Passaram-se quase três meses após a derrota temporária de Lúcifer.  Sam vagava por algum lugar em da província do Canadá sem se lembrar de nada do seu passado, mas apesar disso outros servos de Lúcifer ainda estavam à solta como Crowley e Lilith que vai sido ressucitada pelo mesmo. Porém Dean começou uma nova vida com Lisa e seu filho.

‘‘Ei garoto aposto que você não pega a bola’’, gritava um loiro de estatura mediana para um menino que agora aparentava ter dez anos.

‘‘Touchdown!’’, disse o menino cruzando a linha de gol sem ser obstruído.

O loiro olhava para ele com um sorriso de orelha a orelha enquanto uma morena entrava com uma bandeja de biscoitos e uma jarra de suco.

‘‘Algum dos homens da família quer lanchar?’’, perguntou sorrindo.

Dean e Ben sorriram falando em sincronia:

‘‘Eu!’’, gritaram ao mesmo tempo.

Este riu e colando uma mão em seus cabelos o bagunçou um pouco, em um gesto de carinho acanhado, tão perfeitamente Dean.

Seus olhos castanhos, inocentes e infantis brilharam de uma maneira que poucas vezes sua mãe tinha visto. A alegria estampada ali era tão especial e restrita a momentos únicos e pessoas verdadeiramente importantes em sua vida, que o homem, percebendo isso, apertou as mãos em punhos enquanto sorria de volta.

Pela primeira o menino sentia-se completo em tanto tempo: tinha tudo que um garoto como ele poderia desejar. Uma família completa. 

Durante muito tempo Ben sempre havia pensando que jamais teria uma família, seria sempre um rejeitado como os meninos mais velhos o chamavam quando batiam nele, mas com Dean havia aprendido a não ter medo das coisas que conhecia, mas as desconhecidas.

Ele era um herói. Seu pai herói que caçava e derrotava os vilões como nos desenhos.

‘‘Dean!’’, perguntou com os olhos brilhando. ‘‘Você ainda caça monstros?’’.

Os olhos castanho-esverdeados refletiram a mágoa com aquele comentário... Depois, questionamento, dúvida.

Mas um sorriso de felicidade apareceu estampado em seu rosto, era quase como alivio como a melhor notícia que poderia dar a alguém:

‘‘Não’’, respondeu. ‘‘Nunca mais’’.

***

Em algum templo sagrado em Detroit...

 Crowley avançava depressa pelos corredores vazios do pequeno templo. Apesar de o percurso ser pequeno, parecia interminável. E a cada passo, crescia a certeza de que tudo iria dar certo.

Chegou até a pequena área o mesmo lugar onde seu mestre fora libertado, mas agora não iria mais brincar com os obstáculos, iria destruir um por um.

  Lilith lutava para esconder um sorriso. Finalmente, estava tão perto de atingir seu objetivo. Agora ela via que todo o sacrifício havia valido a pena.

‘‘Trouxe as velas?’’, perguntou Crowley chegando logo em seguida.

‘‘Está tudo aqui! Não duvide da minha competência demônio de quinta’’, rosnou ela, ao ver o sorriso de escárnio de Crowley em sua direção. Como Lúcifer havia confiando tanto naquele demônio inútil? Ela sim deveria ficar ao lado do seu mestre!

As seitas de mulheres demoníacas chegaram lentamente, seus passos tão perfeitos que pareciam até ensaiados como uma apresentação de balé.

Lilith pegou uma faca na mesa mergulhando-a logo em seguida num cálice. Depois, cortando com a mesma a ponta do dedo e deixa algumas gotas de sangue caírem por cima do feitiço:

As mulheres cantavam incessamente um antigo cântigo em latim.

Um grande tremor sacodiu o templo. Desde o fundo da terra, Lúcifer sai do buraco onde estava preso rapidamente e sobe como uma coluna negra serpeteando.

Nada o pararia. Nada iria derrotá-lo.

-x-

N/A: Desculpe a demora dos capítulos e me dando força para continuar os capítulos, apesar da minha deprê. Não sei como agradecer o apoio dos meus amigos aqui do site =)

Como prometido aqui está o segundo capítulo não se esqueçam de deixar reviews ok?  Espero que gostem!

"Deixar reviews é curativo, preventivo e também medicinal".

Beijos,

Vickie