A semana que se seguiu teria sido terrível para Harry, claro se ele se importasse com os olhares de morte e desapontados que todos os grifinórios estavam lhe dando, nem mesmo Ron e Hermione estavam satisfeito com ele. É claro que perder mil pontos não era uma ideia boa mesmo para ele, mas comparado com o fato de que ele tinha voltado no tempo para mudar o futuro isso não era muito importante.

Suas detenções com Snape eram aborrecidas e o fez pensar sobre sua afirmação anterior, talvez não tenha valido a pena, mas com certeza ele não estava arrependido, o professor parecia tão furioso como mcgonagall, o que já era esperado afinal ele teria que passar o ano todo tendo que vê-lo.

Foi  no meio da semana que sua estagnação mudou ligeiramente.

Mais uma vez Harry se encontrava no meio no nada; um espaço totalmente branco onde parecia que nenhum de seus sentidos funcionavam, nada de frio ou calor, nenhum cheiro ou som nem ao menos uma brisa leve.

Ele resolveu avaliar mais o espaço ao seu redor e encontrou algo que já não mais o surpreendia, morte estava parado olhando algo em contemplação e suas mãos estavam cruzadas atrás das costas.

Quando ele se aproximou de morte percebeu que o objeto que prendia a atenção da entidade era um quadro, ele estava simplesmente flutuando no ar e nada avia pintado ali se Harry não conseguisse identificar a textura da tela talvez acharia que a moldura estava vazia.

— você esta se desviando de seu caminho. – a entidade disse despertando Harry de seus devaneios.

— Desculpe?

— Você está se desviando de seu caminho dois itens faltam e é você que deve busca-los. – seu tom era de repreenda o que fez Harry mais atento. – e não convidar meninas ao baile.

— Para alguém que não pode ter sentimentos eu acho que você não deveria estar com raiva. – ele rebateu agora com indignação não era como se pedir Gina fosse o desviar de seu caminho, ainda sim uma parte racional de sua mente teve medo de ter afetado algo no tempo espaço ou algo do tipo.

Morte riu algo que era visivelmente artificial – Todas as vezes que tivemos essa conversa você me responde assim, não importa se é Gina, Fleur, Hermione ou Daphne. Sempre inicio de um modo diferente, faço perguntas diferentes e no final sempre chegamos a essa conversa, parece que quando você supõe que estou descontente de suas escolhas em relação a suas namoradas você me faz essa pergunta, o motivo, talvez nem eu possa saber.

— Do que você esta falando? – Harry perguntou muito perplexo.

— Você não acha que você seja único em todos multiversos, não é?

—Que?

— Existem vários multiversos Harry potter assim como existem vários Harrys potters respectivamente em todos os multiversos você é diferente Com namoradas, vidas e atitudes diferentes. E ainda sim em todos eles você me desperta interesse então eu sempre fiz a intervenção no tempo para você e quando você finalmente aprende a lição eu passo ao próximo.

— Lição? – ele disse, sendo a única palavra que conseguiu sair enquanto ele tentava processar toda informação.

— Não é a hora para que você saiba.

— E por que Você sempre aparece quando nós morremos pela segunda vez? Por que não aparecer direto no quarto ano?

— Um médico trouxa... Digo um daqueles que lidam com os problemas psicológicos dos trouxas eu digo. Ele sempre fazia aos seus pacientes com depressão uma pergunta: “por que não cometer suicídio”, a partir dali ele usava as respostas para estimular a vontade de viver e curar os pacientes. Dessa forma eu acredito que é nos piores momentos que se encontram as melhores razões para se viver.

— Eu ainda não entendo.

— “Ainda” é especificamente a palavra que você realmente deve usar, agora foque no seu objetivo.    

O que era tudo branco se transformou em preto e sem nem perceber Harry estava imerso na escuridão de seu dormitório na torre da grifinória