Entre o Amor e a Razão escrita por Duda


Capítulo 4
Capítulo 4




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Samantha Sanders!!! quanto tempo, mais que surpresa vê-la por aqui, como você está? Perguntou alguém saindo de dentro de uma loja de departamentos na qual Samantha admirava a vitrine, do lado de fora.

—Nina!!! Que bom te ver, nossa você está ótima. O que anda fazendo? Ainda tem planos de ir para Hollywood e ficar famosa? Sam disse se referindo aos sonhos da amiga de infância, que cantava muito bem.

—Que nada, eu agora sou gerente da Hoffmann, disse Nina se referindo à loja na qual estavam em frente. Cantar agora só para o meu bebê? Ela disse abraçando a amiga.

— O quê?! você tem um bebê?!

— É, uma linda menina, seu nome é Rose.

— Mais eu nem sabia, que você havia se casado, como foi isso? Quando eu fui embora, você não tinha namorado e não tinha a menor pretensão de casar-se.

— Pois é, mas você saiu daqui tão às pressas, que nem, me deu o seu endereço ou pelo menos o seu telefone para contato. Aliás você ainda, não me disse porque está, de volta.

Samantha, hesitou um pouco, mas se lembrou que, não iria demorar muito para todos saberem e então resolveu, contar logo a verdade.

— É por causa de Mylla.

—O que houve ela morreu? Mais eu não fiquei sabendo de nada. Disse Nina, demonstrando que tinha conhecimento dos problemas de Mylla.

—Não, ainda não, e, é por isso que estou aqui, para cuidar dela.

—O quê??? você, está brincando comigo não é Sam, Mylla Taylor, agora é a Sra. Mylla Nicolson, ela se casou com seu ex-noivo, aliás foi por isso que você saiu de São Francisco, lembra-se?

— Por favor Nina, eu não quero falar nesse assunto aqui no meio da rua, e depois eu sou médica, não importa quem são os meus clientes, eu tenho a obrigação de tratar deles.

Nina quis dizer algo mas, lembrou-se que a amiga não queria falar no assunto, mas ainda assim se arriscou a perguntar. _ E você, já viu Edy?

Sam respondeu, apenas fazendo sinal com a cabeça.

— E como foi? Nina perguntou num tom de preocupação, sabendo dos sentimentos da amiga.

—Por favor Nina, eu não quero falar nisso agora?

—Tudo bem me desculpe, vamos entrar então, tem coisas lindas aqui, que tal gastar um pouco e me fazer feliz.

—Não obrigada, mas é que está na minha hora, eu tenho um encontro com Edward e os Taylor agora no almoço.

—Você não quer me dizer, mais eu tenho certeza de que é encrenca, olha amiga toma cuidado, no que vai fazer tá?

—Pode deixar.

— Muito bem, então até outro dia, me liga, para combinarmos de nos encontrar, poderá ir até minha casa para você conhecer minha filha e me contar, o que você está pretendendo fazer. Paul vai adorar revê-la.

—Paul?! não me diga que você se casou com Paul Diksen?

— Sim ele mesmo.

— Então está bem. Sam disse despedindo-se.

Paul era um grande amigo de Edy e Mylla, e Samantha não gostou muito de saber que ele estava casado com sua amiga de infância, a melhor depois de Mylla, pelo menos era o que Sam achava até tudo acontecer, seu pai era o dono da Diksen, a empresa onde Edy trabalhava, na ocasião ele era o chefe de Edy, também fora ele quem acompanhara Mylla até a despedida de solteiro onde estava Edy, ela havia insistido muito, e ele não podia deixar de agradar a filha de seu maior cliente. É, Sam não tinha muito motivo para gostar do marido da amiga. Mas Samantha pôs seus pensamentos de lado ao entrar no Menfys, e se deparar com a Edy e a família Taylor.

— Olá, como vão todos. Sam falou constatando que estavam todos, menos a esposa de Jack.

—Ansiosos, disse David, levantando-se e puxando uma cadeira para Sam perto de si.

—Eu imagino.

—A Srta. deseja pedir agora, ou...

—Não prefiro que conversemos primeiro. Disse Sam, interrompendo Jack.

—Muito bem, você disse que teria uma resposta para nós, hoje de manhã, agora sai para conversar com um Médico, que palhaçada é essa?

—Por favor, Jack, não comece. Disse David em tom repressivo.

—Eu precisava, ter a opinião de um especialista, e também conversar com alguém que fosse de fora, a fim de tomar uma postura impessoal. Assim como ter certeza de que não há mais jeito, justamente em virtude de suas acusações. Pois como eu já disse não pretendo dar-lhe motivos para me acusar novamente.

Jack ficou visivelmente abalado com a resposta de Sam, mas se recuperou logo.

—Quando eu fiz acusações, eu me referia ao seu relacionamento com o meu cunhado.

Neste momento Tom chega perto da mesa, falando alegre e descontraidamente, sem perceber que era um momento inoportuno.

—Meu Deus eu não acredito, que é você quem está aqui. Samantha Sanders, como você está menina? Linda como nunca isso dá pra notar. Ele falou num tom afeminado, que assustou Sam, não por não saber, mas por ver que ele havia assumido sua posição perante a sociedade. Aliás era este o motivo pelo qual eles conversavam a três anos atrás, foi por isso que Sam não queria dizer sobre o quê conversavam. Na realidade Tom fez um elogio bastante picante à Edy, que ela sabia muito bem que ele tinha razão.

Na mesa todos se entreolharam, perante ao comentário de Tom, e Jack chegou a quase sorrir, por todos verificarem que ele tinha razão em achar que o cunhado não resistiria a beleza de Samantha por muito tempo. Pois mesmo estando com uma roupa simples que não mostrava muito seu corpo, era difícil não prestar a atenção em sua beleza, Sam tinha estatura mediana, uma pele bem clara, os cabelos pretos e os olhos azuis, além de possuir um corpo totalmente esbelto e sensual, que mesmo estando com uma calça um pouco mais larga era possível verificar que era um belo corpo, sua blusa era de algodão bem justa com um pequeno decote que ressaltava bem o que a calça escondia.

Mas além da família sentir-se mal com o comentário, Samantha e Edy também foram invadidos por uma sensação de mal estar, não pelo comentário, mas pela presença de Tom e lembrança do que ocorrera, há três anos.

—Olá Tom. Samantha respondeu um tanto embaraçada.

—Me desculpe se fui, inconveniente, eu só queria ser gentil e... Tom disse mais embaraçado do que Sam.

— Imagina, o que é isso Tom. Samantha quis melhorar o clima.

—É melhor eu me sentar, meu acompanhante deve estar chegando, beijos e bom almoço.

Apesar de todo mal estar, Samantha, não pôde deixar de se sentir vingada ao ver a expressão sem graça de Edy. Ele achara que ela estava tendo um caso com um gay, ela quase chegou a rir, mas se lembrou que o momento não era pra isso.

—Já que estamos a sós eu queria voltar ao ponto onde paramos, eu estava dizendo que conversei com o Dr. Dampsen, e ele me confirmou que a medicina não tem mais recursos para salvar Mylla, e mais, ele disse ainda que o que vocês pretendem fazer não se trata de eutanásia, é sim uma tentativa de melhorar os dias de vida que ainda restam a Mylla, quanto a eutanásia, ela só existe, quando há a intenção de matar deliberadamente com remédios ou drogas que causam uma morte sem sofrimento, o que não é o caso, e se não houver objeções eu pretendo ficar e cuidar de Mylla.

—Que bom; disse o Sr. Taylor.

—Fico feliz em saber que você pôs o seu ressentimento de lado meu bem. Disse a Sra. Taylor.

—Eu não contava muito com isso se fosse vocês.
Era incrível como Jack a odiava, mas Sam não quis fazer nenhum comentário, e Edy, sugeriu que eles almoçassem, antes que o constrangimento se prolongasse.


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