Era uma vez uma princesa... Mentira! Era apenas uma nerd gorda que não usava óculos, tão pouco possuía aparelho dentário, e nem era tão inteligente assim.

Essa encantadora princesa tinha um castelo cheio de súditos. Não. Ela não tinha castelo nenhum. Tinha apenas que ir para a escola, onde nem se esforçava para socializar.

Era super educada, como princesa da realeza - obviamente - real deve ser e... Não! Ela não era nada educada, nos seus pensamentos. Ela xingava tudo e todos, apenas no pensamento.

Seu maior sonho, como princesa, é se casar com um príncipe, de preferência encantado. Mentira! Seu sonho se baseava em escrever. Escrever histórias, mesmo ridículas, como essa, ou até mesmo poemas, na maioria das vezes tristes.

Ela não era triste. Não se importava muito, bom, o que ela acha. Tentava ser ela mesma. Mas sabe como é, né? Tentando ter uma história mais interessante para viver. Super dramática de vez em sempre. 

Ela não tinha nada para fazer naquele momento. Era o último horário de aula: Educação Física. Vou mandar a real, ficar vendo joguinho de futebol é a pior coisa. Mas dá pra rir as vezes, com os palavrões que eles ficam gritando e os erros gravíssimos. Nem parece que sabem jogar futebol.

Além de mim há mais dois excluídos. Um menino e uma menina. A menina anda comigo, e conversamos às vezes. Mas não dá. Não dá mesmo.

Maria, a garota que não gosta de ser chamada de Maria. Ela gosta de um garoto, bem gato, e vive conversando comigo, só que pelo celular. Na escola ela tem melhores pessoas para conversar.

Eu digo que não ligo. Mas não sei, às vezes acho que ligo muito.

Mas não vamos falar de mim e essa vida monótona. vamos falar da Maria.

Eu acho que ele gosta dela também, vivem abraçados e tals. Mas ambos namoraram na infância. Ela diz não sentir nada, que não foi nada de mais. Mas, eu tenho as minhas dúvidas.

Agora vamos voltar ao tédio e falar da minha vida sem noção.

Mentira.

Vamos continuar falando dele. Vamos chamá-lo de "A''. Eu vou dizer que não gosto muito de yaoi, mas que podemos shippar muito o "A" com o "D".

O "D" é amigo de infância do "A", pelo que eu saiba. Só que o "A" ficou dois anos fora. E então ele voltou com essa amizade, que no meu ponto de vista é um ótimo shipp yaoi.

Eu tinha uma amiga. "TINHA". Éramos amigas de infância, mas desde que viemos estudar na mesma escola, nós nos separando, mas eu não ligo. Eu acho que não ligo. Não mais.

Vamos chamá-la de "M".

Somos vizinhas, e vamos juntas para a escola. Mas isso não é tão relevante como eu queria que fosse.

Eu diria que tenho "colegas", não amigos, apenas colegas.

Não considero ninguém mais como minha amiga, ou amigo. Não mais.

As pessoas daqui, são no mínimo interessantes. Mas não gosto delas.

São chatas.

Vamos falar dos outros excluídos. Vamos falar sobre o menino, chamaremos de "K". A única coisa que ele sabe fazer é dormir durante as aulas e ficar com uma bola na mão, como se ela fosse criar asas e voar. Ele fica fingindo que vai ficar jogando a bola nas pessoas que ficam sentadas. Acho que ele só quer se socializar. Meu pensamento a respeito disso é: "se você acertar com essa bola em mim, eu juro que te mato com um tiro no seu pênis, se é que você tem um".

Para sorte dele, ele nunca me acertou com a bola. Mas se acertasse, no máximo eu jogaria a bola longe ou daria ao professor. Não sou tão agressiva àquele ponto.

Eu cansei de escrever, não tem mais nada que eu tenha que desabafar em garranchos no caderno de ciências (sim, estou escrevendo no caderno de ciências).

E de repente o jogo de futebol virou uma disputa de nádegas e rins. Mas foda-se.

Está no mínimo na metade da aula. Vou aproveitar esses minutos para fingir que eu quero socializar.

[...]

Missão falha.