The New Avenger escrita por Dark Sweet


Capítulo 1
Onde tudo começou


Notas iniciais do capítulo

Hey! Aqui estou com eu com mais uma história. Dessa vez dos Vingadores.
Mas, Gabi, você não se cansa de postar histórias novas sem ter terminado as outras?
Minha resposta é simples: não me canso, essa é a dancinha do ganso, não me canso.
Enfim, espero que gostem, bebês.



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—Querida, você entende que eu preciso trabalhar, não é? –
—Claro, papai. – Merida assentiu enquanto olhava para seu Pica-Pau de pelúcia. – Mas você vai brincar comigo depois, não é? – ela levantou a cabeça olhando para seu pai que sorriu.
—Claro que vou, meu anjo. Agora você irá ficar com a Kimberly. Você lembra-se dela, não lembra? – uma mulher loira aproximou-se dos dois com um sorriso no rosto. Merida sorriu.
—Sim! Ela me deu um quebra-cabeça no meu aniversário. –
—E você já conseguiu montar? – Kimberly se agachou para ficar da altura da garotinha.
—Sim, e sem ajuda. Papai queria me ajudar, mas eu não deixei. Queria montar sozinha. – os dois adultos riram enquanto observavam um olhar determinado no rosto da pequena.
—Muito bem, Merida. Acho que Richard era capaz de te atrapalhar em vez de ajudar. –
—Irei deixar as garotas conversando. Estou prevendo que eu serei o motivo da conversa. Comporte-se, meu Raio de Luz. –
—Papai! Já conversamos sobe isso! – a garota de 6 anos protestou batendo o pé e cruzando os braços. – Nada desses apelidos em locais de trabalho, lembra? – Richard riu e ergueu as mãos.
—Me desculpe. Esqueci, querida. Não está mais aqui quem falou. – ele deu um beijo na testa da filha e saiu da sala, indo em direção ao seu laboratório.
—Então, Merida, o que você quer fazer? – Kimberly questionou para a menina que apertou mais o Pica-Pau enquanto dava um enorme sorriso.

***


—Está gostando do bolo? – Merida respondeu com um balançar de cabeça positivamente enquanto comia mais um pedaço do bolo de chocolate que a cozinheira da empresa, Hellen, tinha acabado de fazer. – Sabe, eu gosto quando você vem para cá, para a empresa. –
—Por quê? – ela questionou balançando as pernas na cadeira, por ainda ser pequena, seus pés ainda não alcançavam o chão.
—Porque assim eu posso fazer meus bolos. A maioria desses funcionários daqui não comem bolo. Na verdade, eles mal têm tempo para comerem. Só ficam com as caras enfiadas naqueles laboratórios e esquecem que eles precisam se alimentar. – Hellen revirou os olhos. – É preciso que a Kim fique lembrando a eles que não é por que eles são cientistas de energia e sei lá o que que eles não precisam de energia. –
—Hellen, deixa eles sem comerem. – Merida falou mordendo outro pedaço de bolo.
—Como? –
—É que assim sobra mais comida para mim! Mais bolo. – a garotinha sorriu de orelha a orelha. – E seus bolos são muito bons. – a cozinheira sorriu também e se aproximou de Merida.
—Você é uma menina de ouro. Seu pai tem sorte de ter você como filha. – disse limpando o rosto de Merida sujo de chocolate.
—Hellen, por que você não tem filhos? Seria legal eu ter com quem brincar quando vier para cá. Eu poderia até emprestar meu Pica-Pau a eles. –
—Está dizendo que é chato ficar aqui comigo e com a Kimberly? – Hellen arqueou a sobrancelha enquanto exibia um sorriso discreto.
—Não! Eu gosto de vocês! Mas vocês já são velhas, não tem uma imaginação de criança. Meu pai tem por isso minha avó o chamava de infantil, eu acho. – Hellen caiu na risada e Merida aproveitou para comer o seu último pedaço de bolo.
—Você é engraçada, Merida, não deixe isso de lado quando crescer. E acima de tudo, não queira crescer rápido. Seja criança o quanto der, aproveite sua infância. –
—Eu sempre aproveito, tia. – Hellen sorriu mais uma vez e limpou o rosto dela dos últimos farelos de bolo. – Eu vou procurar meu pai. Já está na hora dele brincar comigo e não com esses robôs dele. – a garotinha pulou da cadeira e segurou firme seu Pica-Pau.
—Nada disso. Você irá procurar a Kimberly e pedir que ela chame seu pai. O Richard pode estar mexendo com algo perigoso. Ouviu, Merida? – ela assentiu e saiu da cozinha em direção ao elevador.

 Apertou o botão da sala onde ela estava e esperou pacientemente. Quando o elevador parou no andar desejado, ela caminhou até a sala de Kimberly. Entretanto, ela parou no caminho quando viu uma grande quantidade de luz vinda de uma sala um pouco mais afastada.

 Movida pela curiosidade que se alastrava pelo corpo dela, Merida deu um passo em direção à essa sala. Só que parou no caminho como se repensasse a atitude.

—Papai sempre falou para nunca ir às salas sem algum adulto. – ela murmurou pressionando os lábios e apertando mais o bicho de pelúcia. – Mas é tão... brilhante. – deu outro passo em direção à sala. – Se eu for e der só uma olhadinha, sem mexer em nada, ele não vai brigar. – outro passo. – Sem mexer em nada. É isso. E ele nem precisa saber. – mais um. – E se ele souber, papai verá que eu não mexi em nada. Assim não ficará decepcionado. – ela sorriu e apressou mais os passos, parando em frente à porta de vidro.
 A sala não era uma sala qualquer; era um laboratório. Contudo, não era um laboratório qualquer. Essa continha um equipamento enorme, que parecia concentrar algo dentro dele. E que brilhava!
 Merida tocou no vidro, impressionada com aquilo que seus olhos viam. Foi então que a porta se moveu. Alguém tinha esquecido fechá-la. Sem conseguir segurar a curiosidade dentro de si, ela entrou e foi em direção ao equipamento.
—R-reitor de... Não. Reator. Reator, Merida. – ela falou olhando uma placa que tinha ali. – Reator de energia. – murmurou. – Reator de energia! Isso é um reator de energia. – falou empolgada. – O que será que isso faz, Pica-Pau? Eu não me lembro do meu pai ter comentado sobre isso. – continuou falando com o bicho de pelúcia enquanto dava a volta pelo reator. – Mas ele é grande. Quase do tamanho desse prédio. Deve fazer muita coisa, não é mesmo? – ela sorriu e continuou andando para terminar de dar a volta no reator. Ele era realmente enorme!
 Foi então que Merida, enquanto olhava para toda aquela energia concentrada, tropeçou nos próprios pés e caiu. O Pica-Pau saiu arrastado pelo chão,  se afastando dela.
—Droga. – resmungou se apoiando no reator e levantando. Eis que sem querer ela aperta um botão e sirenes começam a soar no mesmo tempo em que algo dentro do reator parece se mexer. Assustada, Merida corre até seu Pica-Pau e o apanha do chão, olhando assustada para o reator. A energia que estava concentrada nele parecia crescer a cada segundo.
—Merida! – ela virou-se para a porta e encontrou seu pai tentando abrir a porta junto com alguns funcionários. Quando ela acionou o botão, a porta se fechou, sem que ela tivesse ao menos uma chance de fugir. – Merida! Filha, saia já daí! Corra! Saia de perto disso! Merida! – a porta finalmente abriu e foi aí que Merida se deu conta do que estava acontecendo. Aquilo iria explodir. A energia só fazia aumentar cada vez mais.
—Papai! – ela gritou começando a correr em direção ao pai, no mesmo tempo em que ele também correu para pegá-la. Porém, era tarde demais.
 O som da explosão pode ser ouvida a alguns quilômetros de distância, assustando todos que ainda saiam do prédio e os que não estavam no prédio.
 Essa explosão não permitiu que Richard chegasse próximo da filha para tentar protegê-la com o próprio corpo, antes que ele fizesse isso, seu corpo já tinha sido jogado para longe. O mesmo com os funcionários que abriram a porta. Merida que estava mais próxima do reator foi uma das mais afetadas, aparentemente.

***


 A confusão que se instalou após a explosão foi enorme. Era gente correndo para tudo que é lado, carros desgovernados pelas ruas, sirenes de bombeiros e policiais. Ninguém sabia direito o que tinha acontecido. A única coisa que sabiam, era que aquela explosão teve muitas vítimas.
 Merida acordou algum tempo depois. Ela ainda estava no prédio, não tinha sinais de bombeiros, ou qualquer outra alma viva.
 Mesmo ela sendo a que estava mais próxima do reator, ela não teve muita coisa. Apenas um grande corte na têmpora esquerda, alguns estilhaços de vidro pelos braços, pernas e pescoço e talvez ela tenha caído de mau jeito sobre o pulso.
 Apesar de ela ter todos esses machucados, a garota reuniu forças e tentou levantar. Ela precisava encontrar seu pai.
—Papai? – sua voz quase não saiu. Entretanto, ela continuou o chamando enquanto levantava e olhava ao redor do laboratório. – Papai! Onde você está? – depois de dar alguns passos, ela encontrou seu Pica-Pau, todo sujo e com alguns cacos de vidro. Caminhou até ele e o apanhou do chão. Foi então que seus olhos encontraram quem ela procurava. – Papai. – sussurrou largando o bicho de pelúcia e caminhando até ele. – Papai! – Merida se ajoelhou ao lado do pai e observou  rosto dele. Estava coberto por sangue. – Papai? – ela sussurrou balançando ele. – Papai, acorda. Precisamos ir para casa. – lágrimas grossas já escorriam pelo rosto dela enquanto balançava o pai numa tentativa inútil de acordá-lo. – Papai, levanta. Precisamos ir para casa. Papai? – o chamou aproximando o seu rosto do dele. Ele não respirava. Mais lágrimas escorreram. – Não. Papai, acorda. Por favor, papai. –
 Algumas luzes apareceram no corredor junto com vozes. Era ajuda. Só que Merida não ligou para isso. Ela tentava a todo custo acordar seu pai.
—Papai! – falou mais alto. – Acorda, por favor. Precisamos ir, papai. Acorda. –
—Aqui! Eu encontrei uma menina! – uma voz masculina gritou apontando a lanterna na direção de Merida. – Hey, garotinha. Está tudo bem? Eu estou aqui para te ajudar, ok? – perguntou se aproximando.
—Por que meu pai não acorda? – sussurrou sem tirar os olhos de Richard. Mais bombeiros se aproximaram.
—Hey. Vai ficar tudo bem. Agora você precisa vir comigo, sim? Você precisa ir para um médico, senão ficará doente. –
—E meu pai? – Merida fungou. – Vocês vão deixá-lo aqui? –
—Não. Um amigo vem buscá-lo. Eu prometo. – o homem falou com um tom de pena.
—Não. Eu não vou sair daqui até que meu pai acorde. – ela fungou mais uma vez.
—Garotinha, seu pai ele... Ele não vai acordar. – Merida virou-se na direção do homem possessa. Ele e seus companheiros deram passos para trás, assustados.

—Os olhos dela. Estão... Estão brilhando! – murmurou um dos bombeiros enquanto encarava Merida com os olhos arregalados.
—Meu pai vai acordar sim! Ele vai voltar para casa comigo. Ele vai me ajudar a limpar meu Pica-Pau. Ele vai me ajudar a montar o quebra-cabeça que a Kimberly me deu no meu aniversário. Meu pai não está morto. – ela não estava mais no chão. Merida estava flutuando e com uma espécie de escudo ao seu redor, um escudo transparente.
—Garotinha... Seu pai... – o homem engoliu em seco. – Ele... está morto. Isso... É algo natural. Acontece e... – ele não teve tempo de concluir sua frase. Antes disso, Merida gritou. E esse grito fez com que uma rajada de luz saísse de suas mãos.

 Todos os presentes caíram inconscientes, até ela mesma.


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Notas finais do capítulo

Hey!
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