O Guardião das Reliquias Divinas escrita por DRaito NSHP


Capítulo 1
Prologo


Notas iniciais do capítulo

Bem. Essa é a primeira história séria que eu escrevo. Por isso peço que avaliem e que deixem comentários para que posa saber se há erros ou onde posso melhorar.
Espero que gostem! Boa leitura!o/



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 Era uma noite calma e pací­fica como outra qualquer quando Richard Noringthon escutou uma batida a sua porta. Imaginando o que poderia ser, para acorda-lo à aquela hora da manhã, ele tateou por sobre o criado mudo que ficava ao lado de sua cama, procurando às cegas seus óculos. Quando finalmente os encontrou, ele colocou-os no rosto, levantou-se da cama e se encaminhou para a porta.

  Abrindo a porta de casa ele tomou um grande susto. Parado a soleira da casa, estava uma figura encapuzada. O homem olhou para Richard, que ao encontrar o olhar do homem à sua frente, não precisou nem mesmo perguntar qual a identidade do estranho.

  Sem proferir palavra Richard se afastou um pouco, apenas o suficiente para admitir o homem, que por sua vez olhou para os dois lados, como que tentando confirmar que não fora seguido e entrou atravessando o portal que dava da entrada direto para a sala de estar de Richard. Apenas quando o recém-chegado passou por ele, Richard percebeu que ele segurava algo em seus braços. Uma massa informe, que ele embalava em seu colo como se fosse seu bem mais precioso.

— Quanto tempo Richard. - Falou o homem.

— Eu que o diga. Mas o que pode ter trazido você aqui depois de todo esse tempo?

— Bem, vou direto ao assunto se assim preferir, mas saiba que não me agrada em nada ter de vir aqui. - Respondeu o homem. Seus olhos encontraram mais uma vez os de Richard e ele sentou-se em uma das poltronas que havia na sala retirando o capuz e se detendo um momento, olhando ao redor.

  A sala da casa de Richard, era um belo cômodo, quente e acolhedor. Possuí­a um par de poltronas de couro preto, que estavam viradas em direção ao sofá, também em couro preto, e entre eles havia um pequeno centro de vidro, sobre o qual haviam sido meticulosamente organizados em um pequeno leque, revistas variadas. Atrás do sofá, havia um belo console de lareira talhado em pedra onde haviam fotos de várias viagens que ao decorrer dos últimos dez anos Richard havia feito.

 Terminando de contemplar o local onde se encontrava, o homem voltou-se novamente para Richard que ainda estava em pé e agora o encarava com um olhar que mesclava dúvida e apreensão.

— Sua irmã está morta. - Disse o homem. E Richard ao ouvir a notícia desabou na outra poltrona. Por maior que fosse o desentendimento que havia ente ele e sua irmã, a notí­cia fora um choque.

 Após um pequeno, mas arrastado perí­odo de silêncio, ele olhou novamente para o homem sentado ao seu lado e percebeu que sua atenção se voltar para o embrulho que depositara em seu colo. Parado agora para dar uma boa olhada Richard pareceu que ele carregava algo grande embalado em uma manta, e o que quer que fosse não se movia.

— O que houve com ela? - Perguntou

— Não se sabe muita coisa. A única coisa que encontramos foram os corpos dela e do marido. Aparentemente a casa foi invadida e eles foram atacados, e em um último esforço o que se presume é que sua irmã deixou uma mensagem, porque foram encontradas as palavras "salve o Eric" escritas a sangue próximo ao corpo.

— Erick? Quem é Erick?

— Não me surpreende que você não saiba disso, mais sua irmã tinha um filho.

— Filho? - Perguntou ele confuso pois jamais imaginara que sua irmã fosse ter um filho. Sobretudo levando em conta a organização, que segundo ele desconfiava ela ainda participava.

— Sim. Um filho, que segundo dizem os anciãos, deve possuir um grande papel no futuro.

— Como assim? Perguntou. Ainda sem entender.

— Você sabe tão bem quanto eu, que sua irmã era uma irmã juramentada. - Respondeu o homem.

 Ao fim dessa frase, uma chuva de lembranças que havia começado no momento em que o homem aparecera à porta se intensificou. Lembranças de uma época havia muito esquecida e de juramentos que ele havia abandonado há muito tempo vinham a tona trazendo imagens recortadas a sua mente.

— Mas minha irmã era uma sacerdotisa. E as sacerdotisas não podem ter filhos, não ? Então como isso é possí­vel?

— Até onde sei, um dos oráculos apontou sua irmã como a escolhida para gerar o grande guardião, e por isso foi-lhe concedido o direito da descendência.

— Minha irmã, a progenitora do guardião? Não é possível.

— Acredite, eu também não aceitei facilmente. Mas tendo em vista o que aconteceu essa noite, não posso deixar de acreditar.

—Como assim?

— Acredito que, seja quem for o culpado pelo assassinato de sua irmã ele não a queria, mas o que realmente queria era a criança, que felizmente não conseguiu.

Richard agora estava confuso, mais confuso do que estivera até agora. A ele não era concebível essa ideia pensar que sua irmã teve um filho; e que acima de tudo fosse o guardião escolhido. Se era verdade tudo o que aquele homem falava, onde afinal estava o garoto, porque do pouco que havia compreendido até agora, a criança havia sobrevivido.

 Como se pudesse compreender os pensamentos de Richard, o homem se levantou e com cuidado estendeu a ele o embrulho que trazia. Atordoado, Richard pegou o embrulho, e então compreendeu qual era a missão daquele homem ali. Ele não o fora procurar após tanto tempo apenas para noticiado sobre a morte da irmã. Ele estava ali para lhe confiar aquilo que sua irmã dera a vida para proteger, o seu filho.

 - Essa criança, deve ser protegida. Não se sabe qual seu destino, porém sinto que ele logo virá, por isso...

— .... Eu imagino onde quer chegar com isso, mas a única coisa que sei é que minha irmã deu a vida para salva-lo. Por tanto eu irei garantir que assim permaneça, nem que tenha de afasta-lo de todo esse mundo em que você vive.

— Se é assim que prefere. Mas uma coisa lhe digo. Algum dia, esse garoto terá de cumprir o seu destino. E dessa maneira, terá de tomar conhecimento deste mundo. Peço que quando chegar a hora, deixe que ele descubra sobre tudo isso.

 E dizendo isso o homem encaminhou-se a porta e antes de sair olhou para Richard com um sorriso de adeus.


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Notas finais do capítulo

Bem. Deixem rewiws e até a próxima o/



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