Andamos com tanta pressa.

Correndo contra o tempo, tentando ser mais rápidos que o rumo natural das coisas.

Andamos tão competitivos

As coisas essenciais parecem que se dissiparam e tudo agora não passa de meras competições.

Preciso ser o melhor, o mais rápido, o mais inteligente, o mais, o mais...

O belo parece que perdeu o sentido.

Você vai fazer artes? Que perda de tempo, não dá “dinheiro”!

Letras? Cinema? Fotografia? Vai passar fome!

Você curte poesia? Filmes que te inquietam e te faz pensar? Está perdendo tempo.

Sinto que as pessoas andam cegas pras questões que envolvem a alma.

Tudo anda tão mecânico que parece que não sobra tempo para parar e admirar um pôr-do-sol á beira mar.

Estude!! Decore formulas e mais fórmulas!! Faça centenas e centenas de exercícios repetitivos até fazê-lo sem pensar. Pensar pra quê, não é mesmo?

“Pensar dá trabalho!” ouvi alguém dizer. Que tragédia!

Pensar deveria ser considerado, por todos, como uma das maiores dádivas do universo!

Pensar. Criar suas conclusões. Refletir. Sentir. Sentir. Se inquietar. Pensar!

Foi pensando que cheguei à conclusão de que priorizo muito mais as coisas que de fato acredito que devem ser priorizadas, coisas que fazem sentido.

Parafraseando uma fala de um grande filme que admiro: “Não leio ou escrevo poesia porque é bonitinho. Leio e escrevo poesia porque sou membro da raça humana e a raça humana está repleta de paixão. E medicina, advocacia, administração e engenharia, são objetivos nobres e necessários para manter-se vivo. Mas a poesia, beleza, romance, amor... é para isso que eu vivo!.”