San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 58
134. Na Escondidinha + Beijo Engravida


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!

Hoje sim o negócio tá bom! Uns vão gostar, outros não, mãaasss... ¯_(ツ)_/¯

Boa leitura!



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A água que estava impregnada em mim estava me fazendo ficar gelada, por causa do vento. Me encolhi, me abraçando.

— Está com frio? — James perguntou como se eu fosse doida.

— O vento está gelado, né.

— Tá doida. — Riu e se endireitou.

O senti passando o braço por meu ombro, e o outro deixou na frente da minha barriga, cruzando os dedos, como se estivesse me abraçando de lado.

— Você é muito frienta.

— E você é calorento demais. — Dei risada.

Não tinha como não comparar a situação com minhas poucas experiências, mas... Aquilo não era igual quando Yan me abraçava ou ficava perto.

Não estou dizendo que era ruim ou menos bom. Era algo mais seguro, digamos assim. Eu já não sabia como explicar.

Eu sempre me senti segura e acolhida ao lado do James. Ele me fazia me sentir tão bem...

Olhei para ele. Seu cabelo estava bagunçado e molhado, seus cílios mais escuros por causa da água e aquele sorriso fofo não saía de seu rosto.

James me encarou. — O que foi?

Ele estava tão fofo que... Acabei rindo.

— Ih, endoidou de vez. — Sorriu com o meu sorriso.

Observei seus olhos verdes, que eu nunca tinha visto em outro lugar.

— Você sempre fala que eu endoidei e estou sã até agora — falei baixo.

— Será mesmo? — Estreitou os olhos. — Você pode ser uma doida esperta.

— Doida esperta? — gargalhei.

Ele riu também. — Vai saber, né.

Estávamos ali, nos olhando. Não havia aquela sensação de magnetismo entre nós. Não havia uma vontade louca de agarrar ele.

Bom, talvez tivesse um pouquinho sim.

Mas... a minha vontade era conseguir demonstrar tudo o que eu sentia por ele. Eu tinha vontade sim de abraçá-lo e não soltar. Tinha vontade de ficar do lado dele para sempre, pois eu sabia que nunca enjoaria do seu jeito.

— Por que você está toda pensativa? — perguntou baixo, ainda sorrindo um pouco.

Sabe que eu também não sei? — Sei lá — respondi, rindo, olhando para baixo.

— Bru — chamou minha atenção, baixinho. — Fala.

De repente, meu coração acelerou um pouco, como nunca tinha feito perto dele.

Apoiei minha mão no chão entre nós e o olhei. Dessa vez nossos rostos estavam pertos igual na noite anterior.

Ai Jesus...

Nossos sorrisos foram diminuindo até ficar apenas um olhar de compreensão e carinho entre nós.

Em partes, parecia que ele estava pensando nas mesmas coisas que eu, como se... estivesse analisando tudo.

Notei que a lateral dos nossos narizes estavam quase se encostando. Eu não tinha reparado que estava indo para frente. Nossos lábios se encostaram, delicadamente, como se não tivéssemos certeza do que estávamos fazendo, e fechei os olhos, sentindo um misto de emoções e sensações.

James se aproximou um pouco mais, fazendo nossas bocas se encostarem de verdade e beijou-me, delicadamente. Retribui aquele selinho, e do mesmo jeito que nos aproximamos, nos afastamos devagar, nos olhando.

Nós dois devíamos estar fazendo caras parecidas. Caras de dúvida, confusão, vergonha... E então... rimos, ao mesmo tempo.

— Será que você... sabe o que estamos fazendo? — Ele questionou, sorrindo.

— Não. Eu não sei. — Sorri.

— É, eu também não. — Virou o rosto, observando o mar.

Isso foi tão... existe uma única palavra pra descrever?

Fofo. Legal. Bom. Carinhoso. Daora. Maneiro. Romântico. Quero de... novo...?

Nos olhamos ao mesmo tempo e nos aproximamos. Trocamos outro selinho, mais demorado.

Sabe quando você está aprendendo a beijar? Aquela sensação de coisa nova? De ansiedade e medo, que você não sabe exatamente o que fazer?

Eu estava exatamente daquele jeito.

— Isso... foi... legal, né...? — Ele perguntou, ainda parecendo em dúvida.

— Acho que sim. — Sorri. — Acho que estamos... iguais.

— Confusos.

— É.

James riu, balançando a cabeça. — Bom, podemos...

— De novo?

Nos beijamos de novo. Abrimos nossas bocas e nos beijamos de leve, devagar, como se estivéssemos aprendendo. Pela primeira vez, senti a língua dele.

Nunca nos beijamos daquele jeito nos ensaios, e isso tornava a coisa ainda mais nova.

Um pouco depois, nos separamos, finalizando com outro selinho.

Ele suspirou, voltando os braços para seu colo. — Que... doideira.

Concordei com um aceno de cabeça lento. — Sim.

— Isso realmente aconteceu, não é?

Dei risada. — Sim, aconteceu.

Ficamos uns segundos em silêncio, mas não era aquele momento constrangedor. Era aquele silêncio agradável, onde sentíamos que não havia necessidade de preenche-lo com conversa. Era engraçado como, mesmo tendo nos beijado, estávamos confortáveis um com o outro. Mais natural do que aquilo, provavelmente era impossível.

— Vamos... contar para os outros? — James perguntou, me encarando.

— Não sei. O que você acha? — Dei um sorrisinho travesso, me sentindo uma criança bolando um plano que adultos não poderiam saber.

— Bom... Se a Lili desconfiar ou descobrir, vai nos matar, você já sabe. — Ele riu.

— Acho que é a mesma coisa com o Bebê.

— E se a gente esperasse eles descobrirem?

— Como assim?

— Eu não duvido que a Lili perceba algo diferente. Ela é quase uma bruxa, é só olhar para nossa cara para saber que alguma coisa aconteceu.

— Isso é verdade... Então tá, faremos isso.

— Vai ser engraçado, mesmo quando ela estiver correndo atrás da gente com alguma coisa na mão. — Deu risada.

— Vai mesmo, espero continuar viva depois disso.

— Tudo bem, se ela vier nos bater eu grito “o bebê, o bebê!”

Comecei a gargalhar. — Caramba, que rápido.

— Você não sabia que beijo engravida? — Arregalou os olhos, tapando a boca com a mão.

— Não! — Fingi surpresa. — Meu Deus, seremos pais... — Toquei a barriga dele. — Oi, neném.

James riu ainda mais. — Ai, caramba... Temos que decidir o nome.

— Podemos fazer uma reunião depois que alguém descobrir. Imagina a cara da Lili se falarmos que estamos esperando um filho?

— Nossa, isso vai ser genial! Precisamos nos apressar porque quero muito ver isso.

Naquele momento, notei que a chuva estava diminuindo, se limitando a um chuvisco leve.

James levantou e estendeu as mãos para mim, e me ergui. Ele parou no segundo degrau e se virou de frente, ainda com nossas mãos dadas. Ficamos na mesma altura.

Deixei um sorriso escapar antes de beijá-lo de novo. Ficamos assim uns minutos, até os pingos cessarem de vez.

Voltamos para a areia, caminhando de mãos dadas, como antes. Porém, Lili, Júlio e Bebê não estavam mais no lugar onde os deixamos. Olhamos ao redor, os procurando, até que ouvimos um assovio. Assim que viramos, os vimos na calçada, acenando.

Andamos até lá.

— Onde vocês estavam? — James questionou.

— Ficamos ali naquela sorveteria. — Lili apontou para a loja do outro lado da rua. — E vocês? Se esconderam também?

— Sim, ficamos abrigados em um gazebo — respondi.

— Ah, sim. Vamos para casa? Estou cansada.

— Bora! — Júlio saiu andando na frente.

James e eu trocamos olhares, segurando o riso. Por enquanto, nada.

Seguimos o caminhando conversando, comigo e James de mãos dadas. Nada de anormal até então, mas era engraçado a situação.

Assim que chegamos, fomos um por vez tomar banho. Quando terminamos, passava das sete e os pais do Júlio já tinham ido para o bar. Júlio cismou que queria fazer lanche de forno, e que tinham todos os ingredientes em casa.

Lá fomos nós caçar as coisas e começar a cozinhar.

Lili ficou responsável por montar o lanche na forma e fazer molho branco. Bebê por ralar o queijo e presunto, Júlio foi comprar o pão de forma, que era a única coisa que não tinha, e eu e James ficamos cortando tomate e cebola, na ilha.

— Por que você tá chorando? — perguntei brincando para James, que cortava as cebolas em rodelas.

Ele fungou. — É que... estou emocionado.

— Pelo quê? — Lili questionou, mexendo na panela do molho, no fogão, de frente para nós.

James me deu uma olhada rápida. — Ah, várias coisas. Acho que estou de tpm.

— Ah, vai cagar! — Ela riu.

— Isso cansa — resmungou Bernardo, na pia, ralando o pedaço de queijo.

— Seu fraquinho. — Enchi o saco dele.

— Vem ralar, então. Acha que é fácil?

— Já estou trabalhando.

Ouvimos o barulho da porta, e Júlio chegou com dois pacotes de pão de forma. Depois de um tempo, montamos os lanches na forma, como se fosse uma lasanha. Deixamos no forno, e me candidatei a lavar as louças que ficaram.

Lili, Júlio e Bernardo decidiram ir jogar videogame, e James resolveu me ajudar a secar as coisas.

— Como que pode? — Ele cochichou, secando o ralador. — Ela não percebeu nada.

Dei uma risadinha. — É porque nós sempre fomos assim, não acha?

Ele considerou. — Acho que sim... Teremos que ser um pouco mais óbvios.

E nisso, James se inclinou, me beijando de surpresa. Devolvi, mas me afastei logo, com aquele sentimento de perigo, segurando o riso.

— James! — sussurrei, o repreendendo.

— O quê? — Sorriu, ainda perto. Ele estava adorando fazer aquilo.

— Ser um pouco mais óbvio não é entregar de cara, né...

— Ei. — Tomamos um susto e nos afastamos, vendo que era Júlio. — O que vocês estão cochichando aí? Falando mal de quem?

Ele também não percebeu... Mas bom, Júlio sempre foi um pouco... lerdinho.

— Estamos falando mal de você, de quem acha? — James disse.

— Nossa, vem na minha casa e ainda fala mal de mim — resmungou, indo até o armário ao lado do fogão e pegando um refrigerante. — Vocês vão ver quando caírem no sono. — Colocou a bebida no congelador.

— Isso foi uma ameaça?

— O que acha? — Fingiu estar bravo e voltou para a sala.

Demos risada e continuamos a trabalhar na louça.


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Notas finais do capítulo

Só lembrando como é a cozinha da casa do Júlio:
https://i.pinimg.com/564x/28/91/05/2891051308eeb961099c82cd78e63b30.jpg

Aaahhhh coisinhas mais fofas da minha vida! ♥

E aí, gostaram? Nem adianta vir falar do Yan, gente, vocês não querem que a Bru seja feliz? É o que está acontecendo na vida dela agora. Temos que ficar felizes por ela xD

Esses dois estão confusos? Sim, estão, mas pelo menos estão se divertindo kkk

Nos vemos semana que vem o/



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