No dia seguinte ela seguiu para escola bem cedo, já que seus pais haviam ido trabalhar. Chegou na escola colocou a mochila na carteira, retirou seu celular e o fone. Seguiu para o terraço. Fechou a porta e sentou-se onde Law tinha se sentado no dia passado.

Pôs os fones de ouvido e foi pro seu próprio interior.

Law foi para o terraço fechou a porta e seguiu para o seu canto. Porém ele não estava vazio, Ana estava de olhos fechados. Ele se sentou silenciosamente ao seu lado.

O vento soprou os cabelos dela, ele sentiu o doce perfume. Pensava que ela era uma garota fascinante. Ela abriu os olhos e o viu encarando-a bem próximo. Ela corou.

—T-Tralfy?! _Ela o encarou, pensando por que motivo o chamara de Tralfy.

—Tralfy? _Ele a encarou confuso e surpreso com o novo apelido.

—Ano... Gomen...

—Não tem problema! Pode me chamar assim se quiser!

—O-o que está fazendo aqui?

—O de sempre! _Ele continuava bem próximo.

Ela o encarava nos olhos. Estava se sentindo incomodada com a proximidade.

—Gomene... _Ele percebeu e se afastou.

—T-tudo bem! _Ela falou.

—Seu cabelo... Tem um cheiro bom! _Ele estava deixando-a cada vez mais nervosa.

—A-arigatou! _Ela parou de encara-lo.

—Você chega bem cedo!

—Você também!

—É melhor do que ficar só em casa!

—Concordo!

—Terraço! _Uma voz conhecida foi ouvida na escada.

—Silêncio! _Law a puxou para perto e se encolheu.

—Luffy, não faça barulho! _Sabo foi ouvido.

—Se pegarem a gente, estamos ferrados! _Mais alguém falou.

—Ace, você e o Sabo são tão chatos! _Luffy continuava falando alto.

—Urusai! _Falaram Sabo e Ace.

—Itaii! Por que me bateram? _Os dois fecharam a porta e deram de cara com o bico de Luffy.

—É só o Luffy! _Ana sussurrou. _E o Sabo e um tal de Ace...

—Tudo o que quero no momento é sossego e Luffy é a pior pessoa nesse quesito! _Ele sussurrou, encolhendo-se mais. Ela estava quase colada nele. _Silêncio!

Ela estava de frente pra ele, entre suas pernas. A cabeça dela estava quase encostada no ombro dele. Ele mantinha as mãos em sua cintura. Ana não sabia o que fazer. Passou os braços ao redor do pescoço dele e encostou a cabeça em seu ombro. Law a abraçou de volta.

O garoto sentia vontade de perguntar o que ela estava fazendo, mas não o fez.

—Nami! _Luffy gritou. _Icoo, Sabo, Ace!

—Hai, hai! _Os dois disseram e saíram do terraço.

Law que ainda a abraçava nem se moveu, mas ela se afastou corada e sem querer derrubou o chapéu dele. Ele a abraçou de novo.

—O que foi? _Ela perguntou.

—Nada não... Pensei que tivesse ouvido passos! _Falou se afastando.

O sinal tocou. Ele limpou o chapéu, colocou e levantou-se. E estendendo a mão para ela.

—Vamos... _Falou.

—Hai! _Ela o encarou estendendo a mão.

Estavam descendo a escadaria para dobrar e descer o restante, quando no antepenúltimo degrau Ana tropeçou e caiu derrubando Law que se encontrava no último e rolaram no chão. Ana estava deitada e Law estava sobre ela.

—Tudo bem? _Ele perguntou.

—Hai! E você? _Ele assentiu. Só então ela notou como estavam.

Seus rostos próximos. Seus corpos quase colados. Um dos joelhos apoiados entre as pernas dela. Um braço dele em cada lado da cabeça dela. As mãos dela segurando a camisa dele. E os seus corações batiam tão rápido, quem sabe por causa do susto, que pareciam que iriam pular pela boca.

Quem olhasse a cena não diria que fora acidente. Ela bruscamente soltou a camisa dele. Ele encarou suas mãos e depois a encarou. Ela também o encarava. Ele ergueu uma das mãos e pôs uma mecha dos cabelos dela para trás da orelha, seu rosto estava vermelho.

—Ana-ya...

—T-Tralfy... _Ele parecia medir a próxima ação.

—Vamos? _Ele se levantou.

—Hai... Gomen... Gomene Tralfy...

—Não foi nada! _Ele deu a mão para ela se apoiar.

Os dois caminharam até a sala dela em silêncio.

—Está entregue! _Ele sorriu.

—Arigato Tralfy! _Ela entrou na sala.

—Ohaio Tral! _Luffy gritou.

—Ohaio Mugiwara-ya!

—Ohaio Ana! _O mugiwara sorriu de orelha a orelha.

—Ohaio Luffy, minna-san! _Ela sorriu. Voltou-se para a porta e deu tchau para Law, que sorriu acenando.

Ela se sentou na carteira e ainda corada, procurava acalmar o coração. O professor que entrou na sala logo a tirou de seus pensamentos. Aokiji ensinava física, uma das matérias que ela amava. Depois dele tinha química, outra matéria que ela gostava, com Akainu. Barba Branca ensinava geografia. Biologia era com Kuma.

Smoker entrou na sala com Tashigi.

—Smoker, eu já falei que posso observa-los! _Tashigi falava.

—Ok! Ohaio! O professor que daria aula agora, teve alguns problemas e vocês iram para aula de educação física com a sala 2-B agora! _Smoker falou com seu charuto na boca.

—Droga Smoker! Eu falei que ficaria de olho neles! _Tashigi arrumou o óculos.

—E eu ouvi! Troquem de roupa agora! A modalidade é natação! _Ele falou virando-se para Tashigi. _E você vai olha-los... Na piscina!

—Que irritante! _Ela falou quando ele saiu, saindo logo atrás.

—Natação? _Usopp estranhou.

—Eu não sei nadar! _Disse Luffy.

—Nem Chopper ou Brook ou Robin! __Nami comentou levantando. _Mas vamos!

A sala dirigiu-se aos vestuários. Ana abriu o seu armário e encontrou o maiô. Ela o colocou e saiu ao lado de Perona e Kaya.

—Gosta de ursinhos? _Perona perguntou.

—Sabe, essa não é a primeira pergunta que deve ser feita a alguém que acabou de conhecer. _Kaya sorriu com a pergunta anormal da companheira rosada.

—Meu quarto tem um montão! _Ana sorriu respondendo.

—Eu gostaria de vê-los algum dia! _Perona comentou, os olhos de Kaya brilharam.

—Eu também! _Kaya sorriu timidamente.

—Então qualquer dia vocês vão lá. _Ana falou.

—Que vergonha! _Kaya tentava se esconder atrás das duas.

—Por quê? Você está tão kawai! _Perona falou encarando o a loira com a roupa de natação.

—Mesmo?

—Sim! _Ana falou. _O maiô é vermelho, sempre achei que fossem todos azuis.

—Só em algumas escolas! _Perona falou.

Elas entraram e foram alvo dos olhares dos garotos. Koala vinha logo atrás delas.

—Meninas! _Ela se juntou às três.

—Agora também estou com vergonha! _Ana sussurrou enquanto recebia os olhares.

—Simplesmente entra na água! _Koala falou.

—Kayaa! _Usopp apareceu de calção vermelho, como o dos outros. _Tem certeza que está tudo bem em você entrar na água?

—Tenho sim! Natação é o único esporte que posso praticar... Sem exagero, claro!

—Tudo bem, mas cuidado! Não se esforce muito, ok? _Ele falou e ela sorriu.

—Entrando na água! _Smoker gritou entrando no vestuário masculino.

—Ok, vou pular! _Ana disse mergulhando.

—Eba! _Koala foi logo em seguida. Perona colocou o ursinho aos cuidados de Tashigi e entrou também.

Kaya sentou na beirada da piscina e com ajuda das três escorregou para dentro. A piscina não era tão funda, mas dava para nadar.

—Sabooo! _Koala chamou. _Vem!

—Ko-Koala, n-não faz isso! _Koala tinha subido e o empurrado. _KOALA!

—Qual é Sabo? Vai me dizer que não brinca mais na piscina...

—Só não gosto de pular na piscina! _Ele falou. Ela riu e se jogou junto dele. _Cuidado!

—Vocês sabem nadar? _Ana perguntou para Kaya e Perona.

—Sei! _Kaya sorriu.

—Não! _Perona a olhou enquanto se segurava na borda.

—Quer tentar? _Ana perguntou enquanto boiava.

—Não! Arigato! _Perona falou sorrindo. _Quero ver o que o professor vai fazer!

—Não sei boiar de costas! _Kaya comentou.

—É simples! É só relaxar! Tenta, eu te seguro! _Kaya tentou com Ana a apoiando de lado. Com um tempo ela conseguiria.

—Hey meninas! _ Nami se jogou na água e foi seguida por Vivi.

Robin sentou na borda, com os pés na água. Logo depois Sanji, Zoro, Frank, Brook, Luffy e Chopper também chegaram. Brook, Chopper e Luffy estavam munidos com muitas boias, e também pularam na água.

—Hey Kenshi-san! Me ensina a nadar? _Robin pediu.

—Hee?! Por que eu? _Ele a encarou. _O Sanji pode...

—Eu queria que você me ensinasse! _Ela fez bico. _Mas tudo bem!

—Tá certo! _Ele falou de cara amarrada entrando na água e logo depois ajudando-a a descer.

Nami, Kaya e Ana nadavam juntas com Sanji as seguindo, enquanto Vivi fazia companhia para Perona. Zoro segurava Robin pelas mãos, e essa dava algumas pernadas.

Ana decidiu parar um pouco e ficar na companhia de Perona, que agora encontrava-se sozinha já que Vivi estava nadando com Kohza.

—Yo Ana-ya! _Law aproximou-se da borda. _Yo Perona-ya!

—Hey Tralfy! _Ana sorriu.

—Tralfy? _Perona sussurrou encarando Ana. _Oi Tralfagar!

—Onde está o Bepo-chan? _Ana perguntou.

—Ele não gosta muito de piscinas e resolveu desaparecer por enquanto! _Explicou.

—Ahhh! Não vai entrar Tralfy? _Ana o encarou.

—Não sei nadar! _Ele coçou a cabeça. Ana encarou o chapéu.

—Perona também não sabe! _Ana comentou.

—Não precisa dizer pro mundo todo! _Ela sussurrou.

—Entra, qualquer coisa estou aqui! E a piscina não é funda! _Ele ponderou, e entrou na piscina.

—Que água gelada! _Reclamou.

—Pois é! _Perona concordou.

—Quer tentar nadar? _Ana perguntou.

—Não sei! _Ele falou.

—Se você não sabe, quem vai saber? _Perona o encarou.

—Melhor não! _Ele falou.

—Então beleza! _Ana sorriu.

—Ao menos ele é mais kawai que o Zoro! _Perona encarou o outro que ajudava a Robin. _Mudei de ideia Ana! Quero tentar agora!

—Tudo bem! _Ana estendeu as mãos para a garota e começaram.

Smoker voltou e foi para perto de Tashigi. Ele observou os alunos por alguns instantes.

—Muito bem! Quem sabe nadar continua na água e quem não sabe vem para o lado de fora! _Ele falou.

Os alunos rapidamente o obedeceram. Ele se dirigiu a uma ponta da piscina, e mandou Tashigi pegar uma prancheta com o nome dos alunos e anotar quem não sabia nadar.

—Seguinte! Irei chamar e a pessoa que eu chamei vai esperar minha ordem para vir nadando de lá até onde estou! _Ele apontou para onde deveriam sair, os alunos foram para seus postos. _Tashigi, a senhora começa a cronometrar e para quando eu levantar a mão. Não se esqueça de anotar o tempo de cada um!

Ana sentia-se incomodada com aquele teste, mas era apenas uma vez, então estava bem. Os alunos estavam preparados. Smoker dizia um nome e contava até três, o aluno chegava no outro lado e Tashigi anotava o tempo.

—Sanji... _Smoker contou. Sanji disparou, havia sido um dos alunos mais rápidos da turma.

—Nami... _Ela também fora rápida, mas não tinha comparação com Sanji.

—Vivi... _Esta empatou com Nami e com Kohza que fora em seguida.

—Koala... _Koala era muito rápida também, mas Sanji continuava na frente.

—Kaya... _Kaya estava abaixo de Koala, pois não podia se esforçar tanto.

—Usopp... _Ele se igualava com Kaya.

—Zoro... _Zoro quase empatava com Sanji, não empatou por muito pouco.

—Por último você, senhorita Redfox! _Ele a chamou. Ana se preparou para a partida e quando foi liberada, ela disparou. Havia sido a pessoa com o melhor tempo. _Interessante senhorita Redfox!

—Smoker-san? _Tashigi entregou a prancheta.

—Arigato, Tashigi! Para o grupo de natação eu quero: A senhorita Redfox, Sanji, Zoro, Usopp, Kaya e Koala! Está decidido! Som objeções! _Smoker anunciou.

—Como? _ Zoro e Sanji se entreolharam.

—Eu não posso! Eu tenho uma doença chamada não posso entrar em grupos de natação!

—Mas... _Ana tentou recusar.

—Sem mas... _Smoker a cortou. _Ninguém vai sair da equipe! Vocês vão treinar todas as tardes para a competição entre as escolas!

—Competição?! _Ana iria surtar.

—Até o fim da aula fiquem a vontade para entrar ou não na piscina! A senhorita Tashigi irá supervisiona-los!

Os alunos voltaram para a água. Os selecionados ficaram estáticos.

—Kaya não pode se esforçar! _Usopp comentou.

—Embora não seja tanto esforço assim! _Kaya comentou. _Não acho que meu tutor vá gostar disso!

Só depois Ana se deu conta do que havia feito, não era o que pretendia, fora puro instinto. Lógico que não mentiria sobre saber nadar, mas não pretendia fazer o melhor tempo já visto antes. Não queria participar de nenhuma competição ou grupo de natação, embora amasse a água.

—Droga! _Sussurrou afundando-se na água, enquanto os companheiros resmungavam.

A água a fazia pensar melhor e lhe transmitia calma, mas mesmo assim sentia o pavor lhe percorrer o corpo e as lembranças voltavam a tona. Não se dava bem com competições e pressões.

Sentia vontade de chorar, pensava ter apagado tudo aquilo ou ao menos enterrado no fundo da alma, mas todas aquelas lembranças voltaram quando Smoker havia convocando-a.

A garota retornou à superfície algum tempo depois. Respirou pesadamente.

—Ana-ya, tai jovu?

—Hai Tralfy! _Ela falou com um olhar perdido. Ele a analisou, percebendo isso, sorriu para ele. _Chega de piscina para mim!

Ela subiu e caminhou até o vestuário, colocou o uniforme rapidamente, pegou o sapato e nem mesmo o calçou, saiu em disparada. Seguiu pelos corredores, estava ficando sem ar, ela correu até o terraço. Sentia necessidade de ligar para Laila. Que droga era essa que estava acontecendo?

Ela abriu a porta e respirou fundo. Ana sentiu as lagrimas escorrerem, ajoelhou-se e respirava como se o ar fosse acabar.

A garota se encostou na parede e pegou o celular. Respirava procurando se acalmar, procurou o numero de Laila na agenda e o discou.

—Alô!

—Lai! _Ana ainda chorava. _Tenho que participar de uma competição de natação!

—Como? _A amiga não havia entendido. _Pode me explicar o que houve?

Ana tentou se acalmar e explicou o que acontecera. A outra entendendo o que acontecera pensou no que falar.

—Ana, preste atenção no que falei antes e no que falarei agora! _Ana ouvia atentamente. _Você não tem culpa do que aconteceu, está me entendendo?

—Hai! _Ana fungou.

—Pensei que tivesse superado!

—Eu também! _Admitiu. _Não vou conseguir nadar na competição.

—Mas você conseguiu nadar!

—Mas não era uma competição! Não era nem para ter acontecido! Você parece ter se esquecido daquela época!

—Não esqueci, mas você estava em choque!

—Eu parei de nadar daquela época...

—Lembro que quando você nadou depois daquilo, foi a partir do ano passado... Você tem que ser forte... Tanto por você como por ela...

—Eu sei!

—Acho que você deve competir!

—Também acho... Talvez! Só não sei se consigo! _A garota suspirou.

—Eu acredito que consegue!

—Arigato, Lai!

—Não foi nada! Te amo, tá?

—Também te amo! _Ana desligou o celular e suspirou.

O Tralfagar que havia ouvido pela fresta da porta, decidiu deixa-la só. O sinal tocou e Ana desceu, estava desgastada emocionalmente. Seguiu pelos corredores até a sala, pegou a mochila e se retirou.

—Ana? _Perona chamou. _Tai jovu?

—Hai, só um pouco cansada! _Ela sorriu. _Saio!

Ana foi para casa e dormiu quase toda a tarde, no começo da noite jogou com alguns colegas da antiga escola e foi dormir.

—Vamos lá Aninha! _Uma garota três anos mais velha, de longos cabelos ruivos a animava.

Ana estava em uma piscina há quatro anos e meios atrás. A pequenina nadava muito rápido.

—Você é incrível! _A ruiva sorriu.

—É porque quero ser como você! _Disse a garotinha. A maior achou graça.

—Apenas seja você mesma! _A ruiva sorriu e pulou na água.

Ela nadava numa velocidade incrível. A menininha a olhava impressionada ao lado de um garotinho que também era bem rápido.

—Sugoi! _Ele um ano mais velho que a pequena Ana, olhava a ruiva nadar.

—Ela é incrível não é? _ Ana sorria.

—É! _O garoto estava impressionado. _ Me chamo Higor!

—Ana! _Ela sorriu.

O despertador toca pela manhã. Ana levanta-se para fazer sua higiene matinal. Era uma bela manhã de sábado.

A garota pôs o macacão vermelho com uma blusa de mangas, branca.

—Ohaio, otou-san, oca-san! _Ela falou pegando uma torrada.

—Vai sair querida? _Perguntou o pai.

—Vou pedalar até a praia! Querem vir?

—Adoraríamos, mas temos que concluir um projeto da empresa! _A mãe dela falou.

—Gambatené! _Ana sorriu.

—Mas podemos ir ao cinema amanhã! _Falou o pai.

—É uma ótima ideia! _A garota sorriu saindo. _Iterashai!

—Cuidado! _A mãe sorriu.

Sentindo a brisa fria em seus cabelos esqueceu-se do sonho. Pedalou até chegar ao seu destino. Lá sentou-se observando as ondas em sua graciosa dança de ida e vinda.

Ela levantou e voltou para a estrada, já era por volta do meio dia quando ela parou em um restaurante. Ao entrar ouviu algumas vozes conhecidas.

—Por favor? Você precisa de no mínimo três aulas extracurriculares, e até agora só tem uma!

—Deixe-me em paz, só quero almoçar!

—Mas ela tem lá sua razão, Kenshi-san!

Ana virou-se reconhecendo Perona, Zoro e Robin. Perona estava com uma calça jeans e camiseta preta, segurava um bloco de notas; Zoro estava de jeans preto e camisa branca, ao lado dele estava Robin de short jeans e camiseta azul, e pra variar ela estava lendo.

—Vai anotar nosso pedido ou não? _Zoro perguntou grosso.

—Qual é? Diz que sim! _ Perona insistia.

—Cadê o gerente, hein? _Ele procurava alguém.

—Ana! _Robin a viu e acenou. Os outros dois viraram-se para ela. _Sente-se conosco!

—Yo, minna! _Ana se aproximou.

—Hey! _Zoro cumprimentou.

—Tai jovu Ana? _Perona questionou.

—Estou bem! _A azulada sorriu.

—E a competição? _Robin desviou a atenção do livro.

—Não acho que deva participar! Ou talvez... _Ana comentou.

—Mas você é incrível! _Perona falou. Ana apenas sorriu.

—Também não quero participar! Aquele cara se acha o chefão! _Zoro diminuiu a tensão que havia ficado no ar.

—E as atividades extracurriculares? _Robin questionou novamente.

—Artes plásticas, teatro, medicina e kendô!

—Eba, você vai fazer kendô também! _Perona sorriu animada. _Pensei que seria a única garota lá, com um Zoro nada kawai!

—Saiba que também tem a Kuina! _Ele falou evitando a irritação. _Podemos fazer logo os pedidos?

Zoro foi ignorado pelas três que se empolgaram na conversa. Quando finalmente fizeram os pedidos, já eram uma e meia.

Saíram do estabelecimento e seguiram para seus destinos. Coitada da Robin que aguentaria um Zoro levemente irritado, que Ana só notara agora as três catanas que portava. Ela achou estranho, mas seguiu de volta para casa.

Ao chegar, parou para assistir um filme e acabou adormecendo no sofá.