Dreaming Little Bird escrita por Shaiera


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá povo, tia Shai aqui o/

Então voltei especialmente para o aniversário da MEIKO!!! (05/11/17)
Gente, essa moça está fazendo 13 aninhos, Parabéns!!!! Parece que foi ontem, como eles crescem rápido.

Essa história como dito anteriormente foi uma adaptação a versão novelized do vídeo que conta com a participação de KAITO e MEIKO no vocal.

Espero que vocês curtam bastante a história e sem mais delongas aproveitem a leitura.



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Esta é uma história que ocorreu em um passado muito distante, a lenda conta sobre um homem e uma mulher que viveram uma complicada história de amor.

Há muito tempo em uma pequena vila no interior do Japão, viviam duas crianças que eram muito unidas e mesmo que vivessem em meio à pobreza que se instalava no Japão e principalmente na vila onde residiam, brincavam juntos despreocupadamente todos os dias. Gostavam de correr juntos, colher frutos que nasciam em árvores próximas da vila, pescar, enfim, tudo aquilo que as crianças daquela época poderiam fazer para se divertirem.

O menino, Kaito, tinha 8 anos, era uma criança muito carinhosa, alegre e forte para um lugar onde a comida era escassa. A menina, Meiko, tinha 10 anos, ela era um pouco temperamental, decidida, destemida, mas adorável, ambos eram melhores amigos e sempre que podiam estavam juntos. Kaito amava muito a menina, ela era muito importante para ele, e sempre acreditava que se estivesse com ela nunca precisaria de nada mais, e assim ele era feliz. Todos os dias caminhavam de mãos dadas e acreditavam que iriam estar juntos para sempre, e apesar de serem muito pobres, eram felizes, porém essa felicidade não duraria para sempre.

Em uma fatídica manhã, Kaito acordou sentindo um pouco mais de frio do que o habitual para o inverno que havia apenas começado, ao olhar pela janela percebeu então que estava nevando, levantou animado e seu primeiro pensamento foi de chamar Meiko para brincarem na neve.

— Kaito querido, coma alguma coisa antes de sair. – Sua mãe lhe entregou uma caneca com chá quente que ela havia acabado de fazer.

Kaito o segurou entre as mãos e tentou tomá-lo o mais rápido que pôde, queria muito ver Meiko e estava ansioso para brincar.

— Espero que esse inverno não seja tão rigoroso como o anterior... Não temos como nos manter aquecidos caso fique realmente muito frio. – A mãe de Kaito disse enquanto olhava para fora da janela.

— Obrigado mamãe. – Kaito disse e entregou-lhe a caneca.

— Vai brincar com a Meiko? Mesmo com essa neve?

— Sim, adoramos brincar com a neve.

— Cuidado para não ficar resfriado, e volte pra casa para almoçar. – Ela disse enquanto pegava um grande tecido e começava a costurá-lo. Kaito assentiu e saiu correndo, muito contente.

Não demorou muito e o menino estava em frente a casa de Meiko, bateu com sua pequena mão na porta da casa, demorou um pouco para que um homem alto de voz grave, pai de Meiko, com o rosto um pouco abatido abrisse a porta. Kaito achou estanho, pois sempre era Meiko quem abria a porta. O homem olhou para Kaito e desviou levemente o olhar, o menino ouviu um choro vir de dentro da casa, esforçando um pouco para ver quem era a pessoa que chorava, percebeu que era a mãe de Meiko que estava chorando sem parar, com a cabeça baixa e escondendo o rosto entre as mãos.

— Err... A Mei-chan está em casa? – Perguntou o menino ainda confuso.

— Não, ela não está... E nunca mais estará. – Dito isso o homem fechou a porta e voltou para dentro de casa.

Kaito ficou sem entender sobre o que ele falava, mas saiu da casa de Meiko transtornado, preocupado, mas disposto a encontra-la.

Os mercadores eram os responsáveis por esse tipo de compras exóticas, eles não vinham para a vila para negociar produtos ou mesmo para comprar algo dos moradores e sim para encontrar belas meninas, eles pagavam bem dependendo se a menina fosse muito bela, o dinheiro era maior, se fosse uma beleza mediana ou comum, o preço ia diminuindo. Eram crianças, preferiam meninas que ainda não havia se tornado moças, pois era mais fácil ensinar o que iriam fazer e tinham uma certeza maior de que eram puras. Quando elas chegavam ao local de distribuição, eram dados os lances por cada uma, e assim as mais belas eram levadas para casas de arte riquíssimas, onde se tornariam elegantes gueixas, as outras para os prostíbulos. Os mercadores preferiam ir a pequenos vilarejos, pois lá os moradores eram muito pobres, e aceitavam com certa facilidade trocar suas filhas por um valor generoso em dinheiro.

Kaito procurou em todos os lugares da vila, correu como nunca havia corrido em toda sua vida, mas nunca pensou em desistir, queria muito encontrar Meiko e iria fazer de tudo para que isso acontecesse. Finalmente ao longe conseguiu avistar a menina, ela andava ao lado de um homem que Kaito nunca havia visto no entorno da vila, se apressou para conseguir se aproximar um pouco mais. Ele gritou fortemente o nome de Meiko e conseguiu fazer com que ambos parassem e apressou-se para alcançá-los.

— Aonde você vai? Quem é esse homem com você? – Perguntou de forma entrecortada, pois respirava pesadamente, estava exausto de sua corrida até ali e havia levado todo o dia procurando pela menina.

— Como pode imaginar... Eu fui comprada, sendo assim... Não posso mais ficar na vila. – Disse Meiko com a voz tranquila e aparentemente parecia compreender o motivo de seus pais terem decidido vendê-la.

— Não entendo, do que está falando? Por favor, por favor, Mei-chan não vá... Ou então... Deixa eu ir com você! Afinal, nós prometemos que estaríamos sempre juntos. – Kaito dizia desesperado e apressadamente, a ideia de ela ir embora e eles se separarem doía em seu pequeno peito. 

— Seu bobo, não pode vir comigo. – Ela disse enquanto afagou seu cabelo com carinho.

— Não, isso não pode acontecer... Por favor, não vá Mei-chan, eu quero estar com você. – Sua voz ficava cada vez mais embargada.

— Eu também quero estar com você... Mas está na hora de dizer adeus. – Ela olhou para ele e lhe deu um sorriso triste, e assim voltou a caminhar junto ao homem que a acompanhava.

— Espera, não vai embora... Mei-chan! – Kaito gritou forte e alto.

O homem olhou para Kaito com um olhar de irritação.

— Cala a boca! – O homem disse e acertou um tapa do rosto de Kaito, o barulho do tapa ecoou ao redor deles, fazendo parecer muito mais alto do que a realidade, devido a força utilizada no tapa dado pelo homem, acabou por derrubar o menino no chão.

— Kaito! – Meiko gritou assustada e entrou na frente do homem, tentando segurá-lo. – Senhor, por favor, fique calmo e não o machuque!

Kaito ficou meio desacordado no chão, mas pôde ouvir o som da voz de Meiko chamando seu nome enquanto era arrastada pelo homem que a acompanhava.

E essa foi à última vez que Kaito a viu. Quando recobrou a consciência já havia anoitecido, foi nesse momento que a pequena criança entendeu o significado do desespero.

Passou-se dez anos desde que esse último encontro aconteceu, Kaito tornou-se um grande desenhista, que costumava viajar entre as vilas e cidades para vender seus trabalhos, pois essa foi a forma que encontrou de continuar sua procura por Meiko.

Estava em uma cidade distante de sua antiga vila, havia montado um pequeno estande na principal área de comércio da cidade e expôs seus mais diversos trabalhos.

— Nossa, que bela pintura... É você mesmo que pinta? – O homem que se aproximou segurava um dos muitos desenhos que Kaito havia feito baseado em Meiko.

— Sim. – Disse Kaito, ao homem que parecia um samurai.

— Qual seu nome?

— Shion, me chamo Shion Kaito.

— Acho que já ouvi falar de você, todos elogiam muito seus desenhos e pinturas... Sou Kamui, Kamui Gakupo. – Sorriu o samurai de forma simpática a Kaito. – Eu gostei desse, vou levar. – Disse Gakupo pegando algumas moedas e entregando a Kaito.

— Eu agradeço muito. – Sorriu Kaito enquanto guardava as moedas recebidas.

— Vou dizer novamente, é realmente muito linda. – Gakupo estava intrigado e admirado com a beleza da mulher na pintura em suas mãos.

— Acredito que sim. – Disse Kaito um pouco cabisbaixo.

— Você não tem certeza?

— Não, mas acredito que sim.

— Pensei que você usasse essa moça como modelo para seus desenhos. – Perguntou Intrigado.

— Eu a conheci ainda criança, desde então não a vi mais, imagino que ela tenha essa aparência, mas como eu disse, é como eu a imagino. – Kaito explicou olhando fixamente para um de seus desenhos.

— Você vai ficar por quanto tempo mais?

— Não muito, eu já estava indo na verdade.

— Mas você está aqui há pouco tempo.

— Sim, mas devo ir... Ela não esta aqui. – Disse Kaito e desviou a visão para o lado que dava para saída da cidade.

— O que?

— Estou procurando uma mulher. – Disse Kaito ficando novamente cabisbaixo, Gakupo se aproximou dele e lhe ofereceu um olhar de compaixão. Com isso Kaito reuniu suas coisas e começou a caminhar em direção a estrada que o levaria ao seu próximo destino.

A cada cidade que Kaito visitava sempre fazia questão de procurar em todas as partes por Meiko, perguntava em todos os lugares, e também aos clientes que iam até ele comprar seus desenhos e pinturas, quando suas buscas não resultavam em nada, saía o mais rápido que podia da cidade para ir até a próxima, para que pudesse continuar suas buscas, porém sempre que não encontrava nada sobre ela se sentia muito desanimado, e o desespero que uma vez sentiu naquele dia voltava com mais força, era um medo de nunca mais poder vê-la novamente.

Gakupo voltou para casa e colocou a pintura sobre uma mesa, na varanda de sua casa e foi cuidar de seus afazeres, quando ouviu barulho de passos, era sua irmã Miku.

— Ah! Essa pintura! – Exclamou Miku surpreendida. – Não é a pintura daquele famoso artista?

— Bem, acho que sim.

— Vamos ver... – Miku pegou a pintura e procurou pela assinatura do pintor. – Aqui... Eu sabia, é ele mesmo! – Disse com um sorriso radiante apontando para o local onde havia encontrado a assinatura. – Poxa, gostaria de ter conhecido ele, seus trabalhos são realmente muito bonitos, principalmente as pinturas dessa mulher. – Disse fazendo beicinho. – Ele ainda está na cidade?

— Não, ele já se foi... Disse que está procurando por uma mulher.

— Ah! Será que é a mulher da pintura? Talvez ele não fique no mesmo lugar por muito tempo, por que ela é seu amor perdido! Que lindo! – Disse Miku com rosto sonhador e com um sorriso bobo.

Ouvindo a conversa estava uma menina muito jovem, cerca de 14 anos de idade, que se interessou pela história e resolveu se apressar e ir atrás do artista, autor daquele desenho. Como conhecia muitas pessoas na cidade acabou por subir na carroça de um conhecido que estava indo para a cidade vizinha, cidade esta que ela residia, e no caminho encontrou o artista, assim que o viu tratou de escolher uma das suas pinturas sobre a tal mulher.

Quando a menina pegou o desenho na mão reconheceu de imediato, lembrou-se que logo que fora comprada e chegou à casa de chá, sua “irmã” havia lhe contado a triste história sobre a vida dela quando criança, sendo assim imaginou que aquele artista era realmente o menino que sua “irmã” havia lhe contado.

— Irmã, Banika... Olha pra isso... Por acaso você conhece? – Entrou correndo e entregando nas mãos de Banika a pintura.

— Incrível, se parece muito comigo. – Disse sorrindo Banika. – Porém, nenhum dos meus clientes pode desenhar assim.

— Sério? – Disse Rin, já com muitos pensamentos rondando a cabeça. Pegou um pequeno pente e passou a pentear os cabelos de Banika, enquanto ela ainda observava atentamente a pintura.

— Se parece com você em todos os sentidos... Dizem que essa pintura é de um artista muito conhecido e popular, sempre vai de cidade em cidade porque está procurando uma mulher... Ele é muito bonito, parece ter cerca de 20 anos mais ou menos. – Disse Rin alegremente.

— Ahh ta bom, ok. – Disse Banika não dando muito crédito ao que a menina dizia.

— Não acredita em mim? – Pegou a pintura nas mãos e apontou para onde estava o nome do pintor. – Olha, aqui está o nome dele... Chama-se Shion Kaito.

Banika se assustou, sentiu seu pulso acelerar, ficou temporariamente paralisada, sua cabeça começou a juntar as peças, porém ela não conseguia acreditar. “Como pode ser possível?”; “Não, isso não é possível!”. O choque foi tão grande que acabou por deixar cair o espelho que segurava em suas mãos no chão.

Quando Rin começou a falar sobre a pintura não deu importância, pois para ela não era uma possibilidade, tudo o que ela havia dito sobre Kaito, o sentimento que sempre guardou em seu peito por ele, era como fantasia, o primeiro amor da infância, uma doce lembrança de uma vida onde ela era livre.

— Irmã, você está bem?... Está muito pálida! – Rin estava preocupada, se aproximou de Banika e a observava com cuidado.

— Deixe me ver a pintura outra vez. – Disse Banika com uma voz baixa, sofrida e levemente embargada.

— C-Claro, pode pegar. – Rin ficou inquieta com a situação, mas a única coisa que podia fazer era observar o comportamento de sua “irmã”.

— Eu gostaria de descansar um pouco, poderia me deixar sozinha um momento? – Banika disse com a voz instável e parecia distraída, não parava de olhar para a pintura.

— Sim, claro. – Disse a menina se levantando e saindo do quarto de sua “irmã” e fechando a porta em seguida.

Assim que se viu sozinha, Banika foi até um pequeno armário que havia no quarto, bem escondido, por baixo de algumas roupas e tecidos, havia uma pequena maleta, era tudo o que ela pôde trazer e manter desde que havia sido comprada, e não havia muita coisa.

Ao abrir e se deparar com as diversas lembranças empoeiradas na pequena maleta, Banika suspirou audivelmente, abrindo um pequeno envelope que havia guardado com muito carinho, tirou um pedaço de papel, já amarelado, com algumas manchas e visíveis linhas de dobras. Era um desenho dela quando criança, ainda com o traço impreciso e trêmulo, porém era visível que era uma bela pintura, com certeza feita por alguém que poderia desenvolver um grande talento no futuro.

Foi como se tivesse um pequeno flashback em sua mente, a memória voltou bruscamente e pôde revivê-la.

— Me desenha bem bonita, tá bom? – Meiko dizia enquanto sorria para Kaito.

Os dois haviam brincado o dia inteiro e agora já estava de tarde, o sol já estava começando a se pôr, eles estavam em um riacho próximo da vila, haviam ido se refrescar naquela quente tarde de verão, quando Kaito disse que queria desenhar Meiko.

— Então devo desenhar exatamente o que vejo. – Disse alegremente o garoto já pegando o pincel e traçando as primeiras linhas.

Meiko ficou ansiosa para ver o resultado enquanto esperava pacientemente por Kaito terminar seu desenho.

— Aqui, está pronto! – Disse o menino sorrindo enquanto mostrava para Meiko orgulhosamente seu desenho.

— Uau, é incrível! Ficou realmente parecido comigo, você desenha muito bem. – Disse a menina pegando o desenho dando um grande abraço em seu amigo.

Ainda surpresa com a beleza do desenho ambos deitaram de barriga pra baixo na grama verde da tarde de verão e passaram a admirar o desenho, quando algo veio à mente de Meiko.

— Você precisa de uma assinatura, para que todas as pessoas no mundo saibam quem você é. – Disse ela muito animada gesticulando com mãos. – Irei fazer uma pra você.

Então a menina pegou o pincel e no canto do desenho ela escreveu o nome de seu amigo em uma assinatura bonita, mas com traço bastante infantil.

— O que você acha? Com esses kanjis pode ser lido seu nome.

— É verdade, dá pra ler Kaito! Eu com certeza escreverei assim em todos os meus desenhos. - Disse sorridente.

Banika agora comparava ambas as assinaturas, eram muito parecidas, mas não idênticas.

— Será que é apenas coincidência? – Pensou enquanto analisava ambas as pinturas em suas mãos.

Tudo o que havia ouvido de Rin, todas as memórias de sua infância passaram por sua mente, nublando ainda mais seus pensamentos, sua garganta começou a se apertar, sentiu uma dor gigantesca em seu peito, seus olhos começaram a arder e sua visão embasar com a formação de lagrimas.

— Mas, quem sabe... – Antes que pudesse perceber lágrimas começam a rolar por sua bochecha e acabaram por cair em cima do desenho antigo, manchando ainda mais o papel já desgastado. – Kaito. – Ela disse num sussurro com a voz embargada e ainda chorando, uniu os desenhos e trouxe ambos junto ao peito, em um abraço cuidadoso e também dolorido.

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Kaito havia acabado de montar seu estande com os desenhos e pinturas em outra cidade, muitas pessoas se aproximavam para comprar e logo apareceu um mercador que queria comprar os desenhos para revender, já era conhecido de Kaito, pois já havia feito negócios com ele em outras ocasiões.

— Esses são todos os que eu trouxe hoje. – Disse Kaito ao mercador, um senhor de idade avançada e um rapaz muito jovem que o acompanhava.

— Muito obrigado por trazê-los, seus desenhos sempre vendem muito bem. – Disse o mercador

— Ao contrário, eu que agradeço.

— O senhor é Kaito? É verdade que está à procura dessa mulher? – Perguntou o jovem rapaz apontando para o desenho de Meiko em uma das pinturas. – Eu ouvi falar de uma gueixa que se parece muito com ela.

— Me fala o nome do lugar, preciso ir até lá! – Kaito disse atônito.

Sentiu seu coração acelerar, será que realmente era ela, ele precisa urgentemente ver essa gueixa e tirar suas próprias conclusões.

A casa de chá ficava na mesma cidade onde estava sendo assim, foi direto para o local, ainda não era o horário ideal para apresentações ou nada do tipo, porém ele daria o dinheiro que fosse necessário para encontrar-se com ela.

— Com licença, gostaria de me encontrar com uma pessoa em especial, uma de suas gueixas. – Kaito explicava para o homem que tomava conta da entrada da casa chá.

— Desculpe, não temos apresentações marcadas para esse horário, e não apresentamos as moças dessa forma.

— Eu entendo, mas é que preciso encontrar com uma mulher que... – Foi interrompido pelo homem.

— Eu já disse a você, não fazemos reencontros por aqui, se você é cliente e tem como pagar, a gente abre uma exceção, caso contrário vou ter o prazer em retirá-lo daqui. – Disse o homem encarando Kaito.

— Eu posso pagar, quanto custa?

— Muito, e uma pessoa como você não tem como pagar.

— Eu tenho dinheiro, olha... Isso é tudo o que tenho aqui, mas caso seja mais cara, posso conseguir mais. – Disse Kaito mostrando a bolsa com uma boa quantia em dinheiro.

O homem olhou para o dinheiro que Kaito havia lhe entregue e assim contando, sorriu e agora com uma grande mudança em sua expressão facial disse:

— Muito bem senhor, desculpe o inconveniente, poderia me descrever a gueixa que o senhor está procurando? – Com um pequeno sorriso, guardava o dinheiro com cuidado em uma pequena caixa que se encontrava em uma gaveta, na mesa  em sua frente.

Kaito então mostrou ao homem um dos desenhos que havia feito de Meiko, e o homem imediatamente identificou que se tratava de Banika.

— Por favor senhor, entre e espere nessa sala, já vou chamá-la. – O homem levou Kaito até um quarto que ficava no fim do corredor.

Kaito entrou, observou o lugar atentamente, era um lugar muito bonito e muito bem decorado, ele sentou e se preparou para esperar, remexeu as mãos nervosamente, estava ansioso.

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— Banika, se arrume... Você terá uma apresentação especial.

— Não estamos no horário das apresentações. – Ela disse confusa.

— Um artista apareceu aqui e me deu muito dinheiro para ter um momento com você.

— Como disse? – Perguntou Banika ainda mais confusa e também assustada.

— Você sabe, aquele famoso artista que todo mundo está comentando, aliás, graças ao seus trabalhos, muitos estão vindo aqui para vê-la. – O homem disse e Banika ficou pensativa.

— Entendo... Estarei pronta daqui a pouco, só preciso de um momento. – Ao dizer isso o homem a deixou sozinha.

“Se realmente for o Kaito... Se realmente for ele... Como devo agir, o que eu faço?” Pensou Banika insegura, e envergonhada, começou a se arrumar rapidamente.

Ela sempre sonhou com o dia em que encontraria Kaito novamente, mas sabia que isso nunca iria acontecer, além do fato de que ela tinha vergonha do que ela veio a se tornar, essa nunca foi a vida que quis ter, e apesar de sentir orgulho do trabalho que desempenhava com tanta maestria, não era um trabalho tão digno quanto gostaria de ter.

Ao terminar de se arrumar, outra gueixa havia avisado a ela que a sala estava pronta, sendo assim ela caminhou até a ultima sala do local, era uma das melhores e mais bem arrumadas, preparadas para homens que tinham muito dinheiro e podiam pagar por ela. Uma senhora que trabalhava na cozinha lhe entregou uma bandeja com chá e sakê. Banika tornou a dar uma ultima ajeitada em suas vestimentas e se preparou para na entrar.

Dentro da sala Kaito mantinha suas mãos tremendo apertadas em sua perna, estava ansioso para conhecer a gueixa que disseram parecer com Meiko.

— Olá, sou Banika, muito prazer. – A moça entrou pela segunda porta que havia atrás, uma que dava para um corredor que levava direto para a cozinha. Ao ouvir sua voz, Kaito sentiu seu coração saltar em seu peito.

O rapaz se virou rapidamente e ficou admirado com a visão diante dele, em todas as suas imagens mentais que havia criado dela, nunca havia imaginada ela tão bonita e tão finamente arrumada, como a via agora.

— Meiko... – Disse admirado Kaito.


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Notas finais do capítulo

E é assim? Acaba Assim, tia Shai?

É amados, infelizmente acaba assim, pq o vídeo também não tem continuação, infelizmente, mas quem sabe eu animo e faço por minha própria conta e risco um segundo e um terceiro capítulo encerrando como se deve essa história?

Ficaram interessados? Então deixem reviews!

Bjus da Tia Shai o/



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