De Volta Ao Passado escrita por Sams


Capítulo 6
Cálice




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No dia seguinte quando Harry chegou ao salão principal que refletia o céu carregado de nuvens o assunto em todo salão era só um: Quem foi o completo idiota que conseguiu perder cinquenta pontos da grifinória antes mesmo das aulas começarem.

— É impossível isso acontecer! Snape deve ter inventado um motivo idiota para tirar nossos pontos. – Disse Rony para Hermione.

— O que aconteceu? – Perguntou Harry fingindo não saber do que se tratava a conversa  enquanto sentava entre os dois.

— Perdemos cinquenta pontos – Respondeu o ruivo apontando para as ampulhetas, todas com as pedras emparelhadas exceto a da grifinória que estava com as pedras abaixo da outras. – Nem Fred e Jorge conseguiram tal façanha.

Harry ficou calado tomando seu café, não se importava com pontos para sua casa, a sua missão era muito maior que isso, mas seria odiado por todos os colegas se descobrissem e Snape não deixaria isso passar batido.

O dia foi tranquilo, pelo menos para Harry passaram a manha toda do lado de fora do castelo, tiveram que espremer Bubotúberas na aula de herbologia, na de trato de criaturas mágicas hagrid trouxe os explosivins e Harry não ficou nem um pouco preocupado com as criaturas, o que ele tinha que se preocupar era o tamanho que elas ficariam.

No almoço o “professor Moddy” transformou Malfoy em uma doninha. Harry teria se divertido se não soubesse que Moddy era um impostor.

A aula de adivinhação foi muito monótona para Harry, o garoto só ficou pensando que poderia estar pondo o seu plano em ação em vez de ouvir toda baboseira daquela charlatã e para completar ela passou um dever de casa muitíssimo complicado, o que atrasaria as coisas mais ainda.

De noite Harry decidiu fazer uma nova tentativa de pegar os dentes de basilisco, no entanto quando chegou ao banheiro do segundo andar lembrou que precisaria de sua vassoura para poder voltar pelo grande cano que levava para a câmara.

Sem opção Harry teve que fazer o caminho todo de volta para pegar sua vassoura, mas algo não queria que Harry começasse sua missão e esse algo era Severo Snape.

— Homenum revelio – Harry ouviu a voz fria dizer, já sabia o que viria a seguir. – Potter! Saia debaixo da capa – Ordenou o professor.

Harry tirou a capa

— Sabia que voltaria a fazer seus passeios noturnos, mas tão rápido? Você não cancã de perder pontos? – Perguntou Snape quase num sussurro de desdém. – Vejamos mais cinquenta pontos a menos e uma detenção para sexta. – Disse num tom irredutível. – Amanha vou espera-lo de novo talvez você queira perder mais cinquenta pontos.

— Desculpe senhor! Vou para meu dormitório. – Disse Harry se virando...

— Potter – Chamou novamente. – Acha que sou idiota? Vou descobrir o motivo de seus passeios!

Harry não falou nada somente se virou e foi embora, então Snape estava vigiando os corredores a fim de acha-lo, teria de arranjar um jeito de entrar na câmara sem ser notado; o passeio a hogsmeade era uma ótima desculpa, mas ia demorar, a única opção era tentar no final de semana ou correr o risco de trombar com Snape novamente.

No dia seguinte a cena no salão principal se repetiu: mais cinquenta pontos a menos para grifinória ninguém sabia quem perdeu os pontos e nem que professor os tirou, mas a professora Mcgonagall fez questão de esclarecer isso.

— Potter – Chamou a professora caminhando a passos firmes em sua direção. Harry não precisou olhar a sua volta para saber que todo salão o observava o silencio já fazia esse papal. – Você não vai cumprir sua detenção com Snape na sexta – O garoto não teve tempo nem para fazer cara de surpresa, pois a professora continuou. – Vai cumprir  comigo e o resto da semana inteira.

— Mas... – Tentou protestar Harry; isso ia atrapalhar bastante seus planos.

— Mas nada Potter, francamente cem pontos em menos de um dia, pare com seu passeios noturnos ou pontos será o de menos importante que você vai perder.

— Sim professora! – Disse Harry enquanto se levantava e saia sem se importar em esconder toda sua raiva. Era simplesmente ridículo, ele estava tentando deter o maior bruxo das trevas e tinha que se preocupar em perder pontos, mas isso não ia para-lo a raiva só deu mais força para continuar então resolveu entrar na câmara durante o dia.

Foi direto para o salão comunal da grifinória, pegou a capa, a vassoura e o mapa e foi pelos corredores até o segundo andar. Os corredores estavam vazios; todos estavam no salão principal.

Harry entrou no banheiro que estava vazio, procurou a torneira em forma de serpente, pediu para a passagem abrir e desceu. Não demorou nem vinte minutos e já estava de volta ao banheiro dentro da sua bolsa: livros, penas, tinta, o mapa do maroto, a capa e três dentes de basilisco .  Decidiu não pegar muito, assim se perdesse aqueles poderia voltar e pegar mais.

Harry correu de volta para seu dormitório jogou a vassoura e a capa no malão e desceu novamente, já estava atrasado para a primeira aula. E a única vantagem disso era que Rony e Mione não tiveram tempo de lhe perguntar nada. E nem conseguiram durante a aula já que era de transfiguração e parece que nenhum aluno estava disposto a testar o humor da professora. Harry terminou a tarefa que a professora passou meia hora antes que todos. transfigurou uma fuinha em um jogo de chá, o que rendeu dez pontos para grifinória, mas não mudou nada o humor da prof. Mcgonagoll. A sineta tocou Harry foi o primeiro a sair da sala.

Quando chegou ao salão para o almoço Harry sentiu os olhares dos colegas enraivecidos, mas só se importou com um. Fitou Gina e ficou feliz de constatar que ela não demonstrava raiva, sentou – se ao lado dela.

— Oi ruivinha. – cumprimentou com um sorriso apagado.

— oi – respondeu corando, mas não tanto quanto quando o apelido foi utilizado pela primeira vez. – Como vão as aulas? – Perguntou.

— Serio? – indagou arqueando a sobrancelhas mostrando sua incredulidade.

— Olha dá para recuperar cem pontos.

Harry não se importava com os pontos, mas ficou muito feliz por Gina tentar consola-lo.

— Parabéns Harry. – Disse Fred

— Nunca vimos Mcgonagoll tão brava antes. – Completou Jorge se sentando ao lado do irmão que por sua vez sentou de frente para Harry e Gina. – Falou de você a aula toda ontem.

— Lógico que não sabíamos que era sobre você. – Continuou Fred percebendo o olhar surpreso dos dois. – Ela ficou falando sozinha enquanto fazíamos os exercícios.

— “Nem o pai perdeu tantos pontos em tão pouco tempo” – Imitou Jorge com uma voz pouco parecida com a da professora.

— Por que não usou o mapa Harry? – Perguntou Fred.

— Eu usei – Respondeu o garoto com uma voz meio irritada (aquilo era praticamente um insulto a sua inteligência) – Mas parece que o Snape tem o dom de saber onde estou e onde vou estar.

Os gêmeos iam retrucar, mas Rony e Hermione chegaram e se sentaram a frente deles.

— Podia ter esperado Harry. – Reclamou Rony – Foi muito boa sua transfiguração, parabéns.

— valeu

— O que estava fazendo andando pelo castelo à noite? – Perguntou Hermione indo direto ao ponto em que Harry não queria chegar.

— O observando o luar. – mentiu Harry descaradamente o que fez Fred e Jorge abafarem um risinho.

De noite Harry foi novamente o ultimo a se deitar. Pegou o mapa e observou que o ponto chamado Severo Snape rondava o corredor do terceiro andar, então simples: Snape achava que Harry voltaria ao terceiro andar porque foi lá que foi pego nas duas vezes e agora o professor estava vigiando lá. Isso foi muito conveniente a Harry já que este agora iria para o sétimo

Foi tranquilamente até o corredor do sétimo andar, passou três vezes na frente da tapeçaria e escondia a sala, pensou “Um lugar onde tudo se esconde” e observou uma porta aparecer onde antes a parede era lisa.

Harry não demorou muito para achar o diadema e sem cerimônia o furou com o dente do basilisco.

***

Era final de outubro e o humor dos professores (exceto Snape) para com Harry estava ótimo como ele teoricamente teria que estar no sétimo ano o quarto era muito fácil, ele já havia recuperado todos os pontos que perdeu por conta disso, era sempre o primeiro a terminar os exercícios e a aula de poções era suportável já que Snape não achava nada para criticar Harry.

Os visitantes das escolas já estavam na escola e o dia das bruxas chegou: Harry estava muito nervoso, sabia que seu nome sairia no cálice, mas era a reação dos amigos que o deixava apreensivo.

— Bom, o Cálice de Fogo está quase pronto para decidir – disse Dumbledore. – Estimo que só precise de mais um minuto. Agora, quando os nomes dos campeões forem chamados, eu pediria que eles viessem até este lado do salão, passassem diante da mesa dos professores e entrassem na câmara ao lado – ele indicou a porta atrás da mesa –, onde receberão as primeiras instruções.

 Ele puxou, então, a varinha e fez um gesto amplo; na mesma hora todas as velas, exceto as que estavam dentro das abóboras recortadas, se apagaram, mergulhando o salão na penumbra. O Cálice de Fogo agora brilhava com mais intensidade do que qualquer outra coisa ali, a brancura azulada das chamas que faiscavam vivamente quase fazia os olhos doerem. Todos observavam à espera... alguns consultavam os relógios a todo momento...

— A qualquer segundo agora – sussurrou Lino Jordan, a dois lugares de distância de Harry. As chamas dentro do Cálice de repente tornaram a se avermelhar. Começaram a soltar faíscas. No momento seguinte, uma língua de fogo se ergueu no ar, e expeliu um pedaço de pergaminho chamuscado – o salão inteiro prendeu a respiração. Dumbledore apanhou o pergaminho e segurou-o à distância do braço, de modo a poder lê-lo à luz das chamas, que voltaram a ficar branco-azuladas.

 – O campeão de Durmstrang – leu ele em alto e bom som – será Vítor Krum. – Grande surpresa! – berrou Rony, ao mesmo tempo que uma tempestade de aplausos e vivas percorreu o salão. Harry viu Vítor Krum se levantar da mesa da Sonserina e se encaminhar com as costas curvas para Dumbledore; ele virou à direita, passou diante da mesa dos professores e desapareceu pela porta que levava à câmara vizinha.

 – Bravo, Vítor! – disse Karkaroff com a voz tão retumbante que todos puderam ouvi-lo apesar dos aplausos. – Eu sabia que você era capaz! Os aplausos e comentários morreram. Agora todas as atenções tornaram a se concentrar no Cálice de Fogo, que, segundos depois, tornou a se avermelhar. Um segundo pedaço de pergaminho voou de dentro dele, lançado pelas chamas.

— O campeão de Beauxbatons é Fleur Delacour!

— É ela, Rony! – gritou Harry, quando a garota que parecia uma veela levantou-se graciosamente, sacudiu a cascata de cabelos louro-prateados para trás e caminhou impetuosamente entre as mesas da Corvinal e da Lufa-Lufa

— Ah, olha lá, eles estão desapontados – disse Hermione sobrepondo sua voz ao barulho e indicando com a cabeça o resto da delegação de Beauxbatons. “Desapontados” era dizer pouco, pensou Harry. Duas das garotas que não tinham sido escolhidas debulhavam-se em lágrimas e soluçavam, com as cabeças deitadas nos braços.

Quando Fleur Delacour também desapareceu na câmara vizinha, todos tornaram a fazer silêncio, mas desta vez foi um silêncio tão pesado de excitação que quase dava para sentir seu gosto. O campeão de Hogwarts é o próximo...

E o Cálice de Fogo ficou mais uma vez vermelho; jorraram faíscas dele; a língua de fogo ergueu-se muito alto no ar e de sua ponta Dumbledore tirou o terceiro pedaço de pergaminho.

— O campeão de Hogwarts – anunciou ele – é Cedrico Diggory!

 – Não! – exclamou Rony em voz alta, mas ninguém o ouviu exceto Harry; a zoeira na mesa

vizinha era grande demais. Cada um dos alunos da Lufa-Lufa ficou de pé, gritando e sapateando, quando Cedrico passou por eles, um enorme sorriso no rosto, e se encaminhou para a câmara atrás da mesa dos professores. Na verdade, os aplausos para Cedrico foram tão longos que passou algum tempo até que Dumbledore pudesse se fazer ouvir novamente.

— Excelente! – exclamou Dumbledore feliz, quando finalmente o tumulto serenou. – Muito bem, agora temos os nossos três campeões. Estou certo de que posso contar com todos, inclusive com os demais alunos de Beauxbatons e Durmstrang, para oferecer aos nossos campeões todo o apoio que puderem. Torcendo pelo seus campeões, vocês contribuirão de maneira muito real...

Mas Dumbledore parou inesperadamente de falar, e tornou-se óbvio para todos o que o distraíra.

Harry sorriu com o que vinha a seguir.

O fogo no cálice acabara de se avermelhar outra vez. Expeliu faíscas. Uma longa chama elevou-se subitamente no ar e ergueu mais um pedaço de pergaminho.

Com um gesto aparentemente automático, Dumbledore estendeu a mão e apanhou o pergaminho. Ergueu-o e seus olhos se arregalaram para o nome que viu escrito. Houve uma longa pausa, durante a qual o bruxo mirou o pergaminho em suas mãos e todos no salão fixaram o olhar em Dumbledore. Ele pigarreou e leu...

— Harry Potter!

Harry foi rápido em apagar o sorriso para ninguém desconfiar que ele se inscrevera. Olhou para os lados e viu Hermione com uma cara muito surpresa e Rony de cara fechada, não precisou de muito para perceber que o plano de convencer Rony havia falhado.

**

Quando os professores e juízes chegaram na sala em que os campeões estavam foi uma gritaria sem fim de Karkaroff e máxime, Harry resolveu atuar um pouco.

— Oras não coloquei meu nome no cálice é só eu não participar.

— Não funciona assim, o cálice de fogo é um ato contratual mágico; uma vez que seu nome saiu terá que ir até o fim.


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