Runaway escrita por kaka_cristin


Capítulo 17
Capítulo 17 – Depois de tanto tempo.


Notas iniciais do capítulo

Olha Amanda, depois do q eu vi lah no dia no show, eu nem acho q seja necessário chegar cedo pq os ultimos fikaram na frente. teve um amigo meu q foi o ultimo da fila e ele fikou de frente pro frank ainda pegou nele e tirou fotos lindas, eu q fui uma das primeiras fui parar lá atrás quando o show começou :(



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Passaram-se alguns meses e Maria não queria mais saber de imprensa. E mesmo assim a imprensa se aglomerava em frente ao prédio que Maria vivia com os pais. Queria aproveitar ao máximo sua família: seus pais e sua irmã Sue - que agora tinha onze anos.

Maria ainda deixava o seu antigo quarto do jeito que sua mãe conservou durante todos aqueles anos. Gostava de voltar nele e sentar-se no tapete rosa e relembrar sua infância ali.

Sentou no tapete do chão e ficou olhando os desenhos presos no mural feitos por ela quando criança. Sue entrou no quarto e sentou ao lado dela.

- está tudo bem? – perguntou a menina.

- sim. – disse contendo as lágrimas.

- está chorando...Está triste?

- não. Pelo contrário minha linda. Eu estou feliz. Muito feliz.

- nossos pais também. Nossa mãe vivia triste pelos cantos, mas nunca me contava que era por você. Eu sabia que ela tinha tido uma filha que sumiu, mas ela nunca queria me contar que era por causa disso toda sua tristeza. Mas eu já sabia mesmo assim. – e a menina abaixou a cabeça.

- eu sinto muito. Deve ter sido difícil pra você tendo que suportar isso.

- tudo bem. Não foi sua culpa. Eu fico feliz por ter te conhecido. Você é exatamente como eu imaginava e exatamente como minha mãe lhe descrevia.

- você foi uma garota muito forte por agüentar tudo. E obrigada pelos elogios. Não sou tudo isso, mas eu fico feliz de ouvir isso de você. Te adoro, ta? – Sue abraçou Maria depois saiu do quarto deixando-a sozinha com sua dor e lembranças.

Mais tarde, Maria resolveu sair pra passear no central park. Agora que não fazia frio, dava pra se ver toda a beleza das árvores e plantas ao redor. Quando chegava na portaria pra sair do prédio, viu uma figura do lado de fora em frente à porta do prédio sendo impedida por Hector, o porteiro, de entrar. Maria balançou a cabeça em sinal negativo rindo do porteiro. Lembrou quando também foi impedida por ele de ficar ali no prédio.

- mas eu preciso falar com uma pessoa. – dizia o rapaz.

- desculpa senhor, mas eu sou o porteiro e não permito que pessoas estranhas entrem. São ordens e eu devo seguí-las.

- pode deixar Hector. – Hector se virou e Maria estava atrás dele saindo do prédio colocando suas luvas.

- Senhorita Maria. – disse ele fazendo um gesto cumprimentando-a. – tem certeza?

- sim. Pode ficar despreocupado. Eu o conheço.

- então ta. Com licença. – e ele saiu deixando-a sozinha com o rapaz.

- Frank o que faz aqui? – perguntou ela sorrindo ao vê-lo ali.

- vim saber como estava.

- bem, obrigada.

- será que podemos conversar? – perguntou ele.

- ok. Eu estava mesmo indo dar uma volta pelo central Park. Poderíamos conversar enquanto caminhamos.

- seria ótimo. – e estendeu a mão pra ela.

Os dois atravessaram de mãos dadas até o parque que ficava em frente ao prédio que Maria morava. Eles continuaram a caminhada de braço dado pelo parque e sentaram-se num banco em frente a um lago.

- então te seqüestraram naquele dia no parque?

- foi. Tudo aquilo do turista pedir informação pra minha mãe foi armado. Enquanto ele a distraia um outro cara esperava que eu saísse do brinquedo. Eu lembro que quando eu corri pra minha mãe fui impedida pelo Drake que me perguntou se eu queria ir ao castelo da Cinderela.

- Drake era o nome do seu seqüestrador?

- é, de um deles. Eram dois, o Drake e o Robin. – e olhou pra um ponto qualquer no chão. Era difícil relembrar do seu passado. – foram os piores anos da minha vida.

- por que te seqüestraram?

- não sei. Por prazer eu acho. Me levaram pra Nova Jersey e eu era tratada como um bicho. Ficava trancada o tempo inteiro num quarto escuro, era raro receber comida e bebida e...E ainda sofria abusos freqüentemente dos dois. – disse nervosa. Frank pegou nas mãos dela que não paravam de tremer de nervoso.

- me desculpa. Não queria fazer você ficar desse jeito.

- tudo bem. Eu estou fazendo tratamento pra poder levar a vida sem medo depois disso tudo. Eu ainda tenho medo de que eles voltem pra me buscar. Mesmo sabendo que eles estão presos, eu ainda saio olhando pra todos os lados com muito medo.

- vai superar tudo isso.

- vou sim. Eu consegui fugir do cativeiro três vezes, consegui reencontrar minha família, agora vou conseguir viver...De novo. – Frank a abraçou consolando-a.

- vai dar tudo certo.

- mas mudando o assunto, e você?

- to bem. Solteiro... – e ela riu sem graça. – calma, isso não foi uma indireta.

- ok.

- eu agora to querendo ficar por um tempo livre. Não que eu me sentisse preso quando namorava, mas depois da Jamia, acho melhor eu ficar solteiro por um tempo até esquecer tudo.

- vai ser bom pra você. – e os dois ficaram calados olhando o lago. – e o Gerard? – perguntou quebrando o silêncio.

- o Gerard? Bem, ele não está nada bem.

- por que?

- você sabe. – e ela abaixou a cabeça sem graça.

- por que ele não veio? Não quis vir?

- eu nem perguntei. Mas pode deixar que eu vou conversar com ele.

- não, não precisa. Pra que conversar? Deixa ele lá. Deixa ele seguir a vida dele, se dedicar à banda...

- você ainda o ama? – e Maria virou o rosto pro outro lado pensando no que responder.

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