Agatha 10

Depois da minha breve conversa com a minha mãe me senti mais aliviada, talvez meu pai não se importasse tanto com os cinco anos, mas com o meu amadurecimento. No inicio da tarde de segunda feira, quando as coisas já estavam mais tranqüilas, decidi ir correr um pouco pela floresta, mas precisava de companhia...será que o Seth esta disponível para ir comigo???

Troquei de roupa, colocando um vestidinho bem leve e que não amassa, esse negocio de ter que carregar a roupa durante a corrida não funciona comigo, eu prefiro deixar uma roupa presa em uma arvore qualquer onde eu pretendo retornar para me recompor depois da corrida, em casos que eu não sei se volto ou se a intenção é ir a um lugar especifico eu corro na forma humana, a velocidade vampirica também é uma das minhas características.

Já pronta para correr avisei a minha mãe e fui em direção à oficina, meu pai estava trabalhando em uma moto, o Embry num carro batido e o Seth no escritório. Cumprimentei meu pai e o Embry e segui até o escritório, o Seth estava no telefone falando aparentemente com um fornecedor, sentei de frente a ele e esperei ele terminar a ligação. Não sei se por sorte ou por causa da nossa conversa pela manhã meu pai não ligou de eu estar numa sala fechada com o Seth.

- Oi linda, tudo bem? – Assim que desligou o telefone ele veio me cumprimentar com um beijinho no rosto, que bem poderia sair meio torto e chegar ao menos no canto da boca, mas fazer o que ne?

-Tudo, e ai muito trabalho? – Perguntei apontando a pilha de papel sobre a mesa.

-Não muito, estou regularizando o estoque de algumas peças e fazendo o pedido de outras mais específicas. Tá tranqüilo, apesar do movimento.

-Que bom, então você acha que há a possibilidade de ir corre comigo? – Perguntei fazendo carinha do gatinho do sherek.

-Não sei, tenho que ver com o Jake. – Ele não precisava dizer pois eu sabia bem que esse pedido não tinha nada a ver com a oficina ou o trabalho, mas com o que aconteceu na festa. O Seth rapidamente se levantou e foi conversar com o meu pai, o qual eu espero do fundo do meu coração esteja de bom humor. – Ei Jake tudo bem eu ir dar uma volta com a Agatha? – Comecei a torcer para o meu pai deixar. É claro que em silencio.

-Já conseguiu fechar o pedido para as peças do volvo? – Meu pai perguntou simplesmente.

-Já, e aproveitei e pedi as peças da moto da Nessie que você queria trocar, o prazo de entrega é dez dias, mas como eu falei com o Daniel mesmo dentro de no máximo cinco dias elas devem estar chegando. – Respondeu firmemente o Seth.

-Então pode ir, mas não esqueça de voltar para fechar a oficina com o Embry, eu vou sair mais cedo. – Peraí... esse não é o mesmo homem que quase arrancou a cabeça do Seth a poucos dias atrás, realmente estava como se nada tivesse acontecido. Uma sensação de alivio me dominou.

Fomos indo em direção à floresta, como um bom cavalheiro ele se virou de costas para eu me transformar, pegou as minhas roupas e colocou em cima de uma arvore, tão logo se transformou também. Agora eram dois lobos enormes correndo pela floresta, um num tom acinzentado brilhante e o outro branco como a neve, é claro que esse ultimo ai sou eu... Corremos por mais de duas horas sem ao menos nos cansar, também não falamos muita coisa durante o percurso, ao a companhia um do outro já era o suficiente.

Voltamos para perto da oficina onde eu havia deixado as minhas roupas, me vesti e logo o Seth se arrumou também.

Na oficina o Embry ainda trabalhava no mesmo carro, certamente ele ainda não tinha detectado o problema, o Seth ficou apenas observando, eu como não gosto de deixar passar me aproximei e percebi um dos fusíveis solto, o carro, como era de partida elétrica, nunca iria pegar. Apenas forcei para encaixar corretamente. Assim o carro pegou de primeira.

-Ag assim não tem graça. – Seth falava num tom de diversão.

-Seth não seja malvado, se você tinha percebido por que não falou pro Embry? – Tentei dar uma bronca, mas quem consegue dar uma bronca nom lobo igual o Seth.

-Eu gosto de ver ele se batendo tentando encontrar os defeitos. – Cínico esse lobinho.

-Pô cara até você. – Embry estava irritado, ele não era um mau mecânico, muito pelo contrário, no entanto ele não se prendia muito aos detalhes, deixando sempre algo faltar fazendo ele perder horas e horas sem saber o que fazer.

-Que mau humor em Embry, tá loco. Acho que você precisa se divertir um pouco, sabe se distrair. – Seth não perdia uma única oportunidade de tirar com o Embry.

-Isso eu tenho que concordar. – Enfim um sorriso naquele rostinho, mas um sorriso que me deu uns dez tipos de medo. – Ei Agatha o que acha da gente pegar um cineminha na quinta, tenho certeza que o Jake não vai se importar. – Eu sabia que por trás daquele sorriso vinha bomba, olhei para o lado e vi um Seth tremendo de raiva, isso sempre acontecia quando um lobo fica nervoso é o que leva a transformação. Pensei por um instante.

-Tudo bem, se o meu pai não se importar. – Eu disse num sorriso. – O que acha Seth, na quinta está bom para você? – O sorriso que estava no rosto do Embry se desfez em mil pedacinhos, no entanto o do Seth tomou enormes proporções. Eu não queria magoar o Embry, mas também não poderia fazer isso com o Seth, ainda mais sabendo do seu ciúme bobo para com o Embry.

-Na quinta está perfeito. – Seth disse olhando para mim e tentando segurar o riso, eu é claro que percebi, mas deixei pra lá. – Então Embry vai demorar muito ainda ai?

-Não agora que já pegou acho que paro por aqui. – O mau humor voltou com força total, que isso será que o Embry é bipolar? Não há explicação lógica para isso, ou talvez há...quem vai saber.

Me despedi dos meus dois amigos, infelizmente o Seth ainda fazia parte desse clube, e fui para casa. Eu precisava conversar com meus pais sobre o passeio da quinta feira, apesar de estar acompanhada com dois lobos enormes eu sei que meus pais se preocupam e muito com o meu bem estar. A conversa com meus pais foi breve, eles confiavam tanto em mim quanto nos meninos e não viram problemas em irmos ao cinema, um típico passeio de jovens. Agora só me resta esperar para poder passar algumas horas ao lado do meu lobinho favorito.

Na quarta feira a noite fui surpreendida por uma visita maravilhosamente esperada, quem disse que era o Seth acertou!!! O que foi surpreendente foi o horário que ele aparece na minha casa, eu estava no meu quarto navegando um pouquinho na internet, sabe as vezes a gente encontra algo interessante para fazer em algum site, algo que prenda a tua atenção por pelo menos algumas horas, o que não era o caso, eu estava há mais de duas horas tentando encontrar algo ligeiramente interessante para fazer e nada até o presente momento, mas algo no andar de baixo me chamou a atenção.

-Ei Jake tudo bem? – Parecia a voz do Seth, tentei prestar mais atenção.

-Tudo certo Seth, algum problema? – Esse era o meu pai.

- Na verdade não tem nada demais, sabe eu queria falar com a Agatha, mas acho que é meio tarde, então eu volto amanhã. – Parecia que ele estava envergonhado, tá certo que era tarde para uma visita mais formal, já passava das dez da noite, mas para uma visita entre amigos eu não via nada de mais.

-Que isso Seth, ele tá acordada. – Meu pai disse num tom de deboche. – E a gente também não estava nem deitados, fica a vontade. – Meu pai continuou.

-Tem certeza, não é nada urgente. – Ele estava desistindo de falar comigo, não gostei disso.

- Seth você está em casa, sobe lá você sabe onde é o quarto dela. – Minha mãe intercedeu por mim, é claro que ela sabia das minhas intenções para com o Seth.

Segundos mais tarde ouço passo na escada, e logo uma batida na porta.

-Entra. – Eu disse já desligada do computador, é claro que o Seth era bem mais interessante que ficar horas tentando encontrar algo interessante na internet.

-Oi Ag. muito ocupada? – Perguntou entrando no meu quarto.

-Na verdade não, já tô a horas tentando encontrar algo interessante na internet e ainda nada. Mas a que devo a honra de sua ilustre visita? – Perguntei toda formal, roubando uma deliciosa risada dele.

-Nada, só queria vir conversar com você, pra passar o tempo. – Encarei seriamente o homem na minha frente, passar o tempo? Ele acha que me engana com isso.

-Seth, passar o tempo? Você lembra que as noites foram feitas para dormir? – Perguntei ironicamente.

-Sério? Nossa e que horas você costuma dormir? – Mais cínico ainda.

-Sem graça, se você quisesse só passar o tempo não viria até aqui à uma hora dessas, eu não durmo mas você dorme. – Rebati.

-Tudo bem Srta Black, eu queria te ver satisfeita agora. – Admitiu, que lindo ele admitindo que queria me ver. Meu Deus por que meu pai decidiu que eu teria que esperar cinco longos e intermináveis anos até poder agarrar esse lobo de novo, eu já estou enlouquecida e ainda não se passou nem uma semana.

                                                        

-Muito melhor agora. – Eu disse fazendo a minha melhor carinha de inocente, mesmo que meus pensamentos fossem totalmente indecentes. – Então tudo certo para o cinema na quinta? – Perguntei na tentativa de mudar de rumo os meus indelicados pensamentos.

-Pra mim sim, mas o Embry não parece tão animado. – Gargalhamos juntos. – Você não tem dó dele não?

-Dó? Por que dó? Ele queria ir ao cinema, e nós vamos ao cinema. – Falei parecendo uma menininha ingênua e inocente, tá certo eu ainda sou uma menininha ingênua e inocente, por mais que meus pensamentos não sejam de todo inocentes.

-Fiquei feliz quando você me chamou para ir junto, sei lá fiquei mais aliviado. – Admitiu timidamente.

-Eu sei, senti isso no exato momento que te chamei para ir junto. Sabe você fica até que bonitinho com ciúmes. – Tirei só um pouquinho com a cara dele, e para a minha sorte ele riu junto.

-Eu fiquei feliz mas o Embry... Sabe eu às vezes fico me perguntando se ele gosta de você, além de amizade tem que ter algo a mais ou ele não iria ficar daquele jeito. – O Seth maquinando era uma coisa de outro mundo.

-Seth não viaja, ele me convidou porque viu as suas reações em casos assim, ele fez pra te provocar.

-Você acha mesmo. – Ele parecia estar realmente em duvida, acho que vou ter trabalho com o ciúme desse moço.

-Pare já com isso Seth, e se ele gostar de uma forma diferente de mim o que eu posso fazer a respeito? Não é por ele que eu vou esperar. – Falei acariciando o rostinho cheio de duvida do Seth.

-Eu sei Ag, mas as vezes isso me intriga, não quero ser chato nem nada. Mas admito que sou um pouco possessivo as vezes. – Meu Deus será que eu consigo me congelar para esperar esses anos passarem???

-Tudo bem Seth, a gente vai ter um bom tempo para amadurecer não é?

-Agatha, posso te fazer uma pergunta? – Confirmei com a cabeça. – O que você sente por mim??? – Opss...por essa eu não esperava. É claro que um dia ele iria querer saber, afinal no dia da festa ele disse que me amava e eu boba nada respondi.

-Seth eu não sei nomear o que eu sinto. É como se nada se comparasse aos momentos que estou ao seu lado, como se cada olhar falasse muitas coisas. É eu ir ao céu e voltar apenas ao escutar a sua risada. E quando nos beijamos nem sei explicar a sensação maravilhosa que senti. Foi tudo, o mundo desapareceu e nada mais importava. Sabe se isso não é amor, eu realmente não sei o que pode ser. – Olhei em seus olhos a cada palavra dita eles brilhavam mais, e quando eu disse as ultimas palavras ele deixou uma lágrima solitária escorrer pela face.

-Ag...eu nem sei o que te dizer, talvez eu te amos seja pouco para o que eu sinto. Tenho raiva de mim mesmo em certos momentos, não sei se agi certo naquela noite contigo, talvez se não tivéssemos nos beijado algumas coisas poderiam ser mais simples. Não sei.

-Negativo, antes da Ag completar seis anos nada de namoro, então não fique se martirizando por isso Seth. – Meu pai estava para na porta nos olhando, mas não era da mesma forma que ele nos olhou na noite que nos viu se beijando. Ele nos olhava meo que divertido.

-Que feio pai espiando a gente pelo buraco da fechadura. – Falei meio que brava com o meu pai.

-Não não, a porta estava aberta, e eu só ouvi o fim da conversa. – Ele entrava no meu quarto, parou ao lado do Seth. – Desculpe pelo modo que agi, mas acho que vai ser melhor esperar esse tempo, vocês tem que amadurecer muito antes de tentar entrar num relacionamento. E essa espera é fundamental.

-Eu sei Jake, mas talvez pudéssemos ter esperado sem aquele acontecimento. – Seth ao mesmo tempo em que argumentava com o meu pai se mostrava tímido ao falar do nosso beijo.

-Nisso eu concordo. – Meu pai disse com um sorriso nos lábios. – Bom eu e a Nessie vamos nos recolher, mas Seth fique a vontade, o quarto de hospedes está aberto pra você.

-Obrigado Jake, mas eu já vou. Só vim dar um oi para a Agatha, não quero incomodar mais.

-Não é incomodo nenhum Seth, fique a vontade. – Minha mãe apareceu na porta do quarto.

-Obrigado Nessie. – Meus pais saíram do quarto nos deixando mais uma vez a sós.

-Você acha isso mesmo? – Perguntei quando o silencio imperava no ambiente.

-Isso o que? – Ele se fez de desentendido, mas meu sutil olhar mortal o despertou. – Ag. seria mais fácil para nós esperar se não tivéssemos nos beijado. – Nisso eu tenho que concordar, depois de experimentar o gosto dos beijos do Seth está cada dia mais difícil me controlar. Sorri em resposta, o que foi suficiente para ele entender o que eu pensava.

Tempo depois o Seth resolveu ir embora, afinal ele tinha que dormir. A quarta feira, assim como a quinta passou rapidamente. No fim da tarde de quinta feira eu já estava pra lá de ansiosa pelo nosso passeio, meu pai achou interessante irmos fazer esse passeio a três, seria bom para mim me socializar com os lobos. Eu ainda tinha uma conversa pendente com o avô Edward, mas como ele resolveu viajar por uns dias com a minha avó Bella, a conversa ficou para depois. Eu já havia convocado a minha tia Alice para me ajudar a se arrumar para ir ao cinema com os garotos. Ela apareceu por volta das cinco horas da tarde com um monte de sacolas de roupas novas a fim de escolher a melhor para o evento. Minha mãe a repreendeu dizendo que eu iria ao cinema e não casar para escolher entre tantas roupas, é claro que a Alice nem ligou para as reclamações da minha mãe, afinal ela não liga para as reclamações de ninguém mesmo. Por volta das oito eu estava pronta e deslumbrante, mesmo desaprovando as atitudes da minha tia minha mãe ficou impressionada com o resultado, quem pareceu não aprovar nem um pouquinho foi o meu pai.

Oito e meia da noite o Seth apareceu na minha porta, todo lindinho com uma calça jeans desbotada e uma camisa branca dobrada até o cotovelo, um perfume inebriante invadiu minhas narinas, meu coração palpitou mais forte até eu ser tirada dos meus devaneios pelo Embry que se aproximava com cara de poucos amigos. É serio esse menino precisa de tratamento, ele me convida para sair e ainda fica com essa cara.

-Pronta Ag? – O Seth perguntou assim que consegui pronunciar alguma palavra.

-Claro, então vamos? – Eu disse pegando a minha bolsa de cima do sofá e dando um beijinho na cabeça da minha mãe e do meu pai.

-Não voltem tarde, é perigoso dirigir a noite. – Serio que meu pai disse isso? Logo ele que ignorava todo e qualquer perigo, alguém tem que contar a ele que eu não sou de cristal.

-Não se preocupe Jake a Agatha estará segura conosco, e logo depois do cinema nós voltamos. – Seth foi o mais sensato em tranqüilizar o meu pai, pois se eu fosse dizer alguma coisa eu com certeza ficaria em casa essa noite.

O caminho da minha casa até o cinema levou em torno de uma hora e meia, o Seth ia dirigindo e eu sentada no banco do passageiro na frente, pra variar o Embry estava com a cara fechada no banco de trás, e não pronunciou nenhuma palavra durante todo o trajeto, não que tivéssemos conversado horrores, mas algumas coisas foram ditas. Já na frente do cinema escolhemos uma comédia romântica, eu me sentei entre os dois lobinhos, finalmente eu pude ver um sorriso estampado no rosto do Embry. Ao fim do filme o Seth foi até o banheiro e o Embry ficou comigo no lado de fora esperando.

-Parece que não gostou do passeio Embry. – Eu afirmei tentando quebrar o gelo.

-Não é isso Agatha, é claro que estou adorando ficar na sua companhia. – Ele disse sem me encarar.

-Mas... – Incentivei ele continuar.

-Sei lá acho que eu queria que fosse mais um programa a dois sabe. – Até que enfim ele admitiu que não queria que o Seth viesse junto.

-Embry foi um programe entre amigos. – Enfatizei o ‘amigos’ para que ele entendesse bem o que se passava.

-Acho que nem sempre as coisas são como a gente espera. – Ele se aproximou de mim acariciando de leve o meu rosto no exato momento que o Seth saia pela porta do banheiro. Seu eu não tivesse uma visão privilegiada e um sentido aguçado eu nunca iria saber o que foi que acertou o rosto do Embry, num segundo ele me fazia um carinho no outro estava atirado no chão com o nariz sangrando. O Seth por sua vez estava com uma fúria contida. Nunca em meus pouco mais de um ano de existência eu vi o Seth com aquela expressão. Cheguei a ficar com medo.

-Seth calma. – Eu disse segurando o seu braço e olhando nos seus olhos.

-Que isso cara, o que foi que eu fiz? – Embry já estava recuperado quando levantou e começou a questionar o amigo.

-Nasceu ... – Eu tentava acalmar um lobo descontrolado no meio do cinema onde já se aglomerava um monte de gente para ver o que estava acontecendo. Enfim o Seth voltou ao estado normal, ou quase isso.

No caminho de volta mais uma vez o silencio dominou, antes de chegar em casa Seth se pronunciou.

-Foi mal cara, eu me descontrolei. – Era o suficiente na visão dele.

-Só pense um pouco antes de fazer uma coisa dessas ou o Jake vai suspeitar, e cara ele não vai gostar nada de ver você assim por causa da filhinha dele. – Até que enfim o Embry percebeu a nossa situação, o que me surpreendeu foi o gargalhada do Seth.

-Ele já não gostou Embry. – Meu lobinho respondeu deixando o amigo com cara de quem não está entendendo nada.

-Como assim?

-Na festa ele meio que nos encontrou aos beijos. – Seth admitiu.

-E você ainda está respirando, isso é surpreendente. – O clima ficou mais leve dentro do carro, o Seth contou a história toda, apenas editando um pouco na parte do ciúme, mas contou tudo. O Embry é claro ficou chocado com a atitude do meu pai, fazer a gente esperar por cinco anos é pura maldade, mas entendeu que nos amamos e por isso queremos aproveitar todo o nosso tempo juntos. Enfim tive de volta o Embry amigo que eu conheci no outro dia lá na oficina.