A História de Como Salvamos a Terra escrita por Plug


Capítulo 2
Arco 1 - O Verde Que Faz Pulsar a Vida [Capítulo 1]


Notas iniciais do capítulo

Olá, novamente! Caso você não se lembre, sou o Jonas. Continuo em minha missão de contar essa história e por isso aqui está o primeiro capítulo, espero que gostem.



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— Como você... como isso é possível? - Disse minha mãe, tentando processar as informações. - O que está acontecendo, filho?

— Eu não sei, mãe... - Eu realmente não fazia ideia do que estava acontecendo comigo, mas nunca havia me sentido tão bem como naquele momento. - Eu só senti que poderia fazer e fiz.

— O que está acontecendo? - Meu pai perguntou, sua voz estava arrastada, estava acordando aos poucos.

Ele olhou para o próprio peito e franziu a testa. Com cautela tocou o local onde estava a ferida causada pela criatura na tentativa de conferir se o que seus olhos viam era realmente real. Que a ferida havia desaparecido.

— Como se sente, querido?- Minha mãe perguntou.

— Estou bem... - Ele ele respondeu. - Dormi por quanto tempo?

— Algumas horas. - Disse um homem de jaleco branco que estava conosco. Um dos médicos voluntários do abrigo. - A equipe de resgate encontrou vocês nas proximidades e os trouxe em segurança.

— Não estou entendendo... - Meu pai falou. - Como me curei tão rápido.

— Não foi você. - Disse o médico. - Foi seu filho.

Ele olhou para mim com o semblante confuso.

— Eu... - Pretendia começar a explicar, mas antes que pudesse uma senhora segurou o meu braço com força.

— Por favor... - Ela dizia enquanto soluçava de choro. Seu rosto encharcado de lágrimas. - Minha filha... ajude minha filha.

Me puxou por entre as macas improvidas espalhadas pelo imenso galpão de uma loja de departamentos que tinha na cidade. Estava sendo usado como local de refúgio para os sobrevivente. Enquanto eu andava as outras pessoas me acompanhavam com o olhar. Aquilo me incomodava, mas eu fingia não estar percebendo. Então a senhora parou de repente, diante de uma garotinha, deveria ter seus oito anos. Estava pálida e suava frio. Seu abdome estava enfaixado e as gazes manchadas de sangue.

— Ela está morrendo... - Disse a senhora. - Eu sei disso... Eles não querem me dizer, só falam que tudo ficará bem, mas não está... - Ela voltou a chorar. - Nada está bem e a minha menininha... - Ela acariciou o rosto da garotinha. - Mas eu vi o que você fez, você curou o seu pai... por favor, cura a minha filha, eu te imploro.

— Senhora, eu não sei se...- Ela me encarava com olho de suplica. Podia ver através deles seu desespero.

Olhei para a criança, seu estado era crítico. Tudo aquilo era novo para mim, não fazia noção alguma de como poderia fazer aquilo que a mulher me pedia. Era muito mais uma questão de sentimento, de intuição do que razão. Me ajoelhei no chão próximo à maca e tomei em minhas mãos a pequena e gélida mão da garotinha. Com o toque senti um grande vazio, como se não houvesse mais nada lá, ou muito pouco. Aquilo era realmente triste. Imaginei como aquela menininha deveria ser quando estava bem. Deveria ser brincalhona e sorridente, cheia de energia e partilhando felicidade. Desejei que ela pudesse recuperar tudo aquilo e novamente pude sentir aquela energia preencher meu corpo.

Era forte e pulsava em minhas entranhas, então a energia fluiu do meu corpo para o da menina e uma luz verde se projetou do local onde estava a ferida. De repente sua pele voltou a ganhar cor, sua febre baixou e ela abriu os olhos.

— Mamãe... - Ela disse.

— Graças a Deus! - A mãe se jogou sobre a garota e abraçou com tanta força que pensei que iria quebra-la ao meio. Então se voltou para mim. - Obrigada! Você é um anjo! - Ela me abraçou com igual entusiasmo.

— Não foi nada... - Eu consegui falar embora estivesse quase sem folego.

— Muito obrigada mesmo. - Ela falou mais uma vez, depois se afastou de mim e voltou a atenção para sua filha. Desatando os curativos e revelando a ausência de qualquer ferimento.

As deixei a sós e voltei para onde estavam meus pais, mas uma comoção inesperada estava acontecendo.

— Nem pensar, fora de cogitação. - Dizia minha mãe para o médico e um dos policiais das forças de resgate.

— Senhora, eu entendo, sei que é uma ideia perigosa, mas é nossa melhor opção para conseguirmos sobreviver. - Disse o policial.

— O que está havendo? - Perguntei ao me aproximar.

— Filho! - Minha mãe se aproximou rapidamente e me puxou para perto dela, como se a qualquer momento eu fosse escapar de seus braços.

— Mãe? - Ela estava agindo estranho.

Olhei para meu pai e meu semblante confuso deve ter revelado que buscava explicações.

— Esses senhores querem montar uma equipe de expedição para buscar suprimentos e estão tentando nos convencer em permitir que você faça parte dessa equipe.

— Vejam só... - Disse o médico. - Não é como se fosse um capricho nosso. Avaliamos os estoques, não temos comida e remédios suficientes nem mesmo para três dias e a cada momento chegam mais sobreviventes, logo ficaremos sem qualquer recurso e se não morrermos por causa daquelas bestas infernais lá fora, morreremos de fome e sede.

— Eu vi o que seu filho pode fazer... lá fora. - Disse o policial. - Se vocês também tivessem visto entenderiam o motivo de estarmos pedindo isso.

 

 

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O que o policial estava dizendo era algo que aconteceu antes de chegarmos ao abrigo. Logo quando o carro em que eu fugia com minha família capotou e fomos salvos pela equipe de resgate. Naquele momento eu avistei outro fenômeno incrível. Um poderoso feixe de luz verde que perfurava o céu e me fazia sentir estranho, como se estivesse me chamando... Não resisti, corri naquela direção.

— Ei! Garoto! - Gritou o policial. - Onde você está indo? É perigoso sair por ai assim!

Eu não dei atenção, apenas continuei correndo.

— Droga! - O policial protestou. - Almeida, Silva, venham comigo!

Ele e mais dois dos policiais da equipe seguiram correndo atrás de mim.

— Para com isso moleque! - O policial gritou. - Ta querendo se matar?

Ele conseguiu me alcançar e me segurou pelo braço.

— Eu preciso... - Tentei me soltar, mas ele era forte demais. - Preciso chegar até aquela luz!

— Você só pode estar delirando. - O policial falou me olhando como se acabasse de fugir de um hospício. - Não tem luz alguma.

— O que? - Eu olhei para o céu e lá estava o feixe de luz verde, vibrante, fazendo as nuvens de tempestade se afastarem ao seu toque. - Como você não consegue enxergar aquilo?

— Temos que voltar antes que....

Tarde demais. De todos os lados as criaturas começaram a brotar.

Furiosas, sedentas pro sangue. Os policiais ergueram as armas e ficaram em formação, uns de costas pros outros. As primeiras criaturas avançaram para atacar e eles atiraram. Aquela era minha chance, aproveitei a distração, me desvencilhei do policial e corri ao mesmo destino.

— Droga, garoto! - Ouvi o policial protestando mais uma vez.

Aproveitei que eles haviam aberto caminho e segui correndo o mais rápido que podia. Algumas das criaturas começaram a me seguir. Dobrava as esquinas sem prestar muita atenção por onde estava indo, mas a cada passo eu sentia que estava alguns centímetros menos longe dos predadores. Até que cheguei a um ponto em que a luminosidade estava preenchendo as ruas e arrisquei olhar para trás, mas os bichos não estavam mais a meu encalço. Continuei. Logo cheguei ao foco da luz, um espaço amplo, como o de uma praça. A luz era ofuscante, mal conseguia manter os olhos abertos ou enxergar com detalhes o que estava à minha frente. Conforme minha visão ia se acostumando eu conseguia distinguir melhor.

Havia um cristal flutuando a poucos metros do chão. Ondas de energia pulsavam dele e cada vez que uma delas me alcançava minha pele formigava. Também conseguia ouvir uma musica, não sabia se era algo da minha cabeça ou se vinha mesmo do cristal, mas era um melodia suave, como a de um coro de anjos. Fui me aproximando aos poucos, estendi minha mão e toquei o cristal.

Foi incrível. Não sei explicar o que senti naquele momento, mas era como se eu fosse a pessoa mais feliz do mundo, como se vivesse no paraíso e não houvesse nada com que me preocupar. Também me sentia poderoso, como se pudesse saltar de um precipício e cair de pé sem sofrer um único arranhão, como se nada pudesse me deter. Então toda aquela luminosidade foi absorvida pelo meu corpo de uma só vez, como um aspirador extremamente potente. Fiquei tonto e não consegui me manter de pé, cai estirado no chão.

Fechei os olhos e algumas imagens vieram a mente como se eu tivesse as assistindo através de uma tela. Pareciam lembranças, mas não era minhas. Era como se eu estivesse lá, era meu o ponto de vista, mas era uma outra época, muito antiga, construções mais primitivas. Pude ver muita destruição, criaturas iguais as que estavam nos atacando e outras que não vi o suficiente para distinguir exatamente como eram, mas a sensação que ficava era a de que eram tão perigosas ou mais que essas. Vi também outras pessoas, eram seis ao todo e cada uma delas trazia um brilho em alguma parte do corpo. Uma delas, um homem, tinha um brilho azul na mão direita, uma mulher tinha uma luz branca sendo projetada de sua testa. Todos pareciam extremamente ansioso e encaravam o mesmo ponto ao longe, só então pude perceber uma enorme forma oculta nas sombras e então ouvi uma risada maliciosa, tão tenebrosa que o grave da voz daquela coisa soava como se agulhas estivessem sendo espetadas em meu cérebro. Então eu tornei abrir os olhos.

Foi quando percebi que não estava sozinho, um grupo de criaturas estavam a minha volta. Formaram um cerco para se certificar de que eu não fugiria. Eram cerca de cinco delas, todas rosnando, esperando o momento certo para avançar e disputar para saber quem conseguiria o maior pedaço de mim. Olhei em volta e mais à frente, chegando às pressas vi dois dos policiais que estavam me seguindo. Pareciam machucados e não havia sinal do terceiro, imaginei que deveria ter sido pego.

Eles tentaram se aproximar para evitar o ataque, mas não conseguiriam a tempo. As criaturas avançaram para o bote, todas desesperadas para chegar em mim primeiro. Então cerrei os olhos e esperei pela morte certa. Mas, ao invés disso, um pulso de energia foi expelido pelo meu corpo, abri os olhos a tempo de ver as criaturas serem atingidas por ele e serem lançadas para trás. Caíram no chão se contorcendo e começaram a se dissolver, como se fossem desenhos e estivessem sendo apagaras com uma borracha de luz verde, começando pelas patas traseiras, percorrendo todo o corpo até a cabeça. Desapareceram.

O pulso percorreu todo o perímetro da praça e chegou até os policiais, que quando foram atingidos, ao contrário da criatura, parecia que tiveram suas forças renovadas e suas feridas desapareceram. Meu corpo enfraqueceu e eu senti ele cair. Não aguentei manter os olhos aberto e apaguei.

 

 

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Quando acordei percebi que estava em outro lugar. O teto era de metal, com formas onduladas, lembrava as laterais de um contêiner. Olhei em volta e avistei muitas pessoas, algumas deitadas em macas, colchões ou camas improvisas, como eu, outras conversando em grupos ou executando alguma atividade.

— Ele acordou! - Disse minha prima, que estava sentada o meu lado. - Olá, Jonas.

— Oi, Carla. - Falei.

— Ei, cara, como está se sentindo? - Oliver perguntou se aproximando.

— Com fome. - Disse.

Eles riram, então Oliver foi até uma sacola, pegou uma maça de dentro dela e veio até mim.

— Toma, pode comer. - Ele me entregou. Abocanhei sem exitar.

— Seus pais ficaram loucos quando perceberam que você não estava conosco. - Disse Carla.

— Onde eles estão? Onde está todo mundo?

Esperei a resposta, mas nenhum dos dois pareceu ter pressa em dizer.

— O vovô ficou bem machucado, mas ele não corre risco, só precisa de repouso. A vovó está bem, está cuidando dele. - Carla falou.

— Nossos pais estão bem, também. - Oliver disse. - Minha mãe ainda não acordou, mas o médico a examinou e disse que não pareceu encontrar nada de errado nela, que deveríamos esperar um pouco que em breve ela acordaria.

Então lembrei que meu pai já estava machucado antes do acidente.

— E meu pai?

— Seu pai... - Carla começou, mas não conseguiu continuar.

— Aquela criatura o pegou em cheio, sabe? - Oliver completou. - Ele ta segurando as pontas, mas do jeito que está, talvez não dure por muito tempo. Um médico voluntário e sua mãe estão cuidado dele.

— Quero ir vê-lo. - Me sentei na maca.

— Epa, nada disso. - Carla tentou me deter. - Você precisa repousar, os policiais que te trouxeram falaram que você estava muito estranho, parecia delirar, até que desmaiou.

— Eu estou bem. - Falei. - Preciso ver meus pais.

Me fiz de teimoso, me desvencilhei dela e fiquei de pé.

— Viu. - Falei, mostrando que estava me equilibrando bem.

— Bom, você quem sabe. - Ela cedeu. - Eles estão na ala oeste. - Apontou a direção.

Eu fui caminhando naquela direção até que avistei minha mãe. Acelerei o passo e os alcancei. Meu pai estava deitado em uma cama e o médico tentava conter o sangramento em suas feridas. Os cortes eram realmente feios, profundo o suficiente para deixar os ossos das costelas aparecendo.

— Jonas. - Minha mãe me abraçou. - Você está bem filho?

— Estou. - Respondi. - E o papai?

— Nada bem. - Ela disse. - Aquele maldito monstro o deixou muito mal.

— Posso dizer que é quase um milagre ele ainda estar vivo depois de perder tanto sangue. - Disse o médico.

Eu olhei para meu pai e conseguia sentir que ele não resistiria, que sua vida estava esvaindo. Olhei para a ferida e ela era horrível, ameaçadora, mas eu sentia... não, sabia que podia vencê-la. Me aproximei e coloquei as mãos sobre o seu peito.

— O que está fazendo? - O médico se assustou com meu gesto repentino. - Você não...

Fichei meu olhos e desejei, ordenei que aquela ferida desaparecesse e então senti uma forte energia percorrer meu corpo e alcançar o do meu pai e mesmo de olhos fechados eu vi a ferida se estreitando, se fechando, encolhendo até que nem mesmo houvesse uma cicatriz.

Foi ai que todo o resto aconteceu, a mulher me encontrou e eu salvei a sua filha. Ah, e o policial veio perguntar se meus pais permitiram que eu fosse em uma expedição para recolher suprimentos. A questão é que não importa o que eles dissessem, eu queria poder ajudar e se eu era uma peça importante nisso tudo era isso que eu iria fazer.

A Equipe de Expedição era formada por oito pessoas, contando comigo. Três policiais, três homens que se voluntariaram e uma mulher. Os policiais se armaram, pegaram o que puderam de munição, pegamos mochilas e sacolas com um pouco de água e algumas frutas, mas principalmente vazias para consegui entupir de coisas. Então saímos.

No inicio encontramos mais criaturas, elas se concentravam nas proximidades da loja de departamentos, rondando o galpão em que ficavam os sobreviventes. Mas conforme nos afastávamos cada vez menos delas apareciam no caminho. O segredo estava em matá-las rapidamente, antes que gritassem para avisar onde estávamos.

Invadimos supermercados, postos de gasolina, farmácias, tudo que pudesse nos oferecer o que precisávamos. A maioria desses lugares já haviam sido saqueados, mas ainda restavam coisas que nos serviam, então íamos preenchendo as sacolas. O problema foi quando invadimos o depósito de um supermercado, onde haviam caixas de alimentos em estoque. Ali também ficava um frigorifico e o cheiro de carne e sangue atraia as criaturas, que fizeram uma especie de ninho ali. Quando percebemos era tarde demais.

— Vão, vão vão! - Gritou o policial Martins, o mesmo que foi atrás de mim quando fugi.

Um dos homens que veio conosco tinha sido pego, as criaturas destroçaram ele em instantes. O resto de nós corria por entre os corredores de armários repletos de caixas. As criaturas nos perseguiam por cima das prateleiras e pelo chão. Os policiais conseguiam mantê-las afastadas derrubando todas que ousavam se aproximar, mas estavam ficando sem munição e se não saíssemos lodo dali seria nosso fim certeiro.

— Vamos garoto, faz aquela coisa que você fez da outra vez.... - Disso o policial Martins, enquanto atirava em uma criatura que saltou bem na nossa frente. - Faz elas desaparecerem.

— Não é assim que funciona, não fiz aquilo porque quis. - Respondi. - Aconteceu.

— Então faça acontecer de novo, senão estaremos bem ferrados. - Ele disse.

Continuamos nossa jornada até que avistamos a saída, estava logo a nossa frente, mas o movimento das criaturas sobre as estantes do depósito fez com que uma delas se desequilibrasse e a fez virar em nossa direção. Um dos policiais não conseguiu recuar a tempo e foi esmagado.

— Rápido, vamos tentar pelo outro lado. - Gritou um dos homens que estava no grupo.

Nos viramos para correr, mas o corredor estava bloqueado por várias delas.

— Maldição! - Grunhiu o policial Martins.

— Senhor, eu darei cobertura. - Disse o outro policial. - Vocês precisam continuar e levar os alimentos.

— Não, Almeida. Se alguém tem que ficar, esse sou eu. - Disse Martins.

— Não, senhor. O senhor tem uma mulher e filho para cuidar, eu não tenho mais ninguém, todos foram mortos, a minha falta será menos sentida. - Almeida concluiu. - Agora se apressem, passem por cima da prateleira, irei impedir que elas se aproximem.

— Seu sacrifício será lembrado, soldado.

— Foi um prazer lutar ao seu lado, senhor.

— Vamos lá! - Martins gritou e nos fez subir sobre a estante tombada.

Enquanto tentávamos escapar as criaturas avançavam. Mas o policial Almeida cumpriu sua promessa. Com tiros certeiros derrubava uma atrás da outra. Graças a seu esforço conseguimos atravessar e corremos para a saída. Estávamos quase saindo quando ouvimos o cessar do som dos tiros, ele havia ficado sem munição. Um grito de dor ecoou pelo depósito. Ele havia lutado até o fim.

Saímos do deposito e fechamos a porta em nossas costas. Os dois homens e a mulher que estavam conosco correram até um grupo de ripas de madeira que estavam ali perto e começaram a bloquear a porta enquanto o policial e eu segurávamos para que aquelas coisas não saíssem. Por fim, conseguimos perdê-las dentro do depósito. Me virei e avistei uma garota parada mais a frente. Ela parecia ter a mesma idade que eu, calça jeans rasgada, all stars surrados e rabiscados, usando uma camisa da banda Led Zeppelin e cabelos curtos, corte espetado, tingido de diferentes cores nas pontas.

— Ei, essa área é perigosa, não deveria andar por ai sozinha. - O policial falou enquanto nos aproximávamos dela. - O que você está fazendo aqui?

— Vim salvar suas vidas. - Ela disse. Então estalou os dedos e o depósito irrompeu em chamas e explodiu pelos ares como se houvesse uma pilha de explosivos lá dentro. - Feito. Agora podem me dar um pouco dessa comida?


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Notas finais do capítulo

Wow, pode ter certeza que as coisas irão esquentar no próximo capítulo, então fique atent@!



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