San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 22
98. Exercitando a Criatividade


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeei pessoinhas! Tudo certo? Como vão nesse feriadin?

O capítulo de hoje é tranquilo, gostosinho de ler, e com uns humores aí.

Boa leitura!



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— É o carinha que você está ficando? — Gean deu um riso.

— Aham. — Lili levantou. Mateus veio e a abraçou.

— É impressão minha ou você não gosta dele? — Gean sussurrou para mim.

— Não, eu gosto muito dele, mas não é esse o problema — cochichei o olhando.

Gean olhou bem para mim e suas sobrancelhas se ergueram, como se tivesse entendido.  — O outro menino?

Afirmei com um aceno, e vi que os pombinhos se soltaram. Mateus nos viu.

— E aí, Bru! — Sorriu feliz. — Olá. — Acenou pro Gean.

— Oi — falamos ao mesmo tempo.

Então Yan ficou ao lado do amigo, parecendo tímido, e deu um breve aceno com a mão.

— Vão encher o bucho de pizza? — Mateus perguntou.

— De esfirra na verdade. — Lili sorriu. — E vocês vão comer aqui?

Por favor não…

Gean deixou o seu braço no meu encosto da cadeira, o dobrando e apoiando a cabeça na mão, ficando perto do meu ombro.

— Não, vamos levar umas pizzas lá pra casa, meus pais estão esperando.

— Hm… Esse é o meu primo, Gean. Lembra que falei dele?

— Lembro sim. — Olhou pelo Gean. — Famoso você

 Gean riu — Não é à toa que pago as coisas para ela.

— Que feio, Lili. falindo o próprio primo. — Fez voz de desaprovação.

— Ora, é ele quem convida. — Cruzou os braços

Mateus riu olhando para ela com a maior cara de apaixonado. — Acho que é melhor a gente ir pedir logo ou meus pais vão vir atrás da gente.

— Vai lá. — Deram um selinho e ele voltou para o balcão com Yan.

E eu fiquei menos tensa.

— Credo, afeto em público. — Gean fez cara de nojo.

Lili revirou os olhos fazendo uma careta e se sentou. — E você não fazia isso não?

— Eu não. Tanto é que a outra lá achava que eu não queria ser visto com ela, que a “amante” poderia ver, e por isso eu não gostava de beijar ou ficar abraçado com ela.

— Aff, louca. — Olhou para outro lugar e me olhou. — Yan fica olhando pra cá.

Não resisti e olhei, mas na hora ele estava virado. Suspirei.

— Qual é a dele? — Gean questionou. — Ele parece interessado em você.

— Lembra da menina de Santos que você estava gostando e parecia que ela também? — Lili perguntou e ele afirmou. — Mais ou menos isso, mas com coisas mais pesada por trás.

— Ah…

— Como assim? — Olhei para ele.

— Quando começou a rolar esses flertes, eu estava planejando voltar pra cá. Então achei melhor deixar para lá.

Hm… É, parecido, até.

 — Acho que você e ele teriam assunto para conversar. — Ela brincou.

Nosso pedido chegou, junto dos pratos e talheres, e começamos a comer e conversar. E quando me lembrei, Yan nem estava mais lá.

Isso era bom?

Voltamos para a casa do Gean lá para as nove horas, e ele pediu que dormíssemos lá. A mãe dele nos emprestou roupas confortáveis e ficamos deitados na cama dele jogando conversa fora.

A Lili foi dando respostas cada vez mais curtas e logo adormeceu.

— Típico dela. — Gean negou, fingindo estar desapontado. — Quer saber? — Me olhou. — Vou fazer uma coisa sempre quis fazer.

— O quê? — O segui com o olhar, enquanto ele saía do quarto.

Voltou pouco depois com dois lápis na mão e me deu um. — Hora de incorporar o Picasso.

O encarei, pensando no quanto Lili ficaria brava ao acordar.

— Vai Bru. — Riu, destampando seu lápis de olhos preto. — Falo que fui eu, relaxa. — Então sentou perto dela e se inclinou, começando a desenhar um bigode em seu rosto.

Segurei a risada e fiz o mesmo, mas meu lápis era o marrom alaranjado, parecido com a cor dos cabelos deles. Então me aproximei e desenhei pelinhos extras no meio das sobrancelhas dela.

Gean começou a rir sem se preocupar se ela ia acordar ou não. — Uma ruiva com bigode preto, isso sim é novidade. — Começou a passar o lápis na sardas dela.

— Ela vai virar uma dálmata assim. — Eu ri.

Ele riu mais. — Verdade. Mas dálmata que se preze tem mancha em volta dos olhos…

Ai meu Deus.

Então ele começou a pintar a pálpebra esquerda dela, mordendo o lábio para não rir na cara do perigo.

— Então ela vai ser uma dálmata com cavanhaque. — Fiz riscos no queixo dela.

— Boa ideia.

Depois que nos demos por satisfeitos, Gean tirou algumas fotos dela e guardou as provas do crime, digo, os lápis.

— Eu não estou com um pingo de sono. — Ele disse ao voltar a se deitar no mesmo lugar.

 — Até que eu também não.

 — Minha mãe foi dormir e não estou afim de jogar... e agora?

— Não sei. Sou péssima pra pensar em coisas pra fazer.

— Tem uma coisa que fazíamos sempre que acabava a força. Minha mãe falava que isso exercitava a criatividade. Ela criava um personagem e nós tínhamos que criar a história dele de acordo com a sua personalidade.

— Parece legal

— Quer tentar? —  Afirmei. —  Só que nós vamos ter que criar o personagem.

— Tudo bem. Vamos ver... Ele pode ser baixinho?

— Pode. Baixinho... com 30 anos... É pintor e gosta de pudim.

Eu ri. — Ele pode ser impaciente, louco por limpeza e…

— Odeia que façam comida para ele. Ele pode gostar de uma mulher que é chefe de cozinha.

Era cada coisa aleatória que surgia.

— Boa. O nome dela vai ser... Soraia — falei o primeiro nome que me veio.

— Tá. O nome dele vai ser... — Pensou. — Roberto Sanchez.

— Ele é mexicano? — Dei risada.

— Sim. — Sorriu. — Tá, vamos lá. Roberto Sanchez estava em sua casa pintando um quadro... —  Fez um sinal com a mão, me passando a vez.

— Hm…  ele estava com fome porque era perto da hora do almoço, mas estava com preguiça de cozinhar.

— Porque para ir cozinhar, ele teria que tomar banho, já que suas mãos e braços estavam sujos de tinta.

— Passou pela cabeça dele pedir comida do restaurante onde sua amada trabalhava, mas seu orgulho falou mais alto e ele tentou pensar em outra coisa.

— Ele pensou “talvez eu possa lavar as mãos e cozinhar algo prático”. — Fez uma voz grave. — E foi lavar as mãos na pia do banheiro. Começou a lavar com sabonete, mas ficou impaciente porque a tinta não saía, e quando percebeu, estava esfregando uma esponja na pele.

— Estava esfregando com tanta força que ficou todo vermelho, e ainda assim a tinta não saiu toda.

— Depois de xingar e ficar nervoso, decidiu tomar banho, é só saiu de lá depois que toda a tinta tinha sumido.

— Nisso já eram duas horas da tarde e ele estava morrendo de fome e com mais preguiça ainda de cozinhar.

— Aí ele lembrou da feijoada que comeu uma vez e…

Comecei a rir. — Espera, ele não era mexicano?

Ele parou. — Nossa, verdade. Mas o que impede de ter comida brasileira lá no México? — Cruzou os braços, fazendo pose.

 — Nada. — Dei de ombros, sorrindo.

Gean sorriu, parecendo divertido.

Analisei os traços de seu rosto, procurando a semelhança com Yan que antes tinha visto. Mas quando Gean sorria, não ficava tão parecido assim. Ele não tinha uma covinha e nem nada que lembrasse.

Claro que eu não podia dizer que ele não era bonito. Ele é bonito…

Eu devia parar de procurar semelhanças.

Continuamos a história e quando percebemos já era para lá de meia-noite. Deixamos Roberto Sanchez jantando com sua amada Soraia depois de muito sofrimento e insistência da parte dela, e fomos dormir, cada um ao lado da Lili.

No outro dia, Lili acordou depois da gente e deu um berro no banheiro e começamos a rir, sentados à mesa. Ela mostrou para Luana, a mãe do Gean — que assumiu a culpa — e ela fez Lili desenhar na cara do Gean como forma de vingança.

Depois do café, fomos todos para a casa da Lili, e teve um almoço em família. E apesar de eu ser de fora, também me sentia parte deles.

Quando cheguei na escola, Bebê me disse que ficou com preguiça de ir encontrar Cauã, mas eles estavam combinando de ser ver no dia das crianças.

A semana de provas começou, mas nada que eu não tirasse de letra. A última semana do mês foi a mais tranquila, já que eram os dias de recuperação.

O mês de outubro começou com tudo.

Tudo de velho.

Pelo menos meu aniversário estava chegando!

No fim de semana antes do feriado, Júlio nos chamou para o aniversário de sua mãe, que era no próprio dia doze.

Soubemos por James que Júlio deixou claro que não queria que Lili levasse Mateus, mas isso era tão óbvio que deixou ela brava.

Ela só não o xingou porque estava pensando no Mateus, aposto.

Na terça, fomos pra casa da Lili depois do almoço e de tarde fomos comprar um presente pra Roberta, acompanhadas de Gean.


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Notas finais do capítulo

Melhor passatempo: riscar a cara da Lili xD

Tranquilo, não foi? Estamos numa fase tranquila da história.

Sabem de uma coisa? EU ESQUECI O ANIVERSÁRIO DO JAMES ME SENTI MUITO CULPADA SCRR

Foi dia 4 de março. Me perdoe, James, não deixei de te amar ♥

O que será que vai rolar nesse aniversário da Roberta? Será que vai ter treta? shaysga

Pessoas do meu coração, eu sei que é chato, mas por favor, comentem. É importante porque assim eu sei o que está agradando e o que não está.

O volume 1 do livro está com 6.6K e claro que eu agradeço muito, mas não tem nem 1/4 de comentários. Então por favor, comentem ou então coloquem a história nos seus acompanhamentos/favoritos.

Nesse volume estamos com 1.2K, o que é muito. Mããs infelizmente temos poucos comentários. Só as minhas leitoras lindas que sempre estão aqui que aparecem (felizmente, amo vocês, suas lindas :*)

Se você acompanha a muito tempo, aparece aí, não vamos morder. Vou te responder com muito carinho u.u

Então é isso, nos vemos no próximo capítulo o/



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