Palavras não ditas escrita por Nathy R


Capítulo 1
Capítulo 1




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Como é respirar a cada dia, sabendo que nunca mais vai ser a mesma coisa? Osomatsu estava olhando para o teto do quarto que agora só tinha ele. Não porque os outros saíram e voltavam mais tarde. Mas está em um ponto da vida, em que ele tinha que começar a fazer algo para seguir e ele realmente se sentia tão imprestável quanto o que Choromatsu lhe dizia. Mesmo que o mesmo não lhe disse nada daquilo por mal.

Como era passar cada dia da própria vida, sem ouvir aquelas gritarias que no fundo eram gostosas e divertidas, aquelas implicâncias que faziam eles se odiarem e se amarem mais mutuamente.

Naquele momento, o mais velho só conseguia se encolher na coberta e chorar, já que agora, ele não precisa mais fingir ser o irmão mais velho e perfeito que não se magoava e nem se machucava com nada. Ninguém estava ali para vê-lo chorar ou ver o tal se acabando de dentro pra fora, se afogando em suas próprias lagrimas ardidas e completamente doidas.

Ele nunca havia feito nada da vida... O que ele ia fazer agora? Se acomodar nas costas do primeiro irmão que lhe dê-se oportunidade? Ou deixar-se definhar na cama? Ou simplesmente ser a pior pessoa do mundo e tirar das outras para ter.

A única coisa que se passava naquele momento na cabeça dele era: “Se eu dissesse a eles que eles são as coisas mais importante de minha vida e eu definitivamente não consigo viver sem eles, de verdade, eles endentariam e ficariam comigo?”

O fato é que aqueles dias, aqueles meses, aqueles anos dentro de seu peito, Osomatsu apenas se sentia um cão abandonado que aos poucos viraria um belo vira-lata malandro que acabaria morrendo atropelado em uma das suas fugas.

Talvez se ele tivesse ouvido mais as reclamações dos irmãos ou se simplesmente tivesse colocada pra fora de verdade tudo aquilo que sentia ao invés de sorrir falso e fazer que tudo ficasse bem para todos os outros.

Ele sempre tentou isso, nunca quis parecer dramático ou triste de mais, ele não podia ser um falso demônio sorridente e fofo e ao mesmo tempo não dava para ele ser o almofadinha certinho ou o cara que claramente seria bom em vários esportes. Ele sempre fazia o tipo, eles primeiro e depois eu, apesar de sempre egoísta e duvidoso, mas nunca posso deixa-los perceberem o qual frágil e inútil eu sou, se não eles não vão ficar mais perto de mim.

MAS DO QUE ADIANTOU TODO AQUELE ESFORÇO? Do que adiantou ser o idiota que faz as piadas para todos sorrirem? Do que adiantou ser o cara que sabe a hora certa de parar deixar tudo dar certo “naturalmente”? Do que aditou todos os seus inúteis esforços de mantê-los ali?

Era tão errado assim...?

Por mais que às vezes lhe escapasse uma coisa ou outra, tentar não era importante...?

“Eu sou só um peso...?”

Seus pais logo não estariam mais ali... O que ele ira fazer? O medo de estar sozinho era tão grandioso que aquilo lhe comia como se nunca fosse acabar.

E como dizer aquilo pros outros? Como o grandioso irmão mais velho se mostraria tão frágil?

“Você é só o mais mimado” – os mais novos diriam sem pensar duas vezes.

Era obvio que isso um dia ia acontecer, era tãooooo obvio.

“Eu fui estupido! Completamente estupido!!” –ele gritava consigo mesmo em meio as lagrimas.

Será que se Osomatsu tivesse dito, naquela época com todas as palavras, talvez não com atitudes, teria sido melhor? Era difícil...

“Eu sou só mais um egoísta...” – balbuciava baixo, entendo engolir o choro e mentalmente parando de culpar seus irmãos por conta da sua própria inutilidade.


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