“Três coisas não podem ser escondidas por muito tempo: o sol, a lua e a verdade.”
(Buda)

P.O.V Ágatha.

Bem ontem foi o Natal, e confesso foi legal, mas hoje eu estava pronta pra saber a verdade, sobre mim. Toda, sem fatos omitidos, sem manipulações, sem mentiras...
As meninas foram passear, e os meninos estão conversando com o meu pai. Essa era a hora perfeita pra falar com a minha mãe.
Eu fui em direção a sala de estar onde minha mãe estava lendo um livro, que ela havia ganhado de Natal.
Eu me sentei na poltrona que estava na frente dela. E a encarei.

—Mãe?

—Sim?

—Preciso falar com a senhora.

—Sobre?

—Não da pra ser aqui.

—Você está grávida Ágatha Louise Black!?

—O que!!?? Não mãe, por merlim mãe.

—então o que foi?

—Podemos conversar em outro lugar?

—Não da pra ser aqui? Todos estão fora de casa hoje, estamos a sós aqui.

—Ok então, primeira coisa, porque eu só tenho o Black como sobrenome?

—Você sabe o porque!! Mas respondendo, porque seu pai é um Black distante, então ele também tem o sobrenome Black, como você já sabia!

—Isso não seria incesto?

—Não!! Eu e ele não temos parentesco!

—Hmm, mãe me promete um coisa?

—Depende.

—do que?

—de que coisa for.

—Bem eu quero que você prometa que vai ser sincera comigo, que não vai mentir ou omitir nada, que todas as perguntas e todas as respostas entre nós duas sejam sinceras, você promete?

—Filha... b-bem e-e-eu prometo.

—ótimo!! Próxima pergunta, qual era o nome da minha irmã?

—Hannah.

—Ótimo, próxima pergunta, quem a matou?

—Um auror chamado Jim Parker.

—ele a matou por querer?

—NAO!! Nunca filha, nosso objetivo era salvar ela, nunca a matar, mas ela foi para proteger Morgana e acabou morrendo no lugar dela, ela não tinha noção, Morgana se arrependeu de ter levado ela para luta conosco e pirou mais ainda.

—Como assim mais ainda?

—Bem quando ela perdeu a primeira bebê, bem ela acabou ficando louca, ela alucinava, tentava matar a Ravenna e coisas horríveis, nessa época eu tentava ajudar ela, então eu fiquei mais próxima dela, seu pai e eu discutíamos muito, ele achava que eu era maluca por ficar perto dela, afinal ela tentou mais de uma vez matar Ravenna, e no final conseguiu...

A última parte da frase minha mãe disse com a voz baixa, mas eu escutei mesmo assim, e por mais difícil que seja, eu concordei.

—Então a Morgana e louca?

—Sim ela é.

—Ok, ok, sobre meus sonhos e verdade?

—e mais complicado do que parece, mas vou tentar explicar, quando você nasceu, você tinha um dom, algo diferente das outras pessoas, você previa acontecimentos nos seus sonhos, então uma noite você começou a falar um endereço, e dizia “ela está lá, e ela precisa de ajuda” então nós estávamos confiantes que sua irmã estaria lá, e ela estava. sobre os seus sonhos você realmente fala suas visões enquanto dorme, mas não se lembra depois, eu não sei explicar o que acontece, mas acontece. Seu pai e eu procuramos respostas mas não achamos muito coisa.

—Entendi, isso ainda acontece comigo?

—eu falei com as suas colegas de quarto, elas disseram que não.

—Bom, agora sobre aquelas irmãs imperdoáveis, o que a senhora sabe sobre elas?

—Bem quando Morgana fugiu com a Hannah, ela precisava de proteção, para si e para Hannah então ela entrou em um orfanato bruxo e roubou as seis garotas, elas foram treinadas para matar, para torturar e para serem fiéis a Morgana, quando a “irmã” mais nova delas morreu, no caso a Hannah elas resolveram se vingar de você também, por isso a sua tortura.

Nessa hora eu olhei para algumas poucas cicatrizes que haviam sobrado, a única cicatriz grande que eu tinha era uma que começava um pouco abaixo do meu peito e descia até o meu quadril, sinceramente eu não me importava, cicatrizes mostravam força, e eu era forte.

—Mãe e sobre Morgana o que acha que ela vai fazer? Seja sincera!

—Confesso, acho que ela deve estar enfurecida por não ter conseguido te matar, e eu sei que ela vai voltar, mas estamos nos preparando para guerra filha.

—Não precisam e problema meu, eu resolvo.

—Você e só uma criança Ágatha se enxerga, você não iria conseguir lutar contra ela.

—Não mas morreria tentando, Ravenna sentiria orgulho de mim.

—Mas Ravenna está morta, e você não!! Ela não pode sentir orgulho de você! Não mais...

—Você fala dela como se ela nunca tivesse importado! ela morreu, mas ela continua viva no meu coração, espero que esteja no seu também!

—e está...

—Sendo sincera não parece.

—Desculpe-me mas não posso perder outra filha, já perdi duas, não vou perder a terceira.

—Se continuar assim talvez perca.

Eu disse e me levantei saindo em direção ao meu quarto que era no andar de cima.
Deixei uma horrorizada e triste Diana para trás.
Entrei no meu quarto, deitei na cama, fechei os olhos e tirei um breve cochilo,

——

—Junte-se a mim

Sibilou Morgana.

—O que eu ganharia com isso?

Disse uma voz rude e impetuosa.

—Vitória, poder, tudo o que você mais quer.

—e como você poderia me ajudar?

—Simples eu tenho meus amigos que são muitos, eles podem te servir também, e podem formar um começo do exército imperdoável, depois nós conseguimos tudo o que mais queremos Poder e vingança, ambos saímos ganhando.

—Mas o que você ganharia se juntando a mim?

—Além do poder? Minha finalmente vingança, e não só isso, eu quero me tornar alguém temido, quero que sintam medo de mim, quero me tornar um ser temido, quero vencer!

—Seus objetivos são parecidos com os meus, talvez um aliança fosse uma boa escolha, mas não sei se quero! Você não me parece estar preparada para matar todos os sangues ruins e traidores de sangue, outra coisa eu não só quero acabar com todos eles, eu quero dominar o mundo bruxo e o mundo trouxa matar todos os trouxas e deixar apenas os bruxos de sangue puro viverem, eu quero um mundo limpo e honroso, como eu mereço.

—Se você se juntar a mim vai conseguir tudo isso, eu não serei fraca, podemos conseguir tudo o que quisermos.

—está feito então!!! Mas se você fraquejar, eu mesmo te mato!

Disse o homem se levantando e saindo.

——

Nessa hora eu acordei estava toda soada, meus cabelos estavam molhados de tanto soar, eu estava horrorizada, o que eu tinha acabado de sonhar? O que era aquilo? Seria verdade? Eu estava prevendo alguma coisa? Ou será que aquilo ja tinha acontecido? Ou estava acontecendo? Quem era aquele homem? Tantas perguntas nenhuma resposta, DROGA!
Eu corri descendo as escadas, procurei minha mãe e a achei na cozinha fazendo um chá.

—MAE!! MÃE TEMOS UM PROBLEMA MAIOR DO QUE IMAGINAMOS!

Eu disse gritando indo em direção à cozinha, chegando lá minha mãe me olha com preocupação, talvez seja pelos meus gritos ou por eu estar totalmente soada.

—o que aconteceu filha?

—um sonho mãe, eu sonhei e me lembro.

Eu contei todo o sonho pra ela, todos os detalhes, tudo, tudo mesmo. Nessa hora ela mandou um patrono em formato de Golfinho, para avisar ao ministério que sabia dos meus sonhos e mandou um para meu pai e os amigos da família.
Ela os avisou do meu sonho, mas disse que não tinha certeza se realmente era algo real.
Depois de um tempo muitas pessoas começaram a chegar.
Os Tate vieram, os Brown, Os Melin, os LoveGood, Os Quill,Os Prince, o Prof Charlus, e os Starks também vieram.
Todos ali eram aurores como meus pais ou trabalham no ministério.
Outras pessoas chegaram depois também, eu deduzi que eram mais aurores, depois de um tempo todos já haviam chegado, então meus pais pediram para mim contar meu sonho, todos prestavam atenção no que eu falava, eu me senti bem pressionada naquela hora, tantos olhares importantes olhando pra mim, uma garota de 14 anos.
Meus amigos (Gus,Gui,Henri,Lilith,Meg,Luna e Rose.)estavam no andar de cima, já que os pais deles: Mandaram eles subirem, pq era conversa de adulto SENDO QUE EU TENHO 14 né mas ok. Já Eliza e Talia subiram para acompanhar o resto do pessoal, e também porque elas ficaram com medo dos aurores kkkk)
Depois que eu terminei nós ficamos conversando, eles tinham teorias cada uma mais interessante e é estranha, confesso que estava meio assustada, um sonho, apenas um sonho havia feito tanto alvoroço na minha vida.
Depois de horas, todos resolveram se retirarem. Nessa hora eu fui conversar com o meu professor favorito, Charlus Peregrino.

—Oie Charlus.

—Oie Ágatha.

—Então qual é a sua teoria?

—Sinceramente, não sei, e a sua qual é?

—Bom também não sei.

—Tempos difíceis Ágatha, e nessas horas que você trava a sua batalha contra o mundo e contra todos que querem o mal de si mesmo e a quem você ama, e nessas horas que você se junta a seus aliados e luta com eles, e quem sabe até mesmo ganhe.

—E só nós perdemos?

—Aí perdemos e não podemos fazer nada, apenas esperar que acabe de forma que pelo menos você saiba que lutou e tentou com todas as forças.

—Como você consegue ser tão sábio?

—Aprendi com o tempo.

—Você e um ótimo professor, Charlus.

—Obrigada Ágatha.

Ele disse, e eu saí, fui em direção ao banheiro, chegando no banheiro eu coloquei água na banheira, e entrei fiquei lá por muito tempo. Enquanto eu cantava algumas musicas que viam em minha cabeça.