que livro é esse? – Ele puxa o livro das mãos dela que tinha o título "Como dominar o mundo em 3 passos." – Ao menos um livro interessante. — Ele diz.

— Tá! – Ela pega o livro de volta. – Vá buscar o que eu te pedi.

— Não sou seu mordomo!

— Então nossa conversa acabou. – Missy diz se levantando.

— Ok. Quando quiser conversar estou aqui.

Na cozinha da velha casa, o Doutor estava sentado com os pés na mesa e comendo batatinhas, quando Missy chega.

— Estava esperando você. – Diz o Doutor o ver Missy chegar.

— Não parece! Já está comendo sem mim. – Ela diz com um olhar ameaçador.

— Ele acreditou? – O Doutor pergunta deixando Missy confusa.

— Do que você está falando?

— Sobre sua conversa com o Mestre. Ele acreditou que você não está grávida.

— Para de falar como se fosse uma mentira! Você sabe que não estou.

— Mas poderia ter ficado. Sabe... Aque...

— Calado! Não diga bobagens! O que vocês tem hoje? Porque esse assunto?

— Porque é o que todos comentam. Mas eu sei que não. Te examinei. Mas sente-se e coma comigo.

— Perdi a vontade. Tchau. – Ela diz e sai.

— Ela anda tão sensível. Mas bem, pelo menos as batatinhas são todas minhas.

Mais tarde...

Missy estava no quarto das crianças, sentada numa das camas falando com elas. No momento era a melhor opção de companhia.

— É verdade que você vai ter um bebê? – Um menino que teria mais ou menos 6 anos, perguntou a Missy.

— Quem anda espalhando essas bobagens? – Missy perguntou ao menino.

— O "tio" Doutor que disse que vocês iam ter um bebê. – Uma menina responde.

— O Doutor... – Missy queria matá-lo. – Não acreditem nessas bobagens do Doutor. Porque não vão dormir?

— Conta uma história pra gente? – Uma criança pede.

— Não! – Missy diz se levantando da cama para sair do quarto.

— Por favor! – Um menino loiro vai até ela implorar.

— Tá. – Volta a se sentar na cama. – Vou contar uma história de uma batata heroína. Era uma vez... Uma batata heroína. Ela salvava a horta de insetos e outros males. Mas um certo dia chegou um gigante que queria colher alguns legumes, e logo a batata heroína foi ajudar seus amigos. Mas o gigante era mais forte e levou a batata também, e como punição por sua insolência, o gigante cortou a batata em fatias, fritou e serviu aos seus filhos. E esse foi o fim trágico da batata heroína... Fim. Agora durmam! – Ela sai do quarto deixando as crianças assustadas.

Missy vai até o Doutor muito furiosa. Ele estava na varanda sentado numa cadeira.

— Porque você inventou essa história?!

— Porque quero você comigo, Missy. Pense, poderíamos tecelar novos Timelords... – Ele se levanta e segura as mãos dela. – Ter uma vida maravilhosa juntos, como sempre quisemos.

— E acha que... – Ele não a deixa terminar.

— Não quero que seja dele, Missy. Nunca mais. – O Doutor beija a Missy revelando todo o amor que tinha por ela.

Na manhã seguinte... Missy acorda em seu quarto. Seu café estava numa mesinha ao lado da cama.

— Bom dia, Missy! – Era o Mestre. Estava sentado numa cadeira ao lado da cama dela. – Vejo que sua noite foi boa.

— Melhor do que com você. – Ela responde se sentando na cama.

— Então você vai preferir ele? – Mestre se senta na cama ao lado de Missy. – Nós somos "Um"! Vai preferir ao Doutor envés de mim, que sou você?

— E o que você quer que eu faça? Carregamos essa paixão desde a Acadêmia.

— Mas agora é diferente. Temos um ao outro. Porque seguir cultivando essa paixão pelo Doutor, se podemos cultivar nosso amor próprio?

— Querido, foi ótimo estar com você. Eu amei mesmo. Mas nosso futuro é outro.

— Não, Missy! – O Mestre se levanta da cama e anda um pouco pelo quarto, muito indignado. – Você nunca será do Doutor. Isso eu não vou permitir!

— E como você vai impedir isso? Lembra quando ele te disse que eu estava grávida...?

— Não. Você não vai me dizer...

— Sim, Mestre. Eu passei muito tempo com ele, e nisso...

— Cale a boca! Como você pode?

Mestre volta a se sentar ao lado de Missy na cama.

— Missy, tenha certeza, nosso futuro não ficará nas mãos do Doutor. Menos ainda, vou permitir que vocês se reproduzam! – Mestre se levanta e sai do quarto furioso.

— Mas que dramático! – Missy diz pegando seu café, deixado pelo Doutor.

Logo após a saída do Mestre, o Doutor vai falar com Missy.

— Porque o Júnior está tão furioso, Missy? – O Doutor pergunta a Missy.

— Eu disse a ele que estou grávida de você. – Ela respondeu naturalmente enquanto comia. – Porque não trouxe batatinhas?

— Porque disse a ele tal coisa? – O Doutor ignorou a pergunta dela.

— Por diversão. Agora vamos ficar juntos não é?

Nesse momento Mestre volta ao quarto se apoiando na porta e com uma mão em sua barriga.

— Missy! – Mestre gritou. – O que fez comigo?

— Achei que iria demorar mais pra notar. – Missy diz sem vontade. – Isso quebra o clima que tava rolando aqui.

— O que você fez, Missy? – O Doutor pergunta confuso com o que via.

— Enquanto ele ameaçava impedir nosso futuro, Doutor, eu enfiei uma faca na barriga dele.

— Porque, Missy? – Mestre perguntou.

— Porque, querido, o que o Doutor me ofereceu, era tudo o que eu queria. Não podia deixar você impedir isso.

— Então agora eu viro você, não é?

Missy não responde.

Mestre sente a energia de regeneração consumir seu corpo, seu futuro estava chegando, e aquela dor era horrível, e pior era saber que seria uma mulher agora.

No fim do processo, o Mestre havia se tornado a Missy.

— Olhe só! Agora sou mulher. E então, Doutor, qual de nós você vai querer?