San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 95
171. Ano Novo


Notas iniciais do capítulo

Oie. Desculpe o sumiço! Semanas de trabalhos, provas, estudo, etc. Para compensar, postarei o último capítulo e epílogo em seguida.

Boa leitura!



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Os dias de dezembro foram passando devagar. Eu contava as horas para ver Yan de novo, ou sair para qualquer canto. Felizmente a casa do pai dele era perto da minha, não dava nem quinze minutos de caminhada, então saímos até para ir ao mercado, tomar sorvete... E na maioria das vezes, Ana ia de chaveiro. Bebê também.

Mas era sempre divertido, então tudo bem.

Todos os dias, eu trocava mensagens com Lili, James e Júlio, tanto pelo celular quanto pelo msn. A saudade que eu sentia deles sempre batia quando conversávamos, e nosso consolo era saber que logo estaríamos juntos de novo. Logo, logo.

Eu fui algumas vezes na casa do pai do Yan, sempre quando ele estava lá. Nunca tive coragem de ir no meio da semana, apesar de sonhar, às vezes, em como seria a ocasião.

Em um desses fins de semana, conheci mais parentes do Yan, algumas tias e tios, sua avó, primos, etc. Todos muito legais e simpáticos.

Sem que eu percebesse, o natal chegou. Mal acreditei quando vi no calendário que era dia vinte e quatro. Negócio de louco estar de férias e ainda namorando. Você se desligava completamente do tempo.

Eu passei a véspera de natal com a família do Yan, e ele ficou comigo na casa da minha vó no dia seguinte. Naquele dia, todos os meus familiares o conheceram, e todos gostaram dele, como previsto. Nem tinha como não gostar dele, né? Impossível.

Mais alguns dias passaram, e quando piscamos, veio o ano novo.

Combinamos de fazer o contrário. Ele ficaria na véspera comigo e minha família, e no dia seguinte, eu iria para a cada da família dele. Aconteceu que, na véspera, até o pai dele quis ficar conosco, e meus pais não viram motivo para não chamá-lo. Então, Yan veio ajudar na decoração, e lá para as oito da noite fomos buscar seu pai.

— Pai? — Yan chamou assim que entramos. Não teve resposta. — Ué.

Entramos na cozinha e havia um bilhete na geladeira presa por um imã.

— Fui no mercado. Volto daqui a pouco. Tem uma torta está no forno, fica de olho — leu Yan. — Ele é louco mesmo. Ir no mercado justo hoje. Deve estar lotado.

— Ele já não tinha comprado tudo o que precisava? — perguntei, confusa.

— Eu achei que sim... Desse jeito ele vai voltar onze e cinquenta e nove.

— Bem isso... E agora?

— Agora não sei... — Ele foi até o fogão e acendeu a luz interna, dando uma olhada no frango assado. — Ainda tá branca, vai demorar um pouquinho pra terminar de assar. Temos que esperar.

— Você vai se arrumar? — Me sentei na ponta da mesa.

— Vou... — Me olhou, como se analisasse o que eu fiz, e se aproximou. — Ainda tá cedo... O que vamos fazer pra matar o tempo?

— Não sei... O que você sugere?

Yan afastou meus cabelos do lado esquerdo do ombro e começou a dar beijos no meu pescoço. Meu corpo todo esquentou com aquele simples contato. Os beijos subiram para o meu maxilar, bochecha e boca, parando ali. Suas mãos seguraram meu rosto, e eu, sua cintura. As senti descendo para a minha cintura, e ele me puxou para mais perto, grudando nossas barrigas. Eu senti...

— Yan, se seu pai chegar vai pegar a gente aqui — cochichei entre seus lábios. Claro que eu estava adorando, mas o medo falava mais alto.

Sem dizer nada, ele me pegou pela mão, me fazendo descer, e saiu para o corredor. Entramos em seu quarto e ele se virou para mim, voltando a me beijar. Inconscientemente, levei minhas mãos para suas costas, debaixo da camiseta. Eu gostava de sentir sua pele, agora mais quente que o habitual.

Mal percebi quando ele andou para trás, e me toquei quando ele se sentou na cama e me puxou para seu colo, e eu sentei em suas coxas, colando novamente nossos peitos.

Nossos beijos ficavam cada vez mais intensos, e parecia que aquilo já não era mais suficiente. Era como se a pele pedisse por mais toques, mais contato direto. Era um frio na barriga, misturado com um calor e uma vontade de...

Entre mais beijos e outros, deitamos na cama, aproveitando para nos tocar em lugares novos.

Sua mão parou, de repente, e eu quase abri a boca para reclamar. Yan sentou, olhando para a porta.

— Que foi...?

— Meu pai chegou — exclamou baixinho, levantando rapidamente, rindo, e me puxou.

— Como você sabe? — perguntei alarmada, sentindo o coração a mil.

— Ele sempre para pra falar com o vizinho. Consigo ouvir de longe. Ele não sabe falar baixo no corredor — explicou, ajeitando minhas roupas e cabelo. Então me deu um último beijo. — Continuamos outra hora.

Ainda atordoada, fui puxada por ele para a sala, onde ele ligou a televisão e nos sentamos no sofá. O vi ajeitar a parte da frente da calça e cobrir com o tecido da camiseta, e eu segurei o riso.

Eu precisava ir no banheiro, mas ficaria óbvio se eu fosse agora.

Ouvimos a porta abrir.

— Yan?

— Oi, pai — respondeu alto, sem se mexer. — Por que você foi no mercado? Ficou doido?

— Fiquei. Acabei voltando... — E ele apareceu na porta. — Oi, Bru.

— Oi.

— Era gente demais. Se eu comprasse alguma coisa ia ficar lá até amanhã.

— Foi o que eu pensei. E o que você queria comprar?

— Pimenta do reino.

— Nossa senhora.

— Não custava tentar, ué... — E ele saiu. — A torta tá pronta?

Yan e eu nos encaramos com os olhos arregalados.

— Olha, na hora certa! — Vagner disse feliz lá da cozinha. — Ficou perfeita.

Soltamos o ar pela boca, aliviados, e começamos a rir.

— Você não vai se arrumar, filho?

— Vou, estava esperando você chegar. — Yan respondeu, me deu um beijo rápido e levantou. — Vou tomar banho.

— Tá bom.

Yan saiu e eu aproveitei para ir até a cozinha, onde Vagner estava passando uma faca nas bordas da torta.

— Quer ajuda com algo?

— Já que você ofereceu, pega pra mim os refrigerantes na geladeira a coloca na sacola de pano aí na mesa, por favor.

Fiz o que ele me pediu, e ainda ajudei a desenformar a torta, que estava com um cheiro maravilhoso.

Não demorou nem dez minutos para Yan voltar, já arrumado. Vagner foi tomar uma ducha, e nós aproveitamos o pouquinho do tempo para dar mais uns amassos em cima da mesa. Quando ele voltou, estávamos sentados, apenas esperando.

Logo, pegamos as comidas e bebidas, e fomos para a minha casa, já cheia de parentes. Os comes e bebes já estavam liberados, a música estava a todo vapor, e a festa seguiu.

Como o costume, antes da meia noite, fizemos um brinde e começamos com os abraços, e quando os fogos começaram, fomos para a rua assistir.

Eu só conseguia sorrir. Pelos fogos, por Yan estar ali, por eu estar tão feliz.

Como um pedido de ano novo, eu só queria que aquela felicidade durasse para sempre, e que eu pudesse estar ao lado da minha família, do Yan, e dos meus amigos sempre que fosse possível.

Eu pedi para que, mesmo pela distância, nós nunca deixássemos nossa amizade de lado, que nunca desaparecesse. Que ela sempre estivesse firme e forte, que sempre que desse, visitássemos um ao outro, depois que o ensino médio acabasse. Que sempre mantivéssemos contato, até velhinhos.

E que fossemos felizes.


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Notas finais do capítulo

Ain :')

Bom, nos vemos no próximo capítulo, o último, de verdade.



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