Em um segundo escrita por Carol


Capítulo 37
Capítulo 37 – Coisas que não têm como esconder


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, boa leitura a todos. ^.^



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― Sim Ca-Carolina, é comigo que você irá entrar. – Ed dizia, parado a frente dela com as mãos nos bolsos, um sorriso deslumbrante nos lábios, seus olhos azuis brilhavam e a vontade que ele tinha era de tomar Carol em seus braços, mas ele se segurou.

― O que? Por que...? Não! Eu não posso, não podemos! Por favor, não. – Carol se desesperava e tentava se afastar. – Eu não posso, eu tenho que ir embora.

― Hei, por favor. – Ed a segurou pelo braço, ela sentiu que a mão dele estava fria igual a pedra de gelo. Ed a olhou nos olhos. – Confia em mim, por favor. – Carol acenou que sim. Ed a puxou para si a abraçou fortemente e disse em seu ouvido. – Como senti sua falta. Gostou do colar?

― Foi você?

― Sim. Um presente de boas vindas. – Ele sorriu. – Você está tão linda e eu te amo tanto quanto da primeira vez que olhei para você. – Ed não resistiu e quebrou a distância entre eles com um beijo, o mais apaixonado e demorado que eles puderam trocar. Carol não estava entendendo o que acontecia, mas se deixou levar, ela o amava e ansiava por um momento como aquele.

― Vamos pessoal, já atrasamos mais do que podíamos. – Alguém informava.

― Melhor irmos. – Ed disse soltando sua amada.

― Mas eu... – Ela dizia confusa.

― Deixa para depois. Gabi e Rubinho contam com a gente, tudo bem?

― Sim, onde está a Mel? – Carol perguntou.

― Ainda não é a hora Ca-Carolina, apenas sorria e caminhe pelo corredor e me prometa que por nada nesse mundo vai deixar seu belo sorriso morrer. – Ed a olhou mais uma vez nos olhos e ela acenou que sim. – Ótimo, vamos então.

O casal se posicionou à frente da porta da igreja, seriam o primeiro casal a entrar depois do noivo e os respectivos pais. Quando a porta se abriu as pessoas se levantaram para o cortejo de entrada seguir. Edward segurava Carol de maneira firme.

― Parece que estou naquele avião de novo. Estou nervoso. – Ele comentou.

― Você nem faz ideia de como estou agora. – Ela respondeu.

― Estamos juntos, tudo vai dar certo. – Ele sorriu. – Sorria Ca-Carolina, sorria e caminhe. – Ele informou guiando a moça. Assim que entrou viu seus pais que choravam junto com Carmem e Ronald. – Por favor, não chore. – Ed dizia calmamente para a amada, ela se segurou e manteve o sorriso no rosto. Eles seguiram caminhando e passaram por Roger e o pequeno Ed, Carol sorriu e mandou um beijo ao amigo, quando ela se virou viu uma figura conhecida que praticamente exalava ódio do olhar, era Joana, Ed apertou forte a mão de Carol que vacilou no andar por um instante. – Apenas continue e lembre-se de sorrir, você me prometeu.

Carol confiava em Edward, ela sempre confiaria, se ele sabia que Joana estaria ali e sabia que eles entrariam juntos naquele casamento é por que ele sabia o que estava fazendo, ela respirou fundo, sorriu e continuou caminhando até o altar de braços dados com seu amado. Joana não tirava os olhos dos dois e Ed não soltou Carol nem por um segundo, ele a olhava, ele a admirava, seus olhos brilhavam como antes quando ele olhava para ela. Dos assentos algumas pessoas choravam ao ver o casal uma vez mais reunidos. Mais uma vez a porta se fechou.

― Peço que tenha muita calma agora. Por favor. – Ed disse baixinho e Carol assentiu.

Quando a porta voltou a abrir Melina surgiu a frente da noiva, a menina sorria e caminhava pelo corredor, viu os avós e acenou, só não entendeu por que eles choravam tanto, mas prosseguiu caminhando em direção ao altar abrindo caminho para a noiva; Melina viu Joana e mostrou a língua para ela, quando ela olhou para frente e achou seu pai e ao lado dele viu sua mãe a menina desabou a chorar, ela parecia não acreditar no que via, Carol abriu seu sorriso ainda mais e apenas esperou.

― Mamãe! – A menina gritou e correu em direção a moça. Ed soltou Carol que correu em direção à filha, as duas se abraçaram. – Senti tanto a sua falta. Por que sumiu por tanto tempo, por que mamãe? – Melina chorava, Ed foi até elas.

― Depois meninas, depois, esse momento é da Gabi e do Rubens. Por favor não vamos atrapalhar.

Mel segurou sua mãe e não a soltou mais, seguiram juntas para seus lugares, Ed voltou a segurar sua amada e os três ficaram ali, juntos, no altar. Gabi entrou deslumbrante, ao chegar olhou para a amiga, sorriu e piscou com um olho.

― Eu te amo. – Gabi disse para Carol.

― Eu te amo muito mais. – Carol respondeu.

A cerimônia seguiu tranquila, Joana sentia ódio, mas procurou se segurar, não podia fazer nada ali diante de todos, ela também não entendia qual a intensão de Edward em leva-la a uma festa onde Carolina também estaria.

Com o fim da cerimônia o cortejo deixava a igreja. Carol seguiu com Edward de um lado e Melina do outro.

― Precisamos nos separar. – Ed dizia.

― Não, eu não vou deixar a minha mãe. – Melina se agarrou na cintura da moça. Carol se abaixou para ficar na altura da filha.

― Você ainda se lembra do que eu te disse antes de ir?

― Sim. – Mel murmurou.

― Então siga acreditando, eu estou aqui. – Carol tocou no peito da menina do lado esquerdo. – Para sempre e você está aqui. – Carol levou a mão da menina até seu peito do lado esquerdo. Vá com seu pai, na festa a gente conversa. Carol deixou Ed e Melina e foi até Roger.

― Estou com medo, não sei se quero ir a essa festa. – Ela disse a Roger que empurrava o carrinho de Ed.

― Nós iremos sim a essa festa, acha mesmo que essa mulher vai tentar alguma coisa com esse bando de gente de olho nela? E Gabriele não vai gostar nada se você não for.

― Mais que droga Roger, por que Gabi fez isso? Ainda me vestiu de azul, disse que era para combinar com o padrinho, mas não disse que era com os olhos do padrinho! – Roger riu. – Não se atreva rir disso! É uma coisa séria.

― Se você soubesse, estaria aqui?

― Não. – Ela respondeu.

― Por isso ela não te contou.

― Você sabia? – Roger desviou o olhar. – Não minta, Roger, você sabia?

― Sim, eu sabia. – Carol respirou fundo. – Não sei nem o que fazer.

― Para começar cumprimente seus pais.

― Não posso eles estão com os pais do Ed, com que cara vou me aproximar?

― Com essa cara linda que você tem. Vamos, eu te acompanho. – Carol seguiu empurrando o carrinho de Ed e Roger abraçado a ela. – Olá. – Ele cumprimentou.

― Oi Roger, prazer te ver. – Osvaldo cumprimentava. – Está linda querida. – Ele beijava a filha.

― Sim, linda demais. – Maria dizia emocionada. – Deixa eu ver meu netinho. – Ah ele está lindo de terno, olha Osvaldo ele está sorrindo para mim. – Carmem, venha ver como meu neto é lindo. – Maria chamava e Carol gelava, Roger a apertou forte como se dissesse para ela se acalmar.

― Olá Carol, quanto tempo. Roger. – Carmem cumprimentava cordialmente.

― Olá. – Ronald disse simplesmente. – Cumprimente as pessoas menino. – Ele disse ao filho mais novo.

― Oi. – Ele disse curto como o pai.

― Olá Ben, não lembra mais de mim, não é? Eu sou sua madrinha.

― Dindinha Carol. – Ele disse e sorriu, seguindo para abraçar Carol que ficou emocionada pela atitude do menino. – Melzinha me fala muito de você, não tem como esquecer não. Ela te ama e eu te amo também. – Carol o abraçou e disse só para ele ouvir.

― Eu também amo muito minha filhinha e amo muito você também. – Benjamin sorriu e soltou sua madrinha. Carmem se aproximou do bebê de Carol.

― Seu bebê é mesmo lindo, olha Ronald que criança mais linda, ele tem olhos azuis, Ed era desse mesmo jeitinho quando bebê, a única diferença era que ele era ruivo, mas de resto é igualzinho e... – Carmem parecia juntar os pontos. – Não pode ser. – Ela arregalava os olhos.

― Acho que precisamos ir. – Carol disse baixinho a Roger.

― Desculpem, mas precisamos ir agora. Nos veremos na festa. – Roger dizia já deixando o local com Carol e o pequeno Ed, deixando uma Carmem completamente atônita.

― Isso não vai ficar nada bem. Você deveria ter me contado algo, eu ao menos deixaria Ed com alguém.

― Deixaria ele com quem, o gerente do hotel? – Carol respirou fundo baixando a cabeça.

― Isso não vai prestar. – Carol finalizou enquanto Roger fazia sinal para um táxi e seguiam os três até a festa, Carol estava preocupada e apreensiva, sabia que aquilo não daria em algo bom, rever Edward e Melina era ótimo, mas muitas coisas estavam em segredo, muitas vidas estavam em jogo e corriam perigo naquele momento, foi muita imprudência de Gabi armar uma situação como aquela, ela só não conseguia entender por que Edward parecia também estar envolvido em tudo aquilo, ele sabia que ia encontra-la até mesmo a presenteou, muitas coisas precisavam ser esclarecidas, mas como conversar com Ed sob os olhares atentos de Joana? Carol tinha muitos questionamentos, mas o medo de ver Ed e Melina morrerem era maior que qualquer indagação.

Edward deixava Melina com os avós e seguiu até seu carro com Joana.

― Aquela mulher que entrou na igreja com você era...

― A Carolina? Sim, era ela, algum problema para você? – Ele dizia tranquilo.

― Para mim? Não, claro que não, por que teria problema? Só fiquei chateada ao ver minha filha correr para ela gritando “mãe”, fora isso, nada mais.

― Quanto a isso não precisa se preocupar, ela só veio para o casamento e volta a viver com o pai do filho dela.

― Você sabia que ela viria?

― Claro que eu sabia, ela é a melhor amiga da noiva, assim como eu sou o melhor amigo do noivo, você também o conhece e sabe que sempre fomos amigos, Joana não entra nessa agora, Carolina está feliz com o marido e o filho deles, eu já superei, minha intensão é apenas manter o bom convívio assim como nós estamos tentando fazer, cero? – Ed perguntava olhando para Joana e sorrindo, a mulher respirou fundo e achou melhor concordar, mas ela ficaria de olho em Carolina durante toda a festa.

Edward estacionava o carro em uma vaga, saiu batendo a porta e esperou por Joana do lado de fora, em momento algum Edward conseguia tratar Joana como tratava Carol, ele nunca puxou uma cadeira para ela se sentar, nem nunca abriu a porta do carro para que ela entrasse, ele sempre a trataria com total e completa indiferença. Eles seguiram juntos até a entrada do salão de festas e foram direcionados até a mesa reservada com os nomes deles.

Carol chegava com Roger que segurava o pequeno Edward em seus braços. Eles foram rapidamente direcionados a uma mesa, estavam próximos à mesa onde Edward estava sentado, a moça respirou fundo, revirou os olhos, mas sentou-se.

― Estou quase indo para o bar me sentar lá. – Carol comentou com Roger.

― Nem pensar, vamos ficar aqui, o bar é para solteiros e quem quer beber. Você não está solteira, muito menos pode beber, se beber nosso filho vai ficar bêbado junto com você, está amamentando, esqueceu?

― Não vou nem para uma coisa, nem outra. Só quero ficar longe dessa mesa aí. – Carolina apontava para a mesa ao lado.

― Deixa de bobagem, finja apenas que tudo está bem e nada está acontecendo e, principalmente, que somos um casal muito apaixonado. Lembre-se que sempre terá um olhar sobre você. – Roger dizia se referindo à Joana.

― Eu sei. – Carol se aproximou de Roger e o beijou nos lábios. – Joana sorriu ao ver a reação de Ed com a cena.

― Desse jeito você vai matar alguém do coração, ou fazer com que eu seja morto. – Ele disse limpando o batom de Carol que ficou em sua boca.

― Desculpe, acho que foi o costume, trocamos beijos sempre que precisamos nos separar. – Ela comentava se levantando.

― Aonde vai? – Roger perguntava.

― Preciso ir ao banheiro. – Ela respondeu e ele assentiu.

O salão ainda não estava completamente cheio, Carol pegou sua carteira e caminhou até o banheiro, estava apertada, fazia tempo que não ia ao banheiro. Depois ela lavou as mãos, secou, abriu sua carteira e retocou o batom. Se olhou no espelho, respirou fundo e resolveu voltar para sua mesa, aquela noite seria longa e difícil.


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Notas finais do capítulo

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