CAP: 8

      (P.O.V) – Angel.

Eu estava muito nervosa com Suga, seria errado deixar ele morrer? Bom, eu não faria isso né gente, mas tinha um probleminha, eu não lembrava qual era o cruzamento.

—COMO ASSIM VOCÊ NÃO LEMBRA?! – Jae In grita.

—Eu não lembro, olha aqui eu tenho muita coisa pra recordar e isso justifica o porquê eu não lembro da merda do cruzamento! – Falo.

—Eles moram aonde?

—Aqui perto. – Respondo.

—Aff, o que ele ia fazer no seu sonho? – Ele pergunta.

—Hum... Já sei, ele ia comprar pão, naquele cruzamento sabe depois da padaria, acho que é o número 2.

—Ah, sei qual é, vamos menina. – Ele fala agarrando minha mão e correndo o mais rápido que podia.

            Estávamos no cruzamento esperando algo fora do comum acontecer. Mas tudo parecia normal e Suga não aparecia em lugar nenhum.

            De repente, começamos a ver uma aglomeração de pessoas no outro cruzamento.

—O que está acontecendo? – Perguntei para alguém que estava correndo naquela direção.

—Um caminhão tombou em cima de dois carros. – A pessoa respondeu sem nem mesmo parar.

—Jae In-ah... – Falei já com lágrimas nos olhos. – Eu falhei de novo?

            Ele agarrou minha mão e me levou até o acidente em questão de milésimos de segundos. Podia ser muita burrice mostrar nossos poderes com tanta gente, mas todos estavam assustados de mais pra perceber.

            Ele me largou lá e foi examinar os dois carros.

—Ele não está aqui. – Disse Jae In aparecendo do meu lado. – Ele não estava em nenhum dos carros, isso quer dizer...

—Que a gente estava no lugar certo! – Gritei. – Corre Jae In! Corre!

            Ele segurou minha mão, mas um monte de gente ainda vinha correndo para ver o acidente e Jae In acabou tropeçando e caindo no chão. Para piorar a situação, alguém pisou no tornozelo dele que ficou lindamente virado pro outro lado.

—MERDA! – Ele gritou. – Corre Angel! Você tem que salvar ele, eu posso me virar.

Virei para correr enquanto Jae In criava um campo de força eletromagnético em torno de si para que as pessoas não chegassem perto dele que estava jogado no chão.

—Não esqueça de vir me buscar. – Ouvi ele dizer.

Corri como uma louca. Eu vou te salvar Suga, eu juro que vou!

Vi o carro dele virar no cruzamento. Eu vou chegar a tempo, eu vou chegar!

Mas eu não cheguei.

Tentei parar o outro carro com a telecinésia, mas eu estava cansada da corrida e, em vez de ajudar, acabei fazendo o carro não bater de frente, mas sim na porta do motorista.

NÃO! NÃAAAAAO!!

Corri até o carro e lá estava ele, coberto de sangue caído em cima do volante. Coloquei o dedo em seu pescoço. Estava sem pulso. Meu Deus! Não sei como, mas eu havia conseguido piorar a visão do que iria acontecer. Suga não só teve morte cerebral, o coração dele também parou e eu tinha certeza disso olhando para um enorme pedaço de vidro cravado em seu peito.

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—Tenho que ir... fique bem. – Diz Suga abrindo a porta. Estamos no meu apartamento. O que...?

—NÃO! – Grito. Ainda estou tremendo pensando no estado em que ele estava no carro. – Como fui burra... – Digo para mim mesma.

Suga fica lá sem entender bulhufas.

—12:52, no cruzamento, você vai bater o carro e vai ter morte cerebral. Você vai esperar, vamos brigar, meu primo vai te salvar. Já terá passado a hora, então você irá embora, mas ainda estará em perigo. Eu não conseguirei salvá-lo por conta de uma distração e você vai acabar com seu coração transpassado por vidro.

—O que?! – Ele diz assustado.

            Eu estou tentando me controlar, as cenas ainda estão muito vivas na minha mente.

—Eu... nunca... eu nunca tive uma visão tão realista e com detalhes desse jeito...

(N/a: Gente, pra quem não entendeu ela estava tendo uma visão desde o capítulo passado, neste mesmo momento em que ele fala “tenho que ir”)

—Tudo bom? – Suga pergunta sem entender. – Nossa você está tremendo! – Ele chega perto de mim e segura minhas mãos, fazendo elas pararem de balançar.

            Sem nem pensar, dou um abraço nele.

—Você ta vivo? – Pergunto meio boba.

—Ô menina você pirou de vez né? O que está fazendo agora nesse exato momento?

—Ah, foi mau. – Me afasto. – É que eu tive uma visão terrível.

—É você me deu detalhes. – Ele fala. – E então o que eu faço, se eu for agora eu morro, se eu esperar, eu vou morrer também. A gente não pode brigar é isso?

—Espera, eu tenho que ir junto com você pra parar dois acidentes, não espera. – Corro e abro a porta e avisto quem eu queria ver, Jae In.

—Oi priminha! – Ele chega.

—Vem entra. – Falo puxando ele e Suga, para mina cama que era o lugar onde não tina caixas e dava pra sentar. (Eu sei isso soou mal, mas não pensem merda ok?)

            Expliquei bem em detalhes, tudo, tudinho que aconteceu, foi arrepiante falar aquilo de novo, então fizemos assim, eu iria com Suga e Jae In tentaria parar o acidente que aconteceria no outro cruzamento com um caminhão e dois carros.

            E assim chegamos até o carro.

—Tome cuidado Jae In. – Falo.

—Eu sou imortal, não se preocupe. – Ele diz.

—Isso não impede de você se machucar.

—Calma Angelzinha, a gente se encontra na casa dele né? – Ele aponta pra Suga.

—Sim, boa sorte.

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            No mais tudo ocorreu bem, eu consegui parar o acidente, e conseguimos chegar na casa dos meninos a salvo.