O tigre e a borboleta escrita por AkiraR


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores! Sou Aki, sou um pouco tímida, e justo agora estou um pouco nervosa porque essa é a primeira vez que crio coragem e posto algo que escrevi (haha). Comecei essa fanfic há alguns anos e atualmente estou terminando-a. Me diverti bastante escrevendo-a e espero que, você que chegou até aqui, se divirta tanto quanto eu, enquanto a lê.
Então é isso. Ai vai.
Desculpem qualquer erro.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/747163/chapter/1

 

 

Tigres são visto como símbolo de força, poder, coragem, liberdade, ferocidade e paixão, muitas mitologias ainda mencionam seu poder curativo. Porém podem representar “a escuridão dentro de uma pessoa”, simboliza o perigo, a vingança e a ira.

“Se uma borboleta bate suas asas um furacão será criado do outro lado do mundo!”. Uma ação mínima pode repercutir em grandes mudanças, isso é o efeito borboleta.

 

            As engrenagens dessa historia começam a se mover com o simples bater de asas de uma corajosa borboleta azul que segue em direção ao outro lado do mundo, até um feroz tigre branco. Um encontro predestinado com uma dose de confusão ligara os dois seres de naturezas tão diferentes.

 

"Construtora Redfox decola. Os Redfox vão para a Grand Line.

A mais nova e recente construtora ganha espaço no mundo da engenharia e arquitetura com grandes projetos que ganharam boas criticas nos últimos seis meses. Criada em uma cidadezinha do East Blue há um ano e meio a companhia construtora dos Redfox se mostrou cada vez mais promissora atraindo a atenção de grandes críticos do ramo, quando pela primeira vez na mídia Clarisse Redfox e Ryu Redfox foram citados como as mentes brilhantes por trás da mansão do ator e musico Felix Kimberly e da maior e mais famosa academia de artes marciais do East Blue de Neil August. Recentemente, foram responsáveis pela restauração mansão de Edward Newgate, Colégio One Piece e também o hospital de Kureha Doctorine, na Grand Line. Sua experiência em restaurações vem de muito antes da criação da companhia, quando ha sete anos restauraram o hospital dos falecidos Sr. e Sra. Trafalgar, no North Blue antes do incidente do chumbo branco."

—Bom dia. _A mulher loira encarou a jovem azulada sentada a mesa com um jornal em mãos.

—Dia. _A azulada sorriu encarando a tia.

—Manchete da companhia novamente? _A mais velha questionou preparando torradas.

—Sim. Mencionaram tio Felix e tio Neil rapidamente. _A azulada a encarou mais uma vez. _Tia Adri, não seria bom acordar o Lyon agora?

—Caramba, esqueci completamente que estamos sem carro hoje. _A loira, cujo nome era Adriana disparou para o quarto do filho. _Não vá se atrasar também Ana.

—Estou de saída. _Ana levou o prato vazio até a pia, retirou as torradas que a tia esquecera, pegou a mochila e o jornal e partiu.

"Convidados a levar a construtora Redfox á Grand Line, os Redfox finalmente cederam partindo com todas as bagagens para o centro do planeta."

—Centro do planeta, heh? _Ana dobrou o jornal e o guardou.

Ana Redfox, filha única de Clarisse e Ryu, estudante do primeiro ano do ensino médio e atualmente residia na cidadezinha do East Blue, a mesma em que seus pais, tios, primos, amigos e ela mesma nasceram. A jovem azulada encarou o caminho que tanto amava percorrer, guardando-o da memoria, sua partida estava próxima.

—Ana! _Uma garota de cabelos acastanhados pulou em seu pescoço. _Bom dia.

—Bom dia, Laila... _Ana sorriu pouco antes de sentir uma mão bagunçar seus cabelos. _E Higor.

—Dia Aninha. _Higor bocejou.

—Parece que sua cama veio com você. _Ana tentou arrumar o cabelo.

—Calada. _Higor bocejou novamente e as duas repetiram a ação.

—Já é fim de ano... _Laila comentou arrumando seu cachecol. O silencio se instalou entre os três.

—... Pois é... _Ana que decidiu quebrar o silêncio. _Partirei no ano novo...

—Entendo. Não há muito a ser feito, não é? _Higor comentou, Laila levou a palma da mão até a boca mordiscando-a.

—Tudo vai ficar bem... _Ana sorriu segurando a mão da amiga. _Além disso, manteremos contato e estarei por aqui durante as ferias quando tudo se organizar.

—É... Boa sorte... _Higor desviou o olhar das duas. Encararam o garoto indeciso mais a frente, nervoso enquanto olhava uma jovem de cabelos curtos na altura do ombro. _Aquele cara... _Os três riram.

—Rodrigo! _Gritaram juntos. O jovem loiro se assustou encarando-os. _Mari! Bom dia.

—Ah... _A garota de cabelos curtos, Marilia, os encarou sorrindo. _Bom dia, pessoal.

—Bom dia... _Rodrigo sorriu juntando-se a Marilia para aguarda-los.

—Bom dia, Rodrigo... _Marilia risonha o encarou. _Aposto que estava indeciso se devia me dar bom dia ou não.

—Ponto para Mari. _Higor sorriu.

—Bom dia! _Ouviram a voz de um garoto mais atrás, se viraram para vê-lo desviar por um fio dos pedestres com o skate e parar ao seu lado com o mesmo já em mãos.

—Penso muitas vezes que você é sem noção, Michael. _Ana o encarou sorrir antes de dar um beijo estalado em sua bochecha.

—Ponto para Aninha. _Higor falou. Michael beijou o dorso da mão de Marilia e Laila. _Estão tendo conclusões muito obvias hoje.

—Não é tão obvia assim. É? _Michael sorriu.

Os jovens seguiram para a escola, risonhos. Aqueles eram os amigos que Ana amava e o lugar em que amava estar, mas a pequena azulada tinha o sangue Redfox em suas veias, sangue aventureiro e encrenqueiro. A questão era que estava apavorada por ir ao desconhecido, mas ao mesmo tempo seu coração ansiava por aquilo. Não pediria para ficar. Partiria.

 

—Ana partira em breve, consegue acreditar? _Marilia questionou encarando Laila negar com a cabeça tentando esconder os olhos marejados.

—... Não... Nem um pouco... _As lagrimas que prendera desde o momento em que soubera da noticia até agora escaparam dos olhos de Laila.

—Ah, não chore... _Marilia piscou repetidas vezes espantando as lagrimas.

—Ana não estará aqui quando eu chorar e eu não estarei com ela quando ela chorar e... Droga, ela vai embora... Eu não me lembro de quando ela não estava aqui... _Laila encarou Marilia. _Ana é uma bobalhona... Encrenqueira... Como ela vai ficar sem nós por perto?

—O mais correto é... Como ficaremos sem ela? _Marilia sorriu em meio às lagrimas abraçando Laila.

—Não quero que ela vá... Eu amo aquela azulada...

—Eu também...

 

Rodrigo batucava os dedos sobre a mesa, sentado de frente a Higor, enquanto Michael organizava bolinhos recém-saídos do forno na vitrine da padaria. O silencio pairava entre eles com um único motivo em comum, Ana, mas não sabiam como começar.

—Não se sentem estranhos? _Rodrigo parou de batucar a mesa. Os outros dois o encararam.

—Sobre o que, Rodrigo? _Higor questionou já que o amigo não falara.

—Sobre Ana... _O rapaz remexeu as mãos nervosamente. Michael estancou onde estava com a bandeja vazia.

—Ana já decidiu, sabe? Ela já sabe o que fara... _Higor falou sentindo a boca amargar, Michael seguiu até o balcão.

—Sim... Eu sei. Mas perguntei se não se sentia estranho. Porque eu me sinto. Não estou bem com isso. Sabe... Ana... É nossa amiga, é estranho vê-la partir, é... Doloroso... _Rodrigo murmurou a ultima parte.

—Mic! _Ouviram o irmão de Michael, Loui, chama-lo na cozinha.

Ficaram em silencio até Michael retornar com uma nova bandeja de doces que deveria por na vitrine do balcão. Levou dois para os amigos e retornou ao serviço.

—Sou o único assim? _Rodrigo questionou.

—Não... Mas ela decidiu que deve ir, então minha escolha é apoia-la no que ela quer, embora doa. _Higor falou experimentando o docinho. Rodrigo encarou Michael que agora limpava o balcão.

—Michael, você não gosta dela? _Rodrigo questionou. O rapaz engoliu em seco.

—Aquela azulada encrenqueira... Ela decidiu o que quer, mas dói nela também, ter que partir e deixar tudo o que conhece para trás. Seria egoísmo pedi-la para ficar, só a faria sofrer mais e não mudaria nada porque ela é teimosa... _Michael parou de limpar o balcão. _Eu a amo e por isso que estarei torcendo por ela, sempre!

—Desculpem... Pensei que fosse o único assim... Obrigado... _Rodrigo baixou a cabeça.

Novamente o silencio pairou no local. Loui saiu da cozinha seguiu até a porta ajustando a placa de aberto, foi até o balcão e ligou o computador, foi então que encarou os três jovens.

—Quem morreu? _Questionou chamando a atenção dos três.

—Acho que nós mesmos. _Higor riu junto aos outros dois.

—Acho que não, do contrario não estariam com essa cara e nesse clima deprê. _Loui contou o dinheiro do caixa. _Ah, Ana vai viajar em breve, não?

—É... _Responderam os três. Loui os encarou.

—Saquei... Não vão preparar uma bela despedida ou algo assim? _Loui viu os garotos sorrirem e sacarem seus celulares, digitando mensagens para as duas garotas.

 

A azulada punha seus objetos pessoais em caixotes que o marido de Adriana, Edmund, enviara para facilitar sua viagem. A maior parte das suas coisas haviam ido, desde alguns moveis que se recusara a deixar, a maioria das roupas, quadros e materiais de pintura, mais da metade de seus livros e outras coisas que não necessitaria no pouco tempo que lhe restara. Agora estava enfiando os livros e cadernos restantes, as poucas maquiagens (presente de suas tias) que tinha, alguns dos muitos ursinhos e bonecas que ainda estavam no quarto, fechou mais uma das caixas. Pegou uma caixinha adornada da mesa de cabeceira e abriu-a, fotos, cartas, bilhetes, ingressos e lembranças, entre elas uma fotografia sua ao lado de Higor, Laila e uma garota ruiva, próximos a uma piscina quando eram mais novos.

—Mel... _Murmurou afastando os pensamentos, enquanto seguia até um mural repleto de fotos suas com os amigos e a família, recolheu-as e as pôs na caixinha.

Fechou a caixinha e guardou-a, em um outro caixote um pouco maior que o primeiro, pegou vários dos portas retratos, os embalou cuidadosamente e guardou-os ali também. Enfiou as roupas restantes numa mala deixando apenas o suficiente para os próximos três dias. Em cima do guarda roupa pegou a katana que ganhara e guardou-a num caixote também. Na mochila enfiou o livro que estava lendo junto com a câmera fotográfica de sua cabeceira. Pôs o violão com a mala e empurrou os caixotes para fora do quarto já que seriam levados antes. Jogou-se na cama, que fora sua por longos quinze anos, e encarou o quarto vazio.

—Posso entrar? _Adriana caminhou até a cama sentando-se ao lado da azulada. _Parece assustador... Se mudar, não é?

—Assustador, mas emocionante... _Ana sorriu. _Já se mudou tia?

—Não me mudei, mas minha vida já teve muitas mudanças assustadoras e aprendi a lidar com elas... Faz parte de crescer. _Adriana sorriu.

—Hum. Quero crescer, mas não tão rápido... Bem admito que apesar de tudo tenho uma certa empolgação. _Ana se sentou. _E o pessoal?

—Cada um em um canto. Janaina além de estar ocupada com as novas peças do desfile tem dado aulas na academia de Neil. Nicolas está empolgado com as fotografias que fez durante a viagem, disse que teria tempo para ir fotografar para a companhia em breve. Luna está ocupada com Eloisa e os jogos de basquete da liga. Edmund foi com seus pais, mas já deve esta voltando por conta do meu solo, sabe. _Adriana contou nos dedos. _Estamos bem ocupados, mas estaremos por lá em breve também. Felix e Leonardo moram ali perto da Grand Line. E Neil quer levar a academia para a Grand Line também, arrastado Henry com ele é claro.

—Redfox e companhia. _Ana sorriu. _Sempre...

—Eles também são Redfox! _Adriana sorriu.

—Tem razão... Ah, e tio Jacob?

—Você sabe que ele esta sempre em movimento, mas atualmente esta na academia também. Ah, me imploraram para que você pudesse sair agora à noite... Estão te esperando lá em baixo. _Adriana se levantou. _Se eu fosse você, colocaria roupa de banho por baixo roupa.

Ana se trocou não entendendo o porquê da roupa de banho, estava frio. Saiu do quarto e desceu as escadas correndo. Em frente ao portão viu a camionete parada com seus amigos lhe esperando na carroceria com instrumentos.

—O que pretendem? _Ana segurou as mãos de Higor e Michael e subiu.

—O que é melhor que uma despedida na praia? _Laila sorriu.

—E ai, azulada. _Loui falou da cabine do motorista.

—Olá Loui. _Ana sorriu. _Não sei se perceberam, mas esta frio...

Os jovens sorriram ignorando a azulada. Ana riu imaginando que ninguém se importava com o frio naquele instante. Chegaram na praia, Loui avisou que o chamassem no bar ali perto quando fosse hora de ir.

O grupo fez uma fogueira e ao redor dela pegaram os instrumentos que trouxeram, se acomodaram e começaram a tocar. Ana sorriu fechando os olhos ao som improvisado dos violões de Higor e Laila, do teclado de Rodrigo, do violino de Marilia e das baquetas de Michael numa bateria improvisada.

A doce voz de Laila foi a primeira ser ouvida e acalmava o coração da azulada.

Seu sorriso é tão resplandecente

Que deixou meu coração alegre

Me de a mão pra fugir dessa terrível escuridão

E então a voz grave de Higor se juntou perfeitamente com a dela naquela melodia.

Desde o dia em que eu te reencontrei

Me lembrei daquele lindo lugar

Que na minha infância era especial para mim

Ana sorriu vendo as lembranças passarem como flashes em sua memoria. Então ouviu uma voz nervosa tomar o controle da melodia, Rodrigo, e então Marilia se juntar a ele deixando a melodia tranquila mais uma vez.

Quero saber se comigo

Você quer vir dançar

Se me der a mão eu te levarei

Por um caminho cheio de sombras e de luz.

Aqueles dois tinham uma sintonia que a azula achava linda. Sua mente vagou pelas vozes até achar a dele, Michael começou a cantar.

Você pode até não perceber

Mas o meu coração se amarrou em você

E precisa de alguém

Pra lhe mostrar o amor que o mundo te dá

Ana abriu os olhos encarando-os, era a sua vez preparou-se e sorriu cantando.

Meu alegre coração palpita

Por um universo de esperança

Me de a mão

A magia nos espera

E então as vozes de cada um se juntou a canção, sorridentes.

Vou te amar por toda minha vida

Vem comigo por esse caminho

Me dê a mão

Pra fugir dessa terrível escuridão

O som foi diminuindo até desaparecer por completo. Ana sorriu, mas sentiu os olhos arderem. Os seis se encararam em silencio.

—É época de peça de teatro. Estamos no camarim, prontos para a apresentação. O coração a mil. Tum, tum. _Laila sorriu com uma cara de suspense. Michael improvisou as batidas do coração. _Medo, nervosismo e ansiedade.

Laila puxou Higor e Rodrigo, que estavam ao seu lado, pelos ombros. O restante entendeu o recado e se aproximou com os braços sobre os companheiros, uma reunião de equipe antes de um grande jogo. Todos se entreolhavam.

—Agora é um por todos e todos por um. Nada pode dar errado. Um rito de passagem antes de nossa entrada triunfante. Um grito de guerra. _Laila continuou estendendo a mão no centro. Entendendo o recado cobriram sua mão. _Uma mensagem. Um apoio. Um desejo... Boa sorte. Com todo ar que tem nos pulmões! Eu quero que o outro lado do mundo saiba que estamos prontos para subir no palco! Três, dois...

O bolinho com as mãos se abaixou um pouco. A contagem regressiva e as risadinhas fizeram cocegas no ouvido de Ana. Tomaram folego e:

—MERDA! _Gritaram juntos com toda força. O desejo de boa sorte havia sido entregue. Gargalharam um pouco.

—EU NÃO VOU ESTAR SOZINHA! Quero que seja feliz! _Laila gritou repentinamente encarando a azulada. _Boa viagem! _Ana encarou-a com nada mais que lagrimas.

—QUERO TER MAIS TEMPO, mas não é pra sempre... _Marilia sorriu em meio as lagrimas. _Te vejo por ai.

—NÃO É UM ADEUS. Obrigado pelos dias esplendidos. _Rodrigo corou ao gritar e sorriu. _Até logo.

—NÃO VOU ESQUECER... É pra sempre. _Higor estendeu o punho fechado sorrindo. _Fique bem, maninha.

—... Er... Não se preocupe... _Michael segurou a mão de Ana beijando-lhe o dorso com um sorriso. _Ficaremos bem... Boa sorte.

Ana sentiu todas as lagrimas que segurara virem uma por uma, embora tudo fosse verdade palavras que queriam ser ditas não foram ditas.

—FIQUEM BEM... _Meu coração dói. Eu os amo! _Nos vemos logo.

—Que clima depressivo... _Michael falou encarando os outros dois garotos.

—Eu prevejo 99% de chance de água e sargaço. _Higor levantou Laila no braço e correu até o mar. Ana tentou fugir, mas Michael a carregou.

—E uma bela esquivada das emoções... _Rodrigo estendeu a mão para Marilia que enxugava os olhos e segurou sua mão e correram até os outros.

 

—Tem certeza que foi melhor não avisa-los que o voo seria hoje? _Adriana a encarou.

—Não sei... Talvez seja mais doloroso. _Ana murmurou.

—Está fugindo... _Lyon, seu priminho a abraçou. _É o que parece.

Ultima chamada para o voo 320 portão de embarque 3B.

—É minha deixa. _Ana sorriu abraçando a tia. _Até logo.

—Se cuide, chegaremos logo! _Adriana sorriu vendo Ana caminhar para o portão de embarque.

—Desculpem... _Ana murmurou.

—ANA!

—ANINHA!

A azulada travou olhando para trás. Lá vinham os cinco em meio a multidão correndo como se suas vidas dependessem daquilo, Laila chorava tanto que parecia estar naquele estado a horas.

—Senhorita... _O segurança tocou seu ombro quando seu pé moveu-se só.

—SUA IDIOTA! Eu queria vir... Ainda tenho o que falar. ANA, eu não vou estar sozinha, mas é assim que vou me sentir! Eu queria estar sempre do seu lado, ao lado da melhor parceria para minhas crises, fosse de alegria ou tristeza. Eu não vou poder, mais me desculpe... Eu... _Laila acelerou o passo enxugando as lagrimas. _Mas eu vou ser sua amiga para sempre? Ainda posso ser...

—SEMPRE! _Ana gritou chorando. _Sempre, sempre...

—Ah... Obrigada... _Laila sentiu seu punho ser puxado por Higor para que não parasse de correr. _Ana, eu te amo!

—Que droga! ANINHA, EU... ISSO É ASSUSTADOR, DROGA! Sempre fomos nós três e agora o que? Eu não... Eu não... _Higor corria ainda mais, Laila cobriu o rosto com a mão livre. _Você é minha irmãzinha... Droga... Me desculpe... Quero que tudo continue como sempre, mas... Boa viagem. Ana Redfox. Estou torcendo por você... Eu te amo muito, maninha... _Higor parou de correr, Laila caiu de joelhos em prantos. _Deixe-a comigo...

—Conto com você... _Ana cobriu o rosto. Cuidem um do outro, são tão importantes.

—EI, ISSO NÃO VALE. Ainda tem tanto que queria viver com vocês... Com todos juntos... Mas... _Marilia parou em pé chorando. _Não da... Me prometa que vamos continuar para sempre amigos, prometa que vai voltar e que...

—É UMA PROMESSA! _Não só Ana mais todos os outros gritaram juntos.

—Todos queremos o mesmo... _Rodrigo falou se aproximando de Marilia.

—Então... Até logo, Ana. Eu também te amo muitão. _Marilia sorriu.

—Ana, a principio era tão estranho a ideia de te ver distante, inacreditável na verdade... E doloroso... _Rodrigo parou de correr e abraçou Marilia. _Mas não só pra mim... Sabe, eu sou muito indeciso... Mas aprendi com você que devo viver sem arrependimentos!

Ana sorriu encarando-o, Rodrigo mudara aos poucos desde que o conhecera.

—Você fez uma decisão e apesar de tudo queremos apoia-la. Ana, obrigado e meu pedido é... Seja feliz. _Rodrigo sorriu corando. _Eu te amo.

—Senhorita, esta na hora...

Ana encarou cada um deles e viu Michael correr desesperado na frente de todos entre a multidão. Tinha que partir.

—Eu... Me dói tanto ter que partir. Ainda tenho tanto a falar, rir, chorar e descobrir com vocês... Mas... Me desculpem e... Obrigada por me amarem... Eu amo cada um de vocês... _Ana sorriu enxugando as lagrimas. _Eu vou ali... Vou crescer e ficar mais forte, não se preocupem, ficarei bem também, mas um dia eu volto e estaremos rindo de tudo juntos de novo. Até logo...

—Ana! _Michael pegou um atalho saltando de um banco sobre as pessoas e driblando-as com agilidade até parar na frente dela. _Eu ainda... Ainda não falei... Não me despedi...

—Senhorita...

—Por favor, só um instante... _Ana encarou Michael segurar sua mão.

—Sabemos que ficara bem, você é Ana. Já é forte... Nós é que... _Ele a encarou e sorriu. _Também ficaremos bem, porque aprendemos com você... Eu... Não sou como os outros, Ana. Não consigo dizer vá... Não consigo... Eu quero apoia-la, mas... Quero dizer que fique... Quero que me escolha... Porque agora te vendo ir, sinto que vou quebrar... Mas sabe é egoísmo meu, porque eu te amo... Mas é egoísmo e eu não quero prende-la... Eu não quero, quero vê-la sorrir... Então não vou dizer isso, só... Vai lá azulada, encara mais essa com o sorriso que tanto amo e depois nos conte como foi mais essa aventura... _Michael forçou um sorriso e a abraçou, soltando-a. _Boa viagem...

—Tão confuso... _Ana sorriu tristonha tocando seu rosto, antes de se virar. _Obrigada!

Michael sentiu as lágrimas escaparem como os dedos dela escapavam de sua mão, a azulada que amava estava indo para longe, segurou sua mão com força.

—Ana... _A puxou beijando-lhe os lábios ternamente, então a soltou e sorriu. _Eu te amo...

Ana entendeu que ele não a amava da mesma maneira que ela o amava, seu olhar cruzou com o dele e pode ver que ele também sabia, assim apenas sorriu antes de embarcar no avião. Onde chorou até adormecer finalmente.

 

—Cheguei! _Ana caminhava com a mochila vermelha nas costas até a esteira das malas com o celular no ouvido, pegou a mala preta. _Quem? Ah, acho que lembro...

Arrastou a mala colocando o celular no bolso, foi quando notou a diferença na mala. Um rapaz alto trajando calças brancas com uma camisa amarela em conjunto ao casaco preto parou ao seu lado.

—Garota. Essa mala é minha. _Ana encarou o rosto do rapaz de cabelos negros e chapéu branco. Notou os brincos e também as tatuagens em suas mãos, mas seu olhar foi atraído para os olhos cinzentos e sombrios do garoto.

—Ah, como? _Ana questionou perdida.

—Esta mala... _Apontou para a mala com ela. _É minha.

—Ah... _Ana leu o nome na etiqueta, realmente não era o seu. _Tem razão... Me desculpe, senhor Trafalgar?

—Isso. Mas a culpa realmente foi minha, senhorita Redfox-ya. _O Trafalgar estendeu a mala para ela e pegou a sua no lugar.

—Ya?

—Minhas mais sinceras desculpas.

—Ah, não foi nada. A proposito sabe onde fica a saída? _Ana sorriu agora com o violão e a catana cada um numa bolsa apropriada também em suas costas.

—Não é daqui Redfox-ya? _O Trafalgar ergueu a mala da azulada e seguiu na frente.

—Ah não precisa... _Ana segurou um dos lados da mala, quando ele a encarou.

—Sem problemas, te ajudo a levar. _Ele manteve a mão carregando a mala com ela.

—Obrigada... Ah, então a partir de hoje morarei.

—Bem vinda! _Ele pôs a mala no chão e apontou para um carro. _Minha carona.

—Ah, obrigada...

—Agente se vê. _Ele acenou seguindo.

—Agente se vê... _Ana encarou um conversível vermelho buzinar. _Ah...

—Bem vinda a Grand Line. _O ruivo por trás do volante sorriu.

—Oh, tio Shanks, há quanto tempo. _Ana sorriu pondo as bagagens no banco de trás.

—Você cresceu Ana-chan! Edmund-kun me pediu para pega-la aqui. Seus pais andam atarefados com as mudanças da construtora e ele retornou hoje. _Shanks informou.

—Mamãe me disse. Obrigada pela carona. _Ana sorriu.

—Ponha o cinto! Vai amar a Grand Line! _Shank sorriu dando a partida.

—Mal posso esperar. _Ana sorriu.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso pessoal. O que acharam?
Não sei se notaram, mas amo o Redfox, inclusive tenho outros personagens de outras fanfics que pretendo postar com esse sobrenome.
Obrigada por ler até aqui!
Até semana que vem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O tigre e a borboleta" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.